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A1 NEGOCIAÇÃO INTERNACIONAL E RELAÇÕES MULTICULTURAIS

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04/09/22, 10:18 NEG_CINRMU_19_E_1
https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=17697&section=4 1/36
1. Globalização e mercados globais
Ao olharmos os fatos e acontecimentos que permearam o pós-Guerra vemos, com
bastante clareza, que houve uma administração compartilhada do mundo entre as
nações. Tal ação foi promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU), que
tinha por objetivo fazer a gestão de uma governança global. “Em escala planetária,
um mundo uni�cado em torno de um mesmo conjunto de normas e instituições que
sejam capazes de promover as mesmas tarefas atribuídas aos Estados nacionais
(como a proteção dos indivíduos e a promoção do bem-estar geral) é uma ideia que
povoa o imaginário tanto de intelectuais quanto da população em geral. O que nos
impede de estender, ao menos em parte, as prerrogativas dadas aos Estados
soberanos a uma autoridade supra estatal, de modo a resolver em de�nitivo as
rivalidades sectárias da cena internacional ou, ao menos, solucioná-las de maneira
institucional, da mesma forma que os con�itos sociais internos são resolvidos pelos
Estados nacionais? Em outras palavras, o que impede a humanidade de construir
uma identidade política comum e fundar um governo mundial?”A soberania dos
Unidade 1 - O ambiente
internacional de negócios
Frederico Teixeira Crespo
Iniciar
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https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=17697&section=4 2/36
Estados nacionais é o que impede. A governança mundial não é um governo mundial
– visto o Princípio da Soberania dos Estados. Embora o mundo do pós-Guerra tenha
se globalizado, não se consolidou, pelo menos ainda, o �m total das fronteiras
nacionais, a fusão de uma cultura e línguas únicas globais, o esgotamento do poder
das nações sobre o seu território e povo. A globalização não é um passo para o
governo mundial, pois nenhuma nação quer perder, de fato, sua soberania. Mas isto
não impede a governança no sentido de cooperação dos povos e objetivos comuns a
serem alcançados, como, por exemplo,a promoção do bem-estar geral. 
“A globalização chegou,anunciando uma grande era. Nas últimas seis décadas, o
comércio internacional de bens e serviços passou por sólida expansão, graças ao
declínio nos custos de transporte e comunicações, às reduções em escala global nas
barreiras comerciais governamentais, e uma ampla terceirização das atividades
produtiva se à maior conscientização em relação a culturas e produtos estrangeiros.”
Assim, o jogo posto no campo da globalização não envolve apenas como atores
empresa multinacionais ou transnacionais, que atendem às demandas do mercado
global e consumidores de produtos padronizados globais (um Big Mac, por exemplo).
Este cenário envolve fornecedores – de matéria-prima, de produtos intermediários
ou semiacabados, de conhecimento – pois há toda uma cadeia global de valor,onde a
produção mundial torna-se fragmentada por diversas regiões do mundo. Fórmula
que enseja o aproveitamento de vantagens comparativas de cada bloco econômico-
comercial ou país. Esta conjuntura envolve também governos, visto deterem o poder
de regulamentar e fazer políticas de comercio internacional em seus países, além de
participarem ativamente da governança global dentro de organismos internacionais.
Estes últimos também parte fundamental do mundo globalizado,uma vez que são
responsáveis pelas ações diretas de governança global. Suas atuações miram áreas
de regulação do comércio mundial e gestão das �nanças internacionais. 
Estamos falando, portanto, de um longo processo produtivo, de uma longa cadeia de
abastecimento. Podemos começar nossa cadeia com o cliente, mas em que ponto a
�nalizaremos?
Veja, o cliente depende de um revendedor (um mercado, por exemplo). O mercado,
por sua vez, depende que os sucos sejam entregues pela distribuidora (Centros de
Distribuição - CD). A fábrica será responsável por fabricar o suco e transportá-los até
um CD. A fábrica, por sua vez, depende de seus fornecedores de suco e polpa de
fruta, fornecedores de embalagens entre outros. Mas ainda não podemos esquecer
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que os fornecedores diretos também têm os seus respectivos fornecedores. 
1.1 Razão de as empresas se
internacionalizarem
Com a ideia de governança global amplia-se sobremaneira a globalização das
economias mundiais e cria-se um estímulo aos investimentos diretos no estrangeiro.
Levando-se em conta que a internacionalização de uma empresa, tornar-se
multinacional,é, na verdade, fazer um investimento fora do seu país e origem, em
uma nova operação de produção, em busca de uma diversi�cação. Pode-se entender
que as decisões de Breton Woods foram decisivas para as organizações, os
negócios,seguirem este objetivo.
No entanto, os polos de decisões nas empresas, quanto à internacionalização,
sempre avaliam quais benefícios e riscos, principalmente o risco-país da nação alvo,
bem como os motivos que os deverá levar ao mercado internacional, a fazer um IDE
– Investimento Direto no Estrangeiro.
1.2 Motivos Proativos da
Internacionalização
Trata-se tão somente do aproveitamento de oportunidades, por meio de variáveis
que a empresa conhece, sendo elas: lucros e metas de desempenho; impulso dos
gestores;competência tecnológica e produto único; oportunidades no mercado
externo;benefícios �scais; e economias de escala.
1.2.1 Lucro se metas de crescimento
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São abusca da empresa por vendas no mercado internacional, para atender a
demandas que aguardam solução no cenário e que podem ser plenamente
satisfeitas. É uma motivação advinda das �nanças corporativas, cujo mote é o
aumento do Patrimônio Líquido da empresa, com base no aumento de receita de
vendas internacionais e, como consequência, aumento de rentabilidade do negócio.
É esta motivação que cria a vontade ou necessidade de uma empresa para exportar
parte de sua produção.
1.2.2 Impulso dos executivos e gestores
Signi�cam a criação de um objetivo comum de ampliação da empresa em direção ao
mercado internacional, com o envolvimento de todas as áreas de negócios da
companhia. Pressupõe um planejamento estratégico, internado na cultura da
empresa, principalmente nos princípios norteadores da organização: visão, missão e
valores. Estes são as declarações de intenções da empresa para os colaboradores e
para o mercado.
Se a empresa possui um desempenho atual e deseja evoluir, sua perspectiva maior
deverá ser a internacionalização do negócio. Tal postura na gestão do negócio deve
ser a força motivacional para os gestores voltarem suas forças para a expansão do
negócio.
No que diz respeito ao corpo funcional, deverá ser treinado para o esforço de
internacionalização, criando uma estrutura de comércio exterior, voltando-se às
vendas e compras internacionais.
Este processo será uma mudança na cultura da empresa.
1.2.3 Competências tecnológicas
Trata-se aqui de praticamente uma ideia de monopólio natural. Pois somente a
empresa possui certas competências e conhecimentos e pode servir ao mercado
mundial produtos únicos ou com pouquíssimos concorrentes. Entretanto, tais
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atributos administrativos e técnicos podem ser copiados e aprendidos por outras
organizações.
