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Prof° Newton Chwartzmann newtonc@ufrgs.br CONSTRUÇÃO CIVIL II - AIM0217 Introdução aos conceitos básicos de concreto 2019 1 INTRODUÇÃO Os materiais cimentícios podem ser considerados como os mais importantes de todas as épocas das civilizações humanas. Segurança (habitações, fortificações). Higiene (obras sanitárias, aquedutos, barragens). Transporte (rodovias, pontes). Ensino e saúde (escola, hospitais). Obras públicas (museus, palácios). 2 3 INTRODUÇÃO O concreto de cimento Portland é o mais importante material estrutural e de construção civil da atualidade. Pode ser considerado como uma das descobertas mais importantes da história do desenvolvimento da humanidade e sua qualidade de vida. 4 INTRODUÇÃO Sua descoberta no fim do século XIX e seu intensivo uso no século XX, (material mais consumido pelo homem depois da água), revolucionou a arte de projetar e construir estruturas ao longo da história da humanidade. 5 BREVE HISTÓRICO O grande impulso tecnológico acontece depois do desenvolvimento do cimento pelo britânico Joseph Aspdin. Aspdin batizou seu produto com o nome Cimento Portland, recebendo a patente em 1824. As características do cimento associadas as pesquisas dos últimos anos tem permitido obras mais esbeltas e com linhas arrojadas. 6 BREVE HISTÓRICO Atribui-se a descoberta do concreto armado a Joseph-Louis Lambot, um agricultor francês, que em 1849 realizou a construção da primeira estrutura de concreto armado: um barco. 7 BREVE HISTÓRICO A primeira ponte de concreto armado (que ainda existe) foi construída por Joseph Monier em 1875, no castelo Chazelet. 8 BREVE HISTÓRICO Em 1876, William E. Ward construiu uma casa inteira em concreto, à exceção de portas e janelas. Pisos foram armados com barras circulares de aço dispostas ortogonalmente a perfis metálicos (perfis I) embebidos em concreto. 9 Port hester, Nova Iorque BREVE HISTÓRICO Em 1899 o engenheiro François Hennebique, que também projetou e construiu a primeira ponte de concreto armado na cidade de Châtellerault (França), mostrou que havia resolvido os problemas de ligação e engastamento entre vigas, pilares e lajes. Para demonstrar as vantagens e segurança desse novo sistema construtivo, ele projetou e construiu o primeiro edifício totalmente de concreto armado, com pilares, vigas e lajes. 10 Ponte Camile-de-Hogues 11 BREVE HISTÓRICO Hennebique demonstrou ser possível, seguro e durável, substituir as paredes portantes por paredes de vedação e os pisos metálicos ou de madeira por lajes de concreto armado. Em 1901 construiu em Paris um edifício de 7 andares onde fez sua residência e seu escritório de negócios. 12 13 BREVE HISTÓRICO O Ingalls Building, em 1903, foi o primeiro arranha-céu construído em concreto armado, com 16 andares. Projeto da firma de arquitetura Elzner & Anderson teve a estrutura de concreto feita executada com o sistema de lajes planas. 14 O Ingalls Building Em Cincinnati, Ohio. 15 Palacio Salvo – primeiro arranha ceú em concreto armado do mundo, com 95m de altura. Inaugurado em 1928, em Montevidéu. Arq. Mario Palanti 16 17 Inaugurado em 1947 o MASP possui um corpo principal pousado sobre quatro pilares laterais com um vão livre de 74 metros. 18 Inaugurado em 1989 o Rungrado May Day, em Pyongyang, na Coreia do Norte é o maior de estádio de futebol do mundo. Tem capacidade para 150000 espectadores. 19 Inaugurado em 2002 em São Paulo, o Hotel Unique possui um arco invertido que parece estar suspenso no ar sustentado por duas empenas de concreto. 20 Inaugurado em janeiro de 2010, o Burj Khalifa, em Dubai possui 828 metros de altura, 160 andares e foi recorde mundial no uso de concreto bombeado – 605m. 21 Inaugurada em 2011 a Ponte Qingdao Haiwan, na China, é a maior ponte do mundo, com 42,5 km de extensão. Foram consumidos 2,3 milhões de metros cúbicos de concreto. 22 Inaugurada em 2012 a Three Gorges (Três Gargantas) é maior hidrelétrica do mundo, com 2,5 km de extensão. 23 Inaugurado em 2013 o “De Rotterdam” são três torres projetadas pelo escritório OMA, na Holanda. Abriga apartamentos, escritórios, hotéis, restaurantes e cafés, além de um estacionamento público. 24 Shangai Tower inaugurado em 2015, conta com cerca de 632 metros de altura, divididos em 128 andares. 63 mil m³ bombeados em 60 horas. 25 Inaugurado em dezembro de 2015 - Museu do Amanhã no Rio de Janeiro - 22 mil m³ de concreto armado 26 Produção Mundial de cimento Fonte: USGS:Mineral Commodity Summaries 2014; SNIC, 2014. INTRODUÇÃO O mercado do cimento no Brasil é atualmente composto por 24 grupos cimenteiros, nacionais e estrangeiros, com 100 plantas produzindo, espalhadas por todas as regiões brasileiras. A capacidade instalada calculada do país já ultrapassa os 100 milhões de toneladas por ano (dados de 2017). 