Buscar

12 Resumo Processo Civil - Aula 12 (25.07.2011)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Processo Civil 
Data: 25/07/2011 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
 Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2º, 3º e 5º andares – Tel.: (21)2223-1327 1 
Barra: Shopping Downtown – Av. das Américas, 500 - bl. 21, salas 157 e 158 – Tel.: (21)2494-1888 
www.enfasepraetorium.com.br 
 
 
Assuntos tratados: 
1º Horário. 
 Rito Ordinário / Petição Inicial / Pedido / Sentenças Citra, Extra e Ultra Petita / 
Pedido Mediato e Imediato / Pedido Cominatório / Pedidos Cumulados 
2º Horário. 
 Requisitos para a Cumulação dos pedidos / Indeferimento da petição Inicial / 
Art. 285-A do CPC / Citação / Classificação da Citação / Quanto ao destinatário / 
Quanto à Forma em que vai ser realizada / Postal / Por oficial de justiça ou por 
mandado / Por Edital 
 
1º Horário 
 
RITO ORDINÁRIO 
 
1. Petição Inicial 
Trata-se de pressuposto de validade. 
Para que a petição seja apta, ela deve preencher os requisitos constantes em 
dois dispositivos: dos arts. 282 e 283 do CPC. O primeiro, que trata dos requisitos 
intrínsecos, aqueles elementos importantes na elaboração da petição inicial; o 
segundo diz respeito aos requisitos extrínsecos, documentos essenciais que devem 
necessariamente vir com a petição inicial, sob pena de o juiz a indeferir. 
Art. 282. A petição inicial indicará: 
II - os nomes, prenomes, estado civil, profissão, domicílio e residência do autor e 
do réu; 
A petição inicial deve qualificar as partes. Porém, é possível ajuizar ação em 
face de réu desconhecido, incerto, pois nem sempre se tem condições de qualificá-lo, 
devendo-se fazer a qualificação dos elementos disponíveis. Ex: Ação de reintegração 
de posse contra invasores de terra, caso em que se propõe a ação em face de um 
grupo de pessoas. 
O art. 282 ainda fala no endereçamento do juízo ou tribunal competente. 
Havendo erro no endereçamento, sendo o juízo incompetente, deve-se redirecionar a 
petição inicial para o órgão competente, o juiz não deve se limitar a extinguir o feito. 
 Processo Civil 
Data: 25/07/2011 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
 Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2º, 3º e 5º andares – Tel.: (21)2223-1327 2 
Barra: Shopping Downtown – Av. das Américas, 500 - bl. 21, salas 157 e 158 – Tel.: (21)2494-1888 
www.enfasepraetorium.com.br 
 
 
Ex: Petição endereçada para o JEF quando a competência é da Justiça Estadual deve 
ser redirecionada à última. 
Art. 282. A petição inicial indicará: 
I - o juiz ou tribunal, a que é dirigida; 
Ao determinar que a petição inicial indique fatos e fundamentos jurídicos do 
pedido, exige-se a descrição da causa de pedir (causa petendi). Descrever 
fundamentos jurídicos é delinear a posição jurídica ocupada pelo autor perante o réu 
(descrição da existência de um crédito em razão de uma compra e venda ou de um 
empréstimo, por exemplo). Os fundamentos de fato são a descrição do fato violador 
do direito do autor (por exemplo, a descrição do inadimplemento da obrigação). 
Aquela é conhecida como aspecto ativo da causa de pedir e esta como aspecto 
passivo, aproximando o autor do Poder Judiciário. Na doutrina, majoritariamente, são, 
respectivamente, causa de pedir remota e causa de pedir próxima. 
Ao impor com a descrição da causa de pedir próxima e remota, o Código adota 
a Teoria da Substanciação, que substituiu há muito tempo a Teoria da Individuação, 
que só se importava com a indicação dos fundamentos jurídicos. Ambas surgiram na 
Alemanha. 
O juiz pode alterar a qualificação jurídica, mas nunca os fatos e os fundamentos 
jurídicos narrados pelo autor. 
Por exemplo, se digo que o réu agiu om negligência, nada impede que diante 
dos fatos o juiz qualifique aquilo que narrei como negligencia como sendo, na verdade, 
imprudência ou imperícia. 
O autor só pode alterar a causa de pedir até a citação do réu; após a citação, só 
com a concordância do réu; após o saneamento, tal não pode mais ser alterado. 
 
1.1. Valor da Causa 
Os arts. 259 e 260 trazem os critérios de fixação da causa de pedir. 
Tendo em vista as relevantes funções que o valor da causa tem como 
parâmetro processual de indicação de competência, procedimentos, custas e 
honorários, sempre que o critério de fixação estiver estabelecido na lei1 e for 
desrespeitado, o juiz poderá de ofício impor ao autor que emende a petição inicial 
para corrigir o valor dado à causa. 
 
