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PAPER Natalia Klein

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6
A CONTABILIDADE NOS NEGÓCIOS EMPRESARIAIS
Autores:
Natalia Klein
Prof. orientador:
Cristiane Muller
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
[ADG] Administração (ADG0594) – Seminário Interdisciplinar II
29/09/2015
RESUMO
O presente artigo tem o objetivo de apresentar a relevância da contabilidade nos negócios empresariais. Ela tem como função principal fornecer dados seguros para que o gestor possa tomar suas decisões com máxima segurança. A contabilidade fornece dados, informações e estatísticas que representam ferramentas de gestão. Estas servirão de suporte nas tomadas de decisões para assegurar a saúde de uma empresa.
 
 
Palavras-chave: Contabilidade. Decisão. Segurança. Dados.
1 INTRODUÇÃO
A contabilidade está diretamente ligada às operações realizadas dentro das empresas. Através dela é possível verificar a situação econômica e financeira de uma organização, assim como é possível auxiliar na tomada de decisões diante de vários cenários, isso baseados nos dados e informações seguras fornecidos pela contabilidade.
Este paper traz uma explanação a respeito da importância da Contabilidade dentro do cenário empresarial. 
O objetivo central do paper é observar que a contabilidade é de extrema necessidade e importância no ambiente de uma organização, tornando as tomadas de decisões muito mais seguras e efetivas.  Portanto, através deste trabalho abordaremos a importância da contabilidade nos negócios empresariais.  
2 DESENVOLVIMENTO
A palavra contabilidade tem origem no francês comptabilité: obrigação de dar contas, com a idéia de responsabilidade. Era um termo restrito na linguagem mercantil, e já vem utilizado numa Lei de 16 de Outubro de 1797. Para nós, Contabilidade é a ciência que sistematiza e interpreta registros de transações financeiras de empresa, entidade, instituição, pessoa física e de outras organizações. 
A história da contabilidade é tão antiga quanto a própria história da civilização. Está ligada às primeiras manifestações humanas da necessidade social de proteção à posse e de perpetuação e interpretação dos fatos ocorridos com o objeto material de que o homem sempre dispôs para alcançar os fins propostos. A origem da Contabilidade está ligada a necessidade de registros do comércio. Há indícios de que as primeiras cidades comerciais eram dos fenícios. A prática do comércio não era exclusiva destes, sendo exercida nas principais cidades da Antiguidade.
A atividade de troca e venda dos comerciantes semíticos requeria o acompanhamento das variações de seus bens quando cada transação era efetuada. As trocas de bens e serviços eram seguidas de simples registros ou relatórios sobre o fato. Mas as cobranças de impostos, na Babilônia já se faziam com escritas, embora rudimentares. Um escriba egípcio contabilizou os negócios efetuados pelo governo de seu país no ano 2000 a.C. 
À medida que o homem começava a possuir maior quantidade de valores, preocupava em saber quanto poderiam render e qual a forma mais simples de aumentar as suas posses; tais informações não eram de fácil memorização quando já em maior volume, requerendo registros. Foi o pensamento do "futuro" que levou o homem aos primeiros registros a fim de que pudesse conhecer as suas reais possibilidades de uso, de consumo, de produção etc.
Podemos resumir a evolução da ciência contábil da seguinte forma:
CONTABILIDADE DO MUNDO ANTIGO - período que se inicia com as primeiras civilizações e vai até 1202 da Era Cristã, quando apareceu o Liber Abaci , da autoria Leonardo Fibonaci, o Pisano.
CONTABILIDADE DO MUNDO MEDIEVAL - período que vai de 1202 da Era Cristã até 1494, quando apareceu o Tratactus de Computis e Scripturis (Contabilidade por Partidas Dobradas) de Frei Luca Paciolo, publicado em 1494, enfatizando que à teoria contábil do débito e do crédito corresponde à teoria dos números positivos e negativos, obra que contribuiu para inserir a contabilidade entre os ramos do conhecimento humano.