27 fonte: http://cimento.org/cimento-no-brasil/ 28 PRINCIPAIS RAZÕES PARA O USO DO CONCRETO Excelente resistência à água: fundações; muros; coberturas; pavimentos; tubos, canais, barragens; viadutos, pontes, etc. 29 Usina Hidrelétrica de ITAIPU 30Hidrelétrica de Itaipu 31 32 Facilidade de execução em diferentes formas e tamanhos: Consistência plástica; Fôrmas pré-fabricadas em diferentes formatos; Solidificação após algumas horas; Torna-se uma massa resistente; As fôrmas podem ser reutilizadas. 33 PRINCIPAIS RAZÕES PARA O USO DO CONCRETO Museu de arte contemporânea de Niterói/RJ 34 Museu Oscar Niemayer – Curitba/PR 35 36 Plataformas de petróleo em concreto 37 Canadian National Tower Relativamente barato: (US$100 a US$200 por tonelada); Disponibilidade de materiais na maior parte do mundo; Produção requer menor consumo de energia, comparado à maioria dos outros materiais; Reciclagem de alguns resíduos industriais colocados no concreto em substituição ao material cimentante ou agregados. 38 PRINCIPAIS RAZÕES PARA O USO DO CONCRETO DEFINIÇÃO DE CONCRETO Mehta (1994): “concreto é um material composto que consiste essencialmente de um meio contínuo aglomerante, dentro do qual estão mergulhadas partículas ou fragmentos de agregados.” 39 CARACTERÍSTICAS DO CONCRETO No estado endurecido, o concreto apresenta: boa resistência à compressão; baixa resistência à tração; comportamento frágil, isto é, rompe com pequenas deformações. 40 CARACTERÍSTICAS DO CONCRETO As principais restrições do concreto são: Retração; Baixa resistência à tração; Pequena ductilidade; Fissuração; Peso próprio elevado; Custo de formas para moldagem; Corrosão das armaduras (concreto armado). 41 CONCRETO ARMADO União do concreto simples com uma armadura, usualmente constituída por barras de aço. Os dois materiais devem resistir solidariamente aos esforços solicitantes. Essa solidariedade é garantida pela aderência. Foi patenteado em 1892 pelo francês François Hennebique. 42 CONCRETO ARMADO CONCRETO ⇒ COMPRESSÃO AÇO ⇒ TRAÇÃO 43 CONCRETO ARMADO Trabalho conjunto do concreto e aço: Aderência Coeficientes de dilatação térmica são praticamente iguais: concreto = 1,0 x 10-5 m/m/°C aço = 1,2 x 10-5 m/m/°C Proteção contra a corrosão da armadura: física química (ph do concreto 12 a 13,5) 44 CONCRETO ARMADO Vantagens Facilmente adaptávelàs formas (é lançado em estado semi-fluido, abrindo muitas possibilidades para a concepção arquitetônica); Economia nos custos de manutenção (na maioria dos casos não necessita de proteção especial); Boa resistência a choques e vibrações; 45 CONCRETO ARMADO Vantagens Facilidade e rapidez na construção (uso de peças pré-moldadas); Durabilidade elevada ( manutenção preventiva simples e debaixo custo); A Resistência a compressão do concreto aumenta com a idade. 46 CONCRETO ARMADO Desvantagens Peso-próprio elevado (peso específico = 25 kN/m3); Fissuração inerente à baixa resistência à tração do concreto; Dificuldade em adaptações posteriores; Mau isolante térmico e acústico; Consumo elevado de formas convencionais e execução lenta, devido aos prazos de retirada das mesmas (concreto moldado no local). 47 48 CONCRETO ARMADO PERSPECTIVAS FUTURAS Em mais de 100 anos, o concreto superou todos os limites e fronteiras do conhecimento em engenharia de projeto e construção. É mais novo material de construção estrutural que ainda se encontra em franca evolução, não sendo possível prever seu futuro e nem definir seus limites. CAD 49 50 Criado em 2001, na Hungria, o concreto translúcido começa a ser testado no Brasil. Dois centros de pesquisa já conseguiram desenvolver o material no país. Cingapura cria concreto mais flexível e confronta asfalto. O ConFlexPave é mais flexível que o concreto convencional, porém conservando as principais características do material: resistência e durabilidade. 51 O concreto permeável alcança durabilidade comparável com o concreto convencional e seus vazios filtram as águas pluviais. 52 PERSPECTIVAS FUTURAS Já existem no mundo aproximadamente 500 edificações construídas, ou em construção, que usam concreto de última geração. Sua característica é atingir vida útil de até 250 anos e suportar pressões iguais ou superiores a 155 MPa. Esse tipo de concreto possui características autoadensáveis. 53 54 COMPONENTES DO CONCRETO COMPONENTES DO CONCRETO O concreto de cimento Portland deve conter cimento, água e agregados, além da possibilidade de contar com aditivos, pigmentos, fibras, agregados especiais e adições minerais. A proporção (traço) entre os diversos constituintes é buscada pela tecnologia do concreto, para atender os requisitos tanto no estado fresco quanto no endurecido. 55 COMPONENTES DO CONCRETO Composição do concreto: Meio aglomerante: cimento hidráulico + água; Agregados: material granular como areia, pedregulho, pedra britada ou escória de alto forno. Para concretos especiais pode-se adicionar aditivos, corantes ou fibras para alterar suas características. 