Buscar

TCC Tania EEspecial

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FACULDADE DE EDUCAÇÃO SÃO BRAZ
O PROCESSO DE INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL E AS ADAPTACÕES CURRICULARES NO COLEGIO ESTADUAL PROFESSOR ANTONIO BITONTI
CURITIBA
2016
Tania Serafim Vieira
O PROCESSO DE INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL E AS ADAPTACÕES CURRICULARES NO COLEGIO ESTADUAL PROFESSOR ANTONIO BITONTI
Trabalho entregue ao curso de Educação do Campo, com vistas à convalidação de competências, para obtenção de certificado de Especialização Lato Sensu, conforme Norma Regimental Interna e Art. 47, Inciso 2, da LDB 9394/96
CURITIBA
2016
FOLHA DE APROVAÇÃO
Tania Serafim Vieira
O PROCESSO DE INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL E AS ADAPTACÕES CURRICULARES NO COLEGIO ESTADUAL PROFESSOR ANTONIO BITONTI
Trabalho entregue à Faculdade de Educação São Braz, como requisito legal para convalidação por competências, para obtenção de certificado de Especialização Lato Sensu do Curso Educação Especial Inclusiva – Com Ênfase na Deficiência Intelectual conforme Norma Regimental Interna e Art. 47, Inciso 2, da LDB 9394/96
Aprovado (a) em: ____/____/2016
Examinadores:
____________________________________________
Prof.
Curso:
____________________________________________
Prof.
Curso:
____________________________________________
Prof.
Curso:
 
�
O PROCESSO DE INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL E AS ADAPTACÕES CURRICULARES NO COLEGIO ESTADUAL PROFESSOR ANTONIO BITONTI
Tania Serafim Vieira
RESUMO
O presente trabalho apresenta uma reflexão sobre a importância de analisar a inclusão como um meio de trazer a diversidade humana dentro das escolas, pois, grande são os desafios encontrados dentro desse parâmetro. É preciso que todo o profissional da área esteja conectado com os problemas rotineiros, encontrados dentro das salas de aula, procurando sempre fazer com que as pessoas especiais se sintam amadas e seguras ao serem atendidas e alfabetizadas no âmbito educacional. O objetivo desse trabalho é refletir sobre as adaptações curriculares para atendimento às necessidades educacionais especiais ao educando com deficiência intelectual inseridos no ensino fundamental do 6º ao 9º ano, explanando quais as principais dificuldades encontradas nesse processo de ensino e quais os resultados alcançados após a inserção desses currículos. 
Palavras-chave: Deficiência Intelectual. Inclusão escolar. Adaptações Curriculares. 
ABSTRACT
This paper presents a reflection on the importance of analyzing the
inclusion as a means to bring human diversity within schools, therefore, are the major challenges encountered within that parameter. We need all the professional area is connected with the routine problems found within the classroom, always trying to make people feel special and loved, safe to be met in the educational and literacy. The aim of this paper is to discuss the curricular adaptations to meet the special educational needs to the student with intellectual disabilities entered in elementary from 6th to 9th grade, explaining what are the main difficulties encountered in the process of teaching and which results after inserting these curricula.
Keywords: Intellectual Disability, School inclusion, Curricular Adaptations.�
1 INTRODUÇÃO
Este artigo possui a intenção de mostrar como é possível incluir os educandos com deficiência intelectual no sistema regular de ensino, fazendo as adaptações curriculares necessárias, para que os mesmos tenham sucesso no processo ensino-aprendizagem e sejam de fato integrados e incluídos no ensino fundamental.
Os desafios da educação inclusiva é a mediação para qualidade, ou seja, as escolas devem ter organização ao atenderem os alunos, sem nenhuma discriminação e reconhecer as diferenças como meio de conhecimento no processo educacional, Tendo também a finalidade de conhecer como são feitos os processos avaliativos dentro das escolas, buscando onde estão as principais dificuldades encontradas no meio da adaptação das mesmas dentro do âmbito educacional.
O artigo vem apresentar de forma sucinta a historicidade da Educação Especial, no Paraná, no Brasil e no Mundo, fazendo uma relação entre as leis e políticas que regem o ensino da educação especial no Brasil. Contando também com um estudo de caso realizado através de entrevista em forma de questionário com 12 professores da educação fundamental do Colégio Estadual Professor Antonio Bitonti – Ensino Fundamental e Médio do Município de Sertaneja.
Com o passar do tempo, foram revistos novos preceitos a respeito da educação especial, pois, era necessária uma correção onde à reabilitação e as práticas pedagógicas e terapêuticas tinham o intuito de humanizar, civilizar e reparar os ditos “anormais” deficientes.
A inclusão educacional pressupõe a realização de currículos abertos e flexíveis que estejam comprometidos com as necessidades de todos as educandos, sejam eles especiais ou não, realizando modificações necessárias em diversos elementos do currículo básico para adequar as diferentes situações, grupos e pessoas. Isso quer dizer que não é necessário fazer recortes de conteúdos, mas sim, realizar estratégias de planejamento e de atuação docente para responder às necessidades de aprendizagem de cada educando. 