CONTABILIDADE DO MUNDO MODERNO - período que vai de 1494 até 1840, com o aparecimento da Obra "La Contabilità Applicatta alle Amministrazioni Private e Pubbliche" , da autoria de Franscesco Villa, premiada pelo governo da Áustria. Obra marcante na história da Contabilidade.
CONTABILIDADE DO MUNDO CIENTÍFICO - período que se inicia em 1840 e continua até os dias de hoje.
2.1 A CONTABILIDADE NAS EMPRESAS
 A contabilidade é necessária para toda e qualquer empresa independente do seu porte, segmento e da sua forma de tributação. Através da Contabilidade a empresa sabe o valor de seus ativos, passivos, receitas, custos e despesas, a rentabilidade e lucratividade do negócio, produtividade da mão de obra e através disso, pode realizar um bom planejamento tributário.
 Ainda é responsável pelo departamento fiscal e contábil. A partir de informações contábeis corretas, coletadas por essas áreas, através de notas fiscais, extratos bancários e relatórios financeiros, é possível gerar relatórios ou demonstrativos que possibilitem a tomada de decisão por parte dos gestores, que analisa onde há mais gastos, podendo diminuir alguma despesa ou fazer novos investimentos. Aqui também, é importante o papel da contabilidade, pois a maior parte de seus relatórios são técnicos,o que dificulta o entendimento dos gestores, nesse caso a contabilidade tem papel fundamental, o de auxiliar a alta direção no entendimento e no rumo do processo decisório.
 No atual contexto empresarial, a informação é um recurso imprescindível para as empresas, podendo verdadeiramente representar uma vantagem competitiva para determinadas organizações (McGEE e PRUSAK, 1994; BEUREN, 2000). Autores como Goldratt (1991), McGee e Prusak (1994), Davenport (2000) e Beuren (2000) abordam a importância da informação para as organizações inseridas num ambiente cada vez mais competitivo.
 A Contabilidade é o grande instrumento que auxilia a administração a tomar decisões. Na verdade, ela coleta todos os dados econômicos, mensurando-os monetariamente, registrando-os e sumarizando-os em forma de relatórios ou de comunicados, que contribuem sobremaneira para a tomada de decisões.
 Entre as vantagens de uma contabilidade adequada, estão: Maior controle financeiro e econômico à entidade; Facilita acesso às linhas de crédito com bancos e fornecedores; Prova aos sócios a verdadeira situação patrimonial. Demonstração do Resultado do Exercício; Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados; Demonstração de Origens e Aplicação de Recursos. Balanço Patrimonial
 Seu objetivo é fornecer informações econômicas para fornecedores, bancos, investidores, funcionários, sindicatos. Auxilia também as entidades na tomada de decisões, já que ela reúne as informações contábeis da organização em seu diário e razão, balancete de verificação, além dos demonstrativos acima citados.
 Com a contabilidade de uma empresa você também consegue extrair informações que nos mostrará números, e através deles, podermos analisar como a empresa está (uma boa situação financeira ou não). Analisando um balanço tem condições de tomar conhecimento de praticamente toda a informação contábil e ter um parecer das informações financeiras. Não só os administradores utilizam os relatórios que a Contabilidade fornece, outras pessoas, órgãos e empresas também a utilizam como ferramenta, tais como:
- Os donos da empresa que não participam de sua administração, com o objetivo de saber quanto a empresa esta conseguindo lucrar.
- Os administradores da empresa, para saber a sua saúde financeira e como melhorá-la.
- Os Bancos e Financeiras, a fim de concederem um empréstimo a uma empresa, ela terá condições de pagar.
- Os sindicatos de empregados com o intuito de pedir um percentual de aumento maior para os funcionários.
- O Governo em geral, para verificar a possibilidade de aumentos de tributos, ou sua redução.
 Todo processo de decisão implica em uma escolha. A contabilidade gera informações para tomada de decisão, é uma ferramenta importante para o alcance dos objetivos empresariais e conquistas das estratégias elaboradas.
