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Exercicio Comentado - NBC TA 200

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A NBC TA 200 - OBJETIVOS GERAIS DO AUDITOR INDEPENDENTE E A CONDUÇÃO DA 
AUDITORIA EM CONFORMIDADE COM NORMAS DE AUDITORIA 
 
Prof. Marcelo Aragão 1 
 
 A NBC TA 200 é a “mãe das demais normas de auditoria das 
demonstrações contábeis” e que define o alcance e a autoridade das demais 
normas. A NBC TA 200 define os objetivos gerais do auditor. 
 
OBJETIVO DA AUDITORIA 
 
 Nos termos da NBC TA 200, o objetivo da auditoria é aumentar o grau 
de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários e esse 
objetivo é alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor 
sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos 
relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro 
aplicável. 
 
Para deixar bem claro o que significa esse objetivo e o processo de 
auditoria contábil, vamos abordar alguns aspectos dessa definição: 
 
Aumentar o grau de confiança  A opinião profissional e independente 
do auditor sobre as demonstrações contábeis é que aumenta a confiança e a 
credibilidade sobre as mesmas. Assim, usuários de demonstrações contábeis 
beneficiam-se da segurança, trazida pela auditoria, de que elas não contêm 
distorções relevantes. 
 
Por parte dos usuários  São muitos os usuários das demonstrações 
acompanhadas da opinião do auditor, como, por exemplo, os acionistas 
investidores, o conselho de administração, o comitê de auditoria, a diretoria da 
empresa, o fisco e o mercado em geral. É por isso que se diz que o auditor 
independente assume uma responsabilidade de ordem pública. 
 
Expressão de opinião  A auditoria conduzida em conformidade com as 
normas de auditoria e exigências éticas relevantes capacita o auditor a formar a 
opinião sobre as demonstrações. O auditor busca evidências suficientes e 
adequadas que lhe dê segurança razoável sobre se as demonstrações estão 
livres de distorções relevantes. A opinião será expressa mediante relatório de 
auditoria em forma de parecer, a ser publicado em conjunto com as 
demonstrações contábeis. 
 
 Em todos os aspectos relevantes  A relevância (ou materialidade) 
constitui aspecto fundamental em auditoria contábil. O conceito reconhece que 
algumas questões contábeis são importantes para uma apresentação adequada 
das demonstrações contábeis, e outras, não. Portanto, mediante julgamento 
profissional, o auditor define o que é relevante para as demonstrações e o que 
siginificaria uma distorção capaz de influenciar as decisões econômicas de um 
A NBC TA 200 - OBJETIVOS GERAIS DO AUDITOR INDEPENDENTE E A CONDUÇÃO DA 
AUDITORIA EM CONFORMIDADE COM NORMAS DE AUDITORIA 
 
Prof. Marcelo Aragão 2 
usuário das demonstrações. Nesse sentido, o auditor planeja seus exames para 
encontrar omissões ou distorções que, individualmente ou em conjunto, sejam 
materiais e capazes de prejudicar os usuários. 
 
As normas exigem que o auditor defina a materialidade para as 
demonstrações como um todo e também para cada saldo de conta a ser 
testada. Nesse sentido, materialidade é um valor mínimo de distorção (por erro 
ou fraude) estabelecido pelo auditor a partir do qual ele entende que afeta de 
forma relevante as demonstrações e prejudica os usuários, ou seja, a 
materialidade refere-se à relevância das distorções agregadas nas 
demonstrações contábeis. 
 
Assim, distorções acima do nível ou valor definido são materiais ou 
relevantes. Distorções abaixo do valor são toleráveis e não ensejam 
modificação no parecer do auditor. 
 
Para compreender melhor o conceito de materialidade das demonstrações 
contábeis ou de um saldo contábil, não se deve confundi-lo com o tamanho das 
demonstrações ou com o tamanho de um saldo contabilizado. Isso porque uma 
conta com saldo muito pequeno pode estar subavaliada (com saldo a menor por 
omissão de lançamento) de forma material. 
 
O conceito de materialidade é aplicado pelo auditor no planejamento e na 
execução da auditoria, e na avaliação do efeito de distorções identificadas sobre 
a auditoria e de distorções não corrigidas, se houver, sobre as demonstrações 
contábeis. A opinião do auditor considera as demonstrações contábeis como um 
todo e, portanto, o auditor não é responsável pela detecção de distorções 
que não sejam relevantes para as demonstrações contábeis como um 
todo. 
 
 
 
 
 
 
Em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro 
aplicável  Estrutura de relatório financeiro aplicável é a estrutura de relatório 
financeiro adotada pela administração e, quando apropriado, pelos responsáveis 
pela governança na elaboração das demonstrações contábeis, que é aceitável 
em vista da natureza da entidade e do objetivo das demonstrações contábeis ou 
que seja exigida por lei ou regulamento. 
 
Materialidade ou relevância é a magnitude das 
distorções existentes em uma demonstração contábil 
que prejudica um usuário dessas demonstrações. 
A NBC TA 200 - OBJETIVOS GERAIS DO AUDITOR INDEPENDENTE E A CONDUÇÃO DA 
AUDITORIA EM CONFORMIDADE COM NORMAS DE AUDITORIA 
 
Prof. Marcelo Aragão 3 
 A NBC TA 200 diferencia e define as estruturas de relatório financeiro: 
estrutura de apresentação adequada e de conformidade (compliance). 
 
A expressão “estrutura de apresentação adequada” é utilizada para se 
referir a uma estrutura de relatório financeiro que exige conformidade com as 
exigências dessa estrutura e: 
 
a) reconhece explícita ou implicitamente que, para conseguir a 
apresentação adequada das demonstrações contábeis, pode ser 
necessário que a administração forneça divulgações além das 
especificamente exigidas pela estrutura; ou 
 
b) reconhece explicitamente que pode ser necessário que a 
administração se desvie de uma exigência da estrutura para 
conseguir a apresentação adequada das demonstrações contábeis. 
Espera-se que tais desvios sejam necessários apenas em 
circunstâncias extremamente raras. 
 
 A expressão “estrutura de conformidade” (compliance) é utilizada para se 
referir a uma estrutura de relatório financeiro que exija a conformidade com as 
exigências dessa estrutura, mas não reconhece os aspectos contidos em (a) e 
(b) acima. 
 
A forma da opinião do auditor depende da estrutura de relatório financeiro 
aplicável e de lei ou regulamento, que sejam aplicáveis. 
 
Quando a estrutura de relatório financeiro é uma estrutura de 
apresentação adequada, como geralmente ocorre no caso de demonstrações 
contábeis para fins gerais, a opinião exigida pelas normas é se as 
demonstrações contábeis foram apresentadas adequadamente, em todos os 
aspectos relevantes. 
 
Quando a estrutura de relatório financeiro é uma estrutura de 
conformidade (compliance), a opinião exigida é se as demonstrações 
contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade 
com a estrutura. 
 
 Entenderam a diferença entre estrutura de apresentação 
adequada e estrutura de conformidade? 
 
 A diferença básica é que na de conformidade, não se permite que a 
administração faça divulgações adicionais além das exigidas na estrutura e a 
administração deixe de cumprir excepcionalmente uma determinada exigência. 
A NBC TA 200 - OBJETIVOS GERAIS DO AUDITOR INDEPENDENTE E A CONDUÇÃO DA 
AUDITORIA EM CONFORMIDADE COM NORMAS DE AUDITORIA 
 
Prof. Marcelo Aragão 4 
Essa flexibilidade existe na estrutura de apresentação adequada, como na 
maioria das empresas que aplicam as normas e práticas contábeis publicadas 
pelo CFC ou pelo Comitê de Pronunciamento Contábil - CPC e publicam Balanço 
Patrimonial, Demonstração de Resultado, Fluxo de Caixa, Mutações do 
Patrimônio Líquido e as Notas Explicativas.ESTRUTURA DE APRESENTAÇÃO 
ADEQUADA 
ESTRUTURA DE 
CONFORMIDADE 
- Permite divulgações adicionais 
(flexível). 
- Opinião do auditor se as 
Demonstrações contábeis foram 
apresentadas adequadamente. 
- Não reconhece a necessidade de 
divulgações além das exigidas na 
estrutura. 
- Opinião do auditor se as DC 
foram elaboradas em 
conformidade com a estrutura. 
 
RESPONSABILIDADES DA ADMINISTRAÇÃO E DO AUDITOR 
 
As demonstrações contábeis sujeitas à auditoria são as da entidade, 
elaboradas pela sua administração, com supervisão geral dos responsáveis pela 
governança. 
 
As normas de auditoria independente não impõem responsabilidades à 
administração ou aos responsáveis pela governança e não se sobrepõem às leis 
e regulamentos que governam as suas responsabilidades. Por óbvio, as 
normas de auditoria são dirigidas aos auditores e não à administração e 
ao conselho de administração. 
 