56 COMPONENTES DO CONCRETO PASTA : Cimento + Água 57 COMPONENTES DO CONCRETO ARGAMASSA : Cimento + Água + Areia 58 COMPONENTES DO CONCRETO Concreto Cimento + Água + Areia + Pedra britada 59 60 AGREGADOS AGREGADOS Os agregados são considerados materiais inertes e constituem 60 a 80% do concreto. (+ baratos). Os agregados devem atender a três condições: 1) apresentarem resistência a compressão e ao desgaste; 61 AGREGADOS 2) serem estáveis nas condições de exposição do concreto, não contendo materiais com efeitos prejudiciais (ex: argila, silte, sais, matéria orgânica, etc.); 3) Serem graduados, de modo a reduzir o volume da pasta, que deve encher os espaços entre os agregados. 62 AGREGADOS Granulometria é a distribuição, com sua quantificação em peso, por tamanhos das partículas de uma amostra que compõe um agregado (NBR NM 248-2003). Para se obter um concreto com qualidade as granulometrias dos agregados devem ser conhecidas e controladas para se obter um proporcionamento correto. 63 AGREGADOS Módulo de Finura É determinado pela soma das porcentagens retidas acumuladas em massa de um agregado, nas peneiras de série normal, dividida por 100. O módulo de finura de um agregado é maior quanto maior forem as partículas deste. 64 AGREGADOS Os agregados podem ser divididos em: graúdos: todo o agregado que fica retido na peneira de número 4 (malha quadrada com 4,8 mm de lado); miúdos: o que consegue passar por esta peneira. 65 66 AGREGADOS MIÚDOS As areias são divididas em: grossas, médias, finas e muito finas, conforme o valor de seu módulo de finura (soma das porcentagens retidas acumuladas nas peneiras da série normal). areia grossa: módulo entre 3,35 e 4,05 areia média: módulo entre 2,40 e 3,35 areia fina: módulo entre 1,97 e 2,40 areia muito fina: módulo menor que 1,97 67 68 69 AGREGADO GRAÚDO As britas são classificadas conforme os tamanhos das partículas componentes (diâmetros mínimos e máximos): Brita 0: 4,8 a 9,5mm Brita 1: 9,5 a 19mm Brita 2: 19 a 25mm Brita 3: 25 a 50mm Brita 4: 50 a 76mm Brita 5: 76 a 100mm 70 AGREGADO GRAÚDO 71 CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS MÍNIMAS DO AGREGADO Resistência à compressão Resistência à abrasão módulo de elasticidade são propriedades interligadas que impactam na qualidade do concreto e são muito influenciadas pela porosidade do agregado, dependendo do tipo de rocha. 72 73 RESISTÊNCIA À ABRASÃO DE UM AGREGADO BRAINSTORMING CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DO AGREGADO Resistência à compressão É um dos dados utilizados no cálculo estrutural. Unidade de medida é o MPa (Mega Pascal), sendo: Pascal: Pressão exercida por uma força de 1 newton, uniformemente distribuída sobre uma superfície plana de 1 metro quadrado de área, perpendicular à direção da força. Mega Pascal (MPa) = 1 milhão de Pascal = 10,1972 Kgf/cm². exemplo: Fck = 30 MPa significa uma resistência à compressão de 305,916 Kgf/cm². 74 CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DO AGREGADO Resistência à abrasão Também chamada de resistência ao desgaste, propriedade do concreto que depende do agregado. A resistência à abrasão mede a capacidade que tem o agregado de não se alterar quando manuseado (carregamento, basculamento, estocagem). 75 CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DO AGREGADO Módulo de elasticidade É um parâmetro mecânico que proporciona uma medida da rigidez de um material sólido. Pode ser obtida da razão entre a tensão exercida e a deformação sofrida pelo material. Quanto maior esse módulo, mais rígido é o material. 76 77 ADITVOS ADITIVOS São materiais adicionados aos ingredientes normais do concreto, durante a sua mistura, para obtenção de propriedades desejáveis tais como: aumento da plasticidade; controle do tempo de pega; controle do aumento da resistência, etc. 78 PRINCIPAIS TIPOS DE ADITIVOS a) Plastificantes Deixar o concreto mais plástico (mole) sem adição de mais água na mistura. Ou reduzir a quantidade de água do concreto, mantendo-se a mesma trabalhabilidade (concretos mais resistente sem a colocação de mais cimento). 79 PRINCIPAIS TIPOS DE ADITIVOS c) Superplastificantes O mecanismo físico-químico é um pouco diferente dos plastificantes. A eficiência na redução da água de mistura necessária para trabalhabilidade é muito maior, porém o seu efeito dura bem menos tempo que o dos plastificantes. 80 USO DE SUPERPLASTIFICANTE 81 PRINCIPAIS TIPOS DE ADITIVOS b) Incorporadores de ar: Produzem minúsculas bolhas de água na mistura e tem efeito plastificante da mistura fresca. Muito utilizados em países de clima frio para formação de espaços vazios para que os cristais degelo que se formam internamente durante o inverno encontrem espaço para se alojarem. 82 USO DE INCORPORADORES DE AR 83 PRINCIPAIS TIPOS DE ADITIVOS d) Retardadores de pega Agem na superfície dos grãos de cimento fazendo com que a partícula se dissolva mais lentamente na água de mistura. Seu efeito é o de prolongar o tempo que o concreto fresco pode ser transportado, lançado e adensado. 