FIGURA 1 – A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE NA TOMADA DE DECISÕES
FONTE: http://www.fiscosoft.com.br/a/2sez/a-importancia-da-contabilidade-na-estrategia-das-empresas-carla-cristina-tasso
 Através do sistema contábil podemos identificar estas necessidades e soluções, e é neste momento que retorna a ferramenta da estratégia. A contabilidade torna-se cada vez mais a ponte para o sucesso dos negócios. No entanto, não basta apenas traçar metas para cortar custos, ou simplesmente desenvolver sistemas para implantação nas empresas, antes deve ser identificado um Gestor Contábil, e que este estabeleça uma relação de confiança mutua interagindo com o empresário, para que seja edificado que tipo de informação que o mesmo necessita e que problemas esta enfrentando.
 O que geralmente tem ocorrido é que por falta desta visão vários sistemas de gerenciamentos ainda que por mais excelentes que sejam fracassam. É que os sistemas oferecidos trazem a visão de que a empresa deve se adequar a eles quando deveria ser o contrário, todo sistema precisa ser adequado à estrutura da empresa ou o mesmo não será eficiente e eficaz.
2.2 A CONTABILIDADE E A INFORMAÇÃO CONTÁBIL 
 Para Marion (1988), a contabilidade representa um instrumento que auxilia a administração a tomar decisões. Na verdade, ela coleta todos os dados econômicos, mensurando-os monetariamente, registrando-os e sumarizando-os em forma de relatórios ou comunicados, que contribuem sobremaneira para tomada de decisões. Num sistema contábil, os eventos econômicos são as fontes básicas da informação contábil; o contador atua como transmissor, observando esses eventos e codificando-os para transmitir a informação por meio dos relatórios contábeis. Segundo Simon (1970), a informação contábil tornou-se um instrumento importante de que dispõe o administrador para rever suas atividades. 
 Para Meigs, Johnson e Meigs (1977), as informações contábeis são úteis em todas as áreas de controle gerencial: planejamento, ação, controle e avaliação. Conforme Deitos (2003), o sistema de informações contábeis, desde que projetado para atender à necessidade de informações gerenciais de seus usuários, pode conferir a qualquer empresa, independentemente do porte, maior segurança no processo de tomada de decisões. Segundo a Comissão de Valores Mobiliários (CVM, 1986), a contabilidade é uma ciência nitidamente social quanto a suas finalidades, pois, em última análise, por meio de suas avaliações do progresso das entidades, propicia melhor conhecimento das configurações financeiras e de rentabilidade, e, indiretamente, auxilia os acionistas, os tomadores de decisões, os investidores a aumentar a riqueza da entidade. 
 A contabilidade, além de gerar informações, permite explicar os fenômenos patrimoniais, construir modelos de prosperidade, efetuar análises, controlar e também serve para prever e projetar exercícios seguintes, entre tantas outras funções (OLIVEIRA, MÜLLER e NAKAMURA, 2000). O administrador precisa, no desempenho de suas funções, obter informações que lhe permitam acompanhar o desenvolvimento das atividades e avaliar os resultados decorrentes dessas ações, traçando metas e políticas que possibilitem o alcance de seus objetivos, quando se estabelece a relação entre a contabilidade e a administração, pois é ela que pode oferecer ao administrador tais informações (PITELA, 2000). 
 Assim, o que se depreende desses conceitos sobre contabilidade é que seu objetivo básico é prover informações úteis para a tomada de decisão organizacional. Segundo o Conselho Federal de Contabilidade (CFC, 1995), “as informações geradas pela contabilidade devem Angela Maria Stroeher e Henrique Freitas 6 R.Adm. Eletrônica, São Paulo, v.1, n.1, art.7, jan./jun. 2008 propiciar a seus usuários base segura a suas decisões, pela compreensão do estado em que se encontra a Entidade, seu desempenho, sua evolução, riscos e oportunidades que oferece”. Ainda, conforme destaca Santos (1998), tais informações teriam de ser úteis para prever, comparar, avaliar a capacidade de uma empresa em gerar riqueza futura e julgar a habilidade do administrador em utilizar os recursos da empresa com eficiência no atendimento de seu objetivo principal. Nesse sentido, o contador pode identificar a melhor forma de contribuir para que a organização alcance seus objetivos, a partir do conhecimento das variáveis que influenciam o processo decisório nas organizações (PAIVA, 2000). 