Contudo, a auditoria é conduzida com base na premissa de que a 
administração e os responsáveis pela governança têm conhecimento de certas 
responsabilidades que são fundamentais para a condução da auditoria. A 
auditoria das demonstrações contábeis não exime dessas responsabilidades a 
administração ou os responsáveis pela governança. 
 
Que responsabilidades são essas? 
 
 Responsabilidade pela elaboração das demonstrações contábeis em 
conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável, 
incluindo quando relevante sua apresentação adequada; 
 
 Responsabilidade pelo tipo de controle interno que como 
administradores e, quando apropriado, os responsáveis pela 
governança determinam ser necessário para permitir a elaboração 
A NBC TA 200 - OBJETIVOS GERAIS DO AUDITOR INDEPENDENTE E A CONDUÇÃO DA 
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Prof. Marcelo Aragão 5 
de demonstrações contábeis que estejam livres de distorção 
relevante devido a fraude ou erro; e 
 
 Responsabilidade por fornecer ao auditor: 
 
a) acesso a todas as informações, as quais a administração e, 
quando apropriado, aqueles responsáveis pela governança 
tenham conhecimento, que sejam relevantes para a elaboração e 
apresentação das demonstrações contábeis; tais como registros e 
documentação, e outros assuntos; 
 
b) informações adicionais que o auditor possa solicitar da 
administração e, quando adequado, dos responsáveis pela 
governança para a finalidade da auditoria; e 
 
c) acesso irrestrito às pessoas da entidade das quais o auditor 
determine ser necessário obter evidências de auditoria. 
 
 Aqueles que estão iniciando o estudo da auditoria podem estar se 
perguntando: Afinal, quem são os responsáveis pela governança? 
 
Nos termos da NBC TA 200, responsável pela governança é a pessoa 
ou organização com a responsabilidade de supervisionar de forma geral a 
direção estratégica da entidade e obrigações relacionadas com a 
responsabilidade da entidade. Isso inclui a supervisão geral do processo de 
relatório financeiro. 
 
Nas grandes empresas, existem os responsáveis pela gestão (diretoria) e 
os responsáveis pela governança (conselho de administração, por exemplo). Os 
gestores ou diretores conduzem os negócios da empresa e prestam contas, 
elaborando as demonstrações contábeis e outros relatórios. Os responsáveis 
pela governança definem estratégias e supervisionam e controlam os atos de 
gestão. Os responsáveis pela governança assumem uma função mais de 
controle, representando o dono da empresa (acionistas e cotistas). É por isso 
que muitos afirmam que o Conselho de Administração é o principal agente de 
governança nas empresas. 
 
 As NBC TAs estabelecem que, geralmente, a administração é responsável 
por elaborar as demonstrações e os responsáveis pela governança por 
supervisionar essa tarefa. Contudo, em algumas empresas essas funções são 
compartilhadas, não havendo separação clara entre administração e 
governança. Nesses casos, todos são responsáveis pela elaboração das 
demonstrações e implantação e manutenção dos controles. 
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Prof. Marcelo Aragão 6 
 
 A elaboração das demonstrações contábeis, pela administração e, quando 
adequado, pelos responsáveis pela governança requer: 
 
 • a identificação da estrutura de relatório financeiro aplicável, no contexto 
de leis ou regulamentos relevantes. 
 
 • a elaboração das demonstrações contábeis em conformidade com essa 
estrutura. 
 
 • a inclusão de descrição adequada dessa estrutura nas demonstrações 
contábeis. 
 
 A elaboração das demonstrações contábeis exige que a administração 
exerça julgamento ao fazer estimativas contábeis razoáveis nas circunstâncias, 
assim como ao selecionar e ao aplicar políticas contábeis adequadas. Esses 
julgamentos são estabelecidos no contexto da estrutura de relatório financeiro 
aplicável. 
 
As responsabilidades do auditor independente estão restritas ao seu 
objetivo principal de expressar opinião sobre as demonstrações contábeis. 
Portanto, deve o auditor aplicar os procedimentos de auditoria, em 
cumprimento às normas e à legislação, para obter evidência de auditoria 
suficiente e adequada que lhe dê segurança razoável para expressar opinião 
sobre as demonstrações financeiras. 
 
Qualquer que seja a estrutura de relatório financeiro adotado pela 
entidade, o auditor deve expressar sua opinião sobre as demonstrações no seu 
relatório ou parecer, contendo de forma concisa a conclusão se as 
demonstrações financeiras foram ou não elaboradas, em todos os seus 
aspectos relevantes, de acordo com a estrutura de relatório que seja aplicável. 
 
Vale notar que a opinião do auditor não fornece qualquer 
segurança sobre a viabilidade futura da entidade, nem quanto à 
eficiência e eficácia de como são conduzidos os negócios da entidade, 
pois esse não é o objetivo da auditoria de demonstrações contábeis. 
Uma entidade pode ter seus negócios conduzidos de forma péssima, mas o seu 
balanço patrimonial pode espelhar de forma apropriada a péssima posição 
patrimonial e financeira e, portanto, a opinião do auditor sobre o balanço não 
conterá qualquer ressalva. Portanto, um parecer de auditoria sem ressalvas não 
significa um atestado de boa gestão ou garantia de viabilidade futura da 
entidade. 
 
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AUDITORIA EM CONFORMIDADE COM NORMAS DE AUDITORIA 
 
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Demonstrações contábeis para fins gerais e para propósitos especiais 
 
As demonstrações contábeis podem ser elaboradas em conformidade com 
uma estrutura de relatório financeiro desenhada para satisfazer: 
 
 as necessidades de informação financeira comuns de um amplo leque 
de usuários (isto é, “demonstrações contábeis para fins gerais”); 
ou 
 
 as necessidades de informação financeira de usuários específicos 
(isto é, “demonstrações contábeis para propósitos especiais”). 
 
As demonstrações financeiras para fins gerais são aquelas exigidas pelo 
Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e aprovadas pelo CFC e outros 
órgãos reguladores, quais sejam o balanço patrimonial e as demonstrações do 
resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa, 
acompanhadas das respectivas notas explicativas. 
 
 São exemplos de demonstrações contábeis para propósitos especiais 
demonstrações financeiras elaboradas de acordo com: 
a) base de caixa (Demonstração de Recebimentos e Pagamentos de um 
condomínio, por exemplo); 
b) cláusulas de um contratoem que as partes envolvidas estabelecem os 
critérios a serem utilizados; 
c) base fiscal para acompanhar a declaração de Imposto de Renda; 
d) critérios estabelecidos por uma agência reguladora. 
 
 A estrutura de relatório financeiro aplicável muitas vezes abrange normas 
de contabilidade estabelecidas por organização normatizadora autorizada ou 
reconhecida ou por exigências legislativas ou regulamentares. Em alguns casos, 
a estrutura de relatório financeiro pode abranger normas de informação contábil 
estabelecidas por organização normatizadora autorizada ou reconhecida e 
exigências legislativas ou regulamentares. 
 
 Outras fontes podem fornecer orientação sobre a aplicação da estrutura 
de relatório financeiro aplicável. Em alguns casos, a estrutura de relatório 
financeiro aplicável pode abranger tais fontes ou pode até mesmo consistir 
nelas. Tais fontes podem incluir: 
 
 • o ambiente legal e ético, incluindo estatutos, regulamentos, veredictos e 
obrigações éticas profissionais em relação a assuntos contábeis; 
 
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 • interpretações contábeis publicadas de diferente autoridade emitidas por 
organizações normatizadoras, profissionais ou reguladoras; 
 
 • pontos de vista publicados de diferentes autoridades sobre assuntos 
contábeis emergentes, emitidos por organizações normatizadoras, profissionais 
ou reguladoras; 
 
 • práticas gerais e de indústria amplamente reconhecidas e 
prevalecentes; e 
 
 • literatura contábil. 
 
Considerações específicas para auditoria de entidades do setor público 
 
 Os mandatos de auditoria para auditoria de demonstrações contábeis de 
entidade do setor público podem ser mais detalhados do que os de outras 
entidades. Como resultado, a premissa relativa às responsabilidades da 
administração sobre a qual é conduzida a auditoria das demonstrações 
contábeis do setor público pode incluir responsabilidades adicionais, tais como a 
responsabilidade pela execução de transações e eventos em conformidade com 
a legislação, regulamentação ou outra autoridade. 
 
 As NBC TAs são relevantes para trabalhos no setor público. As 
responsabilidades do auditor do setor público, porém, podem ser afetadas pelo 
contrato de auditoria, ou por obrigações sobre entidades do setor público 
decorrentes de lei, regulamento ou outra autoridade (por exemplo, diretrizes 
ministeriais, exigências de política governamental ou resoluções do legislativo), 
que podem ter um alcance mais amplo do que uma auditoria de demonstrações 
contábeis em conformidade com as NBC TAs. 
 
 Essas responsabilidades adicionais não são discutidas nas NBC TAs. Elas 
podem ser discutidas nos pronunciamentos normatizadores nacionais, ou em 
orientação desenvolvida pelas agências de auditoria governamentais. 
 