2 BREVE HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NO PARANÁ, BRASIL E NO MUNDO
No século XVIII, somente as pessoas com deficiência auditiva tinham atendimento, mas, recentemente ampliou-se seu alvo de atuação, agrupando os alunos com necessidades educacionais especiais, que não apresentavam essencialmente uma determinada deficiência, qual o caso são os superdotados.
Em meados do século XX a Educação Especial foi vista como uma área nova dentro da pedagogia e em 1960 as secretarias do estado passaram a se integralizar juntamente com os sistemas de ensino, e assim a história da educação especial trazia consigo uma grande acepção, pois foi através de muito esforço e de uma difícil luta conseguiu-se chegar a grandes mudanças políticas e econômicas que passaram por diferentes formações sociais.
No Paraná os avanços na Educação Especial tiveram repercussão um pouco mais de 50 anos. Anos que foram de grande transformação na área da educação, pois houve grandes mudanças na organização escolar, trazendo resultados significativos para toda a sociedade.
Foi criada no ano de 1939, no Paraná, a escola Paranaense para as pessoas com deficiência visual através de outras ações implantadas na época, houve então a primeira classe especial na cidade de Guairá em 1958.
Através das constantes lutas pelo direito de acesso educacional das pessoas com necessidades especiais, surgiu então a ação das Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), onde se espalhou em vários municípios do Estado para atender grupos de alunos. 
Em 1970 o Departamento de Educação Especial (DEE) da Secretaria de Estado da Educação começou a agir no espaço da escola pública expandindo-se no atendimento e atenção em todos os municípios do Paraná.
No ano de 2000 a 2002, grandes discussões surgiram sobre o sistema educacional paranaense com o intuito de reduzir uma política pública educacional tendo a frente o Departamento de Educação Especial da SEED onde elaboraram um documento, com o objetivo de envolver representantes da comunidade escolar e sociedade, para abrir discussões sobre os temas propostos pelo Departamento da Educação Especial.
Os pais e professores de alunos especiais alegaram insegurança, temendo um futuro distante em relação à questão escolar de seus filhos, e os professores não aceitaram trabalhar sem ter uma formação específica e necessária para a mediação do ensino aprendizagem.
Em 2003 a Secretaria de Estado da Educação mudou o atendimento especializado,na rede pública e deu preferência ao atendimento às pessoas com necessidades especiais, ensino regular.
As políticas inclusivas deram um grande passo, quando lançou o concurso público para a Educação Especial no Paraná no ano de 2004 para atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais de 5º a 8º séries. Isso contribuiu muito para a mudança no atendimento educacional especializado e para um significativo resultado da Educação, quando cresceu o número de alunos matriculados e atendidos no ano de 2005. Tornando assim, a Educação Especial um direito de todas as pessoas com necessidades especiais, proporcionando a elas o acesso livre às escolas, o direito de ser cidadão comum igual a todos os outros.
No final do século XVI, na Europa, foram feitas formas para elaborar novos conhecimentos que partissem para ajudar as pessoas com necessidades especiais, onde aconteciam mudanças que tinham grandes significados em relação a essas pessoas no convívio social.
No século XIX, com a evolução de pesquisa na área da medicina, constatou-se um novo modo de como atender as pessoas com necessidades especiais, baseado na concepção clínica, nos tratamentos de doenças e curas. Esse enfoque clínico tinha como finalidade separar em instituições para cuidados médicos, tendo como características, ser um exemplo de instituição que duraram oito décadas até o início do século XX. 
Dando foco na história da educação especial se percebe que o atendimento às pessoas cegas e surdas se consolidou nos séculos XVIII e XIX, com a criação de novas instituições em todo o país. 
A sociedade exigiu que fossem encaminhadas essas pessoas para o processo produtivo educativo, mas, durante esse período esses dois grupos de pessoas com necessidades especiais, sendo eles: deficientes auditivos e visuais, não tinham se quer um aprendizado específico, ou seja, uma instrução básica do ensino, fazendo destacar-se somente o trabalho manual para treino industrial. Eles produziam mão de obra barata, sendo um trabalho inábil, a troco de um mísero salário e um prato de comida.
Na visão de Bueno:
O que desprende os dois séculos é o inicio do movimento onde as opiniões são participativas em relação à exclusão, caracterizando um desenvolvimento na sociedade capitalista baseando na igualdade para a produtividade e o que passará ao longo de toda a história da educação especial. (BUENO, 1993, p. 63 apud DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO ESPECIAL PARA CONSTRUÇÃO DE CURRÍCULOS INCLUSIVOS, 2006, p. 26).
Com o passar do tempo, foram revistos novos preceitos a respeito da educação especial, pois, era necessária uma correção na qual a reabilitação e as práticas pedagógicas e terapêuticas tinham o intuito de humanizar, civilizar e reparar os ditos “anormais” deficientes. 
No Brasil, sob o período de concepção institucional que vigorou na Europa, foram criadas instituições para atender as pessoas deficientes auditivas e visuais, e surdas, com lugar para se morar e trabalhar. Somente em 1854 as deficiências a físicas e intelectuais tiveram os mesmos tratamentos. 