84 ADITIVOS 85 86 AGLOMERANTES AGLOMERANTES Substâncias ligantes capazes de unir fragmentos ou massas de materiais sólidos em um corpo compacto. Existe um grande número de substâncias diferentes entre si, com poucas características em comum, a não ser sua capacidade aglutinante. 87 AGLOMERANTES Cimentos hidráulicos: aglomerantes que não só endurecem pela reação com a água, mas também formam um produto resistente à água (ex: cimento comum). Cimentos não-hidráulicos (ou aereos): aglomerantes resultantes da calcinação da gipsita ou carbonatos de cálcio. Seus produtos de hidratação não são resistentes à água (ex: cal e gesso). 88 CAL É o aglomerante mais antigo usado pela humanidade. É um aglomerante aéreo, ou seja, possui baixa resistência à exposição continuada à água. Seu endurecimento, quando comparado ao cimento Portland ou ao gesso, é muito lento. 89 CAL Os produtos produzidos com a cal apresentam uma resistência muito baixa e um módulo de elasticidade pequeno. Módulo de elasticidade é um parâmetro mecânico que proporciona uma medida da rigidez de um material sólido. 90 CAL Devido às suas características únicas, a cal é muito utilizada na construção civil: em argamassas (assentamento e revestimentos); em concretos asfálticos; produção de isolantes térmicos; blocos sílico-calcáreo; pinturas à base de cal. 91 O QUE É A CAL? Um aglomerante inorgânico, produzido a partir de rochas calcarias, composto basicamente de cálcio e de magnésio, e se apresenta na forma de um composto muito fino. O endurecimento da cal ocorre por reação com o CO2 (dióxido de carbono). 92 O QUE É A CAL? Existem duas formas de cal no mercado: Cal virgem – deve ser hidratada para uso (reação expansiva). Cal hidratada – pronta para uso. 93 PRODUÇÃO DA CAL 1) Extração da matéria-prima e britagem; 2) Seleção da faixa granulométrica ótima e transporte para o forno; 3) Calcinação; 4) Moagem; 5) Armazenamento da cal virgem; 6) Hidratação e moagem; 7) Ensacamento e distribuição. 94 PRODUÇÃO DA CAL 95 RETENÇÃO DE ÁGUA A Cal contribui para a hidratação do cimento: Auxilia na retenção de água quando a argamassa é aplicada sobre uma base absorvente, ampliando o tempo de acabamento; Favorece a resistência de aderência (propriedade exigida de uma argamassa de assentamento e/ou revestimento). 96 RETENÇÃO DE ÁGUA NBR 9290/96 A retenção de água é considerada uma propriedade básica no emprego da cal em argamassas. Fisicamente, ela é causada por sua elevada área superficial (adsorção). 97 APLICAÇÕES 98 GESSO Mineral aglomerante produzido a partir do aquecimento da gipsita, um mineral abundante na natureza, e posterior redução a pó da mesma. É composto principalmente por: sulfato de cálcio hidratado (CaSO4.2H2O); e pelo hemidrato obtido pela calcinação desse material (CaSO4.½H2O). 99 GESSO É caracterizado pelo rápido endurecimento, o que viabiliza sua utilização em divisórias leves de gesso acartonado. É o aglomerante que menos emite CO2 na sua calcinação, por ter a menor temperatura de queima (350°C) contra as maiores do cimento Portland (1450°C) e a cal (entre 800 e 1100°C). 100 APLICAÇÕES DO GESSO Revestimento em pastas de gesso. Gesso acartonado. Placas de gesso. 101 APLICAÇÕES DO GESSO 102 APLICAÇÕES DO GESSO 103 ÁGUA A água utilizada no concreto deve ser preferencialmente potável Não devendo conter matéria orgânica, como argila, folhas e materiais oleosos. Ou seja, água natural, sem contaminantes. 104 RELAÇÃO ÁGUA/CIMENTO O fator água/cimento é o principal parâmetro controlado na dosagem responsável por 95% das variações na resistência do concreto. Esta relação (resistência à compressão e a relação água/cimento) foi descoberta experimentalmente por Duff Abrams (1918). 105 LEI DE ABRAMS Ainda hoje, a chamada Lei de Abrams é o principal parâmetro para a definição da resistência e durabilidade dos concretos. fc = A / Ba/c Onde: fc – resistência à compressão numa certa idade em MPa; A e B – constantes que dependem dos materiais utilizados; a/c – relação água/cimento em massa. 106 LEI DE ABRAMS 107 108 109 O cimento, muito semelhante ao que conhecemos hoje, foi cientificamente desenvolvido pelo britânico Joseph Aspdin. O material obtido tinha cor e dureza semelhantes à pedra da Ilha de Portland, localizada ao Sul da Inglaterra e por isso ele batizou seu produto de Cimento Portland (1824). CIMENTO 110 A primeira tentativa de produção do Cimento Portland no Brasil aconteceu em 1888, quando o Comendador Antonio Proost Rodovalho instalou uma fábrica em sua fazenda, em Sorocaba (SP), mas que não chegou a ter uma produção regular. Em 1924, foi implantada uma fábrica em Perus, no estado de São Paulo, pela Companhia Brasileira de Cimento Portland. CIMENTO PORTLAND 111 fonte: http://cimento.org/cimento-no-brasil/ CIMENTO PORTLAND Cimento Portland é um cimento hidráulico produzido pela moagem de clínqueres, constituídos essencialmente por silicatos de cálcio hidráulicos e uma pequena quantidade de uma ou mais formas de sulfato de cálcio. 