OBJETIVOS GERAIS DO AUDITOR 
 
Ao conduzir a auditoria de demonstrações contábeis, os objetivos gerais 
do auditor são: 
 
 obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis 
como um todo estão livres de distorção relevante, 
independentemente se causadas por fraude ou erro, possibilitando 
assim que o auditor expresse sua opinião sobre se as demonstrações 
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AUDITORIA EM CONFORMIDADE COM NORMAS DE AUDITORIA 
 
Prof. Marcelo Aragão 9 
contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em 
conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável; e 
 
 apresentar relatório sobre as demonstrações contábeis e comunicar-
se como exigido pelas NBC TAs, em conformidade com as 
constatações do auditor. 
 
Outras responsabilidades de comunicação 
 
O relatório (parecer) do auditor sobre as demonstrações contábeis não é o 
único “produto” da auditoria. O auditor também pode ter outras 
responsabilidades de comunicação e de relatório, perante os usuários, a 
administração, os responsáveis pela governança ou partes fora da entidade, a 
respeito dos assuntos decorrentes da auditoria. 
 
Essas outras responsabilidades podem ser estabelecidas pelas NBC TAs, 
por lei ou regulamento aplicável, como, por exemplo, NBC TA 260 – 
Comunicação com os Responsáveis pela Governança, e item 43 da NBC TA 240 
que trata da responsabilidade do auditor em relação a fraude, no contexto da 
auditoria de demonstrações contábeis. 
 
Entre as questões a serem discutidas e/ou comunicadas à administração e 
aos responsáveis pela governança, incluem-se: 
 
 Controles internos. 
 Práticas contábeis importantes. 
 Estimativas contábeis e julgamentos realizados pela administração. 
 Ajustes contábeis significativos. 
 Descobertas de fraudes. 
 Divergências com a administração. 
 Dificuldades encontradas na realização da auditoria. 
 
Note que o principal objetivo do auditor é expressar opinião em relatório 
sobre a adequação das demonstrações contábeis. Todavia, o auditor pode emitir 
outros relatórios, como por exemplo para: apresentar comunicações específicas 
aos responsáveis pela governança; comunicar deficiências de controles 
internos; comunicar a ocorrência de fraudes etc. 
 
O que significa segurança razoável? 
 
 Como base para a opinião do auditor, as normas exigem que ele obtenha 
segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão 
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Prof. Marcelo Aragão 10 
livres de distorção relevante, independentemente se causadas por fraude ou 
erro. 
 
Asseguração razoável é um nível elevado de segurança, mas não é um 
nível absoluto. Esse nível é conseguido quando o auditor obtém evidência de 
auditoria apropriada e suficiente para reduzir a um nível aceitavelmente baixo o 
risco de auditoria (isto é, o risco de que o auditor expresse uma opinião 
inadequada quando as demonstrações contábeis contiverem distorção 
relevante). 
 
Limitação inerente da auditoria 
 
Há limites práticos e legais à capacidade do auditor de obter evidências de 
auditoria. Como vimos antes, o auditor não é obrigado e não pode reduzir o 
risco de auditoria a zero, e, portanto, não pode obter segurança absoluta de 
que as demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante devido à 
fraude ou erro. Isso porque uma auditoria tem limitações inerentes, e, como 
resultado, a maior parte das evidências de auditoria que propiciam ao auditor 
obter suas conclusões e nas quais baseia a sua opinião são persuasivas 
(convincentes) ao invés de conclusivas. 
 
As limitações inerentes de uma auditoria originam-se da: 
 
 natureza das informações contábeis; 
 natureza dos procedimentos de auditoria; e 
 necessidade de que a auditoria seja conduzida dentro de um período 
de tempo razoável e a um custo razoável. 
 
Limitações decorrentes da natureza das informações contábeis 
 
• Existe a possibilidade de que a administração ou outros possam não 
fornecer, intencionalmente ou não, as informações completas que são 
relevantes para a elaboração das demonstrações contábeis ou que 
tenham sido solicitadas pelo auditor. Portanto, o auditor não pode ter 
certeza da integridade da informação, embora tenha executado os 
procedimentos de auditoria para obter certeza de que todas as 
informações relevantes foram obtidas. 
 
Limitações decorrentes da natureza dos procedimentos de auditoria 
 
• A fraude pode envolver esquemas sofisticados e cuidadosamente 
organizados para sua ocultação. Portanto,os procedimentos de 
auditoria aplicados para coletar evidências de auditoria podem ser 
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Prof. Marcelo Aragão 11 
ineficazes para a detecção de distorção relevante que envolva, por 
exemplo, conluio para a falsificação de documentação que possa fazer o 
auditor acreditar que a evidência de auditoria é válida quando ela não 
é. O auditor não é treinado nem obrigado a ser especialista na 
verificação de autenticidade de documentos. 
 
• A auditoria não é uma investigação oficial de suposto delito. Portanto, o 
auditor não recebe poderes legais específicos, tais como o poder de 
busca, que podem ser necessários para tal investigação. 
 
Em decorrência das limitações inerentes de uma auditoria, há um risco 
inevitável de que algumas distorções relevantes das demonstrações contábeis 
não sejam detectadas, embora a auditoria seja adequadamente planejada e 
executada em conformidade com as normas de auditoria. Portanto, descoberta 
posterior de uma distorção relevante das demonstrações contábeis, resultante 
de fraude ou erro, não indica por si só, uma falha na condução de uma 
auditoria em conformidade com as normas de auditoria. 
 
Contudo, os limites inerentes de uma auditoria não são justificativas para 
que o auditor se satisfaça com evidências de auditoria menos que persuasivas 
(convincentes). Se o auditor executou ou não uma auditoria em conformidade 
com as normas de auditoria é determinado pelos procedimentos de auditoria 
executados nas circunstâncias, a suficiência e adequação das evidências de 
auditoria obtidas como resultado desses procedimentos e a adequação do 
relatório do auditor com base na avaliação dessas evidências considerando os 
objetivos gerais do auditor. 
 
E quando o auditor não consegue obter segurança razoável para 
opinar sobre as demonstrações contábeis? 
 
Nesse caso, a NBC TA 200 estabelece que, quando a opinião com 
ressalva no relatório do auditor for insuficiente nas circunstâncias para 
atender aos usuários previstos das demonstrações contábeis, o auditor deve 
abster-se de emitir sua opinião ou renunciar ao trabalho, quando a 
renúncia for possível de acordo com lei ou regulamentação aplicável. 
 
 Portanto, diante de uma limitação no trabalho ou ausência de evidência e, 
por consequência, de segurança razoável, o auditor tem três saídas: 
 
 1ª - Se a limitação é relevante, mas não generalizada, o auditor pode 
optar pela opinião com ressalva em seu relatório; 
 
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 2ª - Se a ressalva for insuficiente nas circunstâncias para atender aos 
usuários, o auditor deve optar pela abstenção de opinião em seu relatório; 
 
 3ª - Se é muito grave a limitação e o auditor conclui que não existe 
segurança para continuar o trabalho, ele pode renunciar, caso a renúncia seja 
possível e permitida por lei ou regulamento. 
 
O que são evidências de auditoria? 
 
Evidências de auditoria são as informações utilizadas pelo auditor para 
fundamentar suas conclusões em que se baseia a sua opinião. As evidências de 
auditoria incluem informações contidas nos registros contábeis subjacentes às 
demonstrações contábeis e outras informações. 
 
Portanto, as evidências constituem todos os meios de prova obtidos pelo 
auditor para ajudá-lo a formar uma base razoável para emissão de opinião 
sobre as demonstrações contábeis que estão sendo auditadas. 
 
 Em geral, mais evidência é necessária para contas que são materiais para 
as demonstrações contábeis do que para contas que não são. No mesmo 
sentido, mais evidência será necessária para contas que apresentam maior risco 
de distorções relevantes. 
 
 A suficiência das evidências de auditoria é a medida da quantidade da 
evidência de auditoria. A quantidade necessária da evidência de auditoria é 
afetada pela avaliação do auditor dos riscos de distorção relevante e também 
pela qualidade de tal evidência. 
 
A adequação da evidência de auditoria é a medida da qualidade da 
evidência de auditoria; isto é, sua relevância e confiabilidade no fornecimento 
de suporte às conclusões em que se baseia a opinião do auditor. 
 
 O que é uma distorção? 
 
Distorção é a diferença entre o valor, a classificação, a apresentação ou a 
divulgação de uma demonstração contábil relatada (divulgada nas 
demonstrações) e o valor, a classificação, a apresentação ou a divulgação que é 
exigida para que o item esteja de acordo com a estrutura de relatório financeiro 
aplicável. 
 