Nesse período as instituições ainda não trabalhavam com a parte pedagógica e sim somente com os cuidados que cada pessoa com necessidades especiais necessitavam. É importante também destacar que, assim como no Brasil e no mundo o atendimento a essas pessoas eram de forma privativa, sendo que os grupos que participavam desses serviços tinham somente interesse pessoal, faziam visitas domiciliares, mas eram incentivados pelas igrejas, a frequentarem só as classes de maior poder aquisitivo. 
Logo após esse episódio, firmou-se então o atendimento às pessoas com necessidades especiais por iniciativa de amigos e familiares, obtendo força através dos movimentos sociais da década, onde os padrões das instituições permaneceram como modelo no atendimento até 1950, quando surgiram os movimentos sociais em todo o mundo, em consequência da mudança climática, depois da Segunda Guerra Mundial. 
As bandeiras desse movimento tinham como ideologia a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Nesse período a educação especial e as pessoas com necessidades especiais passam a ser reconhecidas como cidadãos, com direitos e deveres dentro da sociedade. 
Nas décadas de 1960 e 1970 surgiram novas formas de busca de melhorias para as pessoas com necessidades especiais, pois os próprios pais organizaram associações que defendiam a democratização das escolas para todos e não só para as classes mais favorecidas.
A Inglaterra, ao desenvolver programas relacionados ao bem estar social, em serviços públicos, despertou o interesse no governo brasileiro, para desenvolver programas de interferência estatal, onde garantia grandes serviços sociais em forma de subdivisão e fragmentação. Diante disso, o movimento econômico mudou a relação política das nações, e a mobilização dos pais dos alunos e educadores, fizeram com que o poder público se preocupasse com a questão da educação pública, principalmente com os problemas de aprendizagem em decorrência da incoerência ao ofertar escolas conservadoras e etilizadas aos alunos de camadas populares.
A Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº. 4024/61 exemplifica esse movimento como uma forma inovadora destinando-se a uma educação especial com referências a oferta de serviços educacionais às pessoas com necessidades especiais, incluindo-as no ensino regular.
De acordo com Kassar (2006), o quadro econômico político e social ganhou novas forças para o atendimento da educação especial, denominado um modelo padrão de serviços, que contribui para a reabilitação profissional, voltados principalmente às pessoas com necessidades especiais, objetivando, preparar as mesmas para se reintegrarem na comunidade. 
Na década de 70, pais de alunos em todo o mundo, buscaram princípios de individualização, normalização e integração, tornando-se amplas as oportunidades de participação social e proporcionando-lhes convívio em ambientes menos marginalizados possíveis. 
Nesse período, finalmente, a educação especial ganhou uma nova visão ao ser caracterizada como um tipo de educação voltada para o atendimento das pessoas com necessidades especiais, onde as mesmas precisavam de cuidados clínicos e terapêuticos. A partir daí, foi grande a procura por matrículas em escolas comuns, mas em decorrência ao aumento populacional, houve transformações na oferta da educação especial. Reproduziram-se então as classes especiais nas escolas regulares, fazendo com que um novo perfil de aluno passasse a fazer parte dessa modalidade educacional, firmando as deficiências, não acentuadas, ou leves e distúrbios de aprendizagem. 
	A expansão da Educação Especial só ocorreu no século XX com o aumento das escolas especiais, Centro de reabilitação, entre outros. 
	Conclui-se então, nesse contexto, que a sociedade no geral, deve receber as pessoas com necessidades especiais nas instituições, depositando nela total confiança para que as mesmas superem suas condições físicas e intelectuais por meios das práticas de recuperação através das quais são oportunizadas.
3 A PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA 
O documento elaborado pelo Grupo de Trabalho nomeado pela Portaria Ministerial nº 555, de 5 de junho de 2007, prorrogada pela Portaria nº 948, de 09 de outubro de 2007. 
Sua elaboração iniciou a partir de ações políticas culturais, sociais e pedagógicas que foram rompidas em defesa do direito de todos os educandos aprenderem juntos, tendo como garantia suas especificidades atendidas individualmente.
Ao reconhecer que as dificuldades enfrentadas nos sistemas de ensino evidenciam a necessidade de confrontar as práticas discriminatórias e criar alternativas para superá-las, a educação inclusiva assume espaço central no debate acerca da sociedade contemporânea e do papel da escola na superação da lógica da exclusão. A partir dos referenciais para a construção de sistemas educacionais inclusivos, a organização de escolas e classes especiais passa aser repensada, implicando uma mudança estrutural e cultural da escola para que todos os alunos tenham suas especificidades atendidas. (POLÍTICA NACIONAL DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA, 2007, p. 01).
Em 2006, foi aprovada pela ONU a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, no qual assegura uma educação inclusiva em todos os níveis de ensino, prevalecendo igualdade de condições com as demais pessoas na sociedade. A partir daí, em 2007 é lançado o Plano de Desenvolvimento da Educação, tendo como foco principal a formação de professores para a educação especial, acessibilidade arquitetônica, acesso e permanência das pessoas com deficiência no ensino superior, entre outros.