1 Porque o valor da causa também podem estar previsto também no regimento 
interno do tribunal. 
 Processo Civil 
Data: 25/07/2011 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
 Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2º, 3º e 5º andares – Tel.: (21)2223-1327 3 
Barra: Shopping Downtown – Av. das Américas, 500 - bl. 21, salas 157 e 158 – Tel.: (21)2494-1888 
www.enfasepraetorium.com.br 
 
 
Art. 259. O valor da causa constará sempre da petição inicial e será: 
I - na ação de cobrança de dívida, a soma do principal, da pena e dos juros 
vencidos até a propositura da ação; 
II - havendo cumulação de pedidos, a quantia correspondente à soma dos valores 
de todos eles; 
III - sendo alternativos os pedidos, o de maior valor; 
IV - se houver também pedido subsidiário, o valor do pedido principal; 
V - quando o litígio tiver por objeto a existência, validade, cumprimento, 
modificação ou rescisão de negócio jurídico, o valor do contrato; 
VI - na ação de alimentos, a soma de 12 (doze) prestações mensais, pedidas pelo 
autor; 
VII - na ação de divisão, de demarcação e de reivindicação, a estimativa oficial 
para lançamento do imposto. 
Art. 260. Quando se pedirem prestações vencidas e vincendas, tomar-se-á em 
consideração o valor de umas e outras. O valor das prestações vincendas será 
igual a uma prestação anual, se a obrigação for por tempo indeterminado, ou por 
tempo superior a 1 (um) ano; se, por tempo inferior, será igual à soma das 
prestações. 
Devem-se ler todos os itens indicativos do valor da causa supracitados nos 
dispositivos. 
Vale tecer comentários sobre o valor da causa da ação rescisória, que deve 
equivaler ao benefício patrimonial pretendido com a rescisão do julgado, o que não é 
necessariamente igual ao valor da causa do processo que originou a sentença 
rescindenda. Por exemplo, nem sempre se quer rescindir tudo que foi decidido 
anteriormente no processo, como no caso em que só se quer rescindir um dos três 
pedidos existentes. 
 Às vezes, mesmo se indicando corretamente o valor da causa, ele será inferior 
ao valor do pedido. No caso de dívidas que se vencerem, o valor da causa é o valor das 
12 parcelas anteriores, e o pedido será de todas as parcelas vencidas e vincendas. 
O que deve ficar claro é que o que limita o juiz não é o valor da causa, mas o 
valor do pedido. 
Outro exemploé do autor que erra sobre o valor da causa, o réu não impugna e 
o juiz não percebe. Não quer dizer que o juiz está limitado ao valor da causa, mas sim 
ao valor do pedido. O valor da causa é referência para muitas outras coisas, mas não 
limita a decisão do juiz ao mérito do processo. 
 Processo Civil 
Data: 25/07/2011 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
 Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2º, 3º e 5º andares – Tel.: (21)2223-1327 4 
Barra: Shopping Downtown – Av. das Américas, 500 - bl. 21, salas 157 e 158 – Tel.: (21)2494-1888 
www.enfasepraetorium.com.br 
 
 
Os requisitos extrínsecos tratam-se dos elementos essenciais para o julgamento 
da causa. 
Alguns desses documentos são essenciais em qualquer tipo de processo. É o 
caso da procuração para o advogado, sem a qual não haverá capacidade postulatória, 
a menos que a parte advogue em causa própria, de modo que os atos processuais 
serão tidos como inexistentes, conforme art. 37 do CPC. 
Art. 37. Sem instrumento de mandato, o advogado não será admitido a procurar 
em juízo. Poderá, todavia, em nome da parte, intentar ação, a fim de evitar 
decadência ou prescrição, bem como intervir, no processo, para praticar atos 
reputados urgentes. Nestes casos, o advogado se obrigará, independentemente de 
caução, a exibir o instrumento de mandato no prazo de 15 (quinze) dias, 
prorrogável até outros 15 (quinze), por despacho do juiz. 
Parágrafo único. Os atos, não ratificados no prazo, serão havidos por inexistentes, 
respondendo o advogado por despesas e perdas e danos. 
Obs: O advogado pode praticar os atos urgentes sem procuração, desde que a 
junte no prazo devido. 
A princípio não se verifica os poderes daquele que concedeu a procuração em 
nome da pessoa jurídica. Se a parte contrária não impugnar isso, não cabe ao juiz 
interferir, devendo mandar a outra parte se manifestar a respeito. 
Outro documento essencial de um modo geral é o comprovante de 
recolhimento das custas, desde que não se tenha gratuidade de justiça. 
Todo documento sem o qual o juiz não consegue julgar a lide, é considerado 
essencial e sua ausência pode ocasionar o indeferimento da petição inicial. 
Ex: Ação de anulação de contrato necessita da apresentação do contrato. 
 