Portanto, pode envolver o registro de uma operação por valor inadequado, 
um erro de classificação ou uma falha na divulgação de informação em Nota 
Explicativa, por exemplo. 
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AUDITORIA EM CONFORMIDADE COM NORMAS DE AUDITORIA 
 
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As distorções podem originar-se de erro ou fraude. Quando o auditor 
expressa uma opinião sobre se as demonstrações contábeis foram apresentadas 
adequadamente, em todos os aspectos relevantes, as distorções também 
incluem os ajustes de valor, classificação, apresentação ou divulgação que, no 
julgamento do auditor, são necessários para que as demonstrações contábeis 
estejam apresentadas adequadamente, em todos os aspectos relevantes. 
 
RISCO DE AUDITORIA 
 
 O risco de auditoria é a probabilidade de que o auditor emita uma 
opinião inadequada sobre um objeto que contém distorções ou irregularidades 
relevantes. Ou seja, é o risco do auditor contábil emitir opinião sem ressalva 
para as demonstrações contábeis que contenham erros ou fraudes relevantes. 
 
 Cuidado em prova: Para fins das NBC TAs, o risco de auditoria não 
inclui o risco de que o auditor possa expressar uma opinião de que as 
demonstrações contábeis contêm distorção relevante quando esse não é o caso. 
Esse risco geralmente é insignificante. Além disso, o risco de auditoria é um 
termo técnico relacionado ao processo de auditoria; ele não se refere aos riscos 
de negócio do auditor, tais como perda decorrente de litígio, publicidade 
adversa ou outros eventos surgidos em conexão com a auditoria das 
demonstrações contábeis. 
 
 O risco de auditoria é uma função dos riscos de distorção relevante e do 
risco de detecção. Isso porque o auditor considera o risco de distorção 
relevante, avaliando o risco inerente e o risco de controle, para estabelecer o 
nível de risco que deve aceitar em seus testes: o chamado risco de detecção. 
 
 Para um dado nível de risco de auditoria, o nível aceitável de risco de 
detecção tem uma relação inversa com os riscos avaliados de distorção 
relevante no nível da afirmação. Por exemplo, quanto maiores são os riscos de 
distorção relevante que o auditor acredita existir, menor é o risco de detecção 
que pode ser aceito e, portanto, mais persuasivas as evidências de auditoria 
exigidas pelo auditor. 
 
 Atenção para não confundir em prova os conceitos: 
 
Risco de distorção relevante  é o risco ou a probabilidade de ocorrência de 
erro e fraude relevante e é avaliado pelo auditor considerando-se o risco 
inerente e o risco de controle. 
 
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Risco inerente (ou intrínseco)  é a probabilidade de distorções relevantes 
não levando em conta os controles internos existentes. Depende da naturezada 
entidade ou da área ou da conta examinada, sem considerar os controles. 
 
Risco de controle  é a probabilidade de que os controles internos não 
previnam ou detectem erros e fraudes relevantes. É uma função da eficácia dos 
controles internos. 
 
Risco de detecção  se relaciona com a natureza, a época e a extensão dos 
procedimentos que são determinados pelo auditor para reduzir o risco de 
auditoria a um nível baixo aceitável. Portanto, é uma função da eficácia do 
procedimento de auditoria e de sua aplicação pelo auditor. 
 
 O risco de detecção se relaciona com a natureza, época e extensão dos 
procedimentos que são determinados pelo auditor para reduzir o risco de 
auditoria a um nível aceitavelmente baixo. Portanto, é uma função da eficácia 
de um procedimento de auditoria e de sua aplicação pelo auditor. 
 
 Algumas medidas ajudam os auditores a aprimorarem a eficácia de um 
procedimento de auditoria e de sua aplicação e reduzem a possibilidade de que 
um auditor possa selecionar um procedimento de auditoria inadequado, aplicar 
erroneamente um procedimento de auditoria adequado ou interpretar 
erroneamente os resultados da auditoria. Portanto, reduzem o risco de 
detecção. São elas: 
 
 a) planejamento adequado; 
 b) designação apropriada de pessoal para a equipe de trabalho; 
 c) aplicação de ceticismo profissional; e 
 d) supervisão e revisão do trabalho de auditoria executado, 
 
Explicando melhor o processo de avaliação de riscos: 
 
O primeiro passo é entender cada um dos conceitos e depois a relação 
entre os riscos. 
 
 
 
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Existe o risco do auditor emitir uma opinião inadequada sobre as 
demonstrações, prejudicando um acionista da empresa, por exemplo. É a 
probabilidade do auditor emitir opinião sem ressalva sobre as demonstrações, 
afirmando que elas são verdadeiras e corretas e, na realidade, elas não são. 
Esse é o risco de auditoria. 
 
Para diminuir esse risco a um nível aceitável (não existe risco zero), o 
auditor avalia a probabilidade de existir distorções (erros e fraudes) relevantes 
nas demonstrações (risco de distorção relevante) considerando e avaliando 
a natureza da atividade da organização auditada ou de cada conta das 
demonstrações (risco inerente) e também se os controles associados são 
adequados (risco de controle). 
 
As normas geralmente não se referem ao risco inerente e ao risco de 
controle separadamente, mas a uma avaliação combinada dos riscos de 
distorção relevante. Contudo, o auditor pode fazer avaliações separadas ou 
combinadas do risco inerente e do risco de controle, dependendo das técnicas 
de auditoria ou metodologias e considerações práticas. 
 
A avaliação dos riscos de distorção relevante pode ser expressa em 
termos quantitativos, como porcentagens, ou em termos não quantitativos 
(risco baixo, médio ou alto, por exemplo). De qualquer maneira, a necessidade 
de que o auditor faça avaliações adequadas é mais importante do que as 
diferentes abordagens pelas quais elas são feitas. 
 
Então, sabendo-se qual o risco de distorção (alto, médio ou baixo), o 
auditor pode definir o risco que ele está disposto aceitar em seus testes e 
procedimentos de auditoria. Quando o risco de distorção relevante é alto, em 
função da fragilidade dos controles da empresa, o auditor deve reduzir o risco 
de não detectar erros e fraudes relevantes, que é chamado de risco de 
detecção. 
 
E como o auditor diminui o risco de detecção? 
 
Aplicando procedimentos que permitam a obtenção de provas/evidências 
mais robustas, confiáveis e convincentes e ampliando a extensão dos 
procedimentos. 
 
Por exemplo, para diminuir o risco de detecção em auditoria de contas a 
receber, o auditor faz a confirmação externa do saldo com os devedores 
(natureza dos testes - evidência documental e externa), mediante uma amostra 
maior de devedores (maior extensão ou quantidade de itens testados ou de 
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prova obtida). Com isso, o risco de auditoria (probabilidade de errar em sua 
opinião) ficará em um patamar mínimo aceitável. 
 
REQUISITOS PARA O EXERCÍCIO DA AUDITORIA 
 
 A NBC TA 200 estabelece alguns requisitos necessários para o exercício da 
auditoria independente: 
 
1. Requisitos Éticos 
2. Ceticismo Profissional 
3. Julgamento Profissional 
4. Condução da auditoria em conformidade com as NBC Tas. 
 
Requisitos Éticos Relacionados à Auditoria 
 
O auditor está sujeito a exigências éticas relevantes, inclusive as relativas 
à independência, no que diz respeito a trabalhos de auditoria de demonstrações 
contábeis. As exigências éticas relevantes abrangem o Código de Ética 
Profissional do Contabilista, relacionadas à auditoria de demonstrações 
contábeis, bem como as NBC PAs (normas profissionais) aplicáveis. 
 
Os princípios fundamentais de ética profissional para o auditor quando da 
condução de auditoria de demonstrações contábeis são: 
 
(a) Integridade; 
(b) Objetividade; 
(c) Competência e zelo profissional; 
(d) Confidencialidade; e 
(e) Comportamento (ou conduta) profissional. 
 
O Código de Ética Profissional do Contabilista e as normas profissionais do 
CFC relacionadas mostram como a estrutura conceitual deve ser aplicada em 
situações específicas. Fornecem exemplos de salvaguardas que podem ser 
apropriadas para tratar das ameaças ao cumprimento dos princípios 
fundamentais e fornece, também, exemplos de situações onde não há 
salvaguardas disponíveis para tratar as ameaças. 
 
No caso de trabalho de auditoria ser de interesse público e, portanto, 
exigido pelo Código de Ética Profissional do Contabilista e pelas normas 
profissionais do CFC, se exige que o auditor seja independente da entidade 
sujeita a auditoria. A independência do auditor frente à entidade salvaguarda a 
capacidade do auditor de formar opinião de auditoria sem ser afetado por 
influências que poderiam comprometer essa opinião. A independência aprimora 
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a capacidade do auditor de atuar com integridade, ser objetivo e manter 
postura de ceticismo profissional. 
 
Ceticismo Profissional e Julgamento Profissional 
 
 As normas destacam que o auditor independente deve manter atitude de 
ceticismo profissional e utilizar o seu julgamento profissional para a condução 
apropriada da auditoria. 
 
Ceticismo profissional é a postura que inclui uma mente questionadora 
e alerta para condições que possam indicar possível distorção devido a erro ou 
fraude e uma avaliação crítica das evidências de auditoria. 
 