O referido documento tem como objetivo assegurar o acesso, a participação e a aprendizagem dos alunos com deficiências transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/ superdotação no sistema regular de ensino, garantindo transversalidade na educação e atendimento educacional especializado, atuando de forma articulada com o ensino comum, para o atendimento aos alunos com transtornos funcionais específicos.
A avaliação pedagógica dos educandos com necessidades educacionais especiais deverá ser processual e formativa, levando em conta o conhecimento prévio destes, as possibilidades de aprendizagem futuras e o desempenho em relação ao seu progresso individual.
Em 1961 o atendimento às pessoas com necessidades especiais foi intitulado pelas disposições da lei de diretrizes e bases da educação nacional Lei 4024/61, onde formalizava o direito ao atendimento dessas pessoas. Porém, com a criação da lei nº. 5692/71 alterou a anterior e declarou o tratamento especial às pessoas com necessidades especiais, físicas e mentais, considerados em atraso quanto à idade regular de matrícula. 
Já os superdotados não se encaixavam nos sistema de ensino para atendimento educacional. No ano de 1994 se tornou pública a política nacional de educação especial; política anterior a atual, onde se deu o direito ao acesso à escola comum do ensino regular a todos aqueles que possuíam condições de aprendizagem e que tinham condições de acompanhar as atividades curriculares programadas no mesmo ritmo que os alunos ditos “normais”. A partir desse padrão da aprendizagem a política manteve a responsabilidade educacional dos alunos com altas habilidades/superdotação, no campo da ação da educação especial.
A política Nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva destaca que o atendimento especializado tem como função, planejar e identificar meios pedagógicos que retirem da sociedade as barreiras para a participação dos alunos. Esse atendimento educacional é feito de forma especializada e de um enriquecimento curricular muito valoroso, pois possuem acompanhamento por meios de instruções que dão possibilidades de observar a avaliação nas escolas e nos centros de atendimentos educacionais.
Deve ser trabalhado com a criança com necessidades educacionais especiais primeiramente o lúdico, que tem por objetivo formalizar a comunicação e os aspectos emocionais e cognitivos, a fim de favorecer as relações entre as pessoas, e a valorização de todas as crianças.
Com os jovens e adultos, a educação especial, trabalha de uma forma onde se possui uma visão de ampliar novas oportunidades para a formação do indivíduo para o mercado de trabalho e para a efetivação social.
 A política nacional da educação especial foi criada com o objetivo de permitir o acesso livre e a participação geral de todos os educandos com necessidades educacionais especiais, ao inseri-los nas escolas regulares, permeando e orientando todo o sistema educacional, para que traga juntamente a essas pessoas respostas positiva que garante a qualidade da educação especial até a educação infantil indo além ao ensino superior, tendo um atendimento responsável e de qualidade.
 Também é essencial que todos os profissionais da educação tenham formação e capacitação para o atendimento educacional, conhecendo todos os métodos gerais da docência e conhecimentos da área em que atua. 
4 ADAPTACÕES CURRICULARES PARA OS EDUCANDOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL.
4.1 Deficiências Intelectuais
O termo usado como deficiência intelectual, possui referência, relacionado ao aprendizado intelecto, não o aprendizado da pessoa como um todo.
 As pessoas que possuem deficiência intelectual possuem características particulares, sendo que algumas expressam, em formas de talentos, capacidades, necessidades e incapacidades. Através dessas características é provável perceber que, há uma grande limitação do funcionamento na área intelectual, necessitando assim a elaboração de um trabalho que superará e atenderá suas limitações.
As limitações da área intelectual estão relacionadas à área acadêmica, realidade, prática e preconceitos na sociedade, interferindo na aprendizagem e nas habilidades cotidianas. Entretanto, quanto mais cedo detectar-se uma pessoa com deficiência intelectual, maiores são as possibilidades de a pessoa receber os devidos cuidados e apoios necessários para a sua adaptação global.
As pessoas com deficiência Intelectual demonstram muito pouca habilidade no que concerne a generalização das aprendizagens, as pessoas com deficiência mental um subfuncionamento da memória. As estratégias mnemônicas dependem da capacidade de retenção e esta é estimulada pela repetição, imagem mental, categorizações e outras. A memória é uma habilidade intelectual que pode ser melhorada nas pessoas com deficiência, mas não deve ser exercitada mecanicamente. (MANTOAN, 2006, p.64).
Todas as pessoas com deficiência intelectual possuem direitos iguais, diante o acesso da aprendizagem e das oportunidades, necessitando também de medidas apropriadas, relacionada ao atendimento especializado e adaptações feitas de acordo com a necessidade de cada educando, além de garantir disponibilidade e o acesso livre destes cidadãos e cidadãs na sociedade.
4.2 A Inclusão Social e a Avaliação
No atendimento educacional especializado para alunos com deficiência intelectual o professor deve trabalhar voltado principalmente para este aluno, buscando sempre a essência das ações específicas aplicadas na aprendizagem e no desenvolvimento dos mesmos.
No atendimento especializado o professor deve oferecer atividades que tragam cooperação junto à aprendizagem de conceitos, no qual propõe situações de vivência tornando possível ao aluno organizar seu próprio pensamento.
