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Aula 01.1 EBSERH 2016 PORTUGUÊS

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Aula 01 
 
 
Português p/ EBSERH - 2016 (Todos os Cargos) 
 
Professores: Décio Terror, Equipe Décio Terror 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 1.1: Estrutura do período, pontuação. 
 
 
 
 SUMÁRIO PÁGINA 
 
1. Diferença entre frase, período e oração e a pontuação 1 
 
2. Coordenação 8 
 
3. Estrutura básica do período composto por coordenação 9 
 
4. Comentário do autor 29 
 
5. O que devo tomar nota como mais importante? 32 
 
6. Lista das questões apresentadas 33 
 
7. Gabarito 43 
 
 
 
Olá, pessoal! 
 
Como o conteúdo desta aula é grande e temos muita coisa para treinar 
com as questões, eu a dividi em duas partes. Nesta, trabalharemos o período 
composto por coordenação, abordando o princípio gramatical de frase, período 
e oração, o uso das conjunções e da pontuação. Naturalmente, ao longo da 
aula, você terá contato com a substituição de palavras e seu deslocamento. 
A coordenação é a ideia-chave para o paralelismo, o qual não será 
trabalhado só nesta parte da aula, mas também na outra. 
 
Para entendermos as estruturas coordenadas, temos que saber a 
diferença entre frase, período e oração. 
 
 
Todo enunciado que possua sentido completo é chamado de frase. 
Podemos dizer que o sentido completo ocorrerá explicitamente na linguagem 
quando houver as seguintes pontuações finais (. ! ? : ...). Com isso, a 
próxima palavra deverá estar em letra inicial maiúscula. 
 
 
Não deixe de se manter motivado. Estudo é aplicação. 
 
 
O ponto final é utilizado para marcar o término de uma declaração. A 
frase terminada com esta pontuação é chamada de frase declarativa: 
 
As aulas terminaram mais cedo. 
 
 
 
 
 
 
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O ponto de exclamação 
sentimento. A frase terminada 
exclamativa: 
 
 
 
transmite, de certa forma, uma emoção, um 
com esta pontuação é chamada de frase 
 
Socorro! Ajude-me! 
 
O ponto de interrogação finaliza uma frase interrogativa direta: 
 
Por que você não veio ontem? 
 
Algumas vezes utilizamos ponto de interrogação para chamar a atenção 
do leitor: 
 
O rombo da corrupção? O povo paga. 
 
Veja que o autor poderia simplesmente declarar a informação de forma 
bem objetiva: O povo paga o rombo da corrupção. 
 
Mas ele preferiu usar o recurso da retórica, é a forma de enfatizar aquilo 
que poderia ser apenas uma declaração, como fizemos no exemplo acima. 
 
 
Os dois-pontos são utilizados em diversas situações e são vastamente 
cobrados nas provas, mas cabem aqui apenas os dois-pontos finalizando frase. 
Os outros empregos dessa pontuação serão vistos adiante e em outras aulas. 
Isso ocorre quando posteriormente a ele se inicia uma citação, a fala de 
alguém, o recorte de um outro texto. Veja: 
 
O ministro declarou: “Há dois anos os juros estavam mais baixos.” 
 
Como há esta citação, podemos trabalhar o discurso direto, que 
transmite exatamente a fala de alguém. O autor do texto (narrador) não utiliza 
palavras dele mesmo, ele usa as do “personagem”. 
Assim, o termo entre aspas ‘Há dois anos os juros estavam mais baixos’ 
seria a voz do personagem; e “O ministro declarou” seria a voz do narrador. 
Porém, o autor do texto pode querer relatar com suas palavras o “falar” 
do personagem. Neste caso, basta que ele insira a conjunção “que” e adapte 
quando necessário. 
Veja: 
 
Discurso direto: 
 
O ministro declarou: “Há dois anos os juros estavam mais baixos.” 
 
Discurso indireto: 
 
O ministro declarou que há dois anos os juros estavam mais baixos. 
 
Antes de entrarmos nas questões, veremos um breve resumo sobre o 
uso das aspas, o que nos ajudará bastante nas questões que envolvem 
citações. 
 