Produtos únicos frequentemente advém de uma estratégia de diferenciação, que
requer tecnologia avançada em áreas de expertise da empresa. Tais bens são
percebidos pelo mercado internacional como produtos de qualidade superior.
1.2.4 Oportunidades no mercado
externo
São encontradas a todo o momento nos diversos mercados mundiais, mas uma
empresa só poderá aproveitá-las, de maneira exclusiva, se houver disponibilidade de
recursos para tal. Uma �lial somente será montada em outro paísse, e somente se, a
empresa tiver disponibilidade de capital ou crédito para isso. Caso contrário haverá
uma intenção, mas não um projeto exequível.
As percepções que os gestores possuem de oportunidades se equivalem nos dois
âmbitos, se é boa no mercado interno, uma mesma oportunidade num ambiente
externo será igualmente boa. Este é o motivo de, em nossa atualidade, as melhores
oportunidades serem vistas em mercados em expansão, como os BRICS.Isto porque
é um modelo de crescimento econômico tardio e que perseguem o exemplo das
economias já maduras.
Se há a possibilidade de ser criada uma fórmula para algo tão subjetivo quanto a
probabilidade de sucesso de um projeto, virá do conhecimento de mercado somado
às oportunidades percebidas pelos gestores do negócio e a disponibilidade
�nanceira – todas as percepções ou recursos internos da companhia.
1.2.5 Benefícios fiscais
Temos aqui uma das maiores vantagens percebidas por uma companhia em termos
de internacionalização. A redução nos custos de implantação e operação de um
negócio em um país estrangeiro.
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Mas quando falamos de benefícios �scais pensamos – na maioria dos casos – em
renúncia �scal de um governo para a implantação de um negócio em determinado
país. Mas esquecemos que reduzir barreiras tarifárias também deduz
tributações,facilitando o comércio entre nações, bene�ciando a entrada ou troca de
bens entre membros de um bloco comercial.
Não obstante, há também desonerações �scais relativas à exportação,
onde,mundialmente, não se exporta imposto. Porque ninguém quer chegar ao
mercado internacional com preços não competitivos, caros mesmo. Os governos,
inclusive o nosso, criam desonerações para facilitar as exportações. Há aí, sim, um
benefício �scal.
Os Regimes Aduaneiros Especiais são, em essência, de efeito suspensivo de tributos.
Eles têm a ideia em reduzir a tributação na entrada de bens ao Brasil,a �m de
estimular alguns setores econômicos ou operações de comércio exterior.Vejam o
exemplo do Drawback. Muito sucintamente, é um regime especial que permite a
importação de insumos, para utilização em produção para exportação com
suspensão de tributos. Isto barateia esta operação.
1.2.6 Economias de escala
Como já conversamos,ao iniciar uma internacionalização, a empresa passa a se
especializar mais,pois passa a deter maior conhecimento de um mercado
internacional. Sem contar o conhecimento já adquirido no mercado interno, com
suas operações habituais, bem como o aumento da capacidade produtiva saltar em
quantidade e, muitas vezes, em qualidade. Assim, a empresa avança no que se
chama de curva de aprendizado com mais e�cácia do que as empresa que atuam
apenas no mercado nacional, por conta de seu aumento de produção – atendendo
ao mercado interno e externo.
Como seu mercado foi ampliado – atendimento da demanda externa seguido do
aumento da produção – chega-se a um ganho de escala de produção e na redução
do custo unitário, tornando a empresa se torna mais competitiva.
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1.3 Motivos reativos à
internacionalização
Aqui teremos as motivações exógenas. Trata-se de reações a ameaças ou pressões
externas. São elas: Pressões competitivas; Mercado doméstico saturado, Excesso de
produção ou capacidade, ampliar vendas de produtos sazonais; Mercado
internacional não atendido; Clientes internacionais - proximidade
geográ�ca,distância psicológica.
1.3 .1 Pressões competitivas
Quando falamos em pressões competitivas a regra geral é se pensar que o
concorrente é a empresa ali da esquina com produto similar ou substituto. Não! Em
um mundo globalizado, o concorrente de uma empresa nacional pode ser que esteja
em qualquer lugar do mundo, vendo uma oportunidade naquele mercado local.
E,então, nasce a concorrência.
A empresa deverá reagir a esta pressão competitiva externa, mas contra um
competidor que já opera no mercado internacional e possui ganhos de escala global.
A única forma de fazer frente a esta ameaça é seguindo a mesma tendência, pois
sem ganhos de escala e ampliação do mercado, a empresa nacional não terá chances
de competição.
A reação é necessária sob pena de a empresa perder parte de seu mercado ou ter
suas operações descontinuadas por não conseguir enfrentar a concorrência.
1.3 .2 Mercado doméstico saturado
Não há chances para crescimento ou desenvolvimento maior no mercado interno,
seja por este ser muito reduzido, seja por já estar saturado. Não há chances para
aumento de consumo!
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Em nosso país tal fato raramente ocorre, exceto a produtos muito especí�cos ou de
nichos bem de�nidos. Temos um mercado consumidor muito grande, falta apenas
termos uma economia que necessita ser mais bem conduzida, mais globalizada e
voltada à livre iniciativa. Nosso mercado consumidor tem ainda um potencial
decrescimento enorme, somos um país ainda em crescimento e construção. Por este
motivo, um bem ou serviço entrar em saturação é muito raro. Talvez este seja o
motivo de o Brasil não possuir, ainda, nenhuma marca internacional de expressão.
Atingir outros mercados com uma população menor que a do Brasil e menor
potencial de consumo pode não valer a pena.
1.3 .3 Excesso de produção ou
capacidade
Em momentos de capacidade ociosa ou crises econômicas agudas – recessões – as
vendas �cam abaixo do esperado ou praticamente inexistem.
Neste momento, as vendas internacionais poderiam ser de grande ajuda à empresa,
uma vez que poderiam manter sua produção, minimizando quebras.
Quando nosso mercado interno estiver su�cientemente desenvolvido ou quando
voltar a absorver os bens, a empresa deverá ter o compromisso em não
desabastecer nenhum dos dois mercados, ampliando a sua produção.
1.3 .4 Ampliar vendas de produtos
sazonais
Quem operara comumente no comércio, seja nacional, seja internacional, sabe que
boa parte dos produtos está submetida a sua sazonalidade. Alguns, inclusive, têm
vendas em apenas um ou dois períodos do ano.
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Em alguns casos, pode faltar um casamento entre demandas do mercado nacional e
internacional, ou seja, enquanto nacionalmente há baixa nas vendas pode ocorrer o
inverso externamente. Assim, a empresa pode manter sua produção equânime
anualmente,sem possíveis quebras por conta de redução, ou até interrupção, de
vendas.
A ideia �nal por trás da ampliação de vendas de produtos nacionais é manter uma
demanda estável durante o ano todo.
1.3 .5 Mercado internacional não
atendido
Algumas pequenas ou médias companhias tem produtos tão especí�cos que atuam
apenas em pequenos nichos de mercado, os quais empresas grandes ou globais não
querem ou,até, não conseguem atingir. No entanto, estas pequenas não atendem os
mercados globais.