1.2. Pedido 
Os arts. 286 a 294 tratam da matéria. Trata-se de requisito intrínseco. 
O ato de pedir é o ato de demandar em juízo. Sem pedido não há demanda e 
sem demanda não há processo, porque demanda é pressuposto processual de 
existência. 
O pedido deve ser certo e determinado, o que não é uma expressão 
pleonástica. A certeza é a correta individualização do pedido (ex: entregar sacas de 
café) e determinador é quantidade do que é pedido (ex: 100 sacas de café). 
O pedido genérico admitido pela lei expressamente no art. 286, diz respeito à 
quantidade, à impossibilidade de sua definição quando do ajuizamento da ação. 
 Processo Civil 
Data: 25/07/2011 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
 Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2º, 3º e 5º andares – Tel.: (21)2223-1327 5 
Barra: Shopping Downtown – Av. das Américas, 500 - bl. 21, salas 157 e 158 – Tel.: (21)2494-1888 
www.enfasepraetorium.com.br 
 
 
Exemplos: ações universais como petição de herança; ações de responsabilidade civil 
quando as consequências do ato ilícito ainda não estiverem consolidadas. 
Art. 286. O pedido deve ser certo ou determinado. É lícito, porém, formular pedido 
genérico: (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973) 
I - nas ações universais, se não puder o autor individuar na petição os bens 
demandados; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973) 
II - quando não for possível determinar, de modo definitivo, as conseqüências do 
ato ou do fato ilícito; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973) 
III - quando a determinação do valor da condenação depender de ato que deva ser 
praticado pelo réu. 
Com base nesse raciocínio, a jurisprudência admite pedido genérico de 
condenação no pagamento de danos morais. Fixado tal valor a prudente arbítrio do 
magistrado, o STJ admite que o autor apele para majorá-los, tendo em vista evidente 
desproporção entre a extensão do dano e o valor indicado. 
Tem-se criticado isso, pois se trata de uma injustiça com o réu, porque é difícil 
se determinar de quem é a sucumbência. Diante disso, Dinamarco observa que se deve 
parar de utilizar a concepção de processo civil do autor, pois não é este quem sempre 
tem razão. 
Os pedidos têm que ser interpretados restritivamente, mas a lei e a 
jurisprudência excepcionam os chamados pedidos implícitos. São pedidos implícitos: 
a. A condenação no pagamento dos juros legais (art. 293 do CPC); 
Art. 293. Os pedidos são interpretados restritivamente, compreendendo-se, 
entretanto, no principal os juros legais. 
b. A condenação na correção monetária e nos juros de mora; 
Súmula 254 do STF - Incluem-se os juros moratórios na liquidação, embora omisso 
o pedido inicial ou a condenação. 
c. A condenação nas verbas sucumbenciais, pois elas decorrem do 
princípio da causalidade. Diante disso, quem deu causa ao ajuizamento da ação deve 
arcar com o seu custo. 
Súmula 256 do STF - É dispensável pedido expresso para condenação do réu em 
honorários, com fundamento nos arts. 63 ou 64 do Código de Processo Civil. 
d. Nas dívidas que vencem prestações periódicas, o juiz deve incluir na 
condenação o valor das prestações que se vencerem no curso do processo, até a 
sentença e independentemente de pedido, tratando-se, portanto, de pedido implícito. 
 Processo Civil 
Data: 25/07/2011 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
 Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2º, 3º e 5º andares – Tel.: (21)2223-1327 6 
Barra: Shopping Downtown – Av. das Américas, 500 - bl. 21, salas 157 e 158 – Tel.: (21)2494-1888 
www.enfasepraetorium.com.br 
 
 
e. Na fase de cumprimento de sentença, pode-se incluir na execução o 
valor das prestações vencidas e não pagas depois da sentença, sem que haja violação 
da coisa julgada. 
 
1.2.1. Sentenças Citra, Extra e Ultra Petita 
a. Citra Petita: ocorre quando o juiz aprecia menos do que foi pedido, o 
que não se confunde com a improcedência parcial caso em que há apreciação. 
Tal se mostra solucionável pela interposição de embargos de declaração. Mas, 
não havendo a interposição, o tribunal não anulará a sentença. O autor pode inclusive 
ajuizar outra ação para julgar o que não foi analisado, pois não há coisa julgada em 
face dele. 
b. Ultra Petita: defere-se em condenação superior ao que foi pedido, é 
erro sobre a quantidade. Ex: pediu-se 10 sacas, mas o juiz concedeu 15. 
c. Extra Petita: é a que contém o erro mais grave, em que o juiz julga algo 
que nunca foi pedido. Ex: Pede-sea rescisão do contrato, mas a sentença condena o 
réu ao pagamento de indenização. No caso, pediu-se uma tutela desconstitutiva e se 
teve uma condenatória. 
A sentença citra petita não transita em julgado naquilo em que foi omissa e, 
portanto, o pedido pode ser repetido em uma nova ação, independentemente do 
ajuizamento de uma ação rescisória. 
As sentenças ultra petita e extra petita, para o STJ, são nulas e, eventualmente 
transitando em julgado, sujeitam-se à ação rescisória. 
Para parte da doutrina (Teresa Arruda Alvim), a sentença extra petita é 
inexistente, pois, ao julgar fora do pedido, julga na ausência de demanda, sendo que 
demanda é pressuposto processual de existência. Por isso, não ensejaria ajuizamento 
de rescisória, bastando a ajuizamento de ação anulatória. Porém, o STJ não concorda 
com isso. 
Nesse sentido, tem-se a criticada Súmula 453 do STJ. Faz-se transitar em 
julgado parte de sentença que sequer existiu. Não há justificativa para que não se 
permita cobrar os honorários em ação própria. 
Súmula 453 do STJ - Os honorários sucumbenciais, quando omitidos em decisão 
transitada em julgado, não podem ser cobrados em execução ou em ação própria. 
 