O ceticismo profissional inclui estar alerta, por exemplo, a: 
 
• evidências de auditoria que contradigam outras evidências obtidas; 
• informações que coloquem em dúvida a confiabilidade dos documentos 
e respostas a indagações a serem usadas como evidências de auditoria; 
• condições que possam indicar possível fraude; 
• circunstâncias que sugiram a necessidade de procedimentos de 
auditoria além dos exigidos pelas NBC TAs. 
 
A manutenção do ceticismo profissional ao longo de toda a auditoria é 
necessária, por exemplo, para que o auditor reduza os riscos de: 
 
• ignorar circunstâncias não usuais; 
• generalização excessiva ao tirar conclusõesdas observações de 
auditoria; 
• uso inadequado de premissas ao determinar a natureza, a época e a 
extensão dos procedimentos de auditoria e ao avaliar os resultados 
destes. 
 
Julgamento profissional é a aplicação do treinamento, conhecimento e 
experiência relevantes, dentro do contexto fornecido pelas normas de auditoria, 
contábeis e éticas, na tomada de decisões informadas a respeito dos cursos de 
ação apropriados nas circunstâncias do trabalho de auditoria. 
 
O julgamento profissional é essencial para a condução apropriada da 
auditoria. Isso porque a interpretação das exigências éticas e profissionais 
relevantes, das normas de auditoria e as decisões informadas requeridas ao 
longo de toda a auditoria não podem ser feitas sem a aplicação do 
conhecimento e experiência relevantes para os fatos e circunstâncias. 
 
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O julgamento profissional é necessário, em particular, nas decisões sobre: 
 
• materialidade e risco de auditoria; 
• a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria 
aplicados para o cumprimento das exigências das normas de auditoria e 
a coleta de evidências de auditoria; 
• avaliar se foi obtida evidência de auditoria suficiente e apropriada e se 
algo mais precisa ser feito para que sejam cumpridos os objetivos das 
NBC TAs e, com isso, os objetivos gerais do auditor; 
• avaliação das opiniões da administração na aplicação da estrutura de 
relatório financeiro aplicável da entidade; 
• extração de conclusões baseadas nas evidências de auditoria obtidas, 
por exemplo, pela avaliação da razoabilidade das estimativas feitas pela 
administração na elaboração das demonstrações contábeis. 
 
O julgamento profissional precisa ser exercido ao longo de toda a 
auditoria. Ele também precisa ser adequadamente documentado. Neste 
aspecto, é exigido que o auditor elabore documentação de auditoria suficiente 
para possibilitar que outro auditor experiente, sem nenhuma ligação prévia com 
a auditoria, entenda os julgamentos profissionais significativos exercidos para 
se atingir as conclusões sobre assuntos significativos surgidos durante a 
auditoria. 
 
Condução da Auditoria em Conformidade com as NBC TAs 
 
A NBC TA 200 estabelece ainda que o auditor deve observar todas as NBC 
TAs relevantes para a auditoria. Uma NBC TA é relevante para a auditoria 
quando ela está em vigor e as circunstâncias tratadas nela existem na situação 
específica. 
 
O auditor não deve declarar conformidade com as normas de auditoria 
(brasileiras e internacionais) no seu relatório, a menos que ele tenha cumprido 
com as exigências desta Norma e de todas as demais NBC TAs relevantes para 
a auditoria. 
 
Portanto, o auditor deve cumprir com cada exigência de uma NBC TA, a 
menos que, nas circunstâncias da auditoria: 
 
a) a NBC TA inteira não seja relevante. Por exemplo, se a entidade não 
tem a função de auditoria interna, nenhum aspecto da NBC TA 610 – 
Utilização do Trabalho de Auditoria Interna é relevante. 
 
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b) a exigência não seja relevante por ser condicional e a condição não 
existir. Por exemplo, o requisito de modificar a opinião do auditor se 
houver uma limitação de alcance (NBC TA 705 – Modificações na Opinião 
do Auditor Independente) representa uma exigência condicional explícita. 
 
Em circunstâncias excepcionais, o auditor pode julgar necessário não 
considerar uma exigência relevante em uma NBC TA. Em tais circunstâncias, o 
auditor deve executar procedimentos de auditoria alternativos para cumprir o 
objetivo dessa exigência. 
 
Se um objetivo em uma NBC TA relevante não pode ser cumprido, o 
auditor deve avaliar se isso o impede de cumprir os objetivos gerais de 
auditoria e se isso exige que ele, em conformidade com as NBC TAs, modifique 
sua opinião ou renuncie ao trabalho (quando a renúncia é possível de acordo 
com lei ou regulamento aplicável). 
 
RESUMO: 
 
QUAIS SÃO AS RESPONSABILIDADES DO AUDITOR INDEPENDENTE DAS 
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS: 
 
 Avaliar riscos de distorções relevantes nas DC 
 Obter evidência suficiente e apropriada/segurança razoável 
 Emitir opinião/relatório sobre as DC 
 Comunicar-se de acordo com as normas (Não-conformidades, fraudes etc) 
 Cumprir as exigências éticas relevantes, inclusive as pertinentes à 
independência 
 Planejar e executar a auditoria com ceticismo profissional 
 Exercer julgamento profissional ao planejar e executar a auditoria 
 Observar todas as NBC TAs relevantes para a auditoria 
 
NÃO SÃO RESPONSABILIDADES OU OBRIGAÇÕES DO AUDITOR 
INDEPENDENTE DAS DC: 
 
 Atestar a eficácia da administração 
 Assegurar a continuidade da empresa auditada 
 Revelar distorções (erros e fraudes) irrelevantes 
 Prevenir e detectar fraudes 
 Eliminar o risco de auditoria 
 Elaborar demonstrações contábeis e implantar normas 
 Ter certeza da integridade das informações fornecidas pela entidade 
 Proceder à investigação de fraude mediante busca e apreensão de 
documentos 
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 Cumprir normas que não sejam relevantes para a auditoria 
 
*************************************************************** 
 
 A seguir, passamos a comentar algumas questões sobre as disposições da 
NBC TA 200. Para aqueles que preferem solucionar as questões e depois 
conferir o gabarito, lembro que as questões estão ao final do material sem os 
nossos comentários. 
 
1) (TRT/24ª REGIÃO/FCC/2011) Ao conduzir uma auditoria de 
demonstrações contábeis, são objetivos gerais do auditor obter 
segurança 
(A) razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão 
livres de distorção relevante, devido à fraude ou erro, possibilitando 
que o auditor expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis 
foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade 
com a estrutura de relatório financeiro aplicável. 
(B) razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão 
livres de distorção irrelevante, devido a erros, possibilitando que o 
auditor expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram 
elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a 
estrutura de parecer financeiro. 
(C) total de que as demonstrações contábeis em parte estão livres de 
distorção relevante, devido à fraude ou erro, possibilitando que o 
auditor expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram 
elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a 
estrutura de relatório financeiro aplicável. 
(D) total de que as demonstrações contábeis em parte estão livres de 
distorção irrelevante, devido à fraude, possibilitando que o auditor 
expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram 
elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a 
estrutura de relatório financeiro aplicável. 
(E) razoável de que as demonstrações contábeis em parte estão livres 
de distorção irrelevante, devido à fraude ou erro, possibilitando que o 
auditor expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram 
elaboradas, em todos os aspectos considerados, em conformidade com 
a estrutura de parecer financeiro consolidado do auditor independente. 
 
SOLUÇÃO: De acordo com a NBC TA 200, normado CFC que trata dos 
objetivos gerais da auditoria independente das demonstrações contábeis, ao 
conduzir a auditoria de demonstrações contábeis, os objetivos gerais do auditor 
são: 
 
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a) obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis como 
um todo estão livres de distorção relevante, independentemente se 
causadas por fraude ou erro, possibilitando assim que o auditor expresse 
sua opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em 
todos os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de 
relatório financeiro aplicável; e 
 
b) apresentar relatório sobre as demonstrações contábeis e comunicar-se 
como exigido pelas NBC TAs, em conformidade com as constatações do 
auditor. 
 
Logo, a alternativa “A” é a correta. 
 
2) Acerca do conceito e dos objetivos da auditoria é correto afirmar 
que: 
I. A auditoria compreende o exame de documentos e registros e 
obtenção de informações e confirmações, internas e externas, 
relacionadas com o controle do patrimônio, objetivando mensurar a 
exatidão desses registros e das demonstrações contábeis deles 
decorrentes. 
II. É dever do auditor emitir um relatório a respeito das possíveis 
deficiências de controles internos observadas no transcurso de seu 
trabalho. 
III. Asseguração razoável é um nível elevado de segurança conseguido 
quando o auditor obtém evidência de auditoria apropriada e suficiente 
de que não existe risco de distorções nas demonstrações contábeis. 
IV. A auditoria conduzida em conformidade com as normas de auditoria 
e exigências éticas relevantes capacita o auditor a formar opinião 
quanto à certeza da integridade das informações contidas nas 
demonstrações contábeis. 
Estão corretas as afirmativas: 
A) I e II apenas. 
B) I e III apenas. 
C) I, III e IV apenas. 
D) II, III e IV apenas. 
E) I, II, III e IV. 
 