O atendimento deve fazer com que este consiga usar seu próprio raciocínio para a resolução de um problema, ou seja, deve-se fundamentar em situações problemas, também é de muita importância que o professor ao estar em contato com esse aluno conheça-o em particularidade, e quais as suas ações cognitivas.
Nos processos de aprendizagem o professor deve organizar situações de aprendizado, explorando todos os espaços da sala de recursos, buscando sempre dialogar e manter o contato com os professores do ensino comum, trazendo ideias normativas e criativas para dentro da sala de aula.
A avaliação da aprendizagem e da inclusão é feita através de estudo de caso, tendo a intenção de construir um perfil próprio do aluno, que possibilite assimilar o plano de mediação do atendimento educacional especializado.
O estudo de caso ao ser elaborado baseia-se em uma metodologia de resolução de problemas, que busca identificar a ação da natureza, procurando uma solução para este estudo, que deve ser feito com o professor de atendimento educacional especializado, professor do ensino comum e todos os profissionais da escola.
A avaliação realizada na sala de multifuncionais, na sala de aula e na família, visa recolher informações sobre o aluno considerando seis aspectos principais: desenvolvimento intelectual e funcionamento cognitivo; a expressão oral; o meio ambiente; as aprendizagens escolares; o desenvolvimento afetivo-social e as interações sociais, o comportamento e atitudesem situação de aprendizagem e o desenvolvimento psicomotor. (A EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA INCLUSÃO ESCOLAR, 2010, p.10).
Avaliar em sala de aula é observar como os alunos se relacionam com os conhecimentos e se ele atende as solicitações pedidas pelo professor. A avaliação é feita sobre o desempenho nas atividades de cada educando, sendo elas individuais ou em grupo, visando à maneira de como é a interação com os colegas.
Em relação ao vínculo familiar, é importante a participação dos pais para o desenvolvimento da aprendizagem, em conjunto com o atendimento educacional especializado e com os professores. Os pais devem trazer informações desses alunos para tornar possível o desempenho educacional nas atividades, tanto em domicílio, quanto aos conteúdos escolares. É importante a compreensão do educador ao observar o aluno dentro da sala de aula e seu comportamento em casa com os familiares.
 O contato do professor junto aos familiares do aluno é importante, pois, através disso o professor conhecerá as vontades e preferências de cada um. Com base nessas informações ele constrói o perfil do educando, buscando as dificuldades e os anseios dos mesmos.
O acompanhamento feito com as pessoas com necessidades educacionais especiais envolve ações que visa o desenvolvimento no processo da aprendizagem e sua interatividade no espaço escolar. Tem como objetivo ajudar os alunos com deficiência intelectual na superação de dependência que apresentam em diversas situações, em que ele é desafiado a resolver soluções problemas.
No desenvolvimento da aprendizagem o educando com deficiência intelectual deve ser observado conforme as suas características, não deixando que elas interfiram no processo de construção do conhecimento. Para que isso ocorra é necessário que a equipe pedagógica trabalhe voltada a esse aluno com ações que resultem reorganizar situações de aprendizagem que favoreçam a esse processo. Portanto, é importante elaborar um plano de atendimento educacional especializado, que consiste prever as atividades que são realizadas com os alunos nas salas de recurso multifuncional. Esse acompanhamento deve ser mediado entre o professor de atendimento educacional especializado e profissional da área, dando o suporte necessário às necessidades específicas de cada educando, entretanto, algumas escolas não se adaptaram ainda em uma determinada pedagogia, o que seria um fator determinante para evolução educacional dos alunos, especialmente quando são deficientes intelectuais.
4.3 O Atendimento às Necessidades Educacionais Especiais e as Adaptações Curriculares 
As adaptações curriculares têm como objetivo flexibilizar os currículos no atendimento às pessoas com necessidades educacionais especiais, e estabelecer formas educativas a esses educandos dentro do contexto escolar. Entretanto, adaptações curriculares são modificações que devem ser feitas entre vários itens que estão expostos no currículo básico para a adequação de grupos e pessoas, as quais se aplicam, ou seja, essas adaptações devem atender as salas de aulas e os educandos, a fim de trazer para o ambiente escolar, a igualdade de oportunidades e principalmente a equidade nas condições do aprendizado. 
Conceito de Currículo:
O currículo a ser desenvolvido é o das diretrizes curriculares nacionais para as diferentes etapas e modalidades da Educação Básica: educação infantil, educação fundamental, ensino médio, educação de jovens e adultos e educação profissional. O currículo, em qualquer processo de escolarização transforma-se na síntese básica da educação. Isto possibilita afirmar que a busca da construção curricular deve ser entendida como aquela garantida na própria LDBEN, complementada, quando necessário com atividades que possibilitem ao aluno que apresenta necessidades educacionais especiais ter acesso ao ensino, à cultura, ao exercício da cidadania e a inserção social produtiva. (DIRETRIZES NACIONAIS PARA EDUCAÇÃO ESPECIAL NA EDUCAÇÃO BÁSICA, PARECER Nº. 17 2001).