A oportunidade de entrada nos mercados internacionais está no atendimento destes
nichos. No entanto, frequentemente, estas pequenas e médias empresas não o
fazem, embora o mercado mundial tenha conhecimento de seus produtos. Nasce
então um motivo reativo, o atendimento de uma demanda em um nicho de mercado
não atendido. Este pequeno nicho, muitas vezes, pode ser a porta de entrada de uma
empresa no mercado global.
1.3 .6 Clientes internacionais -
proximidade geográfica, distância
psicológica
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Quando falamos em proximidade geográ�ca com diferenças ou distância
psicológicas,pensamos, imediatamente, nos países Europeus. Isto porque em um
pequeno espaço geográ�co temos diversos países – que acabaram por tornar-se um
bloco econômico– extremamente próximos ou ao outro, mas com muitas
disparidadespsicológicas,culturais e comportamentais.
No que diz respeito ao fator logístico, a proximidade geográ�ca atua como um
facilitador de inicialização de negócios entre dois países. Mas com aprofundamento
de análises com relação aos fatores psicológicos: cultura do povo e comportamento
de seu mercado consumidor. Vejam, por exemplo, que os países membros do
Mercosul tem bastante proximidade geográ�ca, de fácil acesso logístico. Há,
inclusive, algumas paridades com relação a fatores psicológicos,mas, no todo, as
diferenças culturais estão bem presentes.
Obviamente que o �el da balança, pela ótica de marketing e atendimento de um
mercado consumidor, será, sempre, a questão psicológica. Embora o impulso inicial
das empresas seja a facilidade geográ�ca.
2. Relações Econômicas Internacionais
2.1 Teorias do Comércio Internacional
Ao longo do desenvolvimento da ciência do Comércio Internacional, algumas teorias
que visam explicar e dar razão a este ramo do conhecimento humano se formaram.
Estas teorias apuram o porquê de certas nações se especializarem em determinados
bens para produção e exportação, bem como as motivações dos países para fazer
comércio uns com os outros. É um campo de estudo inserido na ciência da Economia
Internacional.
2.2 Teoria das Vantagens Absolutas
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O grande teórico, criador do capitalismo, e o pai da Economia moderna, Adam Smith
foi o teorizador da Teoria das Vantagens Absolutas. Sua base �losó�ca é o
liberalismo, o mercado tem melhor capacidade e e�ciência de organizar as forças
produtivas e a economia do que os Estados. “Em relação ao comércio internacional,
Smith defendia o livre-comércio, contrapondo-se aos mercantilistas, que defendiam
ações protecionistas. Para demonstrar seu ponto de vista, ele elaborou a teoria das
vantagens absolutas, a qual é constituída por um modelo, ou seja, uma simpli�cação
da realidade. Em seu modelo, Smith considerou um mundo muito simples,
constituído apenas por dois países: Portugal e Inglaterra. Além disso, haviam apenas
dois bens: vinho e tecido”.Baseando-se nesta �loso�a – o liberalismo –, esta teoria
preconiza que cada nação possui uma habilidade na produção de um bem especí�co,
o qual é e�ciente. Assim, as nações devem focalizar e especializar seus esforços
nesta produção. Se cada nação se especializasse, comprando de outras os bens cuja
sua economia não detém habilidade ou e�ciência de produção, se consolidaria uma
troca de bens ideal entre nações. 
“Concentre-se no que é bom e adquira o resto.”
Estava aí a prova que Adam Smith dava ao mundo que o livre comércio funcionava
por este raciocínio básico: cada nação produziria o que sabe fazer melhor, e as
nações trocariam seus bens produzidos entre si,vendendo ao mundo o que
produzem de melhor – exportando-o – comprando do mundo o que não é o melhor
produtor – importando-o. Pelo próprio exemplo demonstradona citação, em um
comércio entre Portugal e Inglaterra, sob as bases do histórico Tratado de Methuen ,
pode-se entender bem esta ideia de trocas entre as nações.
 
Tabela 2.1 - Horas necessárias para produzir tecidos e vinho na Inglaterra e em
Portugal 
TRIPOLI, Angela Cristina K. p.54 
 
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#PraCegoVer: A tabela apresenta dois países, Inglaterra e Portugal, e as horas
que cada país levaria para produzir dois bens: Tecido e Vinho. Enquanto a
Inglaterra leva 90 horas para produzir tecido e 120 horas para produzir vinho,
Portugal leva 100 horas para produzir tecido e 80 horas para produzir vinho. 
Resumindo, Inglaterra tem vantagem na produção de tecido, e Portugal, na produção
de vinho, conforme vemos na tabela destacado pelos asteriscos. 
Na possibilidade de comércio, os países devem abandonar a produção do  bem com
o qual não tem vantagem e concentrar todos os recursos na produção  com o qual
apresenta vantagem. 
Assim, a Inglaterra deve deixar deproduzir vinho e produzir apenas tecido. Portugal,
por sua vez, deve produzirvinho e abandonar a produção de tecido. 
Referenciando-nos nestes valores, em uma jornada de trabalho similar à do Brasil
atual – 8 horas por dia em 20 dias num mês – haveria, com isso, um total de 160
horas de trabalho disponíveis ao mês. 
Com dois bens, metade da capacidade produtiva mensal da nação se designaria a
cada um. Então, teríamos a seguinte tabela: 
 
Tabela 2.2 - Horas trabalhadas para produzir tecido e vinho na Inglaterra e em
Portugal 
Fonte: Tripoli, Angela Cristina K. Comércio internacional. 
 
#PraCegoVer: A tabela apresenta dois países, Inglaterra e Portugal, e as
horas que cada país levaria para produzir os dois bens: Tecido e Vinho. Na
linha correspondente à Inglaterra, multiplica-se 90 horas necessárias para
produzir o tecido por 80 horas de trabalho disponíveis, totalizando 7.200
horas. E ainda, multiplica-se 120 horas necessárias para produzir o vinho
por 80 horas de trabalho, totalizando 9.600 horas. Na linha correspondente
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a Portugal, multiplica-se 100 horas necessárias para produzir o tecido por
80 horas de trabalho, totalizando 8.000 horas. E ainda, multiplica-se 80
horas necessárias para produzir o vinho por 80 horas de trabalho,
totalizando 6.400 horas. 
 
Tabela 2.3 - Quantidades produzidas de tecidos e vinho na Inglaterra e em Portugal 
Fonte: Tripoli, Angela Cristina K. Comércio internacional. 
 
#PraCegoVer: A tabela apresenta dois países, Inglaterra e Portugal, e as horas
que cada país levaria para produzir dois bens: Tecido e Vinho. Na linha
correspondente à Inglaterra, divide-se 80 horas de trabalho por 90 horas
necessárias para produzir o tecido, totalizando 0,89 quantidades produzidas de
tecido. E ainda, divide-se 80 horas de trabalho por 120 horas necessárias para
produzir o vinho, totalizando 0,67 quantidades produzidas de vinho. Na linha
correspondente a Portugal, divide-se 80 horas de trabalho por 100 horas
necessárias para produzir o tecido, totalizando 0,80 quantidades produzidas de
tecido. E ainda, divide-se 80 horas de trabalho por 80 horas necessárias para
produzir o vinho, totalizando 1,00 quantidades produzidas de vinho. 