112 CIMENTO PORTLAND Após entrar em contato com a água, o cimento é submetido a processos de transformações químico-mineralógicas que contribuem para agregar e consolidar os agregados, resultando em um compósito, o concreto de cimento Portland. 113 PRODUÇÃO DE CIMENTO PORTLAND O principal constituinte do cimento Portland é o clínquer Portland, resultante da calcinação, a aproximadamente, 1450°C de uma mistura de calcário e argila. Com o objetivo principal de regular o tempo de pega (endurecimento inicial do produto), adiciona-se sulfato de cálcio (gesso) em proporções entre 3% e 5%. 114 115 116 117 Município de Paulista (PE) a 30 quilômetros de Recife. 118 Localizada no município de Balsa Nova, a 32 km de Curitiba. Com capacidade instalada anual de 2,8 milhões toneladas de cimento/ano. Suas reservas de calcário ultrapassam 300 milhões de toneladas. 119 Localizada em Sete Lagoas/MG com capacidade nominal de produção de 1 milhão de toneladas/ano. FINURA DO CIMENTO PORTLAND Além da composição do cimento, a sua finura também afeta sua reatividade com a água. Geralmente, quanto mais fino o cimento, mais rápida sua reação. Porém, os custos da moagem e do calor emitido na hidratação, estabelecem alguns limites para a finura. 120 GRANULOMETRIA DO CIMENTO PORTLAND O desejável são que pelo menos 70% das partículas tenham tamanho entre 3 e 30 μm. (micrometro, ou seja, um milionésimo de metro). 121 CIMENTO PORTLAND Logo após da invenção do cimento Portland, outros materiais começaram a ser estudados para utilização conjunta. cimentos com adições Proporcionam significativas melhoras na qualidade dos cimentos, além da redução dos custo de produção (pelos baixos valores agregados desses materiais). 122 ADIÇÕES NO CIMENTO PORTLAND Escórias alto-forno: são obtidas durantea produção de ferro- gusa; produzem cimentos de maior durabilidade e maior resistência final. assemelham-se a grãos de areia; reagem em presença da água, desenvolvendo características aglomerantes; 123 ADIÇÕES NO CIMENTO PORTLAND Materiais pozolânicos de origens naturais e artificiais: são rochas vulcânicas, matérias orgânicas fossilizadas, certas argilas queimadas e derivados da queima de carvão mineral; reagem, em presença da água, com o hidróxido de cálcio liberado na hidratação do cimento; dão maior impermeabilidade aos concretos e argamassas; outros materiais pozolânicos: cinzas de cascas de arroz, sílica ativa. 124 ADIÇÕES NO CIMENTO PORTLAND Materiais carbonáticos: são rochas moídas que apresentam carbonato de cálcio (Pó super fino); alojam-se entre as demais partículas do cimento, funcionando como lubrificante; também conhecidos como filler calcário. 125 A logística do cimento - wmv 126 127 TIPOS DE CIMENTO PORTLAND TIPOS DE CIMENTO PORTLAND No Brasil são fabricados onze tipos de cimento Portland: CP I – Cimento portland comum CP I-S – Cimento portland comum com adição CP II-E– Cimento portland composto com escória CP II-Z – Cimento portland composto com pozolana CP II-F – Cimento portland composto com fíler 128 TIPOS DE CIMENTO PORTLAND CP III – Cimento portland de alto-forno CP IV – Cimento portland Pozolânico CP V-ARI – Cimento portland de alta resistência inicial RS – Cimento Portland Resistente a Sulfatos BC – Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação CPB – Cimento Portland Branco 129 CIMENTO PORTLAND COMUM (CP-I) É o tipo mais básico, indicado para o uso em construções que não requeiram condições especiais (exposição à águas subterrâneas, esgotos, água do mar ou presença de sulfatos). A única adição presente no CP-I é o gesso (cerca de 3%). O gesso atua como um retardador de pega, evitando a reação imediata da hidratação do cimento. NBR 5732. 130 CIMENTO PORTLAND COMUM COM ADIÇÃO (CP I-S) O CP I-S, tem a mesma composição do CP I (clínquer+gesso), porém com adição reduzida de material pozolânico (de 1 a 5% em massa). Este tipo de cimento tem menor permeabilidade devido à adição de pozolana. Também usado em serviços de construção em geral. NBR 5732. 131 CIMENTO PORTLAND COMPOSTO COM ESCÓRIA (CP II-E) Apresentam, além da sua composição básica (clínquer+gesso - 94% à 56%), a adição de escória granulada de alto-forno (6% à 34%) (propriedade de baixo calor de hidratação). Pode ter adição de material carbonático (até 10% em massa). Recomendado para estruturas que exijam um desprendimento de calor moderadamente lento. NBR 11578. 132 CIMENTO PORTLAND COMPOSTO COM POZOLANA (CP II-Z) Contém adição de material pozolânico que varia de 6% à 14% em massa (menor permeabilidade). Pode conter adição de material carbonático (fíler) de até 10% em massa. Ideal para obras subterrâneas, principalmente com presença de água, inclusive marítimas. NBR 11578. 133 CIMENTO PORTLAND COMPOSTO COM POZOLANA (CP II-F) Composto de 90% à 94% de clínquer+gesso com adição de 6% a 10% de material carbonático (fíler) em massa. É recomendado desde estruturas em concreto armado até argamassas de assentamento e revestimento (não é indicado para aplicação em meios muito agressivos). NBR 11578. 