Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ESTÁGIO EM CIRURGIA E TRAUMATO AULA 2 Diagnóstico em dentes Inclusos Referencias: Cirurgia oral e maxilofacial contemporânea; capítulo 9 Dentes impactados Dente que não erupcionou na arcada dentária dentro do tempo esperado; Circundando por tecido ósseo; Dente incluso Dentes impactados e dentes em erupção Etiologia da Impactação Porque os dentes ficam impactados? Normalmente pela falta na rotação da direção mesioangular para vertical. O siso começa a se formar na horizontal, à medida que a raiz vai se formando o dente mesializa, verticaliza e assim entra erupção. Geralmente esse processo é interrompido ele impacta no segundo molar, por isso a posição mesioangular é a mais encontrada (para nós é mais favorável). Alguma falha nesse processo de direções tem como consequência impactação. Inicio da formação em posição horizontal; Crescimento maxilar e desenvolvimento do dente; Angulação mesial Angulação vertical Erupção Causas da impactação: Falha na rotação da direção mesioangular para vertical Falta de espaço: relação mésio-distal dos dentes X comprimento do maxila Densidade óssea elevada Excesso de tecido gengival As duas ultimas segundo o professor não são bem esclarecedoras, a primeira é a mais comum!! Etiologia da Impactação Hereditariedade Traumatismos Na época de formação do siso se o paciente sofre um trauma no ângulo da mandíbula (por volta dos 15 anos de idade) o germe pode virar e o dente erupcionar em uma direção desfavorável Tendência evolutiva Alterações sindrômicas Alterações patológicas Ex. Cisto próximo a região o germino do terceiro molar vai causar uma alteração na erupção Alterações sistêmicas Diabetes descompensada, hipertensão pode ocasionar as impactações. Incidências dos dentes que mais impactam: 1: Terceiros molares > 2: caninos superiores > 3: pré-molares Cronologia de erupção dentaria Devido o terceiro molar ser o ultimo dente a erupcionar a chance de não ter espaço é grande. A erupção do canino é tardia e tem os laterais que podem interferir. Os pré-molares inferiores também. Procedimento Cirúrgico Idade média de erupção é aos 20 anos, pode ocorrer até os 25 anos. Época ideal para o procedimento cirúrgico Entre 17 e 20 anos 1/3 da formação radicular (consequentemente é um paciente jovem, cicatrização melhor, sem doenças sistêmicas). Dilacerações e fraturas dos ápices Redução da morbidade Melhor cicatrização Porque já não remover o dente logo que começa a erupcionar? Pois a medida que tem essa formação 1/3 vai diminuir a quantidade de osso que tem sobre o dente consequentemente menos osteotomia, diminuindo o tempo de procedimento cirúrgico. E também é mais difícil de remover, pois o dente fica siso bolinha, fica girando e não sai. E porque não espera o dente se formar por inteiro para realizar a extração? Pois frequentemente se forma dilacerações nos ápices radiculares, o que dificulta o procedimento devido à chance de fraturar e esse ápice fraturado ficar no seio maxilar ou no canal mandibular. Se o dente não esta formado, não tem ligamento periodontal com isso melhor de remover. Paciente jovem osso não é tão mineralizado, menos risco de fratura. Indicações Importante saber qual o motivo da extração para encaminhar ou fazer a extração. Sondar sempre a distal do segundo molar para ver se tem bolsa, o que chamamos de doença subclínica, ou seja, o paciente não tem sintomas, mas a bolsa está presente e pode agudizar e gerar dor ou continuar migrando e formar uma bolsa na raiz distal do segundo molar. Prevenção de doença periodontal Migração apical do epitélio juncional na face distal do 2º molar. Prevenção de cáries dentarias Mesmo onde há comunicação visível entre a boca e o 3º molar. Paciente que não tem higienização adequada Podemos pedir exame de imagem para diagnosticar Prevenção de pericoronarite Pericoronarite é a infecção dos tecidos moles ao redor da coroa de um dente parcialmente impactado Por queda de imunidade faz episódios de pericoronarite Trauma sobre o opérculo/o que é: a mucosa que recobre a superfície oclusal do terceiro molar. Ideal tratar sempre a pericoronarite antes. Tratamento: pega a seringa com irrigação (soro fisiológico) levanta o opérculo e irriga embaixo para eliminar a área e sair odor fétido, pode fazer curetagem para auxiliar e depois sempre entrar com antibioticoterapia. São recorrente Tratar antes da extração Prevenção de reabsorção radicular Processo de reabsorção não está bem claro Pressão suficiente (tem que existir alguma pressão sobre o dente a ser reabsorvido, no caso do siso a pressão vai ser da própria coroa sobre a raiz do segundo molar) e o que gera essa pressão é o movimento eruptivo. Que se dá através da