 
 Processo Civil 
Data: 25/07/2011 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
 Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2º, 3º e 5º andares – Tel.: (21)2223-1327 7 
Barra: Shopping Downtown – Av. das Américas, 500 - bl. 21, salas 157 e 158 – Tel.: (21)2494-1888 
www.enfasepraetorium.com.br 
 
 
1.2.2. Pedido Mediato e Imediato 
O pedido imediato é a tutela pleiteada (condenação, declaração e constituição) 
e pedido mediato é o bem da vida que ela traz a reboque (ex: pagamento de dívida, 
entrega de coisa). 
 
1.2.3. Pedido Cominatório 
Equivaleria, hoje, ao pedido de imposição de astreintes, na linha do art. 461 e 
461-A do CPC. Já restou estudado que a cominação de multa pode ser aplicada de 
ofício pelo juiz. Vale lembrar que o antigo CPC/39 não só falava em pedido 
cominatório, como também em ação cominatória. Percebe-se que evoluímos bastante, 
pois, hoje, o juiz pode fazê-lo de ofício. 
Art. 462, § 4o O juiz poderá, na hipótese do parágrafo anterior ou na sentença, 
impor multa diária ao réu, independentemente de pedido do autor, se for 
suficiente ou compatível com a obrigação, fixando-lhe prazo razoável para o 
cumprimento do preceito. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 1994) 
 
1.2.4. Pedidos Cumulados 
Em tese, qualquer um dos pedidos cumulados poderia embasar ação própria. 
Ex: Ação em que se pede: condenação a honorários, indenização por danos 
morais e por danos materiais. 
Sempre que se vir um processo com vários pedidos, deve-se enxergar a 
presença de várias ações. Várias ações ficam enfeixadas em um processo único, tendo-
se aqui a ideia de economia processual. Os pedidos são relacionados entre si, então, a 
segunda vantagem é a harmonização dos julgados. 
As regras básicas estão no art. 292 do CPC. 
Art. 292. É permitida a cumulação, num único processo, contra o mesmo réu, de 
vários pedidos, ainda que entre eles não haja conexão. 
§ 1o São requisitos de admissibilidade da cumulação: 
I - que os pedidos sejam compatíveis entre si; 
II - que seja competente para conhecer deles o mesmo juízo; 
III - que seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento. 
§ 2o Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, 
admitir-se-á a cumulação, se o autor empregar o procedimento ordinário. 
 Processo Civil 
Data: 25/07/2011 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
 Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2º, 3º e 5º andares – Tel.: (21)2223-1327 8 
Barra: Shopping Downtown – Av. das Américas, 500 - bl. 21, salas 157 e 158 – Tel.: (21)2494-1888 
www.enfasepraetorium.com.br 
 
 
As duas primeiras (simples e sucessivas) são chamadas de cumulações próprias 
e as duas últimas (alternativas e eventuais), pode-se chamar de cumulação imprópria. 
O que as diferencia é que na cumulação própria, o autor faz vários pedidos e quer o 
deferimento de todos. Na imprópria, ele faz vários pedidos e contenta-se com o 
deferimento de apenas um deles. 
Cumulação Própria: 
a. Simples: há vários pedidos, sem que haja entre eles relação de 
prejudicialidade. Pode o juiz deferir o primeiro e indeferir o segundo, por exemplo, 
porque não há conexão necessária entre eles. 
b. Sucessiva: fazem-se diversos pedidos, sendo que os pedidos posteriores 
pressupõem a procedência dos primeiros. Ex: Se o juiz entender que não se deve 
rescindir o contrato porque entende que o réu não é inadimplente, não vai analisar o 
pedido subsequente. 
Cumulação Imprópria: 
a. Alternativa: o autor faz vários pedidos, mas se contenta com qualquer 
deles sem ordem de preferência. 
b. Eventual ou Subsidiária: os pedidos subsequentes são feitos pela 
eventualidade do primeiro ter sido julgado improcedente. 
Na cumulação alternativa, deferido qualquer dos pedidos, não haverá interesse 
recursal nenhum para o autor. Mas, se cumulação for eventual, deferido o pedido 
subsidiário, o autor ainda poderá recorrer para buscar o deferimento do pedido 
principal. Esse interesse decorre da chamada sucumbência material, pois se percebe 
que, apesar de no processo ter sido deferido o pedido do autor, não lhe conferiu o 
bem da vida conforme a sua preferência. Parte da doutrina entende que, nesse caso, 
formalmente a sucumbência é só do réu, devendo ele arcar como todos os ônus, 
apesar de o autor poder recorrer também. No STJ, a questão é controvertida. 
Na cumulação sucessiva, prejudicado o segundo pedido pelo indeferimento do 
primeiro, o autor apela; procedente a apelação para reformar a sentença, o tribunal 
poderá avançar para julgar também o pedido sucessivo, que deixa de ficar prejudicado, 
exigindo-se para tanto que o apelante tenha assim solicitado e que a causa esteja 
madura, em analogia vantajosa com o disposto no §3º do art. 515 do CPC. 
§ 3o Nos casos de extinção do processo sem julgamento do mérito (art. 267), o 
tribunal pode julgar desde logo a lide, se a causa versar questão exclusivamente 
de direito e estiver em condições de imediato julgamento. (Incluído pela Lei nº 
10.352, de 26.12.2001) 
 
