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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA ANA LUÍSA SILVA SANTOS CARLA VIVIANE LOPES DOS SANTOS DANIELA DA ROCHA SOUZA GEISE KELLY SOUZA GUEDES IARA DE OLIVEIRA E OLIVEIRA LÉIA DA SILVA DE OLIVEIRA NATHÁLIA CAREY PIMENTEL DA SILVA THAÍS ROSA DIAS TÚLIO DOS SANTOS DE SOUZA FILOSOFIA PRÉ-SOCRÁTICA GUANAMBI 2018 ANA LUÍSA SILVA SANTOS CARLA VIVIANE LOPES DOS SANTOS DANIELA DA ROCHA SOUZA GEISE KELLY SOUZA GUEDES IARA DE OLIVEIRA E OLIVEIRA LÉIA DA SILVA DE OLIVEIRA NATHÁLIA CAREY PIMENTEL DA SILVA THAÍS ROSA DIAS TÚLIO DOS SANTOS DE SOUZA FILOSOFIA PRÉ-SOCRÁTICA Trabalho apresentado a disciplina Filosofia e Ética da Universidade do Estado da Bahia. Professor: Ruivaldo GUANAMBI 2018 INTRODUÇÃO Olhar o universo e tentar explica-lo não é nada fácil. Isso foi o que os primeiros filósofos buscaram fazer. Os primeiros filósofos são chamados de pré-socráticos, aqueles que vieram antes de Sócrates. Todos são gregos e buscaram formular uma explicação racional para o mundo. Esses filósofos são os ‘filósofos da natureza. Eles buscam compreender o mundo não através de mitos, mas sim usando a razão. O período pré-socrático data do século VII a.C., até o século V a.C. O objetivo dos primeiros filósofos era a construção de uma cosmologia que é a explicação racional e sistemática das características do universo. Substituindo assim a cosmogonia, que explicava o universo através do mito. Assim, com base na razão e não na mitologia, os pré-socráticos tentaram encontrar a arché que significa o princípio substancial, a “matéria-prima” de que são feitas as coisas. (COTRIM; FERNANDES, 2016) Foram desenvolvidas as escolas Pré-socráticas na qual foram: Escola Jônica, Escola Itálica, Escola Eleática, e Escola Atomística. A Escola Jônica seus representantes eram Tales de Mileto, Anaximandro e Anaxímenes. A Escola Itálica também chamada de Pitagórica pelo fato do seu principal representante ser Pitágoras. Na Escola Eleática havia como filósofos Parmênides e Zenão. Já na Escola Atomística os que se destacaram foram Demócrito e Leucipo. Portanto, os pensadores de Mileto, Pitágoras, Heráclito, pensadores de Eleia, Empédocles e Demócrito, foram os filósofos que há muitos séculos atrás, buscaram de forma racional explicar o universo. PENSADORES DE MILETO A cidade de Mileto, situada na Jônia, litoral ocidental da Ásia Menor, foi a cidade onde abrigou os primeiros pensadores da história ocidental, onde chamamos de filósofos. (COTRIM; FERNANDES, 2016). São eles: Tales de Mileto Anaximandro Anaxímenes Tales de Mileto – A água (c 623-546 a.C.) Considerado o primeiro pensador grego, sendo considerado o “pai da filosofia” e o mais antigo dos sete sábios da Grécia, Tales tentou explicar que tudo era provido da água. A água dava a origem a todas as coisas, seria ela a arché, a substancia primordial de tudo. Anaximandro – O indeterminado (c. 610-547 a.C.) Anaximandro, discípulo de Tales, buscou em vários elementos observáveis para encontrar o princípio único e primordial de todos os seres, mas nada foi encontrado. Então ele pensou que deveria haver alguma substância diferente, ilimitada e que dela nascessem o céu e todos os mundos nele contidos. Assim, o filósofo chegou à conclusão de que a arché não se situa em uma realidade ao alcance dos sentidos, como a água. Por isso, determinou-a ápeiron que significa “o indeterminado”, “o infinito” no tempo. O ápeiron seria a “massa geradora” dos seres e do cosmo. (COTRIM; FERNANDES, 2016) Anaxímenes – O ar (c. 588-524 a.C.) Anaxímenes, discípulo de Anaximandro, concordava que a origem de todas as coisas era indeterminada, mas não atribuiu essa indeterminação a caráter de arché. Assim descordou de Anaximandro e propôs o ar como princípio de todas as coisas. O ar constituiria uma arché menos indeterminada que o ápeiron. (COTRIM; FERNANDES, 2016) PITÁGORAS – OS NÚMEROS Pitágoras de Samos (c 570-490 a.C.), estudioso da matemática, defendeu a tese de que todas as coisas são números. Para chegar nessa tese ele percebeu que à harmonia dos acordes musicais correspondiam certas proporções aritméticas. Se tudo para Pitágoras é número