 
 
 
 
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Aspas 
As aspas são empregadas: 
 
a. Em citações textuais diretas: 
 
O Ministro declarou: “As reformas só trarão benefícios.” 
O Deputado indagou: “Quais serão os benefícios?” 
Alguém comentou: “Não acredito!” 
 
Em citações indiretas, não há necessidade de aspas, mas podem ser 
usadas quando se quer dar destaque a todo o texto, ou a algum termo em 
particular: 
 
O Ministro declarou que as reformas só trarão benefícios. (sem nenhuma ênfase ou 
destaque) 
 
O ministro declarou que “as reformas só trarão benefícios”. (ênfase nas palavras 
usadas pelo Ministro) 
 
O Ministro declarou que as reformas só trarão “benefícios”. (ênfase específica 
numa palavra, sobressaindo uma ideia) 
 
b. Para indicar sentido irônico, figurado ou impróprio de uma palavra: 
 
O Ministro declarou que as reformas só trarão “benefícios”: aumento da 
carga tributária, arrocho salarial, alta da inflação, perda do poder de compra... 
 
Observação: Muitas vezes apenas o contexto ou a entonação, no caso 
de pronunciamento oral, indicarão a ironia ou impropriedade. 
 
c. Com gírias, neologismos, criações vocabulares de qualquer tipo ou palavras 
estrangeiras ainda não incorporadas ao vocabulário da língua, quando couber 
o seu uso no texto: 
 
Essa manobra tem ar de “maracutaia”. 
O conferencista falou em puro “economês”, o que não agradou à maioria 
dos presentes, que era de leigos. 
Favor dar um “feedback” confirmando sua presença. 
 
d. Para destacar títulos, termos técnicos, expressões fixas, definições, 
exemplificações e assemelhados: 
 
Foi discutida a “privatização das universidades federais” no 
encontro de reitores. 
 
O maior inteiro que divide simultaneamente cada membro de um 
conjunto é o “máximo divisor comum”. 
Não confundir o prefixo ante-, que significa “anterior”, com anti-, 
“contra”. 
Para efeitos deste estudo, entenda-se por “transtorno bipolar”... 
Nem sempre se pode aplicar uma “norma ideal” no lugar de uma “norma 
real”. 
 
Agora vamos ao uso das reticências. Elas podem ser usadas em 
diversas situações, as quais serão vistas adiante. 
 
 
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Elas são utilizadas em final de frase normalmente para indicar que a 
declaração que vinha sendo feita ainda continua. Isso ocorre quando 
recortamos um trecho de algum texto. Mas muitas vezes o autor usa esta 
continuidade do pensamento para que o leitor reflita mais sobre o assunto. 
 
Um jovem sem esperança, perturbado, sem sonho, com cinco revólveres 
e muita munição, entra num colégio em Realengo (RJ) e... 
 
Neste exemplo, as reticências nos remetem a pensar na catástrofe 
ocorrida em abril de 2011, em Realengo-RJ. O autor não precisa dizer mais 
nada, nós já entendemos que ele (o autor) quer nossa atenção ao problema. 
 
Além das reticências, esse sentido de continuidade do enunciado também 
pode ser expresso por “etc”, uma abreviatura da forma latina “et coetera”, a 
qual significa “e as demais coisas”, muito usada para que o leitor entenda que 
a enumeração é longa e os elementos já elencados transmitem a informação 
necessária para a compreensão do texto. Veja isso na questão seguinte. 
 
Mas antes de entrarmos nas questões, vamos a um breve resumo sobre 
o uso deste sinal de pontuação: 
 
Reticências 
 
As reticências ( ... ) são utilizadas para denotar emoções variadas (uso 
sobretudo literário), para assinalar a interrupção de uma frase ou para indicar 
a omissão de partes de um texto. Nesses dois últimos casos, são usadas: 
 
a. Quando o emissor deixa o pensamento em suspenso ou quando a frase está 
incompleta: 
 
Se o projeto será aprovado? Bem... 
 
b. Para indicar hesitação: 
 
Pensamos que... Achamos que... Que isso não é certo. 
 
c. Quando um interlocutor é interrompido poroutro (nos pronunciamentos, 
quando o orador é interrompido): 
 
– O Presidente da República está ciente... 
 