 Processo Civil 
Data: 25/07/2011 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
 Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2º, 3º e 5º andares – Tel.: (21)2223-1327 9 
Barra: Shopping Downtown – Av. das Américas, 500 - bl. 21, salas 157 e 158 – Tel.: (21)2494-1888 
www.enfasepraetorium.com.br 
 
 
 
2º Horário 
 
No art. 289, fala-se na cumulação eventual ou subsidiária (imprópria), em que 
há ordem de preferência. O pedido subsidiário é chamado erroneamente pela lei de 
sucessivo. Tal não deve ser confundido coma cumulação sucessiva. 
 
1.2.4.1. Requisitos para a Cumulação dos pedidos 
a. Compatibilidade dos pedidos entre si. Porém, a conexão só é necessária 
para a cumulação sucessiva. 
b. Competência do juízo para julgar todos os pedidos. Caso o juiz só tenha 
competência para um dos pedidos, ele indefere parcialmente a petição inicial. 
c. Mesmo procedimento ou procedimento compatível. É possível a 
cumulação de pedidos que tramitem pelo rito ordinário e sumário se o autor empregar 
para ambos o rito ordinário, conforme art. 292 §2º. 
Art. 292, § 2o Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de 
procedimento, admitir-se-á a cumulação, se o autor empregar o procedimento 
ordinário. 
Alguns ritos especiais só são especiais numa parte inicial do processo, como no 
caso das ações possessórias; outros se ordinarizam com a contestação. Na verdade, os 
procedimentos não precisam ser idênticos, mas compatíveis. 
 
1.3. Indeferimento da petição Inicial 
Art. 295. A petição inicial será indeferida: (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 
1º.10.1973) 
I - quando for inepta; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973) 
II - quando a parte for manifestamente ilegítima; (Redação dada pela Lei nº 
5.925, de 1º.10.1973) 
III - quando o autor carecer de interesse processual; (Redação dada pela Lei nº 
5.925, de 1º.10.1973) 
IV - quando o juiz verificar, desde logo, a decadência ou a prescrição (art. 219, § 
5o); (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973) 
V - quando o tipo de procedimento, escolhido pelo autor, não corresponder à 
natureza da causa, ou ao valor da ação; caso em que só não será indeferida, se 
 Processo Civil 
Data: 25/07/2011 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
 Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2º, 3º e 5º andares – Tel.: (21)2223-1327 10 
Barra: Shopping Downtown – Av. das Américas, 500 - bl. 21, salas 157 e 158 – Tel.: (21)2494-1888 
www.enfasepraetorium.com.br 
 
 
puder adaptar-se ao tipo de procedimento legal; (Redação dada pela Lei nº 
5.925, de 1º.10.1973) 
Vl - quando não atendidas as prescrições dos arts. 39, parágrafo único, primeira 
parte, e 284. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973) 
Parágrafo único. Considera-se inepta a petição inicial quando: (Redação dada 
pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973) 
I - Ihe faltar pedido ou causa de pedir; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 
1º.10.1973) 
II - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão; (Redação dada 
pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973) 
III - o pedido for juridicamente impossível; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 
1º.10.1973) 
IV - contiver pedidos incompatíveis entre si. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 
1º.10.1973) 
Ocorre o indeferimento da petição inicial quando não se cumpre como os 
requisitos dos arts. 282 e 283. 
O juiz não pode indeferir a petição inicial sem antes abrir prazo para o autor 
emendá-la, isso em homenagem ao princípio do contraditório. Em algumas hipóteses 
do indeferimento, decorrerá sentença de mérito (reconhecimento da decadência, da 
prescrição e aplicação do art. 285-A). 
O art. 296 do CPC impõe que a apelação da sentença que indeferiu a petição 
inicial é dotada de juízo regressivo, ou seja, permite a retratação do magistrado em 
48h, em franca exceção à chamada preclusão pro judicato. 
Art. 296. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no 
prazo de 48 (quarenta e oito) horas, reformar sua decisão. (Redação dada pela Lei 
nº 8.952, de 13.12.1994) 
Parágrafo único. Não sendo reformada a decisão, os autos serão imediatamente 
encaminhados ao tribunal competente. (Redação dada pela Lei nº 8.952, de 
13.12.1994) 
O réu não participa do recurso, que sobe sem contrarrazões, salvo quando o 
indeferimento se der com base na aplicação do art. 285-A, quando então o réu é 
citado para contrarrazoar o recurso. 
Sem o “cite-se” não há interrupção da prescrição, então, se a petição inicial for 
indeferida, não haverá essa interrupção. 
Em regra, indeferida a inicial, não pode o tribunal, ao julgar a apelação, decidir 
o mérito. Pode-se, porém, pensar no caso de petição inicial indeferida, mas em que o 
tribunal verifica que a pretensão do autor já prescreveu. Isso porque o princípio da 
 Processo Civil 
Data: 25/07/2011 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
 Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2º, 3º e 5º andares – Tel.: (21)2223-1327 11 
Barra: Shopping Downtown – Av. das Américas, 500 - bl. 21, salas 157 e 158 – Tel.: (21)2494-1888 
www.enfasepraetorium.com.br 
 