SOLUÇÃO: A afirmativa I está correta. A auditoria compreende o exame de 
documentos, livros e registros, inspeções e obtenção de informações e 
confirmações, internas e externas, relacionadas com o controle do patrimônio, 
objetivando mensurar a exatidão desses registros e das demonstrações 
contábeis deles decorrentes. 
 
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 A afirmativa II também está correta. Embora não seja a principal 
obrigação do auditor, é seu dever emitir um relatório a respeito das possíveis 
deficiências ou ineficácias de controles internos observadas no transcurso de 
seu trabalho. 
 
 A afirmativa III está incorreta. Asseguração razoável não é um nível 
absoluto de segurança. Portanto, o auditor não é obrigado e não pode reduzir o 
risco de auditoria a zero, e, portanto, não pode obter segurança absoluta de 
que as demonstrações contábeis estão livres de distorção devido à fraude ou 
erro. 
 
 A afirmativa IV também está incorreta. A auditoria possui suas limitações. 
Assim, existe a possibilidade de que a administração ou outros possam não 
fornecer, intencionalmente ou não, as informações completas que são 
relevantes para a elaboração das demonstrações contábeis ou que tenham sido 
solicitadas pelo auditor. Portanto, o auditor não pode ter certeza da integridade 
da informação, embora tenha executado os procedimentos de auditoria para 
obter certeza de que todas as informações relevantes foram obtidas. 
 
 O gabarito é a letra A, pois estão corretas apenas as afirmativas I e II. 
 
3) Com relação às normas de auditoria independente das 
demonstrações contábeis é correto afirmar que 
A) o objetivo da auditoria é revelar fraudes relevantes nas 
demonstrações contábeis e isso é alcançado mediante a expressão de 
uma opinião pelo auditor sobre as demonstrações contábeis. 
B) a hipótese de o auditor se equivocar ao manifestar opinião de que as 
demonstrações contábeis contêm distorção relevante constitui, na 
acepção das normas brasileiras de contabilidade, um tipo de risco 
considerado insignificante. 
C) quando não for possível obter segurança razoável e a opinião com 
ressalva no relatório do auditor for insuficiente nas circunstâncias para 
atender aos usuários previstos das demonstrações contábeis, o auditor 
deve emitir opinião adversa ou renunciar ao trabalho. 
D) risco de detecção é o risco de que o auditor expresse uma opinião de 
auditoria inadequada quando as demonstrações contábeis contiverem 
distorção relevante. 
E) para obter segurança razoável, o auditor deve obter evidência de 
auditoria apropriada e suficiente para eliminar o risco de auditoria. 
 
SOLUÇÃO: A NBC TA 200 estabelece que “o risco de auditoria não inclui o risco 
de que o auditor possa expressar uma opinião de que as demonstrações 
contábeis contêm distorção relevante quando esse não é o caso. Esse risco 
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geralmente é insignificante”. Quando o auditor está diante de uma possível 
distorção relevante, ele aprofunda os exames e aplica procedimentos adicionais 
para se certificar de que realmente a distorção é relevante. A alternativa correta 
é a B. 
 
Na letra A, segundo a NBC TA 200 o objetivo da auditoria é aumentar o 
grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários e esse 
objetivo é alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor sobre 
se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos 
relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro 
aplicável. 
 
 A opinião profissional e independente do auditor sobre as demonstrações 
contábeis é que aumenta a confiança e a credibilidade sobre as mesmas. Assim, 
usuários de demonstrações contábeis beneficiam-se da segurança, trazida pela 
auditoria, de que elas não contêm distorções relevantes. 
 
 Na letra C, também em conformidade com a NBC TA 200, quando o 
auditor não consegue obter segurança razoável para opinar sobre as 
demonstrações contábeis, a norma estabelece que, quando a opinião com 
ressalva no relatório do auditor for insuficiente nas circunstâncias para atender 
aos usuários previstos das demonstrações contábeis, o auditor deve abster-se 
de emitir sua opinião ou renunciar ao trabalho, quando a renúncia for 
possível de acordo com lei ou regulamentação aplicável. 
 
Na letra D, o certo seria o risco de auditoria. O risco de detecção se 
relaciona com a natureza, a época e a extensão dos procedimentos que são 
determinados pelo auditor para reduzir o risco de auditoria a um nível baixo 
aceitável. Portanto, é uma função da eficácia do procedimento de auditoria e de 
sua aplicação pelo auditor. 
 
Por fim, na letra E, não existe risco zero em auditoria. Asseguração 
razoável não é um nível absoluto de segurança porque há limitações inerentes 
em uma auditoria, as quais resultam do fato de que a maioria das evidências de 
auditoria em que o auditor baseia suas conclusões e sua opinião é persuasiva e 
não conclusiva. 
 
4) Assinale a alternativa incorreta. 
A) risco de auditoria é o risco de que o auditor expresse uma opinião de 
auditoria inadequada quando as demonstrações contábeis contiverem 
distorção relevante. 
B) o risco de auditoria é uma função dos riscos de distorção relevante e 
do risco de detecção. 
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C) a suficiência das evidências de auditoria é a medida da qualidade da 
evidência de auditoria. 
D) risco de distorção relevante é o risco de que as demonstrações 
contábeis contenham distorção relevante antes da auditoria e consiste 
em dois componentes: risco inerente e risco de controle. 
E) o auditor deve exercer o julgamento profissional e manter o 
ceticismo profissional ao longo de todo o planejamento e na execução 
da auditoria e, entre outras coisas, identificar e avaliar os riscos de 
distorção relevante, independentemente se causados por fraude ou 
erro, com base no entendimento da entidade e de seu ambiente, 
inclusive o controle interno da entidade. 
 
SOLUÇÃO: Nos termos da NBC TA 200, evidências de auditoria são as 
informações utilizadas pelo auditor para fundamentar suas conclusões em que 
se baseia a sua opinião. As evidências de auditoria incluem informações 
contidas nos registros contábeis subjacentes às demonstrações contábeis e 
outras informações. Para fins das NBC TAs, suficiência das evidências de 
auditoria é a medida da quantidade da evidência de auditoria e adequação é a 
medida da qualidade da evidência de auditoria; isto é, sua relevância e 
confiabilidade no fornecimento de suporte às conclusões em que se baseia a 
opinião do auditor. O gabarito é a letra C. As demais alternativas estão 
corretas. 
 
5) (AUDITOR/ANGRA DOS REIS/FGV/2010) Estrutura de relatório 
financeiro aplicável, nos termos da TA 200, é a estrutura de relatório 
financeiro adotada pela administração e, quando apropriado, pelos 
responsáveis pela governança na elaboração das demonstrações 
contábeis, que é aceitável em vista da natureza da entidade e do 
objetivo das demonstrações contábeis ou seja exigida por lei ou 
regulamento. É utilizada para se referir a uma estrutura de relatório 
financeiro que exige conformidade com as exigências dessa estrutura e 
(A) prevê o mesmo modelo de demonstrações contábeis para qualquer 
tipo de entidade, com vistas à harmonização de normas contábeis. 
(B) reconhece explicita ou implicitamente que, para conseguir a 
apresentação adequada das demonstrações contábeis, pode ser 
necessário que a administração forneça divulgações além das 
especificamente exigidas pela estrutura. 
(C) prevê que caberá ao auditor fornecer os modelos adequados de 
relatórios a serem utilizados pela entidade, a partir de 2010. 
(D) reconhece explicitamente que a administração não se desvie de 
uma exigência da estrutura para conseguir uma apresentação 
adequada das demonstrações contábeis. 
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(E) reconhece que o auditor deve manter seu planejamento inicial 
constante até o final dos trabalhos. 
 
SOLUÇÃO: Segundo a NBC TA 200, a expressão “estrutura de apresentação 
adequada” é utilizada para se referir a uma estrutura de relatório financeiro que 
exige conformidade com as exigências dessa estrutura e reconhece explícita ou 
implicitamente que, para conseguir a apresentação adequada das 
demonstrações contábeis, pode ser necessário que a administração forneça 
divulgações além das especificamente exigidas pela estrutura. Portanto, o 
gabarito é a letra B. 
 
6) (TRF/1ª REGIÃO/FCC/2011) Considere as assertivas a seguir: 
I. A auditoria é uma investigação oficial de suposto delito. Portanto, o 
auditor não recebe poderes legais específicos, tais como o poder de 
busca, que podem ser necessários para tal investigação. 
II. Desde que o auditor assine declaração de independência, não é mais 
necessário que decline de trabalhos nos quais existam, na 
administração da empresa auditada, parentes em nível de segundo 
grau. 
III. Em decorrência das limitações inerentes de uma auditoria, há um 
risco inevitável de que algumas distorções relevantes das 
demonstrações contábeis não sejam detectadas, embora a auditoria 
seja adequadamente planejada e executada em conformidade com as 
normas legais de auditoria. 
Está correto o que se afirma SOMENTE em: 
(A) II e III. 
(B) I e II. 
(C) I. 
(D) II. 
(E) III. 
 
