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Sistematização-SAE

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Sumário 
Introdução 3 
Objetivos 4 
O ambiente cirúrgico 5 
Etapas da Sistematização da Assistência de enfermagem 
perioperatória 
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Conduta da enfermagem no pré-operatório 8 
O que é diagnóstico de enfermagem? 9 
Objetivos do diagnóstico de enfermagem 10 
Principais diagnósticos de enfermagem 11 
Prescrições de Enfermagem no Pré-operatório 12 
Cuidados de Enfermagem no Pré-Operatório Imediato 13 
Cuidados de enfermagem no trans-operatório 14 
Cuidados de enfermagem no pós-operatório 15 
Diagnósticos de Enfermagem no Pós-Operatório 16 
Intervenções de Enfermagem 17 
Bibliografia 18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Introdução 
A Sistematização da Assistência de Enfermagem Perioperatória é um tema relevante na 
enfermagem, apesar da escassez de estudos na literatura nacional. A implantação de um 
método para sistematizar a assistência de enfermagem deve ter como premissa um 
processo individualizado, holístico, planejado, contínuo, documentado e avaliado. Esse 
método deve facilitar a prestação da assistência ao cliente como um ser único, com 
sentimentos e necessidades únicas, com a sua anestesia e sua cirurgia, permitindo uma 
participação ativa e tendo como objetivo principal à visão global do ser humano 
 
A Sistematização da Assistência de Enfermagem Perioperatória deve ser realizada para 
todo cliente que for submetido a um procedimento anestésico-cirúrgico será avaliado 
pelo enfermeiro de centro cirúrgico com a aplicação da sistematização, que deverá ser 
desenvolvida dentro das regras da Sistematização da Assistência de Enfermagem, 
porém com um enfoque específico ao paciente cirúrgico 
 