 
vedação da reformatio in pejus não se aplica quando o tribunal ou juiz puder 
reconhecer algo de ofício, por se tratar de questão de ordem pública. 
 
1.4. Art. 285-A do CPC 
Art. 285-A. Quando a matéria controvertida for unicamente de direito e no juízo já 
houver sido proferida sentença de total improcedência em outros casos idênticos, 
poderá ser dispensada a citação e proferida sentença, reproduzindo-se o teor da 
anteriormente prolatada. (Incluído pela Lei nº 11.277, de 2006) 
§ 1o Se o autor apelar, é facultado ao juiz decidir, no prazo de 5 (cinco) dias, não 
manter a sentença e determinar o prosseguimento da ação. (Incluído pela Lei nº 
11.277, de 2006) 
§ 2o Caso seja mantida a sentença, será ordenada a citação do réu para responder 
ao recurso. (Incluído pela Lei nº 11.277, de 2006) 
O art. 285-A estabelece a possibilidade de aceleração do procedimento, 
encurtando-o com base em julgamento a partir da aplicação de precedentes. Para 
tanto, a lei exige que o caso seja idêntico a outro ou a outros para os quais haja 
sentença de total improcedência no mesmo juízo, desde que a questão seja 
exclusivamente de direito. 
Por caso idêntico, entenda-se repetição de tese. Não se pode falar em caso 
exatamente idêntico, senão se estaria diante de litispendência. 
Além disso, a questão não deve ser exclusivamente de direito, como faz 
parecer a lei. Isso porque só se utiliza da ação porque se tem alguma matéria fática 
envolvida, quanto a qual se busca a tutela jurisdicional. O que existe é um processo em 
que as questões fáticas já estão sedimentadas de plano, não sendo necessária a 
dilação probatória. Pode-se apenas falar em questão predominantemente de direito e 
não exclusivamente. 
O dispositivo fez prevalecer o julgamento com base em precedentes, 
característica do common law. Por sentença de total improcedência, entenda-se total 
rejeição da tese, havendo tendência jurisprudencial de se exigir que a rejeição 
paradigma advenha dos tribunais superiores (STF ou STJ), pois assim o precedente será 
mais estável e duradouro. 
Caso de grande incidência do dispositivo na Justiça Federal é o dos planos 
econômicos. No Plano Collor, houve o congelamento dos valores de correção 
monetária dos investimentos, o que não acompanhava a inflação galopante da época. 
Por isso, em alguns meses, o governo trouxe prejuízos à população. Havendo oProcesso Civil 
Data: 25/07/2011 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
 Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2º, 3º e 5º andares – Tel.: (21)2223-1327 12 
Barra: Shopping Downtown – Av. das Américas, 500 - bl. 21, salas 157 e 158 – Tel.: (21)2494-1888 
www.enfasepraetorium.com.br 
 
 
ajuizamento pleiteando a correção monetária correta, o juiz pode indeferir o pedido 
com base no art. 285-A, pois a tese do caso já foi absolutamente rejeitada. 
Por fim, vale salientar que o réu participa do recurso de apelação, devendo ser 
citado para contrarrazoar. O processo já sobe com o contraditório pré-estabelecido, já 
se podendo considerar as contrarrazões como verdadeira contestação, assim, diante 
de causa madura, o tribunal poderia julgar o mérito, não sendo necessário que se 
retorne o processo ao primeiro grau. No projeto do novo CPC, infelizmente, há 
vedação para tal, determinando-se que se baixe para a primeira instância. 
 
2. Citação 
Em 2007, na prova da PFN, houve três questões apenas sobre citação. 
Citação é pressuposto processual de existência, sem a qual não há processo, 
cabendo querela nullitatis insanabilis. 
Citação é o ato pelo qual se dá ciência ao réu ou interessado da existência do 
processo, concedendo-lhe possibilidade de se defender. 
Nesse sentido, a citação deve ser feita em qualquer processo, até naqueles de 
procedimento voluntário. 
 
2.1. Classificação da Citação 
A doutrina acaba classificando a citação com base em alguns critérios: 
 
2.1.1. Quanto ao destinatário 
a. Pessoal ou Direta  feita na pessoa do réu ou do seu representante legal. 
b. Não Pessoal ou Indireta  feita na pessoa do procurador habilitado pela lei 
ou pelo contrato. 
Ex: Quando o proprietário locador estiver ausente, a sua citação poderá 
acontecer perante o administrador que tem poderes para receber os alugueres. O 
mesmo em relação ao administrador que causa dano a alguém, ele será citado na sua 
pessoa, ainda que a responsabilidade seja do proprietário. Não precisa haver contrato 
com cláusula especial em contrato, pois é a lei que determina isso. 
 