SOLUÇÃO: Vamos examinar cada uma das assertivas. 
 
 A assertiva I é incorreta. A auditoria não é uma investigação oficial de 
suposto delito. Portanto, o auditor não recebe poderes legais específicos, tais 
como o poder de busca, que podem ser necessários para tal investigação. 
Perceba que a banca examinadora utiliza o mesmo estilo das bancas em geral 
de incluir ou excluir uma negação em uma assertiva. No caso, o erro estava 
somente na supressão da palavra “não”. Portanto, muita atenção em prova. 
 
 A assertiva II é incorreta. Não há exigência nas normas de auditoria de 
que o auditor assine declaração de independência. Existem certas salvaguardas 
quando presentes as ameaças à independência do auditor, dentre as quais o 
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auditor declinar ou abster-se de participar como membro da equipe em 
situações de ameaças de familiaridade com a entidade auditada. Ainda nesta 
aula veremos mais a respeito das normas de independência. 
 
 A assertiva III é correta. Em decorrência das limitações inerentes de uma 
auditoria, há um risco inevitável de que algumas distorções relevantes das 
demonstrações contábeis não sejam detectadas, embora a auditoria seja 
adequadamente planejada e executada em conformidade com as normas de 
auditoria. Portanto, descoberta posterior de uma distorção relevante das 
demonstrações contábeis, resultante de fraude ou erro, não indica por si só, 
uma falha na condução de uma auditoria em conformidade com as normas de 
auditoria. 
 
 Pelo exposto, o gabarito é a letra “E”. 
 
7) (ICMS/RIO/FGV/2011) De acordo com Conselho Federal de 
Contabilidade, assinale a alternativa correta. 
(A) A auditoria das demonstrações contábeis constitui o conjunto de 
procedimentos técnicos que têm por objetivo a emissão de parecer 
sobre a sua adequação, consoante os Princípios Fundamentais de 
Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade e, no que for 
pertinente, a legislação específica. Na ausência de disposições 
específicas, prevalecem as normas emitidas pelo Corecon. 
(B) O parecer do auditor independente emitido na modalidade sem 
ressalvas representa garantia de viabilidade futura da entidade, 
atestando a eficácia da administração na gestão dos negócios. 
(C) As "práticas contábeis adotadas no Brasil" compreendem a 
legislação societária brasileira, as Normas Brasileiras de Contabilidade, 
emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, os pronunciamentos, 
as interpretações e as orientações emitidos pelo CPC e homologados 
pelos órgãos reguladores, e práticas pelas entidades em assuntos não 
regulados, desde que atendam à Estrutura Conceitual para a Elaboração 
e Apresentação das Demonstrações Contábeis emitidas pelo CFC e, por 
conseguinte, em consonância com as normas contábeis internacionais. 
(D) A fim de que a opinião da entidade de auditoria seja isenta, 
imparcial, deve ela ser independente (quando externa) ou autônoma 
(quando interna), emitindo sua opinião de forma isenta. Isso significa 
que não deve ser vinculada à entidade auditada. Se, por algum motivo, 
pairarem dúvidas acerca desse atributo, o ideal é que se publique, em 
jornal de grande circulação, a relação dos sócios da empresa de 
auditoria. 
(E) Os princípios fundamentais de ética profissional relevantes para o 
auditor quando dacondução de auditoria de demonstrações contábeis 
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estão implícitos no Código de Ética Profissional do Contabilista e na 
NBC PA 01, que trata do controle de qualidade. O cumprimento desses 
princípios não é exigido dos auditores. 
 
SOLUÇÃO: A letra A está incorreta. Nos termos da NBC T 11 (norma já 
revogada), a auditoria das demonstrações contábeis constitui o conjunto de 
procedimentos técnicos que têm por objetivo a emissão de parecer sobre a sua 
adequação, consoante os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as Normas 
Brasileiras de Contabilidade e, no que for pertinente, a legislação específica. 
Contudo, na ausência de disposições específicas, prevalecem as práticas já 
consagradas pela profissão contábil, formalizadas ou não pelos seus organismos 
próprios. 
 
 A letra B está incorreta. O parecer do auditor independente restringe-se 
aos objetivos da auditoria independente das demonstrações contábeis. 
Portanto, o parecer ou opinião expressa na modalidade sem ressalvas não 
representa garantia de viabilidade futura da entidade ou atestado de eficácia da 
administração na gestão dos negócios. 
 
A letra C está correta e constitui o gabarito da questão. No caso do Brasil, 
como definido no item 7 da NBC T 19.27 – Apresentação das Demonstrações 
Contábeis, “práticas contábeis adotadas no Brasil” compreendem a legislação 
societária brasileira, as Normas Brasileiras de Contabilidade, emitidas pelo 
Conselho Federal de Contabilidade, os pronunciamentos, as interpretações e as 
orientações emitidos pelo CPC e homologados pelos órgãos reguladores, e 
práticas adotadas pelas entidades em assuntos não regulados, desde que 
atendam à Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das 
Demonstrações Contábeis emitida pelo CFC e, por conseguinte, em consonância 
com as normas contábeis internacionais. 
 
 A letra D está incorreta. A primeira parte da assertiva está correta, 
quando aponta que a auditoria externa deve ser independente e a auditoria 
interna autônoma. Contudo, na segunda parte, quando pairarem dúvidas acerca 
do atributo da independência, existem certas salvaguardas e ações a serem 
adotadas para eliminar ou reduzir as ameaças à independência. Dentre as 
salvaguardas não existe a publicação, em jornal de grande circulação, da 
relação dos sócios da empresa de auditoria. 
 
 Por fim, a letra E também está incorreta. Os princípios fundamentais de 
ética profissional relevantes para o auditor quando da condução de auditoria de 
demonstrações contábeis estão implícitos no Código de Ética Profissional do 
Contabilista e na NBC PA 01, que trata do controle de qualidade. O erro está, 
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por óbvio, na afirmação de que o cumprimento desses princípios não é exigido 
dos auditores. 
 
8) (AUDITOR/ANGRA DOS REIS/FGV/2010) O ceticismo profissional é 
necessário para a avaliação crítica das evidências de auditoria. Isso 
inclui questionar evidências de auditoria contraditórias e a 
confiabilidade dos documentos e respostas a indagações e outras 
informações obtidas junto à administração e aos responsáveis pela 
governança. Também inclui a consideração da suficiência e adequação 
das evidências de auditoria obtidas considerando as circunstâncias, por 
exemplo, no caso de existência de fatores de risco de fraude, for a 
única (...) evidência que corrobore um valor relevante da demonstração 
contábil. 
O ceticismo profissional inclui estar alerta, por exemplo, considerando 
o disposto na NBC TA 200 e correlatas o indicado nas alternativas a 
seguir, À EXCEÇÃO DE UMA. Assinale-a. 
(A) evidências de auditorias que contradigam outras evidências 
obtidas. 
(B) informações que coloquem em dúvida a confiabilidade dos 
documentos e respostas a indagações a serem usadas como evidências 
de auditoria. 
(C) condições que possam indicar possível fraude. 
(D) circunstâncias que sugiram a necessidade de procedimentos de 
auditoria além dos exigidos pelas NBC TA s. 
(E) transações rotineiras desenvolvidas por controladas avaliadas pelo 
método da equivalência patrimonial. 
 
SOLUÇÃO: Nos termos da NBC TA 200, ceticismo profissional é a postura que 
inclui uma mente questionadora e alerta para condições que possam indicar 
possível distorção devido a erro ou fraude e uma avaliação crítica das 
evidências de auditoria. O ceticismo profissional inclui estar alerta, por exemplo, 
a: 
 
a) evidências de auditoria que contradigam outras evidências obtidas; 
b) informações que coloquem em dúvida a confiabilidade dos documentos 
e respostas a indagações a serem usadas como evidências de auditoria; 
c) condições que possam indicar possível fraude; 
d) circunstâncias que sugiram a necessidade de procedimentos de 
auditoria além dos exigidos pelas NBC TAs. 
 
 Pelo exposto, as alternativas A, B, C e D correspondem à necessidade do 
auditor de estar alerta mantendo o ceticismo profissional. 
 
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A alternativa E constitui o gabarito da questão. O ceticismo profissional 
não é necessário diante de transações rotineiras desenvolvidas por controladas 
avaliadas pelo método da equivalência patrimonial. 
 