134 CIMENTO PORTLAND DE ALTO-FORNO (CP III) Contém adição de escória no teor de 35% a 70% em massa (baixo calor de hidratação, maior impermeabilidade e durabilidade). Recomendado tanto para obras de grande porte e agressividade como: barragens, obras em ambientes agressivos, tubos e canaletas para condução de líquidos agressivos, esgotos e efluentes industriais, obras submersas, pistas de aeroportos, concreto protendido, etc. NBR 5735. 135 CIMENTO PORTLAND POZOLÂNICO (CP IV) Contém adição de pozolana no teor que varia de 15% a 50% em massa. (alta impermeabilidade e maior durabilidade). Apresenta resistência mecânica à compressão superior ao concreto de cimento Portland comum à longo prazo. Indicado em obras expostas à ação de água corrente e ambientes agressivos. Muito utilizado no Rio Grande do Sul, por haver muita cinza volante localmente. NBR 5736. 136 CIMENTO PORTLAND DE ALTA RESISTÊNCIA INICIAL (CP V-ARI) Produzido com um clínquer de dosagem diferenciada de calcário e argila se comparado aos demais tipos de cimento e moagem mais fina. Para concreto em com altos valores de resistência inicial, podendo atingir 26MPa de resistência à compressão em apenas 1 dia de idade. Recomendado para obras onde seja necessário a desforma rápida de peças de concreto armado. NBR 5733. 137 CIMENTO PORTLAND RESISTENTE A SULFATOS (RS) Qualquer um dos tipos de cimento já citados podem ser classificados como resistentes a sulfatos, desde se enquadrem dentro de uma das características abaixo: Teor de aluminato tricálcico (C3A) do clínquer e teor de adições carbonáticas de no máximo 8% e 5% em massa, respectivamente; Cimentos do tipo alto-forno que contiverem entre 60% e 70% de escória granulada de alto-forno, em massa; 138 CIMENTO PORTLAND RESISTENTE A SULFATOS (RS) Cimentos do tipo pozolânico que contiverem entre 25% e 40% de material pozolânico, em massa; Cimentos que tiverem antecedentes de resultados de ensaios de longa duração ou de obras que comprovem resistência aos sulfatos. Recomendado para meios agressivos sulfatados, como: redes de esgotos de águas servidas ou industriais, água do mar, etc. 139 CIMENTO PORTLAND BRANCO (CPB) É um tipo de cimento que se diferencia dos demais pela coloração. A cor branca é conseguida a partir de matérias-primas com baixos teores de óxidos de ferro e manganês e especialmente com relação ao resfriamento e à moagem do produto e principalmente, utilizando o caulim no lugar da argila. Pode ser estrutural (construção) ou não estrutural (rejuntes). NBR 12989 140 CIMENTO PORTLAND BRANCO (CPB) 141Museu da Fundação Iberê Camargo 142 143 144 NOMECLATURA 145 146 TIPOS DE CONCRETO CONCRETO CONVENCIONAL Sem qualquer característica especial e que é usado em grande quantidade de obras. Pode ser usado em quase todo tipo de estrutura. Pode ser feito na obra ou em centrais de concreto. 147 CONCRETO CICLÓPICO 148 O concreto ciclópico é feito com a incorporação de pedras denominadas “pedras de mão” ou “matacão” ao concreto pronto. Estas pedras não fazem parte da dosagem do concreto e não devem ser colocadas dentro do caminhão betoneira, mas diretamente no local onde o concreto foi aplicado. A pedra de mão é um material de granulometria variável, com comprimentos entre 10 e 40 cm e peso médio superior a 5 kg por exemplar. CONCRETO CICLÓPICO 149 CONCRETO BOMBEÁVEL 150 Elaborados com certas características de fluidez, necessárias para serem bombeados através de uma tubulação que varia de 3 a 5½ polegadas de diâmetro. Esta tubulação tem início em uma bomba de concreto (onde o Caminhão Betoneira descarrega) e vai até o local de aplicação. Bombeamento do concreto = maior rapidez, diminuição da mão de obra e atinge grandes alturas. CONCRETO BOMBEÁVEL 151 CONCRETO BOMBEÁVEL 152 CONCRETO AUTO ADENSÁVEL (OU FLUIDO) 153 Sua característica é de fluir com facilidade dentro das formas e preenchendo os espaços sob o efeito de seu próprio peso, sem o uso de equipamento de vibração. Ele se auto nivela, eliminando a utilização de vibradores e diminuindo onúmero de funcionários envolvidos na concretagem. Indicação: peças com muito aço, estruturas pré-moldadas, fôrmas em alto relevo, fachadas em concreto aparente, lajes, vigas, etc. CONCRETO AUTO ADENSÁVEL (OU FLUIDO) 154 CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO 155 É calculado para se obter elevada resistência e durabilidade. Com adições e aditivos especiais, sua porosidade e permeabilidade são reduzidas, tornando as estruturas mais resistentes ao ataque de agentes agressivos (cloretos, sulfatos, dióxido de carbono e maresia). O CAD tem suas resistências superiores a 40 MPa, o que é de extrema importância para estruturas que necessitem ser compostas por peças com menores dimensões. CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO 156 CONCRETO ROLADO Utilizado como sub-bases de pavimentos e barragens de grande porte. Seu acabamento não é tão bom quanto aos concretos utilizados em pisos industriais ou na pavimentação de pistas de aeroportos e rodovias, por isso ele é mais utilizado como sub-base. Seu baixo consumo de cimento e sua baixa trabalhabilidade, permitem a compactação através de rolos compressores. 