significa que a arché seria a estrutura numérica, matemática, da realidade. Ele que propôs o Teorema de Pitágoras. (COTRIM; FERNANDES, 2016) HERÁCLITO – FOGO E DEVIR Heráclito (c. 535-475 a.C.), nascido em Éfeso, decidiu concentrar sua reflexão sobre o que muda. O filósofo dizia que tudo flui, nada persiste nem permanece o mesmo. Em uma das suas palavras dizia: “Tu não podes descer duas vezes no mesmo rio, porque novas águas correm sobre ti”. Heráclito imaginou que, se devia haver um elemento primordial na natureza, este teria que ser o fogo, governando o constante movimento dos seres com chamas vivas e eternas. (COTRIM; FERNANDES, 2016) PENSADORES DE ELEIA Surgiu na cidade de Eleia uma nova forma de pensamento sobre a realidade, na qual se oporia dos pensadores de Mileto à Heráclito. A chamada escola Eleática tinha como filósofos: Parmênides Zenão Parmênides – O ser (c 510-470 a.C.) Parmênides achava contraditório buscar a essência, a arché aquilo que não é essencial, buscar a permanência naquilo que não permanece (a mudança, o movimento) ou supor que aquilo que é permanente pudesse converter-se em algo impermanente. Portanto, Parmênides optou por escutar o que lhe dizia a razão onde diz que: “O ser é e o não ser não é”. O ser é aquilo que é. É o permanente que atinge com a razão. Zenão (c. 488-430 a.C.) Discípulo de Parmênides, Zenão se refere a corrida entre Aquiles com uma tartaruga. Com base nos seus pensamentos, a tartaruga vence Aquiles, mas hoje já existe um cálculo que demostra que Aquiles alcançou a tartaruga. Esse argumento de Zenão não corresponde à realidade, chamado de paradoxo, isto é, um raciocínio que parece correto e bem fundamentado, mas cujo resultado entra em contradição com a experiência do mundo real. (COTRIM; FERNANDES, 2016) EMPÉDOCLES – OS QUATRO ELEMENTOS Empédocles (c. 490-430 a.C.), filósofo, médico, professor místico e poeta, defendeu quatro elementos que constituem as raízes de todas as coisas percebidas. São eles: o fogo, a terra, a água e o ar. Esses elementos seriam misturados de diferentes maneiras em função de princípios opostos, O amor e o ódio. O amor responsável pela atração e união das coisas e o ódio responsável pela repulsão e separação das coisas. (COTRIM; FERNANDES, 2016) DEMÓCRITO – O ÁTOMO Demócrito (c. 460-370 a.C.) juntamente com seu mestre Leucipo desenvolveu o atomismo. Essa doutrina dizia que todas as coisas que formam a realidade são constituídas por partículas invisíveis, por serem muito minúsculas e indivisíveis. Demócrito denominou-as como átomos. Para o filósofo, toda a realidade é composta também do vazio, que representa a ausência do ser (o não ser). (COTRIM; FERNANDES, 2016) CONCLUSÃO A filosofia pré-socrática foi a responsável pelo surgimento não apenas da filosofia como a conhecemos hoje, mas também das ciências naturais, considerando que o trabalho do filósofo era o estudo e observação da natureza. Os pré-socráticos deixaram de lado a mitologia que tentava explicar as coisas do universo, para encontrar a arché onde buscava o princípio das coisas. Os filósofos anteriores a Sócrates escreveu obras que não foi conservada. O que sabemos hoje desses filósofos são apenas baseados em trechos de seus escritos, ou citados por autores que vieram depois deles. Seus pensamentos foram fundamentais para as pessoas refletirem sobre o que estava acontecendo naquele momento que nascia a filosofia. Portanto, para esses filósofos encontrar a arché das coisas, foram anos e anos montando seus pensamentos. A cada geração aparecia um pré-socrático com pensamentos mais avançados, assim muitas vezes pensamentos eram discordados, mas outros eram aperfeiçoados. Buscando entender apenas como era o universo. REFERÊNCIAS COTRIM, G.; FERNANDES M. Fundamentos de Filosofia:4. ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2016. https://guiadoestudante.abril.com.br/especiais/os-filosofos-pre-socraticos/ Acesso em: 05/04/2018 https://www.todamateria.com.br/filosofos-pre-socraticos/ Acesso em: 05/04/2018 https://www.infoescola.com/filosofia/filosofia-pre-socratica/ Acesso em: 05/04/2018 http://www.mundociencia.com.br/filosofia/pre-socraticos/ Acesso em: 06/04/2018