Para inserir as adaptações curriculares ao currículo básico, é necessária uma estratégia de planejamento, de atuação docente e de toda a equipe pedagógica, no sentido de um processo para melhor atender as necessidades da aprendizagem dos educandos, isso implica uma série de decisões a serem tomadas em relação ao respeito e ao que o educando deve aprender, e como e quando é a melhor forma de organizar o ensino, para que todos sejam beneficiados de forma diversificada e igualitária.
A ideia de flexibilizar a adaptação curricular em sala de aula é fazer com que todos os educandos, aprendam de uma mesma forma, com os mesmos direitos e possuindo materiais condizentes com a dificuldade apresentada, procurando sempre trabalhar estratégias metodológicas, no mesmo tempo e por faixa etária.
A flexibilização do currículo não pode ser entendida como algo individualista, pois em alguns momentos a aprendizagem dos educandos especiais, tornou-se diferente dos “ditos normais”, deixando de lado a diversidade humana, que é inserida na sala de aula. O que não pode ser feito é recortar conteúdos, pois o que recortamos são possibilidades que podem fazer falta para o futuro. Porém, as adaptações curriculares não devem estar baseadas somente ao que se sabe ou entende, sobre cada deficiência e sim, nos interesses do educando que se encontra em sala de aula.
Adaptação curricular é colocar em prática todos os pontos que elevam a problemática do currículo, e saber equilibrar harmonicamente o que é comum e individual.
No Brasil, os debates sobre a inclusão escolar tem sido abrangente nos dias atuais. Muitas escolas que adotaram esse processo propõem em mudar suas organizações com o intuito de reconhecer e valorizar essas diferenças no meio educacional, apesar de algumas resistências, as escolas, os pais e professores, estão se dedicando muito a inclusão de pessoas com necessidades especiais o que anuncia o efeito de novas experiências vividas por cada um.
A inclusão escolar está unida a movimentos sociais que requerem mais igualdade que elevam as pessoas com necessidades especiais, a um acesso, a bens e serviços mais livres e igualitários. A inclusão por sua vez propõe que todos sejam tratados da mesma forma e que venha a resgatar uma igualdade que foi corrompida há anos atrás por segregações do ensino especial e regular.
A igualdade abstrata não se torna favorável em garantir relações coerentes e justas nas escolas, e a igualdade de oportunidade não consegue fazer com que as diferenças nas escolas se resolvam, pois elas escapam ao que a proposta propõe a frente das desigualdades naturais e sociais.
No geral, as escolas falam que os alunos são diferentes quando são matriculados no ensino regular, mas, o objetivo maior é fazer com que no final do ano letivo eles sejam tratados e igualados da mesma forma, conseguindo se superar nos padrões que são estabelecidos em cada série, ou se não conseguirem alcançar o esperado da aprendizagem, automaticamente seriam excluídos por repetência, quando passaria para grupos de reforço, para a aceleração da aprendizagem.
As escolas especiais estão vivendo um momento de transformação, banindo de seus currículos os métodos de ensino excludentes. Algumas instituições, já estão, cumprindo a nova constituição da LDB, e colocando em prática as novas exigências educacionais, como a inclusão escolar, assegurando um atendimento especializado, aos alunos com deficiência diferente das escolas comuns. Mas o despreparo dos professores não pode continuar sendo motivo para que a inclusão escolar aconteça, no qual isso se torna um grande motivo de pais de alunos com necessidades especiais, para não inseri-los no ensino, fugindo assim da inclusão.
5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
O trabalho se pauta em fontes bibliográficas, tais como: livros, periódicos, sites, etc., juntamente com a pesquisa de campo procurando descrever por meio da realidade quais as dificuldades encontradas por eles para a inclusão de educandos com deficiênciaintelectual. O instrumento utilizado para a coleta de dados foi um questionário elaborado com linguagem clara e acessível, buscando o maior número de elementos presentes na situação estudada, realizada com 12 professores da educação fundamental do Colégio Estadual Professor Antonio Bitonti, município de Sertaneja, no estado do Paraná.
6 ANÁLISE DOS RESULTADOS
Através de análise nos 12 questionários que foram respondidos pelos educadores as fundamentais apreensões para a inclusão são: concepção da criança (40,5%), o ambiente físico juntamente com o mobiliário adequado (29,5%), falta de obrigação dos pais (14 %), a relação com os colegas aparece como preocupação para (16%) dos educadores entrevistados.
Quando se questiona sobre o relacionamento com os colegas de sala, como é o aluno com necessidades intelectuais, (44%) dos educadores responderam que os alunos especiais conseguem se enturmar, (33%) dizem que os educando com necessidades especiais tendem a ficar isolados e (33%) dos educadores responderam que os educandos especiais ficam agressivos.
Quando solicitada a opinião sobre a inserção de alunos com necessidades especiais nas classes regulares, obteve-se as seguintes opiniões: (61%) dos educadores concordam com a inserção dos alunos e (39%) disseram que não concordavam, pois já existem as escolas direcionadas a eles.
Em relação à concordância e não concordâncias surgiram relatos de educadores, quanto aos que concordam, muitos fizeram uma observação “existe a necessidade de preparar os educadores para atuarem com estes educandos”. Os que são contrários à decisão dizem que “os educadores da educação especial já são formados para exercer o trabalho com os educandos”. Outros relatos que considerados importantes para destacar é que alguns educadores salientaram na pesquisa que o “educando possui direito de frequentarem o ensino regular”.