– Um aparte, por favor... (outra pessoa interrompe) 
– ...ciente do problema. Concedo o aparte ao nobre 
advogado. (Continuação da 
 
declaração, após a interrupção. Em 
seguida, foi concedida a palavra a outrem) 
 
d. Para indicar, nas citações, que uma parte da frase ou do texto foi omitida, 
recomendando-se neste caso o seu emprego entre colchetes: 
 
“A política de desenvolvimento urbano [...] tem por objetivo ordenar o 
 
pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de 
seus habitantes.” (CF, art. 182) 
 
Após termos visto a frase, vamos trabalhar o período. 
 
Período é todo enunciado com sentido completo e que possua verbo. 
 
 
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(início 
de uma 
declara
ção) 
 
 
 
 
 
Assim, há uma grande diferença entre frase e período. Apesar de os dois 
terem sentido completo, a frase pode ou não ter verbo, mas o período 
obrigatoriamente terá. 
 
Então, todo período é uma frase, mas nem toda frase será um período. 
Veja: 
“Socorro!” é frase, mas não é período, porque não tem verbo. 
“Ajude-me!” é frase e também é período, pois possui verbo. 
“Olá!” é frase, mas não é período, porque não tem verbo. 
“Você está bem?” é frase e também é período, pois possui verbo. 
 
Assim, período é o mesmo que frase verbal, pois possui verbo. 
 
Quando não há verbo com enunciado de sentido completo, chamamos de 
frase nominal. 
 
Como o período deverá ter sentido completo, a pontuação final dele deve 
ser a mesma da frase: . ! ? : ... 
 
Agora veremos a oração. 
 
A oração deve possuir verbo. Nem sempre terá sentido completo. 
 
Ana foi ao trabalho e bateu o recorde de vendas. 
 
Neste enunciado, veja que há frase, porque tem sentido completo. Há 
período, porque, além de ter sentido completo, tem verbo. Há orações, 
porque cada oração terá um verbo diferente. 
 
Assim, vejamos: 
 
1. “Socorro!” (apenas frase) 
 
2. “Ajude-me!” (frase, período e oração) 
 
3. “Olá!” (apenas frase) 
 
4. “Você está bem?” (frase, período e oração) 
 
5. “Ana foi ao trabalho e bateu o recorde de vendas.” (frase, período e 
orações) 
 
Quando há um período com apenas uma oração, chamamos este enunciado 
de período simples, como ocorre com os períodos “Ajude-me!”, “Você está 
bem?”. Dizemos que período simples é também uma oração 
absoluta. 
 
Quando há período com dois ou mais verbos, temos um período 
composto, como ocorre com “Ana foi ao trabalho e bateu o recorde de 
vendas.”. 
 
Portanto, vamos observar que uma oração absoluta é o mesmo que 
período simples e é o mesmo que uma frase, portanto terá a mesma 
pontuação final de uma frase: . ! ? : ... 
 
 
 
 
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Logicamente, não há apenas a oração absoluta, a diversidade de valores 
de cada oração dentro de um período composto é o nosso foco nesta aula. Por 
isso dizemos que, além da pontuação final vista acima, a oração pode ser 
sucedida por: , ; ⦆ e às vezes não receberá nenhuma pontuação. 
 
Cada período terá um valor, o qual será simples, composto por 
coordenação ou por subordinação. Isso vai depender da oração que nele se 
inserir. Na sintaxe, toda oração terá um nome conforme sua função. Quando 
um período é simples, já dissemos que ela será chamada de absoluta. 
 
Mas, quando ela está num período composto, seu nome muda porque 
sua relação semântica também muda e aí veremos o papel muito importante 
da conjunção e da pontuação. 
 
Vamos a uma diferença básica entre coordenação e subordinação: 
 
1 2 3 
 
Se você se mantiver atento à aula, realizar todas as atividades e ficar 
 
4 
calmo durante a prova, passará no concurso. 
 
Note que temos apenas uma frase, porque só há um ponto final. Com 
isso, percebemos que temos também um período. Como há vários verbos, há 
várias orações em um período composto. 
 