 Citação Bifronte 
 Processo Civil 
Data: 25/07/2011 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
 Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2º, 3º e 5º andares – Tel.: (21)2223-1327 13 
Barra: Shopping Downtown – Av. das Américas, 500 - bl. 21, salas 157 e 158 – Tel.: (21)2494-1888 
www.enfasepraetorium.com.br 
 
 
É a citação do relativamente incapaz. 
Quando o sujeito é absolutamente incapaz, a citação só é feita na pessoa do 
seu representante. Mas, quando ele é relativamente incapaz, deve haver uma dupla 
citação, ou seja, deve-se citar o menor e o representante. 
Se no processo houver conflito de interesses entre o menor e o representante, 
deve-se nomear curador especial, sendo que a citação será feita na pessoa deste. 
 
2.1.2. Quanto à Forma em que vai ser realizada 
A diferença é que na citação real, tem-se certeza de que o réu tomou 
conhecimento do processo, o que não há no caso de citação ficta. Na citação ficta, o 
juiz deve sempre esperar o prazo de resposta e, não havendo, deve-se nomear curador 
especial para contestar. O curador especial pode negar por negativa geral, o que evita 
a revelia do réu. 
 
2.1.2.1. Postal 
A citação por via posta é a regra geral das citações. Para alguns casos a lei a 
impede, exigindo citação por oficial de justiça. 
É necessário que se entregue ao réu cópia da inicial e se alerte quanto aos 
efeitos da revelia. Se não houver tal advertência, a citação será nula. 
Também é essencial que haja documento comprovando que o réu recebeu. No 
caso da citação postal de pessoa física, a própria pessoa deve assinar o AR, não pode 
fazê-lo parente ou porteiro. Porém, para a jurisprudência pacífica, sendo de pessoa 
jurídica, sua citação será válida se o AR estiver sido assinado por qualquer funcionário 
da empresa. 
Em julgado recente, o STJ disse que é válida a citação pelo correio via caixa 
postal quando esse for o único endereço divulgado ao consumidor, tratando-se de 
relação de consumo. Vide REsp 981.887. 
Processo civil e direito do consumidor. Citação pela via postal. Correspondência 
remetida para a caixa postal da ré. Hipótese em que esse era o único endereço por 
ela fornecido a seus consumidores, nas faturas de cobrança enviadas. Validade. 
- Consoante a jurisprudência pacificada desta Corte, é possível a citação da pessoa 
jurídica pelo correio, desde que entregue no domicílio da ré e recebida por 
funcionário, ainda que sem poderes expressos para isso. 
- Em hipóteses nas quais a empresa só fornece, nos documentos e 
correspondências enviados aos seus consumidores, o endereço de uma caixa 
 Processo Civil 
Data: 25/07/2011 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
 Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2º, 3º e 5º andares – Tel.: (21)2223-1327 14 
Barra: Shopping Downtown – Av. das Américas, 500 - bl. 21, salas 157 e 158 – Tel.: (21)2494-1888 
www.enfasepraetorium.com.br 
 
 
postal, dificultando-lhes a sua localização, é válida a citação judicial enviada, por 
correio, para o endereço dessa caixa postal, notadamente tendo em vista a 
afirmação, contida no acórdão recorrido, de que esse expediente é utilizado para 
que a empresa se furte do ato processual. 
- O dever de informação e de boa-fé devem ser sempre colocados em primeiro 
plano, tanto no desenvolvimento da relação de consumo, como no posterior 
julgamento de processos relacionados à matéria. 
- Se a caixa postal é apresentada como único endereço para o qual o consumidor 
possa se dirigir para expor as questões que de seu interesse, é incoerente pensar 
que tal endereço não sirva, em contrapartida, para alcançar a empresa nas 
hipóteses em que é o interesse dela que está em jogo. 
- A revelia da empresa citada na caixa postal é apenas mais um indício do descaso 
com que trata as correpondências que recebe nesse endereço. 
Recurso especial conhecido e improvido. 
 
2.1.2.2. Por oficial de justiça ou por mandado 
Art. 222. A citação será feita pelo correio, para qualquer comarca do País, exceto: 
(Redação dada pela Lei nº 8.710, de 24.9.1993) 
a) nas ações de estado; (Incluído pela Lei nº 8.710, de 24.9.1993) 
b) quando for ré pessoa incapaz; (Incluído pela Lei nº 8.710, de 24.9.1993) 
c) quando for ré pessoa de direito público; (Incluído pela Lei nº 8.710, de 
24.9.1993) 
d) nos processos de execução; (Incluído pela Lei nº 8.710, de 24.9.1993) 
e) quando o réu residir em local não atendido pela entrega domiciliar de 
correspondência; (Incluído pela Lei nº 8.710, de 24.9.1993) 
f) quando o autor a requerer de outra forma. (Incluído pela Lei nº 8.710, de 
24.9.1993) 
Cabível nos seguintes casos: 
 No caso de ser o réu pessoa jurídica de direito público,o que não inclui 
empresa pública nem sociedade de economia mista. 
 Também nas ações de execução, salvo no caso de execução fiscal (Lei 
6.830). 
 Réu incapaz; 
 Ações de estado; 
 Processo Civil 
Data: 25/07/2011 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
 Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2º, 3º e 5º andares – Tel.: (21)2223-1327 15 
Barra: Shopping Downtown – Av. das Américas, 500 - bl. 21, salas 157 e 158 – Tel.: (21)2494-1888 
www.enfasepraetorium.com.br 
 