 De acordo com Luciano (2000), na área financeira das empresas, as variáveis relevantes consideradas no processo decisório são: lucro, faturamento, custo, preço, liquidez, margem de lucro, rentabilidade, endividamento e patrimônio. A informação contábil expressa-se por diferentes meios, como demonstrações contábeis, escrituração ou registros permanentes e sistemáticos, documentos, livros, planilhas, listagens, diagnósticos e descrições críticas (CFC, 1995; FIPECAFI, 1994). Não obstante, esses meios buscam prover os usuários das informações contábeis sobre aspectos de natureza econômica, financeira e física do patrimônio de uma entidade particularizada,atendendo, dessa forma, ao objetivo científico da contabilidade, qual seja, a correta apresentação do patrimônio e a apreensão e análise das causas das suas mutações (FIPECAFI, 1994). 
 Por outro lado, Vasconcelos e Viana (2002) comentam que o maior dos objetivos da ciência contábil é levar ao usuário do produto contábil as informações de que ele necessita para gerir seus empreendimentos, o que ocorre por meio de relatos, pareceres, tabelas, planilhas e outras formas (FIPECAFI, 1994). Não obstante, para cumprir seu papel como fonte de informações úteis para o processo de tomada de decisão, a contabilidade deve acercar-se de características fundamentais à administração, como ser útil, oportuna, clara, íntegra, relevante, flexível, completa e preditiva (fornecer indicadores e tendências), além de ser direcionada à gerência do negócio (OLIVEIRA, MÜLLER e NAKAMURA, 2000).
2.3 CARACTERÍSTICAS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL
O Financial Accounting Standards Board (FASB), no Statement of Financial Accounting Concepts n.2 (FASB, 1980), apresenta as características hierárquicas da informação contábil. O propósito desse relatório é examinar as características da informação contábil que tornam a informação útil, e podem ser verificadas de acordo com uma hierarquia conforme sua utilidade para a tomada de decisão (figura na página 7). Conforme Paulo (2002), nessa hierarquia são identificadas as qualidades (ou características) primárias e secundárias para uma informação útil, observando uma restrição geral que é a análise da relação custo-benefício da informação contábil, a compreensibilidade como característica do usuário e a materialidade da informação como limite de reconhecimento. As qualidades primárias são a relevância e a confiabilidade, enquanto as qualidades secundárias são a comparabilidade, a uniformidade e a consistência.
FIGURA 2 - CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL
FONTE: : FASB (1980, p.20).
A característica da materialidade é considerada como limite de reconhecimento. Segundo o FASB (1980), decisões materiais são inicialmente quantitativas. A materialidade representa um conceito permeável que se relaciona às características, especialmente, da relevância e da confiabilidade. Assim, uma informação é relevante para a tomada de decisão, quando faz diferença para o tomador da decisão em sua habilidade para predizer eventos, confirmar ou corrigir expectativas. Para o CFC (1995), a confiabilidade da informação fundamenta-se na veracidade, completeza e pertinência. A qualidade secundária da informação é a comparabilidade, que interage com a relevância e a confiabilidade para contribuir para a utilidade da informação (SANTOS, 1998). 