Caso os países seguissem piamente o modelo das Vantagens Absolutas, o resultado
para as quantidades produzidas por hora seria o seguinte:
 
Tabela 2.4 - Quantidades produzidas por hora com o modelo Vantagens Absolutas 
Fonte: Tripoli, Angela Cristina K. Comércio internacional. 
 
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#PraCegoVer: A tabela apresenta dois países, Inglaterra e Portugal, e as horas
que cada país levaria para produzir dois bens: Tecido e Vinho. Na linha
correspondente à Inglaterra, divide-se 160 horas de trabalho por 90 horas
necessárias para produzir o tecido, totalizando 1,78 quantidades produzidas de
tecido por hora. Neste caso, a Inglaterra não produziria vinho. Na linha
correspondente a Portugal, divide-se 160 horas de trabalho por 80 horas
necessárias para produzir o vinho, totalizando 1,00 quantidades produzidas de
vinho por hora. Neste caso, Portugal não produziria vinho. 
A capacidade produtiva de ambos países dobra caso eles sigam o modelo de Adam
Smith. Ou seja, sua produtividade aumenta com a concentração em bens de que
possui melhor capacidade produtiva. E, quanto maior a produtividade, maior a
riqueza de uma nação. Além disto, há o incremento do comércio internacional, pois
tanto Portugal, quanto a Inglaterra terão que comerciar um com o outro.
2.3 Teorias das Vantagens Comparativas
Baseando-senas ideias de Adam Smith, outro pensador, David Ricardo, criou uma
nova teoria parao Comércio Internacional.  Seu pensamentodesenvolveu-se na
suposição de se haveria possibilidade de comércio de umanação com outrospaíses,
caso esta detivesse vantagem na produção de todos osbens. “A ideia central da teoria
das vantagens comparativas é a de que ocomércio internacional é vantajoso mesmo
quando uma nação produz internamenteos bens a um custo mais baixo do que as
nações envolvidas. Isso é válido sempre que as produtividades de cada um forem
relativamente diferentes. Assim, dames forma defendida por Smith, a especialização
propiciada pelolivre-comércio possibilita que as nações possam concentrar recursos
na produçãodos bens que são relativamente mais e�cientes.” 
Assim,a nação deveria fazer uma escolha entre produzir algo com maior ou menor
custode oportunidade, que nada mais é do que a perda que se tem ao produzir um
bem com relação à produção de uma unidade de outra mercadoria.
Agora, para que a Teoria das Vantagens Relativas ou Comparativas seja pensada e
calculada, faz-se mister uma adaptação frente ao estudado e discutido no âmbito das
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Vantagens Absolutas propostas por Adam Smith, onde Portugal seria mais e�ciente
na produção de dois bens: vinho e tecido.
Tabela 2.5 – Horas necessárias para produzir tecido e vinho na Inglaterra e em
Portugal. 
Fonte: Tripoli, Angela Cristina K. Comércio internacional. p.62 
#PraCegoVer: A tabela apresenta dois países, Inglaterra e Portugal, e as horas
que cada país levaria para produzir dois bens: Tecido e Vinho. Enquanto a
Inglaterra leva 100 horas para produzir tecido e 120 horas para produzir vinho,
Portugal leva 90 horas para produzir tecido e 80 horas para produzir vinho. 
Baseando-se em uma razão matemática entre horas necessárias para produção do
bem pode-se chegar a uma ideia de custo de oportunidade, assim:
PCV tI = h tI /h tP PCV tI = 100/90          PCV tI = 1,11
Então, a Inglaterra leva 50% a mais em tempo para produção de vinho, ao inverter o
raciocínio, Portugal é ainda mais e�ciente, leva 66% do tempo gasto pela Inglaterra
para produção de vinho.
Embora, visivelmente, Portugal seja mais e�ciente que a Inglaterra, qual exportação
lhe seria mais bené�ca? Em qual produto Portugal poderia ser mais e�ciente ainda,
obtendo maior vantagem e lucro, auferindo um maior bem-estar a sua população?
Para a produção de tecido ser exportada à Inglaterra, Portugal ganhará,em horas
trabalhadas, 10%, mas ao exportar vinhos, este país ganhará 34%. Portanto, �ca
muito claro que, embora Portugal seja e�ciente em ambos os bens,é mais lucrativo
produzir e exportar vinhos e importar da Inglaterra tecido.
Tal decisão – Portugal especializar-se na produção de vinhos e a Inglaterra, na
produção de tecido – cria economias mais e�cientes a ambos os países.
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O que irá denotar a vantagem comparativa, então, será a medida do custo de
oportunidade que cada nação irá possuir, em termos de produção de um bem ou
serviço, ao menor custo, isto é, aquilo que for melhor produzir em determinado país,
sob a troca daquilo que seja menos adequado. Este é o elã da vantagem
comparativa.
Depreende-se,de forma inequívoca, que esta escolha tenderá a aumentar a
produtividade e obrigar a esta nação a adquirir bens em que não possua vantagem
comparativa de outros países, que a possuam. Esta concentração, de cada nação no
que lhe é mais produtivo, que lhe dê maior vantagem comparativa, gera uma
reordenação da produção, em níveis globais. 
"Dispomos, assim, de uma intuição essencial acercadas vantagens comparativas e o
comércio internacional: o comércio entre doispaíses pode bene�ciar a ambos países
se cada um exporta os bens os quaispossuima  vantagem comparativa”
Uma nação, ao produzir bens e serviços em que melhor possua vantagem
comparativa,ofertando-os ao mundo por meio de exportações, importando bens e
serviços que incorrem em maiores custos de oportunidade, está auxiliando ao
incremento do comércio mundial, sua própria riqueza e a de outras nações. Esta
especialização na produção e trabalho é o agente impulsionador para o aumento da
produção mundial, pois permite que cada país se especialize no que tem maior
vantagem comparativa, dando a oportunidade a outro país especializar-se de igual
forma.A tendência é que haja um aumento de transações entre as nações e,
consequentemente, aumento de riqueza e bem-estar.
Pelo princípio das vantagens comparativas pode-se compreender o porquê de a
produção mundial, nos dias atuais, ser fragmentada, com a emergência das
chamadas Cadeias Globais de Valor. Um dos fatores preponderantes foram as
decisões tomadas em Breton Woods e suas conseguintes implementações, que
desamarraram o comércio global e possibilitaram maiores IDEs – Investimentos
Diretos no Exterior.