Segundo a Resolução do Conselho Federal de Enfermagem, toda instituição de saúde 
deverá utilizar a Sistematização da Assistência de Enfermagem, sistema composto por 
uma série de passos integrados que guiam as ações da enfermagem. Vale ressaltar que 
nesta mesma resolução, fica esclarecido que cabe ao enfermeiro, com exclusividade, a 
implantação, o planejamento, a organização, a execução e a avaliação do processo de 
enfermagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Objetivos 
 A Sistematização da Assistencia de enfermagem perioperatória tem como 
objetivo subsidiar meios para uma assistência de enfermagem global atendendo 
as necessidades do paciente cirúrgico. 
 Seu foco principal é estar centrado no paciente e nas intervenções para atender 
suas necessidades. 
 Respeitar o paciente como indivíduo, protegendo seus direitos e dignidade; 
 Reduzir a ansiedade do paciente e de sua família; 
 Oferecer uma assistência individualizada (cada pessoa é diferente e tem suas 
necessidades); 
 Satisfação do paciente, familiares e equipe. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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O ambiente cirúrgico 
O centro cirúrgico é uma área física do hospital que tem finalidade de subsidiar 
o ato terapêutico - a cirurgia – oferecendo condições para que a equipe médica e de 
enfermagem possam planejar a satisfação das necessidades dos pacientes antes, durante 
e após a cirurgia. Possui equipe multiprofissional; equipamento; e, material de 
consumo adequados à execução do processo cirúrgico. 
Para Galvão (1991) o centro cirúrgico é um dos mais complexos setores hospitalares e 
suas finalidades principais são: realizar intervenções cirúrgicas no paciente e após 
retornar o mesmo à unidade de origem na melhor condição possível de integridade; 
servir de campo de estágio para o aprimoramento de recursos humanos; e, servir de 
unidade de pesquisa e aprimoramento de novas técnicas cirúrgicas e assépticas. 
O centro cirúrgico é um lugar especial dentro do hospital, convenientemente 
preparado segundo um conjunto de requisitos que o tornem apto à prática da 
cirurgia. Integram-no, um número variável de salas de cirurgia e todo um conjunto 
de instalações acessórias, como o centro de material com seus vários setores (expurgo, 
preparação de material, esterilização, arsenal, setor de roupas, setor de controle e 
secretaria), vestiário e lavabos, sala de recuperação e algumas outras, dependendo do 
porte do hospital. 
Deve localizar-se centralmente, num lugar de fácil acesso, porém longe dos 
corredores e áreas de muita circulação. 
Por se tratar de um ambiente desconhecido para o paciente, e com características 
diferentes daquelas encontradas nas unidades de internação, constitui-lhe fator de 
ansiedade, principalmente se ele ou ela estiver enfrentando a experiência cirúrgica 
pela primeira vez. As características que o diferem variam desde a planta física, 
equipamentos e aparelhos, atividades específicas desenvolvidas até a utilização de 
roupa própria, privativa para o local pelas equipes. Tudo isto pode gerar insegurança, 
dificuldade na comunicação e sentimentos de não individualização do paciente. 
Na maioria das vezes, todos estes aspectos podem passar despercebidos aos 
componentes da equipe de saúde, para os quais o ambiente de centro cirúrgico é familiar 
e a execução de tais procedimentos é rotineira. 
Nesse complexo arquitetônico não podemos deixar de lembrar a presença de dois 
grupos de pessoas envolvidos diretamente no ato operatório; de um lado o paciente e 
sua família e, de outro a equipe de saúde que lhes presta assistência. 
O paciente está sujeito ao medo, a ansiedade, ao desconhecido e ao estresse de uma 
cirurgia. 
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Os familiares julgam que seu parente-paciente tem necessidades particulares e 
problemas cirúrgicos peculiares e não se sentem bem quando são tratados de forma 
impessoal e rotineira. Assim, cabe à equipe demonstrar competência para cuidar do 
paciente e sua família. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Etapas da Sistematização da Assistência de enfermagem perioperatória 
 1º fase – Pré–operatória 
 2º fase – Implementação da assistência de enfermagem ( Período trans-
operatório) 
 3º fase – Pós-operatória 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Conduta da enfermagem no pré-operatório 
 Coleta de dados detalhados sobre o histórico psicossocial do paciente e o exame 
físico é realizado; 
 Vários testes diagnósticos podem ser realizados; 
 Estado nutricional; 
 Uso de álcool e drogas; 
 Estado respiratório; 
 Estado cardiovascular; 
 Função endócrina (diabético); 
 Função Imunológica (alergias); 
 Função Renal; 
 Verificar as dúvidas e necessidades do paciente e familiares em relação à 
cirurgia; 
 Diagnósticos de enfermagem (NANDA/PNDS); 
 Prescrição de enfermagem para o período transoperatório e SRA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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O que é diagnóstico de enfermagem? 
 Um instrumento a ser utilizado no gerenciamento da assistência, uma vez que 
delimita as necessidades de assistência de uma clientela, contribuindo na 
delimitação de recursos assistenciais. 
 É uma etapa que promove integração da coleta de dados ao planejamento das 