A comparabilidade compreende as características de uniformidade e consistência. Enquanto esta tem sido usada como referência ao uso dos mesmos procedimentos contábeis por uma dada empresa ou entidade contábil de um período para outro (PAULO, 2002), aquela subentende que eventos iguais são representados de maneira idêntica. A compreensibilidade, por sua vez, é influenciada pela combinação das características dos usuários e daquelas inerentes à informação (FASB, 1980), por isso, a compreensibilidade e outras características específicas do usuário ocupam uma posição na hierarquia das características da informação contábil, representando um elo entre as características dos tomadores de decisão e a informação contábil. 
A relação custo-benefício constitui restrição geral da informação, pela qual o benefício derivado da informação contábil deverá exceder seu custo (FASB, 1980). Não obstante, Hendriksen e Van Breda (1999) alertam que, apesar da Angela Maria Stroeher e Henrique Freitas 8 R.Adm. Eletrônica, São Paulo, v.1, n.1, art.7, jan./jun. 2008 aparente simplicidade, é extremamente difícil fazer uma análise custo-benefício de informações contábeis. No topo da hierarquia há os tomadores de decisões e suas características. De acordo com o FASB (1980), cada decisor julga que tipo de informação contábil é útil, sendo esse julgamento influenciado por fatores como a decisão que precisa ser tomada, o processo decisório a ser utilizado, as informações já adquiridas ou que podem ser obtidas em outras fontes e a capacidade do tomador da decisão (sozinho ou com auxílio profissional) para processar a informação. O FASB (1980) ainda salienta que uma informação pode ser adequada para um usuário e não o ser para outro. Segundo Santos (1998), a escolha da combinação satisfatória das características da informação contábil depende das necessidades dos usuários, e a existência de diferentes usuários pressupõe diferentes preferências. 
 
Assim, esse é um problema do qual a contabilidade em sua função de bem informar não pode fugir e, em sua incapacidade de atender às expectativas de cada tipo de usuário, acaba por optar pelo fornecimento de um conjunto básico de informações que pressupõe ser útil para a maioria dos usuários. Além disso, Santos (1998) ainda alerta que talvez a insatisfação por parte dos usuários decorra do fato de a contabilidade, apesar de sua pretensão de fornecer informações de valor preditivo, acabar gerando apenas dados inúteis sobre o passado, que não conseguem ser, nem mesmo, indicadores da situação econômica atual. Não obstante, segundo Vasconcelos e Viana (2002), é crescente a demanda por informações de ordem não-financeira, fator que denuncia a preocupação da sociedade pelo contexto dos números e a necessidade de buscar formas adequadas de evidenciar a informação contábil.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
 Portanto, a contabilidade é um instrumento necessário para todas as entidades e também para as pessoas físicas ajudando no processo de toda de decisões de pequenos e grandes negócios. Não apenas o grande empresário necessita da contabilidade para ter o controle financeiro, tributário e de gerenciamento de suas operações. A contabilidade é indispensável também para que todas as categorias de empresários possam saber com precisão a sua lucratividade por segmento operacional e até por produto fabricado ou revendido, além de ter a rentabilidade do capital investido e a produtividade de mão-de-obra e dos equipamentos utilizados. 
É inegável a importância das informações contábeis para a gestão de qualquer empreendimento empresarial. Como já foi mencionado, o empresário, na maioria dos casos, não possui conhecimentos contábeis suficientes e, por vezes, não consegue sequer avaliar sua importância. Por isso, caberia ao contador estreitar a aproximação, participar e conhecer mais a vida empresarial de seus clientes e demonstrar com convicção a relevância da contabilidade para uma adequada gestão empresarial.
REFERÊNCIAS
CHIAVENATO, Idalberto. Administração de empresas: uma abordagem contingencial. 3.ed. São Paulo: Makron Books, 1994.
MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 16.ed. Atlas, 2012.
ASSAF NETO, A. A dinâmica das decisões financeiras. Caderno de Estudos Fipecafi, São Paulo, Fipecafi, v.9, n.16, p.9-25, jul./dez. 1997.
HENDRIKSEN, E.S.; VAN BREDA, M.F. Teoria da contabilidade. São Paulo: Atlas, 1999. 550p.

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