157 CONCRETO ROLADO 158 CONCRETO PARA PAVIMENTO RÍGIDO Este tipo de concreto largamente utilizado em outros países começa a ganhar força no Brasil. Características: resistência, durabilidade, menor custo de manutenção, economia em iluminação pública, menor risco de acidentes, menor temperatura superficial, etc. Mesmo tendo um custo maior de produção seu uso se justifica pelo maior ciclo de vida.159 CONCRETO PARA PAVIMENTO RÍGIDO 160 GROUT (GRAUTE) Argamassa composta de cimento areia, quartzo, água e aditivos especiais, que tem como destaque sua elevada resistência mecânica. Auto adensável, permitindo sua aplicação no preenchimento de vazios e juntas de alvenaria estrutural, na recuperação de estruturas, na fixação de equipamentos, no reparo de pisos, entre outros. Chegam a atingir resistências superiores a 25 MPa em 24 horas e a passar dos 50 MPa aos 28 dias. 161 GROUT (GRAUTE) 162 GROUT (GRAUTE) 163 GROUT (GRAUTE) 164 GROUT (GRAUTE) 165 CONCRETO PROJETADO Lançado por equipamentos especiais e em alta velocidade sobre uma superfície proporcionando a compactação e a aderência sem a necessidade de usar formas. São utilizados para revestimentos de túneis, paredes, pilares, contenção de encostas, etc. 166 CONCRETO PRÉ-MOLDADO São moldados fora do local de instalação até possuírem certo grau de resistência. Por este motivo, este conjunto de peças é também conhecido pelo nome de estrutura pré-fabricada. Estas estruturas podem ser adquiridas junto a empresas especializadas (pré-fabricados), ou moldadas no próprio canteiro da obra (pré-moldados). 167 CONCRETO PRÉ MOLDADO 168 CONCRETO PROTENDIDO A protensão do concreto é obtida com a utilização de cabos de aço de alta resistência, que são tracionados e fixados no próprio concreto. Vantagens: Redução na incidência de fissuras, diminuição na dimensão das peças devido à maior resistência dos materiais empregados e a possibilidade de vencer vãos maiores do que o concreto armado convencional. 169 CONCRETO PROTENDIDO 170 CONCRETO RESFRIADO É aquele que tem a temperatura de lançamento reduzida, através da adição de gelo à mistura, em substituição total ou parcial da água da dosagem. O gelo deve ser moído e ficar à disposição da obra e colocado no caminhão betoneira, momentos antes da carga. Objetivo principal: redução das tenções térmicas, através da diminuição do calor de hidratação nas primeiras horas. Utilizado em estruturas de grandes dimensões. 171 CONCRETO RESFRIADO 172 CONCRETO COLORIDO É obtido através da adição de pigmentos à mistura, que é feita diretamente no caminhão betoneira. Objetivos: dar um efeito arquitetônico ou para associar uma cor a uma peça que está sendo concretada, eliminando o risco da aplicação do concreto fora do local determinado. 173 CONCRETO LEVE Para atender exigências específicas de algumas obras: enchimento de lajes, fabricação de blocos, regularização de superfícies, entre outras. Possuem peso específico reduzido e elevada capacidade de isolamento térmico e acústico. Produzidos com agregados leves, como: isopor, vermiculita e argila expandida. 174 CONCRETO CELULAR Também é um tipo de concreto leve, que é obtido através da adição de um tipo especial de espuma (pó de alumínio) ao concreto. É bastante difundido pelo mundo, sendo aplicado em: paredes, divisórias, nivelamento de pisos e até em peças estruturais e painéis pré-fabricados. 175 CONCRETO CELULAR 176 CONCRETO CELULAR 177Blocos de concreto celular CONCRETO PESADO Obtido através da utilização de agregados com maior massa específica aparente como por exemplo: a hematita, a magnetita e a barita. Sua a massa específica deve atingir valores superiores a 2800 kg/m³ (maior durabilidade e capacidade de proteção contra radiações). Aplicação mais frequente: câmaras de raios-X ou gama, paredes de reatores atômicos, contra- pesos, bases e lastros. 178 CONCRETO PESADO 179 CONCRETO SUBMERSO Concreto que é aplicado em situações específicas onde existe a presença de água, como: Tubulões; Barragens; estruturas submersas no mar ou em água doce, etc. Feito com aditivos especiais e dependendo da agressividade do meio onde será inserido, pode necessitar de cimentos especiais e outros tipos de adições. 180 CONCRETO SUBMERSO 181 CONCRETO DE ALTA RESISTÊNCIA INICIAL Atinge grande resistência, com pouca idade, podendo dar mais velocidade à obra ou ser utilizado para atender situações emergenciais. 182 Usos: pré-moldados, formas deslizantes, estruturas convencionais ou protendidas, artefatos de concreto, entre outras. CONCRETO COM PEGA PROGRAMADA Mistura composta por cimento e aditivos apropriados, que através de dosagens experimentais, nos permitem conhecer e controlar o início da pega (início da reação). Pode ser aplicado em: concretagens a longas distâncias, lançamentos com grandes intervalos de tempo, obras de grandes volumes, não sendo recomendado para pisos industriais, que merecem um estudo especial. 