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2.4 Teorema de Heckscher-Ohlin ou
teoria da Dotação de Fatores
Devido às transformações pelas quais passou o mundo após o advento das teorias
de Adam Smith e David Ricardo, novos pensamentos e conceitos foram ensejados. A
base �losó�ca de livre-mercado, liberalismo econômico e livre comércio, como
princípios, se mantiveram. No entanto, haveria que se introduzir o capital como fator
de produção, indo além apenas do trabalho, este já contemplado nas teorias
anteriormente pensadas. Assim, “o modelo de Heckscher e Ohlin acrescenta um
segundo fator de produção à teoria das vantagens comparativas.Por essa razão,
geralmente é denominado 2 x 2 x 2, ou seja, dois países produzem dois bens
utilizando dois fatores de produção”.Ou seja, a base teórica é a das vantagens
comparativas, mas com o acréscimo deuma variável ao estudo aperfeiçoando a ideia
de Smith e Ricardo. Esta variávelnada mais é do que a disponibilidade de fatores de
produção em determinadanação. 
Então,um país terá maior vantagem de produção quanto maior a disponibilidade de
insumos de produção, ou seja, com oferta de fatores a nação é mais e�ciente e tem
mais vantagens. Portanto, esta teoria traz à tona que um país há de especializa-se e
suprir o mercado global por meio de suas exportações com o bem o qual detém a
maior possibilidade de utilização de seus fatores de produção abundantes.
Não obstante, esta teoria levará em consideração, também, o fato de que os fatores
de produção são relativamente imóveis, ou seja, suas migrações são difíceis.Bem
como irá trabalhar com outras dotações de trabalho, capital e recursos naturais, até
mesmo a disponibilidade de tecnologia. Por exemplo, o Brasil tem uma
disponibilidade de terra – não é à toa que o agronegócio brasileiro é altamente
competitivo no mercado internacional –, e os EUA tem uma grande disponibilidade
de capital – por este motivo são os maiores em IDE no mundo.Ambos possuem boas
disponibilidades de recursos naturais.
Logo, a teoria preconiza que as nações irão ser especializadas em bens e serviços
mais propícios à disponibilidade de recursos, leia-se entre parênteses: dotação de
fatores.
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3. Internacionalização de Empresas
3.1 Os Negócios Internacionais
Um diretor da área �nanceira diria que o principal motivo para a internacionalização
seria o aumento das receitas provenientes de exportações e a entrada de receita em
moeda estrangeira, por meio de um investimento que se fará fora do país de origem
da empresa. Um gerente ou diretor de produção perceberia a ideia de viabilidade de
uma produção fora do país, ampliando as atividades da empresa, diversi�cando o
modo de produção. Os gestores de áreas comerciais entenderiam o processo como
sendo um meio de aproveitamento de uma oportunidade,atendimento de uma
demanda, criação de uma marca mundial e acesso a novos consumidores e
mercados.
“Os negócios internacionais referem-se ao desempenho de atividades de comércio e
investimentopor empresas através das fronteiras entre países. Como o aspecto mais
característico deste tipo de negócio é que ele atravessa as fronteiras nacionais,
também são denominados negócios inter fronteiras. As empresas organizam,
abastecem, fabricam, comercializam e conduzem outras atividades de valor
agregado em escala internacional. Elas buscam clientes estrangeiros e mantém
relacionamentos colaborativos com parceiros estrangeiros. Embora os negócios
internacionais sejam realizados sobretudo pelas empresas, também se envolvem
nesta transação os governos e os órgãos internacionais". CAVUSGIL, S. Tamer, p.3
A internacionalização irá mexer com todas as áreas de uma companhia. Há alguns
motivos inerentes à busca pelo mercado internacional, que dão um norte a se saber
o porquê da escolha em uma organização sair de sua área de conforto de uma única
operação em seu mercado interno, para se aventurar em uma operação
internacional onde se depara com culturas diferentes das suas e com nuances
diferentes daquelas de seu mercado pátrio.
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3.2 O processo de internacionalização
O que as empresas buscam é a abertura do mercado para seus bens ou serviços,
uma entrada em um mercado ainda não desenvolvido pela empresa, mas com
potencial de consumo para seus bens e serviços. Além da vontade de a empresa
conquistar este mercado há a motivação primordial de um negócio: aumentar a sua
riqueza por maior de maximização do lucro. Assim, um processo de
internacionalização procura um aumento de receitas por meio de vendas em outro
país que não seja o país de origem da empresa. Nosso foco neste curso serão as
formas de a empresa adentrar aos mercados mundiais.
A tendência de todas as companhias é a de reproduzir um modelo já bem-sucedido
em um mercado por ela já dominado. As empresas tendem a repetir as estratégias
aplicadas ao mercado interno no mercado externo, no entanto há alguns cuidadosa
serem tomados tendo em vista as possíveis diferenças culturais entre países oque
determina uma mudança de algumas nuances na formulação da estratégia
internacional. Comportamento e hábitos de consumo são diferentes entre nações,a
forma da comunicação com o mercado idem, uma logística e�ciente dentro de um
país pode ser totalmente ine�caz em outro – devido a sua infraestrutura. Ou seja, a
estratégia vencedora no mercado interno é tão somente um guia para o mercado
externo, deve se adaptá-la a cada nação ou bloco comercial.
Os processos de internacionalização de um negócio devem, antes de tudo, analisar o
risco de entrada em um mercado internacional. Trataremos mercado internacional
como país diferente do país pátrio da companhia. A empresa a �m de não incorrer
em prejuízos – ou seja, reduzir o valor de seu Patrimônio Líquido – deverá seguir
passos para redução dos riscos nesta nova operação. Assim, o primeiro passo que a
maior parte das empresas dá é a entrada pelo Comércio Eletrônico fazendo vendas
pela internet.
O limiar da internacionalização está ai, para bens ou serviços. Uma empresa possui
um site ou loja virtual e começa a fazer suas vendas no mercado internacional a
pessoas em outros países. Para tal faz uma logística expressados bens – seu volume
é ín�mo para um programa de logística integral melhor elaborado. E, ao efetivar suas
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vendas, tem o início uma modestíssima penetração de mercado. Poderá, ainda
assim, evoluir a um processo de exportação ou, ao menos, acender uma luz nos
gestores da empresa de que há um mercado potencial em algum outro lugar do
planeta Terra que não seja o seu país de origem.
Vejam que o risco do produtor dos bens é baixíssimo, proporcional ao seu
envolvimento com o comércio entre nações.
O que pode a vir a seguir é um processo de entrada real no Comércio Internacional: a
exportação de seus bens e serviços e, possivelmente, a importação de insumos à sua
produção, com vistas a reduzir o custo por meio de acesso a bens nos mercados
internacionais com preços mais competitivos. Esta empresa ainda não é uma EMN
(Empresa Multinacional), mas sim uma empresa que atua no comércio exterior de
bens e serviços.
3.3 Estratégias de Internacionalização
3.3.1 Exportações
As exportações já requerem certo grau de envolvimento com o mercado
internacional, dada a determinação de regras a serem seguidas –notadamente no
caso do Brasil. Além disso, uma equipe treinada para o trabalho dos processos de
exportação – legislação aduaneira, �nanças voltadas às venda são exterior
(pagamentos e recebimentos internacionais), promoção comercial,logística
internacional, em suma, um departamento focado no comércio exterior da empresa.