Os autores Crocker et al (1999) asseguram que as legislações garantem a inclusão da criança na educação regular. 
Ratliffe (2000) a criança ao frequentar a escola, vê nos intercâmbios novos significados.
	Existem educadores que citaram a independência do aluno ao se apossar de conteúdos do ensino regular.
	Teixeira et al (2003) expõe como é importante a inclusão, observando o espaço educativo adequado proporciona ao educando um convívio social contribuindo para o crescimento social do educando
	Dos educadores que não concordam com a inserção dos alunos no ensino regular encontramos as seguintes afirmações: “[...]os educandos irão se sentir isolados deslocados de seu mundo”. Outros relatos sobre a falta de preparo dos educadores: “Os professores não estão preparados para atuar com estes educandos”.
Ao ser questionado sobre a pessoa portadora de deficiência intelectual resiste mais a quem: (62%) dos educadores confiam que seja sobre os professores e (38%) dos entrevistados expõem que são sobre os pais.
	Na questão quanto ao espaço físico melhor para o educando portador de necessidades intelectuais (37%) acha que seja no ensino regular, enquanto (46%) acham que seja nas APAES, e outros (17%) não souberam responder.
	Entre alguns relatos podemos citar: “a educação regular não possui um espaço físico adequado para estes alunos”, encontramos em Melli (2001) uma afirmação sobre a escola, a instituição escolar deve ser adaptada aos educandos para atendê-los, tendo como objetivo primordial inseri-los na sociedade.
	Mazzotta (2001) afiança que é necessário admitir que a educação especial no Brasil utilize muito o clássico significado assistencial e clínico na propostas e atuações, tanto nas instituições públicas quanto particulares, direcionadas à educação dos alunos com necessidades especiais.
	Em relação à questão ligada ao educando com deficiência intelectual foi perguntado se o educando com deficiência intelectual atrapalha o aprendizado da turma em sala de aula, (55%) dos educadores entrevistados acreditam que não, enquanto (45%) acreditam que ocorre interferência no aprendizado dos outros alunos.
	Melli (2001) salienta que os educadores devem levar em conta todas as diferenças ocorridas em sala de aula, organizando de modo sucinto observando quais processos educativos adotar perante a turma.
	No questionamento: o que é preciso para que aconteça o aprendizado, permanecendo um portador de deficiência intelectual em classe regular, (32%) assinalam para um menor número de educando nas turmas, (22%) cursos para capacitar os educadores e (46%) contratar um assessor de classe.
	Foi possível perceber através da pesquisa que ainda existe um grande preconceito em relação aos educandos que apresentam deficiência intelectual.
	De acordo com Montoan (2006), na inclusão escolar, há ainda muitas barreiras a serem enfrentadas, que impedem de haver uma transformação nas escolas. 
	Dessa forma, muitos profissionais necessitam de orientação de professores em escolas comuns, onde estão inseridos alguns desses alunos, professores que lecionam sem ter ao menos capacitação ao atendimento especializado. Isso se confunde de tal maneira que é difícil compreender o que se passa no ensino brasileiro, ao falar sobre o atendimento aos alunos com necessidades especiais. 
Nossa obrigação é fazer valer o direito de todos à educação e não precisamos ser corajosos para defender a inclusão, porque estamos certos de que não corremos nenhum risco ao propor que alunos com e sem deficiência deixem de frequentar ambientes educacionais à parte, que segregam, discriminam, diferenciam pela deficiência, excluem – como é próprio das escolas especiais. (MANTOAN, 2006, p. 27)
Atualmente o que falta nas escolas é um ambiente apropriado para a formação do cidadão. É preciso organizar melhor o atendimento especializado a todos, precisa-se sair do comodismo e buscar novas formas para inovar o sistema de ensino, em especial quando se trata de pessoas com necessidades especiais e intelectuais. 
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O tema pesquisado teve como principal objetivo conhecer os processos de ensino-aprendizagem, avaliação, adaptação curricular, atendimento especializado e inclusão no sistema educacional para pessoas com necessidades educacionais especiais, na área intelectual, no ensino fundamental.
É necessário então, entender as metodologias usadas dentro desses espaços educacionais, sendo que a intenção é fazer com que o educando compreenda suas próprias características e seu próprio poder de persuasão, tornando um indivíduo capaz de saber sua própria identidade, através dos resultados alcançados na aprendizagem.
A inclusão escolar veio para trazer a diversidade humana para dentro das escolas, pois há muitos anos vinha sendo banida desse sistema, alegando falta de capacidade ou anormalidade das pessoas com necessidades especiais, fazendo com que os mesmos fossem segregados da sociedade, discriminando-os e salientando falta de autonomia própria, mas diante desse quadro extremamente fora de rótulo, surgiram possibilidades para que essas pessoas fossem reconhecidas como pessoas capazes e normais, trazendo o mesmo atendimento e respeito iguais a todas. 
Desde a década de 90, até os dias atuais, não foi fácil, incluir essas pessoas no ensino regular, grandes foram as desgastantes lutas para se chegar a esse ápice, mesmo assim ainda encontram-se muitos desafios a serem restaurados dentro desse processo de inclusão.