 
 Ações monitórias (art. 1.102-B do CPC); 
Art. 1.102.b - Estando a petição inicial devidamente instruída, o Juiz deferirá de 
plano a expedição do mandado de pagamento ou de entrega da coisa no prazo de 
quinze dias. (Incluído pela Lei nº 9.079, de 14.7.1995) 
 Réu não residir em local atendido pelo correio. 
Aqui também se aplicam as exigências de proceder à informação do réu ao ser 
citado. A diferença é que aqui se tem o oficial de justiça para colher a assinatura do réu 
e, diante de sua negativa, o oficial pode atestar a citação. Como o oficial tem fé 
pública, a citação será ainda assim considerada real e não ficta. 
Se o réu reside na própria região metropolitana, não há problema, expede-se 
carta com AR. Mas, se for residir em região distinta, deve-se expedir precatória. 
Quando o réu se esconde, pode-se fazer a citação por hora certa, que não 
precisa de decisão judicial. A citação por hora certa é modalidade de citação por oficial 
de justiça. 
O primeiro requisito para a citação por hora certa é que o oficial procure o réu 
por três vezes distintas, não sendo necessário que se dê em três dias distintos; deve 
ainda haver fundada suspeita de ocultamento do réu. Quando o réu não é encontrado 
por essa terceira vez, intima-se vizinho ou familiar da hora que acontecerá a citação. 
Não tendo o réu comparecido no local e hora, deve-se entregar a contrafé para o 
vizinho ou familiar, sendo tida como ficta, porque não há certeza que o réu tomará 
conhecimento dela. 
A lei exige que se espeça uma carta ou um telegrama para o endereço do réu 
que consta nos autos. Essa carta deve ser expedida, mas não precisa haver AR 
assinado. Não havendo a expedição, a citação será considerada nula. 
Se só se tem o endereço de trabalho do réu, é pacífica a jurisprudência que 
quando a lei falou em vizinho ou parente, fala-se em pessoa próxima, podendo ser 
colega de trabalho. 
Se nem o réu nem o vizinho comparecem na hora certa, deve-se comunicar o 
autor, o qual deve pedir a citação por edital. 
 
2.1.2.3. Por Edital 
Dá-se a citação por edital quando réu está em local incerto ou não sabido. 
Também se mostra cabível quando o réu é incerto ou desconhecido, comum 
em ações de reintegração da posse tendo em vista invasão feita por um grupo extenso. 
 Processo Civil 
Data: 25/07/2011 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
 Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2º, 3º e 5º andares – Tel.: (21)2223-1327 16 
Barra: Shopping Downtown – Av. das Américas, 500 - bl. 21, salas 157 e 158 – Tel.: (21)2494-1888 
www.enfasepraetorium.com.br 
 
 
É condição de validade da citação por edital que o réu tenha sido procurado em 
todos os endereços constantes nos autos. 
Caso se descubra que o autor causou por má-fé a citação por edital, ele pode 
ser condenado a pagar uma multa de até cinco salários mínimos, conforme art. 233 do 
CPC. 
Art. 233. A parte que requerer a citação por edital, alegando dolosamente os 
requisitos do art. 231, I e II, incorrerá em multa de 5 (cinco) vezes o salário mínimo 
vigente na sede do juízo. 
Parágrafo único. A multa reverterá em benefício do citando. 
A citação por edital deve cumprir com todos os requisitos da lei. 
O edital vem com um prazo (“prazo do edital”), que o juiz fixa entre 20 e 60 
dias, sendo esse o prazo que o edital fica na praça esperando que alguém leia. A 
primeira publicação deve acontecer no diário oficial e a segunda em jornais. Pode-se 
conceder a gratuidade de justiça, havendo só uma publicação no diário oficial. 
Entre a primeira e a última publicação, deve haver pelo menos 15 dias. 
O termo inicial do prazo do edital é a primeira publicação. Ex: Primeira 
publicação no dia 1º deve-se contar de 20 a 60 dias daí; o prazo para o réu contestar 
começa no término do prazo do edital, que é de 15 dias para contestar. Se o réu não 
apresentar resposta no prazo, o juiz não decreta revelia, porque a citação é ficta, 
devendo-se nomear curador especial. 
 
1ª Publicação Prazo Resposta Resposta 
 
 60 dias 15 dias 
 
 15 dias (+ 2 publicações)

Continue navegando