ações, envolvendo julgamento, avaliação crítica e tomada de decisão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Objetivos do diagnóstico de enfermagem 
 Possibilita a melhoria da qualidade da assistência deenfermagem; 
 Uniformização da linguagem entre enfermeiros e a contribuição para o 
desenvolvimento do conhecimento; 
 Direcionamento da assistência de enfermagem; 
 Possibilita uma visão ampliada da assistência; 
 Melhora a interação enfermeiro/paciente; 
 Facilita a avaliação; 
 Possibilita o planejamento de recursos materiais e humanos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Principais diagnósticos de enfermagem 
 Ansiedade relacionada a experiência cirúrgica (anestesia, dor) ao resultado da 
cirurgia: trabalhar todas as intervenções (pré, trans e pós) que contribuam para o 
alívio da ansiedade. 
 Déficit de conhecimento relacionado aos procedimentos e protocolos pré-
operatório e as expectativas pós-operatório 
 Medo relacionado a cirurgia 
 Risco para infecção (normalmente aos procedimentos invasivos): Trabalhar com 
intervenções que contribuam para a diminuição dos risco de infecção ao qual o 
paciente possa estar submetido. 
 Risco para lesão perioperatória de posicionamento cirúrgico: Trabalhar todas as 
intervenções relacionadas ao posicionamento cirúrgico ao qual o paciente será 
submetido. 
 Dor : Usar este diagnóstico para o paciente que apresentar dor no momento da 
visita pré operatória ou depois da cirurgia na recuperação anestésica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Prescrições de Enfermagem no Pré-operatório 
 Suspender a ingestão de água de 08 à 10hs antes da cirurgia; 
 Preparo intestinal; 
 Preparo da pele 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Cuidados de Enfermagem no Pré-Operatório Imediato 
 Administrar medicação pré-anestésico e verificar os sinais vitais; 
 A boca é inspecionada e próteses e dentaduras são removidas; 
 As jóias são retiradas; 
 Rever o prontuário do paciente para o consentimento formal, resultado 
laboratoriais e histórias médicas pertinentes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Cuidados de enfermagem no trans-operatório 
 Avaliar a condição do paciente imediatamente antes da liberação da sala de 
cirurgia; 
 Condição respiratória: respira facilmente, independentemente ou com ajuda; 
 Condição da pele: boa coloração, ausência de abrasões (lesões da pele); 
 Funcionamento de tubos invasivos: drenos, cateteres, SNG, e etc... 
 Placa neutra no local: boa condição; 
 Curativos; 
 Participar na avaliação da segurança do ambiente, equipamento e limpeza; 
 Relatar qualquer comportamento adverso ou problema 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Cuidados de enfermagem no pós-operatório 
 Transferência do Paciente para Unidade de Recuperação Pós-Anestésica (RPA) 
 Estabilizar os sinais vitais, apresentar boa função respiratória, SPO2 satisfatória 
e o bom nível de consciência 
 Sinais vitais são monitorados no mínimo a cada 15 min nas primeiras duas horas 
e a cada 30 min nas 24hs seguintes ; 
 Avaliar o estado físico e a permeabilidade das vias aéreas; 
 Avaliar a função cardiovascular; 
 Verificar as condições do curativo, sondas drenos, cateteres,incisão,infusões e 
débito 
 Verificar a função do SNC; 
 Proporcionar o conforto: tipo de dor e localização, náuseas e vômitos, aquecer o 
paciente; 
 Psicológica: reduzir a ansiedade do paciente, necessidade de repouso e sono; 
 O paciente é instruído e ajudado a virar, tossir e respirar profundamente; 
 Incentivar a deambulação precoce 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Diagnósticos de Enfermagem no Pós-Operatório 
 Eliminação traqueobrônquica ineficaz relacionada aos efeitos depressores das 
medicações e dos agentes anestésicos; 
 Risco para temperatura corporal alterada: hipotermia 
 Déficit de volume de líquido relacionado às perdas secundárias. 
 Dor aguda relacionada ao traumatismo, ao tecido e aos espasmos da musculatura 
reflexa 
 Risco para infecção relacionado aos locais de invasão do organismo e/ou ao 
comprometimento das defesas orgânicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Intervenções de Enfermagem 
 Manter vias aéreas pérvias 
 Manter padrão respiratório 
 Avaliar sistema regulatório 
 Avaliar estado termorregulador 
 Manter volume hídrico 
 Prover conforto e segurança 
 Minimizar as complicações do comprometimento tissular 
 Minimizar os fatores de déficit sensorial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Bibliografia 
BENEDET, S.A.; BUB, MBC, Manual de diagnóstico de enfermagem 
CUNHA, S. M. B., Análise da implementação da sistematização da assistência de 
enfermagem em um hospital privado segundo o referencial de Wanda Horta 
POTTE, P. A.; PERRY, A. G. Fundamentos de enfermagem 
RIBEIRO, C. R. V. Assistência de enfermagem em centro cirúrgico: uma proposta de 
sistematização 
 
 
 
	Sumário
	Introdução
	Objetivos
	O ambiente cirúrgico
	Etapas da Sistematização da Assistência de enfermagem perioperatória
	Conduta da enfermagem no pré-operatório
	O que é diagnóstico de enfermagem?
	Objetivos do diagnóstico de enfermagem
	Principais diagnósticos de enfermagem
	Prescrições de Enfermagem no Pré-operatório
	Cuidados de Enfermagem no Pré-Operatório Imediato
	Cuidados de enfermagem no trans-operatório
	Cuidados de enfermagem no pós-operatório
	Diagnósticos de Enfermagem no Pós-Operatório
	Intervenções de Enfermagem
	Bibliografia

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