Um ponto importantíssimo é o suporte ao cliente e a prevenção ades
abastecimentos. Para tal, a área de produção da empresa deverá planejar sua
produção de modo a manter o suprimento contínuo e, como resultado de um bom
trabalho no mercado externo, um aumento de produção.
Este mesmo departamento poderá ter um grupo com foco em compras
internacionais e importações, visando nacionalizá-las. Como a empresa já se dedica
ao comércio exterior poderá dar um passo na busca por materiais e insumos mais
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competitivos no mercado internacional, com o objetivo de melhorar seu processo
produtivo – compra de novas tecnologias de países que as desenvolvem ou
máquinas e equipamento mais modernos – ou compra de insumos de produção a
menores preços – reduzindo o seu custo de produção.
As exportações, além de trazer um aumento de receita à empresa por uma demanda
latente e não atendida, servirão como uma espécie de sondagem da receptividade
dos bens e serviços neste novo mercado. Para mais,isto é menos arriscado, visto que
exige menor investimento se comparado ao IDE (Investimento Direto Estrangeiro). O
envolvimento com o mercado internacional ainda é baixo, o mesmo para o custo.
Com o sucesso deste ponto de evolução da companhia, ela tende a compreender
melhor o mercado internacional e poderá seguir à frente dando outro passo a sua
internacionalização. Notem que, para um novo passo, a empresa precisará entender
melhor este mercado e saber se seu potencial lhe permitirá alçar voos mais altos.
3.3.2 Licenciamento
Neste ponto, as exportações seguiram um excelente ritmo e a empresa vê a
vantagem em buscar um parceiro no exterior para fabricação de seus bens ou
representação de seus serviços no país-alvo. É, na verdade, um contrato entre duas
empresas em países distintos, onde uma cede direitos de fabricação,patentes e
alguns “segredos” de produção, e a outra que fabrica, distribui e vende os bens em
seu país pátrio.
Os motivos podem ser os mais diversos, desde o rompimento com alguma barreira
comercial – que aumentam os custos de exportar a este país-alvo – até a adequação
ao comportamento de compra dos nativos – preferem comprar produtos produzidos
em seu país.
Uma das vantagens deste tipo de contrato é o uso da estrutura deste parceiro no
exterior, já montada e com capilaridade neste mercado. Não obstante o fato de a
empresa passar a conhecer bem melhor este mercado externo,inclusive com um
maior experimento da cultura local.
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Mas tais contratos têm normalmente tem uma vida curta, seja porque o “dono”
externo do produto pode desenvolver um novo fabricante, seja porque ele pode
sentir que já é hora de montar sua própria operação no exterior. Esta é uma de suas
desvantagens. A outra se refere à questão de a empresa não ter muito controle de
seu produto no exterior, principalmente noque diz respeito aos canais de vendas.
Pode-se colocar o bem em canais que não condigam com o staus quo real da marcae, com isso, destruir a sua reputação e posicionamento.
3.3.3 Contrato de fabricação ( assembly )
Uma variante do licenciamento.
É o famoso assembly . Uma marca busca um fabricante para seus produtos em outro
país que lhe oferece a vantagem competitiva de custos, transfere toda a sua
produção (montagem de seu bem) a este país e �cando no pátrio com o centro de
decisões – design de produtos, gestão do negócio, toda a parte criativa e pensante da
organização.Ou seja, o assembly �ca a cargo da parte menos lucrativa e rentável do
negócio em uma cadeia global de valor.
Nas próximas unidades, nós veremos mais detalhes de como realizar cada uma
dessas atividades acima.
3.3.4 Franchising| Franquias
Internacionais
Aqui temos a exportação de marcas já consolidadas em seus mercados e que são
licenciadas a empreendedores no exterior que de sejam desenvolver estes negócios
já vencedores em seus países natais.
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A grande vantagem desde modelo de internacionalização é contar com um
empreendedor local que estará disposto a “tocar em frente” uma marca com
dedicação, pois ele está comprometido com o sucesso do negócio. E também o fato
de ser um negócio cujo investimento pode ser pulverizado entre o proprietário da
marca e os franqueados, reduzindo a necessidade de a porte capital a sua
implantação.
É uma grande ferramenta de conhecimento de mercados internacionais, visto que se
criam alguns pontos de venda no país-alvo, alguns inclusive em localizações de
rendas e comportamentos de consumos distintos. A empresa poderá ter um big data
que futuramente lhe será útil para entender este país, seu padrão de consumo e o
potencial deste mercado.
Forma de internacionalização que mais cresce no mundo!
3.3.5 Investimento
Um novo passo em um processo de internacionalização de negócios. A empresa
coloca uma parte sua no mercado externo. Uma ousadia!Nascem os investimentos
fora do país, a empresa realmente torne-se uma EMN(Empresa Multinacional), pois
tem uma participação em um negócio ou compra o total de ações de uma empresa,
até aqui temos o que o pessoal do mercado �nanceiro internacional chama de
brown�eld ,ou seja, um investimento já pré-existente, a empresa compra uma
operação já existente. A ousadia �nal é quando uma empresa se une a outra criando
uma organização nova no exterior. Ou então se faz um investimento a partir do zero
em uma nova operação no país-alvo, temos neste caso o green�eld , investimento a
partir do alicerce do negócio em uma terra estrangeira.
Notem que neste momento o comprometimento da empresa é total com este “novo”
mercado.A empresa acredita neste mercado – depois de passar por outras etapas de
internacionalização – e faz um investimento de longo prazo por lá.  Quando os
governos falam em entrada decapitais estrangeiros é este investimento produtivo
que gera empregos e delongo prazo que os governos prezam muito.
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3.3.6 Jointventures
Uma excelente forma de partilha de riscos internacionais –�nanceiros e políticos.
Duas empresas se associam para investir na criação ou na compra de uma operação
no exterior a �m de conseguirem sinergias neste processo. As companhias irão
trabalhar juntos em prol do sucesso neste novo mercado, aprender com ele e obter
receitas extras com o atendimento a uma demanda internacional não atendida.
Dividem não só os ônus do negócio – risco, custos – mas também os bônus, lucros.
3.3.7 Parceriasestratégicas globais
Esta é uma forma de internacionalização bastante interessante, pois não preconiza
um investimento externo tão elevado, mas sim ouso de uma estrutura de um
parceiro em outro país. São as empresas na mesma indústria ou mesmo ramo de
negócios, cada qual com suas sedes em seus respectivos países, em alguns casos a
presença se dá com pequenas unidades, que se unem globalmente com objetivo de
compartilharem vendas, clientes, produtos,serviços e cooperação tecnológica. Notem
que há uma total independência das empresas, cada um é dono de seus negócios,
não há compra de ações de umas comas outras, participações de capital, formação
de outra empresa, etc, há apenas benefícios mútuos e repartidos entre os membros.
