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Filosofia Pré-socrática

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02/13/14 Prof. Jorge Freire Póvoas 1
Os Pré-Socráticos, 
Os Sofistas e Sócrates
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Os Pré-Socráticos
 Heráclito (544-484 a.C.) nasceu em Éfeso, na Jônia (atual 
Turquia). Para ele “tudo flui”, e assim busca compreender a 
multiplicidade do real. 
 Ele não rejeita as contradições e quer apreender a realidade 
na sua mudança, no seu devir, ou no vir-a-ser.
 Para Heráclito, todas as coisas mudam sem cessar, e o que 
temos diante de nós em dado momento é diferente do que foi 
há pouco e do que será depois: 
“Nunca nos banhamos duas vezes no mesmo rio”, pois 
na segunda vez não somos os mesmos, e também o rio 
mudou”.
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Os Pré-Socráticos
 Portanto, para Heráclito não há ser estático, e o dinamismo 
pode bem ser representado pela metáfora do fogo, forma 
visível da instabilidade, símbolo da eterna agitação do devir,
 “O fogo eterno e vivo, que ora se acende e ora se apaga”. 
 Para Heráclito o ser é o múltiplo, não apenas no sentido de 
que existe a multiplicidade das coisas, mas por estar 
constituído de oposições internas. 
 O que mantém o fluxo do movimento não é o simples 
aparecer de novos seres, mas a luta dos contrários, pois é da 
luta que nasce a harmonia, como síntese dos contrários.
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Os Pré-Socráticos
 Para Parmênides (c.540-c.470 a.C.) que viveu em Eléia, 
cidade do sul da Magna Grécia (atual Itália), para ele o ser é 
imóvel. 
 Parmênides elaborou importantíssima teoria filosófica na 
medida em que ocupou-se longamente em criticar a filosofia 
de Heráclito, ao seu "tudo flui" . 
 Para ele é absurdo e impensável considerar que uma coisa 
pode ser e não ser ao mesmo tempo, assim contrapôs a 
imobilidade do ser.
 Parmênides conclui, a partir do princípio estabelecido, que o 
ser é único, imutável, infinito e imóvel.
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Os Sofistas
 Os Sofistas são interlocutores de Sócrates e os mais 
famosos foram: Protágoras, de Abdera (485-411 a.C.) e 
Górgias, de Leôncio (485-380 a.C.). 
 A palavra Sofista, etimologicamente vem de sophos, que 
significa "sábio", ou melhor, "professor de sabedoria". 
 Posteriormente Sofista adquiriu o sentido pejorativo de 
"homem que emprega sofismas", ou seja, alguém que usa de 
raciocínio capcioso, com intenção de enganar. 
Sóphisma significa "sutileza de sofista". 
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Os Sofistas
 Um dos motivos dessa visão contra os sofistas está na sua 
enorme diversidade teórica de atuação. 
 Talvez o que possa melhor identificá-los seja o fato de 
serem considerados sábios e pedagogos. Vindos de todas as 
partes do mundo grego, desenvolvem um ensino itinerante 
pelos locais em que passam. 
 Deve-se a isso o gosto pela crítica, o exercício do pensar 
resultante da circulação da busca de idéias diferentes. 
 Os sofistas deram importante contribuição para a 
sistematização do ensino. 
 Formaram um currículo de estudos da gramática, retórica, 
dialética, aritmética, geometria, astronomia e a música. 
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Os Sofistas
 Por cobrar pelas aulas, Sócrates acusava os Sofistas de 
prostituição. 
 Na Grécia Antiga, apenas os nobres se ocupavam com o 
trabalho intelectual, pois gozavam do ócio da disponibilidade 
de tempo decorrente do fato de que o trabalho manual, de 
subsistência, era ocupação de escravos. 
 Os homens saídos da classe média, faziam das aulas seu 
oficio, já que não eram suficientemente ricos para filosofarem 
descompromissadamente. 
 Os sofistas buscaram aperfeiçoar os instrumentos da razão, 
ou seja, a coerência e o rigor da argumentação, porque não 
basta dizer o que se considera verdadeiro, é preciso 
demonstrá-lo pelo raciocínio. 
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Sócrates
 Sócrates (c.470-399 a.C.) nada deixou escrito, e teve suas 
idéias divulgadas pelo seu principal discípulo, Platão. 
 Nos diálogos que Platão escreveu, Sócrates figura sempre 
como o principal interlocutor.
 Sócrates se indispôs com os poderosos do seu tempo, 
sendo acusado de não crer nos deuses da cidade e 
corromper a mocidade. Por isso foi condenado e morto.
 Costumava conversar com todos, fossem velhos ou moços, 
nobres ou escravos, ele se preocupava com o método do 
conhecimento, ou seja, como conhecemos. 
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Sócrates
 Sócrates parte do seguinte pressuposto filosófico:
“Só sei que nada sei"
 Que consiste justamente na sabedoria de reconhecer a 
própria ignorância, ponto de partida para a procura do saber.
 Por isso seu método começa pela parte considerada 
"destrutiva", chamada:
 Ironia (em grego, "perguntar")
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Sócrates
 Nas discussões afirma inicialmente nada saber, diante do 
oponente que se diz conhecedor de determinado assunto. 
 Com hábeis perguntas, desmonta as certezas até o outro 
reconhecer a ignorância. 
 Parte então para a segunda etapa do seu método filosófico:
 Maiêutica (em grego, "parto") 
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Sócrates
 O nome Maiêutica é dado em homenagem a sua mãe, que 
era parteira. Se ela fazia parto de corpos, ele fazia parto de 
idéias “trazia à luz“ as idéias.
 Sócrates, por meio de perguntas, destrói o saber constituído 
para reconstruí-lo na procura do entendimento. 
 As questões que Sócrates privilegia são as referentes à 
moral, daí pergunta em que consiste: 
“O conhecimento, a coragem, a covardia, a piedade, a 
justiça” e cria “diálogos” para responder.
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Sócrates
 Por ser a Filosofia ainda nascente, é preciso inventar 
palavras novas, ou usar as antigas dando-lhes sentido 
diferente. 
 Por isso Sócrates utiliza o termo logos, que na linguagem 
comum significa "palavra", "conversa", e que no sentido 
filosófico passa a significar "a razão que se dá de algo", ou 
mais propriamente, conceito.
 O método socrático aparece bem ilustrado nos diálogos 
relatados por Platão.

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