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Pode conter erros no texto, principalmente ortográficos, pois esse material é digitado durante a aula! Broncodilatadores: Agonistas beta2- adrenérgicos Noradrenalina Adrenalina > não pode ser administrada por via oral pois ela sofre extenso metabolismo de primeira passagem que já se inicia na mucosa intestinal mediado pelas enzimas MAO e COMT. Biodisponibilidade oral muito baixa. A noradrenalina e isoproterenol Isoproterenol > sintético Salbutamol Salmeterol Formoterol Terbutalina > Todas as 4 podem ser administrados por via oral, pois têm uma boa biodisponibilidade oral, pois não possuem grupo catecol e não possuem biotransformação através da COMT (adiciona um grupo metil a hidroxila 3 do grupo catecol). A MAO (catalisa a reação de oxidação do grupamento amino) tem sua ação dificultada pois ela não consegue se acoplar sobre o metil, pois tem um volume muito grande ao redor de seu alvo. Os grupos substituintes volumosos fazem com que ocorra mais seletividade para os receptores beta2. Essas modificações químicas aumentaram a biodisponibilidade oral desses fármacos. Broncodilatadores agonistas beta2 - adrenérgicos - podem ser classificados em: Ação curta (de 3 a 6h) - todos de curta duração de ação produzem broncodilatação significativa > 15min ou imediato. São chamadas de fármacos de resgate, pois podemos reverter os efeitos de broncoconstrição de maneira rápida. Salbutamol ou albuterol Terbutalina Isoetarina Pirbuterol Bitolterol (pró-farmaco) Fenoterol Metaproterenol Ação prolongada (tempo superior a 12h) Salmeterol > agonista parcial (evoca resposta submáxima, mesmo ocupando 100% dos receptores), inicio de ação lenta. Não é indicado como monoterapia para crises agudas de broncoespasmo Formoterol > agonista pleno (evoca resposta máxima); produz broncodilatação significativa, poucos minutos após inalação (início de ação rápido > 15min). Não pode ser usada como droga de resgate pois estudos mostram que ela não tem sucesso. Clembuterol Salmeterol e formoterol possuem uma estrutura química com um grupo volumoso substituindo o grupo amino, e com características lipofílicas (muito carbono, muito hidrogênio, anel aromático), extremamente hidrofóbicos. Pode conter erros no texto, principalmente ortográficos, pois esse material é digitado durante a aula! Para haver efeito a droga tem que interagir com o receptor, que estão no domínio extracelular e incluídos no domínio transmembrana, que atravessam a bicamada lipídica. A droga tem moléculas ligando em ambos domínios, e quando chega na bicamada lipídica, ela tem grande afinidade pelos lipídios, devido suas características químicas. Isso faz com que o fármaco permaneça por mais tempo ativando o receptor. Eles têm ação prolongada por características farmacodinâmicas, ou seja, capacidade que a droga tem em permanecer mais tempo ativando o receptor. O clembuterol tem tempo de meia vida longo, cerca de 35h no organismo. Permanece por muito tempo no organismo, e tem alta taxa de ligação a proteínas plasmáticas. Características farmacocinéticas. Quando ocorrer ativação dos receptores beta2, que resulta na ativação da PKA, ela não só inibe a QCLM, como fosforila e ativa a miosina fosfatase, que tira o fosfato das cadeias leves de miosina, causando relaxamento. A PKA também ativa sistemas de cálcio ATPase, que estão na superfície da cél e no REL, que sequestram cálcio, diminuindo os níveis de cálcio intracelulares, viabilizando o relaxamento dos tecidos. Além disso, ela também fosforila e ativa os canais de potássio sensíveis ao cálcio, ocorrendo hiperpolarização, que favorece fechamento dos canais de cálcio e relaxamento. A desgranulação mastocitária contribui para o processo de inflamação e hiperreatividade (broncoconstrição). Os broncodilatadores agonistas beta2 podem diminuir a desgranulação mastocitária, porque mastócitos tem receptores beta2. Além disso esses agonistas aumentam o movimento ciliar na árvore brônquica. Aumentam a secreção brônquica mais fluída (aumenta secreção de cloreto, que sai acompanhado de água). Efeitos adversos dos agonistas beta2-adrenérgicos Ocorrem através da ação em receptores beta2 extra-pulmonares, fora do sistema respiratório. Se a administração é oral, esses efeitos adversos podem aparecer, pois além de beta2 podemos estimular beta1. Musculo cardíaco > possui todos receptores beta, mas a população maior de receptores é beta1 > aumenta a frequência cardíaca, causando palpitações e taquicardia. O risco de efeitos adversos cardiovasculares é maior em animais que usam outros fármacos simpaticomiméticos. Para minimizar esses efeitos podemos diminuir a dose usando uma via de administração que a droga escapa de metabolismo de primeira passagem. Aumento da glicemia (em animais diabéticos, a hiperglicemia pode ser agravada) o Aumenta a gliconeogênese, a glicogenólise. A ativação dessas vias metabólicas pode aumentar os níveis glicêmicos Aumenta a concentração de ácidos graxos livres no sangue Pode conter erros no texto, principalmente ortográficos, pois esse material é digitado durante a aula! o Estimula a lipólise (quebra dos triacilgliceróis aumentando os ácidos graxos livres) no tecido adiposo Tremores muscular; em equinos aumenta a sudorese o Contrações involuntárias por estímulo de beta2 nos fusos musculares Diminuição do potássio plasmático o Estimulação de bombas sódio/potássio ATPases, principalmente em músculo esquelético. o Entra 2 potássios e sai 3 íons sódio. O agonista beta2 aumenta a atividade desses complexos ativados, e com esse movimento a concentração de potássio fora da cél (plasmática) vai diminuindo, pois aumenta dentro da cél. Particularmente importante em situações de uso simultâneo de diuréticos e agentes cardiotônicos (digoxina). TODOS ESSES EFEITOS ADVERSOS PODEM SER REDUZIDOS PELA ADMINISTRAÇÃO DO FÁRMACO POR VIA INALATÓRIA, AO INVÉS DAS VIAS ORAL OU PARENTERAL. Vias de administração: oral, inalação, injetável Partículas muito grandes vão para a cavidade oral e sofrem metabolismo de primeira passagem, que podem aumentar os efeitos adversos. Partículas muito pequenas voltam para a câmara de aerossol. As partículas devem ter um tamanho médio para que se fixem nas vias respiratórias. Com câmaras de aerossol o inalador com espaçador evita que as partículas maiores se depositem na cavidade oral, pois eles passam a depositar no espaçador. A seletividade não é absoluta. Então simpaticomiméticos de ação direta beta2 seletivos podem atingir receptores beta1, quando em doses altas.
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