Com relação à atuação em um mercado global, tais empresas buscam também a
troca de conhecimentos sobre seus mercados nacionais. Assim gozam de maior
e�ciência de produção, inovações, redução nos custos de marketing e acesso a uma
cadeia de fornecedores maior, a nível global. A sinergia desta forma de cooperação
entre empresas cria um aumento de lucro –devido à e�cácia da forma de entrada no
mercado externo, investimento baixo e pelo acesso a fornecedores de bens e
serviços a nível mundial, dando opções às empresas a buscarem melhores preços de
fornecimento.
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3.3.8 IDE e Participações
Há duas distintas formas de entrada no mercado internacional com investimento
direto. O IDE, na verdade, é a criação de uma subsidiária internacional de um
negócio, como início de uma operação direta no estrangeiro.
Fora a discussão acerca da utilização do capital – se próprio ou de terceiros – a qual
�ca no campo das Finanças Internacionais, a empresas que se tornem multinacionais
põem seguir o caminho do brown�eld ,com aquisição total de ações, de parte do
capital de um negócio ou por meio de fusões com outra empresa no exterior. Já
havendo um investimento feito o que se faz é comprar uma parte, o total deste ou
então fundir empresas de nações diferentes.
A formação de uma empresa a partir do zero com transferência total de capital (ou
parte acessada via mercado �nanceiro internacional) é conhecida por green�eld .
Nesta modalidade, a EMN cria a sua operação no exterior sem se preocupar com
compra acionária ou fusão. Há total investimento de capital de uma empresa, mas
este poderá ser próprio ou por meio do mercado �nanceiro internacional – taxas de
juros e prazos mais acessíveis.
A maior motivação será o aumento do Patrimônio Líquido do negócio. Com exceção
do aspecto comercial, que visará à ampliação do mercado consumidor e imagem da
empresa.
Por estes motivos, é tão importante a empresa iniciar a sua internacionalização pelas
etapas menos arriscadas – exportação, licenciamento etc. Isso vai lhes dando
segurança e conhecimento do mercado antes de �ncar raízes.
Os processos de internacionalização de negócios têm crescido de três décadas para
os nossos dias, inclusive no Brasil. Isso devido a algumas tendências internacionais
como a criação e desenvolvimento de grandes marcas, com fabricação e vendas em
diversas partes do mundo, a criação de grandes blocos regionais, formando enormes
mercados consumidores e facilitando o trânsito de mercadorias por diversos países.
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3.4 Análise de negócios e tendências
internacionais
3.4.1 Do que se tratam os negócios
internacionais
Ao se falar de negócios internacionais, internacionalização de empresas,
transformação de empresa nacional e multinacional, temos que suas traduções
lógicas é, em verdade, falarmos na diversi�cação de um negócio – um outro mercado
a ser explorado, que proverá outros rendimentos e ganhos a empresa – e um
investimento �nanceiro em uma nova operação da empresa – fora do país, fadado a
impactos referentes a questões político-legais, cultura,taxas de câmbio, e regras de
negócios diferentes.
3.4.2 O que é um IDE –Investimento
Direto no Exterior
Em primeiro plano deve-se entender que o IED é um investimento de longo prazo,
um investimento em produção e comercialização em outro país. Ninguém adquire
uma empresa no exterior ou inicia um projeto de uma �lial ou nova fábrica em um
país estrangeiropor pouco tempo. A ideia geral é �ncar raízes neste mercado. O
investimento direto estrangeiro nasce quando uma empresa decide investir capital
em outro país que não o seu de origem. Como anteriormente explicitado, isto não
acontece da noite para o dia. As EMNs passam por algumas etapas até chegarem a
montar toda uma estrutura em outro país, que não envolva investimento de capital
pesado, como o visto no IED.
A ideia primaz do IED é um aumento do capital de uma EMN. Isto se deve ao fato de
a empresa adquirir ativos voltados às operações no exterior,bem como com os �uxos
de caixa referentes à operação neste novo mercado. Estas são as expectativas da
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empresa, é por este caminho que seguirá o seu planejamento estratégico e análise
de investimentos.
O IDE assume duas formas distintas: o brown�eld e green�eld. O primeiro refere-se às
fusões e aquisições, parte de uma operação já existente no país alvo e os quais são
adquiridos pela EMN – normalmente este movimento sedá por compra de ações ou
troca de ações entre empresas. O segundo é o investimento feito partindo do zero, a
EMN constrói toda a estrutura de sua subsidiária no exterior com transferência de
capital e compra de novos ativos.
Mas é sabido que para todo retorno há um risco diretamente proporcional – quanto
maior o risco, maior deve ser o retorno – os CFOs devem procurar avaliar muito bem
onde fazer IDE maximizando o retorno e minimizando o risco. O objetivo é o de
maximizar a riqueza da EMNs. Para tal alguns instrumentos de análise de
investimento e o histórico do processo de internacionalização deverão ser levados
em conta, analisados, estudados para a decisão �nal.
3.4.3 Análise na entrada em mercados
internacionais
As Teorias de Internacionalização nos apresentam as formas como as EMNs iniciam-
se no mercado externo, excetuando-se as empresas Born Globals (Nascidas Globais)
o normal é um início por vendas na internet,seguindo-se a exportações (importações
de insumos e bens de capital, em alguns casos). Com o sucesso de penetração de
mercado das exportações, a tendência é ade buscar uma empresa fabricante no país
alvo para que fabrique e venda seus produtos, parte-se então para um contrato de
licenciamento. Notem que o envolvimento com o mercado ainda é de fornecimento
de bens ou uso de uma instalação estrangeira para produção e vendas. A empresa
ainda não transferiu capital a este país alvo.
Muitas vezes a EMN se depara com algumas barreiras comerciais em suas
exportações, ou então custos logísticos que se tornaram extremamente
dispendiosos, mesmo em um mercado que vinha sendo muito promissora ela. Nasce
aí um motivo para dar um passo à frente. O licenciamento tem um histórico de ser
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uma parceria muito curta, não obstante o fato de ter alguém cuidando de um
produto que é de propriedade da EMN e do pouco controle do mercado.
Mas porque a EMN decide e é motivada ao IED? Aumento da riqueza da empresa,
conquista de novos mercados e possibilidade de ganhos de escala de produção, sim!
O primeiro motivo sem dúvida será o aumento da rentabilidade, visto ser este o
objetivo das Finanças Corporativas,consequentemente o aumento da riqueza dos
acionistas ou proprietários do negócio. Além disso, um IED gera investimento em
ativos operacionais em outro país, estes ativos irão gerar vendas de bens e serviços,
�uxos de caixa e lucro, que o todo ou a parte será revertida a matriz como forma de
remuneração pelo capital investido. Com ganhos de escala pode-se reduzir os custos,
ou então o país an�trião pode revelar alguma vantagem competitiva a EMN que a
ajude a aumentar a sua rentabilidade. Um mercado consumidor maior e melhor
atendido cria mais vendas, melhor posicionamento de marca e mais consumidores
que gostam e con�am no produto, resumo da ópera: maior rentabilidade!
Há alguns fatores preponderantes para motivar a empresa em sua
internacionalização.