formação da raiz, a medida que a raiz vai se formando o dente vai erupcionando. Dente retido reabsorver dente? É raro, mas acontece. Como ter certeza que o siso não vai reabsorver o segundo molar? Depois que ele formou toda a raiz ele não vai exercer pressão alguma, então não tem chances. Com isso não tem a indicação de reabsorção para a extração, por mais que ele esteja deitado, ele vai ficar ali naquela posição sem exercer reabsorção. Dentes impactados sobre próteses Prevenção de cistos e tumores odontogenicos Cistos Foliculo dentário pode sofrer degeneração cística; Transformação em cisto dentígero; Espaço do folículo ao redor da coroa maior que 3mm; Ou transformação em ceratocisto Diagnostico através de exame histopatológico. Tumores Origem a partir do epitélio contido dentro do folículo dentário Ameloblastoma Tratamento: Resseção mandibular Tratamento de dor de origem desconhecida Prevenção de fratura de mandíbula Terceiro molar enfraquece a mandíbula Considerar extração do dente antes da redução da fratura Ex: paciente que faz esportes como luta, pode ser uma indicação. Agora se é um senhor não é indicativo para extração. Região de ângulo geralmente tem risco de fratura. Facilitação do tratamento ortodôntico Contra-indicações: Idade avançada 35 anos ou mais Osso altamente calcificado CONTROLE ANUAL Cobertura óssea detectável ao RX Condição medica Baixa imunidade Coagulopatias Danos a estruturas adjacentes (seio maxilar ou dentário inferior) Risco superior ao beneficio – regra geral para todo tipo de cirurgia. Em casos de baixa imunidade ou coagulopatias podemos realizar sob anestesia geral. Considerações Morfologia radicular Vê com atenção na radiografia a curvatura do ápice Tamanho do folículo dentário Quanto maior o folículo mais fácil, menos osteotomia, pois ele ocupa o espaço do osso Densidade do osso circunjacente Deduz-se pela idade do paciente, paciente idoso – calcificado, paciente jovem – osso mais esponjoso. Idade Contato com o 2º molar Relação com DI e assoalho do seio maxilar Natureza do tecido de revestimento Alguns profissionais pedem tomografia, para ver a relação da raiz com o dentário inferior. Ele não pede, pois diz que não vai modificar a técnica cirúrgica. Osteotomia vai ser sempre na vestibular, independente da posição do dente ser mais para a lingual. Já o canino ou pré-molar a tomografia, vou determinar se o acesso pela vestibular ou pelo palato e para ver a relação com os dentes da raiz, onde retiro mais osso. CLASSIFICAÇÃO Para diagnosticar o grau de dificuldade no pré-operatório. Angulação Prevalência: Mesioangular (43%) Vertical (38%) Horizontal (3%) Distoangular (6%) Relação da coroa com o bordo anterior da mandíbula Anterior ao ramo ½ coberta pelo ramo Dentro do ramo Classe I Classe II Classe III O I é mais fácil que o II, que é mais fácil que o III.Relação da superfície oclusal com o plano oclusal No nível do 2º molar Entre a linha cervical e o abaixo do nível cervical plano oclusal do 2º molar do 2º molar Classe A Classe B Classe C O A é mais fácil que o B, e depois o C onde temos que fazer mais osteotomia. Graus de dificuldade por extração Angulação Mesioangular > vertical > horizontal > distoangular Classe 1,2 e 3 de Pell e Gregory (relação com bordo anterior da mandíbula); Classe 1 > Classe 2 > Classe 3 Classe A, B e C de Pell e Gregory (relação com plano oclusal do 2º molar) Classe A > Classe B > Classe C Terceiros Molares superiores Posição em relação ao longo eixo do segundo molar superior Aqui é o contrario dos dentes inferiores. Mesioangular Graus de dificuldade para extração Distoangular Distoangular > Vertical >Mesioangular Vertical Posição em relação ao nível oclusal do segundo molar superior Classe A Graus de dificuldade para extração Classe B Classe A > Classe B > Classe C Classe C Não tem classe I, II e II, pois não tem ramo da mandíbula. EXAMES DE IMAGEM Radiografia periapical Mais precisa e mais barata Maior confiabilidade em relação ao canal mandibular Radiografia Oclusal Difícil de executar Orientação e posição no sentindo vestíbulo-lingual Radiografia Panorâmicas Fornece visão panorâmica de todos os terceiros molares Diante de processos patológicos extensos Tomografia Computadorizada Cone Beam Casos selecionados Maior custo TÉCNICA CIRURGICA Difícil de descrever em detalhes Grande variação de posição e anatomia radicular Condições para sucesso: Planejamento Exame clinico Exame de imagem Assegurar uma linha de extração livre ANTES de iniciar a remoção do dente Fases Acesso Deslocamento mucoperiostal Exposição da linha de extração livre (através de osteotomia e odontosecção) Remoção do dente (alavancas) Limpeza da ferida e sutura RAPHAELA PINZON – ODONTOLOGIA PUCRS
Compartilhar