Por esses e tantos outros motivos o educador deve se mostrar empenhado a mudar de vez esse quadro, fazendo uma política educacional nova, gerando metodologias que tirem das salas de aula a discriminação, a falta de oportunidade e a equiparação dos indivíduos inclusos, pois somente com o auxílio do professor as pessoas com necessidades especiais, sentirão segurança ao enfrentar alguma situação diante de algum problema. 
E por fim, para que aconteça a inclusão das pessoas com necessidades educacionais especiais intelectuais é necessário que as políticas educacionais, passem por grandes reformas, e que garantam práticaspedagógicas, ou seja, a formação continuada e a capacitação para cada área específica, efetivando também nesse processo a participação da família na educação dos filhos.
Para apresentar mais sobre o processo da inclusão, a pesquisa nos mostra como são feitas as adaptações curriculares e quais os procedimentos do atendimento especializado na área da educação especial e quais os desafios a serem alcançados nesse processo.
Através da pesquisa podemos perceber que é preciso fazer com que as adaptações e o atendimento sejam de acordo com a necessidade de cada educando, não é necessário que haja corte nos conteúdos e sim metodologias direcionadas a cada situação problema, procurando sempre fazer com que os mesmos aprendam de uma forma, clara e com resultados contínuos.
O trabalho realizado teve como resultado a compreensão não só de inclusão escolar, mas de sociedade também. Ao pesquisar percebemos o quanto é importante estarmos atentos às mudanças da educação social inclusiva, e quais as suas possíveis mudanças perante o sistema educacional.
Em estudo é possível perceber que alguns problemas ficaram sem solução, problemas que são direcionados às políticas públicas, ou seja, o governo de uma forma ou outra deveria disponibilizar e implantar mais recursos e estruturas físicas às pessoas com necessidades educacionais especiais, pois infelizmente a maioria das escolas não é adaptada e nem comporta a quantidade necessária dessas pessoas no ensino regular e em escolas especiais.
Concluindo, para que as crianças com necessidades educacionais especiais intelectuais sejam de forma inclusas na escola, é necessário que aconteça várias modificações no sistema educacional brasileiro, tanto no âmbito escolar quanto nas ações pedagógicas. 
A inclusão deve começar pelo ensino fundamental, assim a colaboração será completa para que as diferenças sejam respeitadas de uma forma diversificada e igualitária para todos, enquanto educadores ou ser social.
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n. 9394/96. Brasília, 1996.
_______, Conselho Nacional de Educação. Resolução nº. 02/2001.
​​​​_______, Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Nacionais para Educação Especial na Educação Básica. Parecer CNE/CEB n.017/2001.
_______, Ministério da Educação, Secretária de Educação Especial, O Atendimento Educacional Especializado para Alunos com Deficiência Intelectual, Coleção: A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar. Brasília, 2010.
_______, Ministério da Educação: Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, Brasília, 2007.
CIÊNCIA, Ministério da Educação: Declaração de Salamanca e Linha de Ação. Espanha, junho de 1994/ Brasília, 1994.
CROKER, A.; KENTISH, M. Serviços de fisioterapia para crianças em idade préescolar e escolar. In: BURNS, Y. R.; MACDONALD, J. Fisioterapia e crescimento na infância. São Paulo: Santos, 1999.
MANTOAN, Maria Teresa Egler. Inclusão Escolar, Coleção Pontos e Contrapontos, São Paulo: Editora Summus, 2006. 104 p.
MANTOAN, M. T. E. Produção de conhecimentos para a abertura das escolas às diferenças: a contribuição do LEPED (Unicamp). In: ROSA, D. E. G.; SOUZA, V. C. (orgs). Políticas organizativas e curriculares, educação inclusiva e formação de professores. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.
MAZZOTTA, M. J. S. Educação especial no final do século XX. In: Conferência Nacional de Educação Cultura e Desporto. Desafios para o século XXI: coletânea de texto da Primeira Conferência Nacional de Educação, Cultura e Desporto. Brasília: Câmara dos Deputados, Coordenação de Publicações, 2001.
MELLI, R. Verdadeira e simplesmente uma questão de vontade. In: MANTOAN, M.T. E. (org). Caminhos pedagógicos da inclusão: como estamos implementando a educação (de qualidade) para todos nas escolas brasileiras. São Paulo: Memnon, 2001.
PARANÁ, Conselho Estadual de Educação. Deliberação nº. 02/2003.
________, Secretaria de Estado da Educação: Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a Construção de Currículos Inclusivos. Curitiba, 2006.
________, Secretaria de Estado da Educação. Política Estadual de Educação Especial na Perspectiva da Inclusão. Curitiba, 2009.
RATLIFFE, K. T. Fisioterapia na clinica pediátrica: guia para a equipe de fisioterapeutas. São Paulo: Santos, 2000.
TEIXEIRA, E.; ARIGA, M. Y.; YASSUKO, R. Adaptações. In: TEIXEIRA, E. et al. Terapia ocupacional na reabilitação física. São Paulo: Roca, 2003.

Continue navegando

Outros materiais