I. Motivos Relacionados à
Receita
Atração de Novas Formas de Demanda
Entrada em Mercados Lucrativos
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Explorar Vantagens de Monopólios
Diversificação Internacional
II. Motivos Relacionados aos
Custos
Benefícios da Economia de Escala
Utilização de Fatores de Produção Internacionais
Uso de insumos estrangeiros
Uso de Tecnologia Estrangeira
Reação a Variações Cambiais
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4. O Risco-país
Ao longa desta unidade falamos muito de recursos. Você sabe de�nir recursos? O
risco-país refere-se ao ambiente de negócios, econômico e político de uma nação em
particular. Cada uma tem o seu nível de risco, dadas as suas características,
momento histórico, econômico ou político.
Para as �nanças de uma EMN, estas questões ambientais serão um impacto negativo
nos �uxos de caixa de sua subsidiária. Além disso, é com base no risco-país que a
empresa que desejem se internacionalizar irão fazer uma análise se o projeto poderá
ser implementado ou não. Com isso, incorporará o grau – o percentual –de risco-país
em seu orçamento de capital a �m de apurar a viabilidade do projeto.  Assim, torna-
se extremamente importante os CFOs analisarem minuciosamente o risco-país a �m
de que possam tomar uma decisão de investimento em determinado país de forma
mais escorreita e minimizando o impacto dos riscos em seus negócios.
Para as �nanças de uma EMN, estas questões ambientais serão um impacto negativo
nos �uxos de caixa de sua subsidiária. Além disso, é com base no risco-país que a
empresa que desejem se internacionalizar irão fazer uma análise se o projeto poderá
ser implementado ou não. Com isso, incorporará o grau – o percentual –de risco-país
em seu orçamento de capital a �m de apurar a viabilidade do projeto.  Assim, torna-
se extremamente importante os CFOs analisarem minuciosamente o risco-país a �m
de que possam tomar uma decisão de investimento em determinado país de forma
mais escorreita e minimizando o impacto dos riscos em seus negócios.
I. Riscos Políticos
Este poderá impedir a atuação, desempenho e, até, a implantação de um negócio em
um país estrangeiros de forma a prejudicar, no todo ou em parte, o investimento de
uma EMN no país. Por este motivo, há a necessidade em ajustar a taxa de retorno do
investimento ao risco-país, a �m de que este risco esteja coberto. Comisso, de acordo
com o nível de risco de determinada nação, a taxa de retorno será mais alta ou então
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mais baixa.Assim,o risco político deve ser analisado sob o prisma de duas distintas
dimensões.Uma delas diz respeito ao risco macro, o qual será um risco onde todas as
empresas que desejem ingressar neste país estarão sujeitas, logo um risco
sistemático e, portanto, não diversi�cável. Serão os riscos especí�cos do país. O
outro risco político será o especí�co aos negócios da empresa (setor ou um
projeto),tratam-se dos micro riscos. Estes serão então os riscos não-sistemáticos,
comisso, diversi�cáveis. 
Os principais macro riscos políticos são:
Comportamento de compra dos nativos
Ações do Governo Anfitrião | Local
Bloqueio de Transferência de Fundos
Inconversibilidade Cambial
Guerras
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Excesso de Burocracia | Ineficiência Burocrática
Expropriação
Conflitos étnicos
I I. Riscos Financeiros
Crescimento econômico
Taxa de juros
Taxas de câmbio
Inflação
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4.1 O Risco das diferenças culturais
Fora os desa�ose quebra de paradigmas comerciais, político-legais, �nanceiros, há
um dos grandes riscos relacionados à internacionalização de um
negócio:compreender, adaptar-se e mesclar-se a cultura local de um país alvo. Tal
questão con�gura-se em um risco a empresa entrante e é o risco intercultural.
“De�ne-se o risco intercultural como uma situação ou acontecimento em que a má
interpretação cultural coloca algum valor humano em jogo. O risco intercultural
surge com frequência nos negócios internacionais devido à herança cultural
diferente dos participantes".
Tais questões não estão somente ligadas à entrada da organização no país-alvo. Há
toda uma questão de adaptação de comunicação com o mercado, a forma como
gerenciar pessoas, o tratamento das informações sobre desejos e necessidades de
clientes, tudo isto terá diferenças, na maior parte dos casos. A atenção dos gestores
internacionais a não criar uma visão estereotipada do mercado internacional alvo é
muito importante, principalmente na fase de pesquisa e mapeamento deste novo
mercado.
A di�culdade de adaptação cultural é uma das barreiras à internacionalização, tal o é
que os estudos de internacionalização da Escola de Uppsala levam isto em
consideração no quesito proximidade psicológica, onde alguns negócios tendem a se
internacionalizarem a países com padrões culturais mais próximos do país pátrio.
Um grande exemplo é a internacionalização de empresas brasileiras na Argentina e
Uruguai, tendo em vista a proximidade cultural – mas com algumas diferenças
signi�cativas – entre estes países sul-americanos como Brasil.
É obvio que os processos de integração econômica, como é o caso do
Mercosul,ajudam a reduzir este risco intercultural, pois tais processos abrem os
mercados dos países participantes, permitindo uma maior integração entre culturas
e o conhecimento mútuo dos mercados dos participantes do processo de integração.
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No mundo atual, é largamente percebida a emergência de empresas que, por já
nascerem globais ou terem uma visão de atendimento as demandas globais, tem
uma capilaridade enorme nos gostos e preferências de consumidores das mais
diversas partes do globo terrestre. São as empresas born globals dedicadas,
mormente, a serviços e as que desenvolvem produtos globais. Uma mudança,
signi�cativa no comportamento de consumo mundial vista nos últimos 30 anos.
4.2 Tendências – Brasil e Mundo
Empresas born globals
Produtos globais
Possível abertura comercial brasileira
Síntese
Chegamos ao �m desta unidade. Aprofundamos nosso conhecimento acerca da
lógica de realização de negócios no plano internacional do comércio, seja entre
empresas individuais, seja entre nações. Dentro desta temática, observamos
elementos desde quanto a internacionalização, as vantagens do comércio
internacional para as nações até os riscos de se fazer negócios ou em outros países
ou com outros países. Até a próxima unidade. 
Neste livro você teve a oportunidade de:
Delimitar o ambiente internacional que aporta os negócios nos sécs. XX e XXI;
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Entender as especi�cidades e reações possíveis ao processo de internacionalização
de empresas;
Compreender e conhecer as teorias que servem de fundamento ao comércio
internacional;
Determinar os benefícios e observações quanto à constituição de relações de
comércio entre nações;
Veri�car diversas tendências e estratégias quanto à internacionalização de empresas;
·Entender os riscos inerentes ao processo de internacionalização de um negócio;
Compreender como o arranjo físico é importante para os diversos tipos de sistema
de produção.
Reconhecer os tipos de arranjos: em linha, funcional, posição �xa, celular e misto.
Entender que gerir recursos materiais e patrimoniais faz parte de uma boa
administração da produção.
Download do PDF da unidade
Bibliografia
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GOMES, Mércio Pereira. Antropologia: ciência do homem – �loso�a da cultura.
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