183 CONCRETO COM PEGA PROGRAMADA 184 CONCRETO PARA PISOS INDUSTRIAIS Deve manter a consistência durante a aplicação, ter baixa permeabilidade, elevada resistência à abrasão, baixos níveis de fissuração e um tempo de pega conveniente. Vantagens: menor exsudação, melhor acabamento e maior durabilidade para os pisos. 185 CONCRETO COM FIBRAS Fibras de aço, naturais ou sintéticas e são empregadas principalmente para minimizar o aparecimento das fissuras originadas pela retração plástica do concreto. As fibras de aço também visam a substituição total ou parcial das telas e barras de aço em algumas aplicações do concreto. Utilizados: em pavimentos rígidos, pisos industriais, projetados, áreas de piscina, pré- moldados, argamassas, tanques e reservatórios, etc. 186 CONCRETO COM FIBRAS 187 Fibras de polipropileno Fibras de aço 188 Tipos de concreto Tipo Aplicação Vantagens Rolado Barragens, pavimentação rodoviária (base e sub-base) e urbanas (pisos, contra-pisos). Maior durabilidade. Bombeável De uso corrente em qualquer obra. Obras de difícil acesso. Necessidade de vencer alturas elevadas ou longas distâncias. Maior rapidez na concretagem. Otimização da mão-de-obra e equipamentos. Permite concretar grandes volumes em curto espaço de tempo. Resfriado Peças de elevado volume comobases ou blocos de fundações Permite o controle da fissuração Colorido Estruturas de concreto aparente, pisos (pátios, quadras, calçadas), monumentos, defensas, guarda- corpo de pontes, etc. Substitui gasto com revestimento. Evita o custo de manutenção de pinturas. Projetado Reparo ou reforço estrutural, revestimento de túneis, monumentos, contenção de taludes, canais e galerias Dispensa a utilização de fôrmas. Alta Resistência Inicial Estruturas convencionais ou protendidas, pré-fabricados (estruturas, tubos, etc). Melhor aproveitamento das fôrmas. Rapidez na desforma. Ganhos de produtividade. Fluido Peças delgadas, elevada taxa de armadura, concretagens de difícil acesso para a vibração Reduz a necessidade de adensamento (vibração). Rapidez na aplicação. 189 Tipos de concreto Pesado Como lastro, contra-peso, barreira à radiação (câmaras de raios-X ou gama, paredes de reatores atômicos), lajes de subpressão Redução do volume de peças utilizadas como lastro ou contra-peso, substituição de painéis de chumbo (radiação). Leve (600 kg/m3 a 1200 kg/m3) Elementos de vedação (paredes, painéis, divisórias), rebaixos de lajes, isolante termo-acústico, nivelamento de pisos, etc. Redução do peso próprio da estrutura. Isolante termo-acústico. Leve Estrutural (10 MPa a 20MPa) Peças estruturais, enchimento de pisos e lajes, painéis pré- fabricados. Redução do peso próprio da estrutura Pavimentos Rígidos Pavimentos rodoviários e urbanos, pisos industriais, pátios de estocagem Maior durabilidade, menor custo de manutenção. Alto Desempenho (CAD) Elevada resistência (mecânica, física e química), pré- fabricados, peças protendidas Maior durabilidade, melhora a aderência entre o concreto e o aço. Convencional (10 MPa a 30 MPa) Uso corrente na construção civil. O concreto dosado em central possui controle de qualidade e propicia ao construtor maior produtividade e menor custo. Grout Agregados de diâmetro máximo de 4,8mm. Grande fluidez, auto adensável. Submerso Plataformas marítimas Resistência à agressão química. Com fibras e aço, plásticas ou de polipropileno Reduz a fissuração. Maior resistência à abrasão, à tração e ao impacto Tipo Aplicação Vantagens BIBLIOGRAFIA BAUER, L. A. F., Materiais de Construção. Rio de Janeiro, LTC. 5ª Ed, 2000. CALLISTER, W. D., Ciência e Engenharia de Materiais - Uma Introdução São Paulo, LTC - 5ª Ed., 2002. ISAIA, G. Materiais de Construção Civil e Princípios de Ciência e Engenharia de Materiais. 2 ed. São Paulo: IBRACON, 2010. SOUZA, R. & Mekbekian, G. Qualidade na aquisição de materiais e execução de obras. Ed. PINI, São Paulo, 1996. 190 BIBLIOGRAFIA FUSCO, P.B. Técnicas de armar estruturas de concreto. PINI, 1995. BARROS, M. M. & MELHADO, S. B. Recomendações para a produção de estruturas de concreto armado em edifícios. projeto Epusp/Senai. São Paulo. 1998. ARAÚJO, L. O. C & FREIRE, T. M. Tecnologia e Gestão de Sistemas Construtivos e Edifícios. Apostila “Tecnologia de produção de Edificações em concreto aramado”. 2004. 191 BIBLIOGRAFIA ABNT NBR 6118 –Projeto de Estruturas de Concreto. ABNT NBR 7480 –Barras e Fios de Aço Destinados a Armaduras de Concreto Armado. ABNT NBR 7481 –Tela de Aço Soldada -.Armadura para Concreto. ABNT NBR 7482 –Fios de Aço para Concreto Protendido. ABNT NBR 7483 –Cordoalhas de Aço para Concreto Protendido – Requisitos. ABNT NBR 14931 –Execução de Estruturas de Concreto –Procedimento. NR 18 -Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção. 192
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