9) (AUDITOR/ANGRA DOS REIS/FGV/2010) O julgamento profissional 
é essencial para a condução apropriada da auditoria. A característica 
que distingue o julgamento profissional esperado do auditor é que esse 
julgamento seja exercido por auditor, cujo treinamento, conhecimento 
e experiência tenham ajudado no desenvolvimento das competências 
necessárias para estabelecer julgamentos razoáveis. (...) O julgamento 
profissional NÃO é necessário, em particular, nas decisões sobre 
(A) materialidade e risco de auditoria. 
(B) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria 
aplicados para o cumprimento das exigências das normas de auditoria e 
a coleta de evidências de auditoria. 
(C) avaliar se foi obtida evidência de auditoria suficiente e apropriada e 
se algo mais precisa ser feito para que sejam cumpridos os objetivos 
das NBC TAs e, com isso, os objetivos gerais do auditor. 
(D) avaliação das opiniões da administração na aplicação da estrutura 
de relatório financeiro aplicável da entidade. 
(E) extração de conclusões não baseadas nas evidências de auditoria 
obtidas. 
 
SOLUÇÃO: Julgamento profissional é a aplicação do treinamento, conhecimento 
e experiência relevantes, dentro do contexto fornecido pelas normas de 
auditoria, contábeis e éticas, na tomada de decisões informadas a respeito dos 
cursos de ação apropriados nas circunstâncias do trabalho de auditoria. 
 
O julgamento profissional é necessário, em particular, nas decisões sobre: 
 
• materialidade e risco de auditoria; 
• a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria 
aplicados para o cumprimento das exigências das normas de auditoria e 
a coleta de evidências de auditoria; 
• avaliar se foi obtida evidência de auditoria suficiente e apropriada e se 
algo mais precisa ser feito para que sejam cumpridos os objetivos das 
NBC TAs e, com isso, os objetivos gerais do auditor; 
• avaliação das opiniões da administração na aplicação da estrutura de 
relatório financeiro aplicável da entidade; 
• extração de conclusões baseadas nas evidências de auditoriaobtidas, 
por exemplo, pela avaliação da razoabilidade das estimativas feitas pela 
administração na elaboração das demonstrações contábeis. 
 
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A única alternativa da questão em que o julgamento profissional não é 
necessário é a “E”. O auditor não pode utilizar o julgamento profissional para 
extrair conclusões não sustentadas por fatos e circunstâncias do trabalho ou por 
evidência de auditoria. O gabarito é a letra E. 
 
10) (TCE/RS/FMP/2011 – com ajustes) Acerca do risco de auditoria, 
assinale a alternativa correta. 
A) É o risco de que os procedimentos executados pelo auditor para 
reduzir o risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo não 
detectem uma distorção existente que possa ser relevante, 
individualmente ou em conjunto com outras distorções. 
B) o risco de auditoria é uma função dos riscos de distorção relevante e 
do risco de detecção. 
C) De acordo com o CFC, pode ser classificado o risco de auditoria em 
risco de controle e risco inerente. 
D) A identificação dos riscos de auditoria, de responsabilidade 
exclusiva do auditor, permite a esse profissional a obtenção de 
segurança absoluta de que as demonstrações contábeis estão livres de 
distorção relevante devido a erro e fraude. 
E) Não é considerada como limitação inerente da auditoria a natureza 
dos procedimentos de auditoria. 
 
SOLUÇÃO: A letra A está incorreta. O risco de detecção é o risco de que os 
procedimentos executados pelo auditor para reduzir o risco de auditoria a um 
nível aceitavelmente baixo não detectem uma distorção existente que possa ser 
relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções. 
 
 A letra B está correta. O risco de auditoria é uma função dos riscos de 
distorção relevante e do risco de detecção. Se o risco de distorção relevante é 
alto, o auditor tem que reduzir o risco de detecção em seus testes substantivos, 
para que o risco de auditoria fique em um nível mínimo aceitável. O gabarito é 
a letra B. 
 
 A letra C está incorreta. De acordo com a NBC TA 200, pode ser 
classificado o risco de auditoria em risco de distorção relevante e de detecção. 
O risco de distorção relevante é que se classifica em risco de controle e risco 
inerente. 
 
 A letra D está incorreta. A identificação dos riscos de auditoria, de 
responsabilidade exclusiva do auditor, permite a esse profissional a obtenção de 
segurança razoável e não absoluta de que as demonstrações contábeis estão 
livres de distorção relevante devido a erro e fraude. 
 
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 A letra E está incorreta. A natureza dos procedimentos de auditoria é 
considerada como limitação inerente da auditoria. Por exemplo, os 
procedimentos de auditoria são realizados a base de testes e aplicados para 
coletar evidências de auditoria podem ser ineficazes para a detecção de 
distorção relevante que envolva, por exemplo, conluio para a falsificação de 
documentação que possa fazer o auditor acreditar que a evidência de auditoria 
é válida quando ela não é. 
 
11) (Analista/SUSEP/ESAF/2010) O auditor externo, ao realizar os 
procedimentos para avaliação de três processos da empresa a ser 
auditada, constatou a seguinte situação: 
Área 1: Baixo nível de risco, com baixa probabilidade de ocorrência de 
erros e/ou fraudes. 
Área 2: Alto nível de risco, com média probabilidade de ocorrência de 
erros e/ou fraudes. 
Área 3: Alto nível de risco, com alta probabilidade de ocorrência de 
erros e/ou fraudes. 
Com base nas conclusões acima, pode-se afirmar que o auditor: 
a) não deverá realizar testes para a área 1, visto que o risco e a 
probabilidade de ocorrência de erros é baixa. 
b) deverá aplicar testes considerando grandes amostragens para todas 
as áreas. 
c) somente deverá realizar testes nas áreas 2 e 3, as quais apresentam 
risco alto. 
d) em decorrência da probabilidade baixa e média nos itens 1 e 2, os 
testes de auditoria poderão ser suportados por relatórios de 
confirmação feitos pela administração da empresa. 
e) deverá efetuar testes em todas as áreas, conforme estabelece as 
normas de auditoria. 
 
SOLUÇÃO: Repare que o enunciado apresenta uma avaliação de riscos para os 
processos de três áreas da empresa, apontando alternativas quanto à forma de 
aplicação de procedimentos pelo auditor. 
 
Ressaltamos que a avaliação de riscos é feita levando-se em consideração 
a probabilidade de ocorrência do evento e o impacto nos objetivos da área 
ou conta, caso ocorra, o que a banca denomina de nível de risco ou de 
incidência. Por maior ou menor que seja a probabilidade, o nível de risco ou 
impacto nos objetivos da empresa sempre é mais preocupante. 
 
O auditor avalia os riscos na fase de planejamento da auditoria, para 
determinar qual a extensão dos testes a serem aplicados na área em questão. 
Assim, em relação à área 1 (baixo risco), deverá aplicar testes considerando 
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Prof. Marcelo Aragão 32 
pequenas amostragens (menor extensão). Por outro lado, com relação às áreas 
2 e 3 (alto risco), deverá aplicar testes considerando grandes amostragens 
(maior extensão). 
 
 As normas de auditoria estabelecem que, mesmo que o auditor avalie os 
riscos como baixos, ele não pode deixar de aplicar procedimentos ou testes 
substantivos em relação à área ou conta sob exame. Ele sempre precisará obter 
alguma evidência para cada área ou saldo de conta significativo. Assim, ele 
deverá efetuar testes em todas as áreas, conforme estabelece as 
normas de auditoria, em maior ou menor extensão, conforme os riscos 
avaliados. Portanto, a alternativa correta é a “e”. 
 
12) (ISS Rio/ESAF/2010) Assinale a opção falsa a respeito dos 
assuntos que, se bem equacionados, ajudam o auditor a reduzir o risco 
de detecção em uma auditoria. 
a) Formação de equipes de trabalho com pessoal preparado. 
b) Revisão e supervisão dos trabalhos de auditoria realizados. 
c) Aplicação do ceticismo profissional. 
d) Planejamento adequado dos trabalhos de auditoria. 
e) Diminuição do escopo de exame e redução do número de transações. 
 
SOLUÇÃO: O risco de detecção é o risco do auditor não detectar em seus 
testes de auditoria uma distorção relevante. Quando o risco de existirem 
fraudes e erros relevantes é maior, o risco de detecção a ser aceito pelo auditor 
tem que ser reduzido, mediante, por exemplo, formação da equipe com 
auditores mais experientes, aumento da supervisão, aplicação do ceticismo 
profissional, alteração da natureza e época e ampliação da extensão dos 
procedimentos de auditoria. 
 
Quando o auditor diminui o escopo de exame e reduz o número de 
transações analisadas ele aumenta o risco de detecção em uma auditoria. 
Portanto, a alternativa falsa e que constitui o gabarito da questão é a “e”. 
 
13) (ISS/BH/FDC/2012) O risco de auditoria é uma função dos riscos 
de distorção relevante e dos riscos de detecção. Os riscos de distorção 
relevante podem existir em dois níveis: no nível geral das 
demonstrações contábeis e no nível da afirmação para classes de: 
A) saldos contábeis, demonstração de valor adicionado e notas 
explicativas. 
B) contas contábeis, saldos contábeis e notas explicativas. 
C) transações, contas contábeis e fluxo de caixa. 
D) transações, saldos contábeis e divulgações. 
E) operações,

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