O resultado principal do enunciado é “passará no concurso”. Para que 
alguém consiga esse resultado, deverá passar por algumas condições: “se 
mantiver atento à aula, realizar todas as atividades, ficar calmo durante a prova”. 
Essas três condições estão paralelas, unidas, por isso as chamamos de 
estruturas coordenadas. Elas estão justapostas justamente porque todas 
possuem o mesmo valor: condição. 
 
Podemos chamar esta justaposição (coordenação) de ENUMERAÇÃO. 
Assim, perceba que as orações 1, 2 e 3 estão coordenadas entre si. 
 
Mas perceba também que a junção destas três condições (estruturadas 
em coordenação) foi necessária para se ter um resultado: “passará no 
concurso”. 
Veja que estas três estruturas sozinhas, sem a última oração, não teriam 
sentido; por isso, além de estarem coordenadas entre si, elas dependem do 
resultado, passando a uma relação de subordinação. Elas precisam de outra 
para ter sentido. Imagine a estrutura acima sem a oração 4, ela teria sentido? 
1
 2 3 
 
Se você se mantiver atento à aula, realizar todas as atividades e ficar 
 
calmo durante a prova ... 
 
Lógico que não, então percebemos que a oração 4 é necessária para que 
as outras (subordinadas) tenham sentido. 
 
 
 
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Resumindo, entendemos que as orações 1, 2, 3 estão coordenadas 
entre si (justapostas, paralelas, enumeradas) e que estas mesmas orações 
estão subordinadas em relação à oração 4 (principal). 
 
A oração subordinada se refere a uma oração principal, e a oração 
coordenada se liga a outra também coordenada (ou também chamada de 
oração inicial). 
 
Questão 1: EBSERH – MEAC – HUWC - UFC 2014 Advogado (banca AOCP) 
Em “Acertamos aqui, erramos ali.”, temos 
 
(A) um período composto por duas orações autônomas e independentes em 
que as orações são ligadas por um conectivo. 
(B) um período composto em que a segunda oração exerce função de 
adjetivo em relação à oração principal. 
(C) um período composto por duas orações em que a segunda oração 
funciona como termo essencial da primeira oração. 
(D) um período composto por duas orações em que a segunda oração 
funciona como termo acessório da primeira oração. 
(E) um período composto por duas orações autônomas e independentes em 
que as orações não são ligadas por um conectivo. 
Comentário: O segmento “Acertamos aqui, erramos ali.” apresenta dois 
verbos, portanto, duas orações. Essas duas orações estão coordenadas entre 
si e entre elas não há conjunção, apenas a vírgula. 
Assim, a alternativa correta é a (E). 
A alternativa (A) está errada, pois as orações coordenadas não são 
ligadas por conectivo. 
A alternativa (B) está errada, pois, quando a segunda oração exerce 
função de adjetivo em relação à oração principal, temos uma oração 
subordinada adjetiva, sobre a qual falaremos a seguir. 
A alternativa (C) está errada, pois, quando a segunda oração funciona 
como termo essencial da primeira oração, temos uma oração subordinada 
substantiva, sobre a qual falaremos a seguir. 
A alternativa (D) está errada, pois, quando a segunda oração funciona 
como termo acessório da primeira oração, temos uma oração subordinada 
adverbial, sobre a qual falaremos a seguir. 
Gabarito: E 
 
Questão 2: EBSERH – HULW - UFPB 2014 Assistente Administrativo (banca AOCP) 
Em “O segredo é conversar, ter comprometimento e não culpar o outro por 
fatores que estão fora de seu controle.”, a vírgula foi empregada para 
 
(A) separar o aposto. 
(B) marcar inversão do adjunto. 
(C) separar elementos de mesmo nível sintático. 
(D) separar oração explicativa. 
(E) dar ênfaseà oração que a antecede. 
Comentário: As orações “O segredo é conversar”, “ter comprometimento” e 
“não culpar o outro por fatores” estão coordenadas entre si. 
 
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As orações coordenadas sempre terão mesmo nível sintático, por terem 
mesmo valor, mesma natureza. 
Assim, a alternativa (C) é a correta. 
Ao longo de nossa aula, veremos as vírgulas em relação aos casos das 
demais alternativas. 
Gabarito: C 
 
Questão 3: Correios Contador (banca AOCP) 
Em “Tudo no mundo é loucura, exceto a alegria.”, é correto dizer que se 
trata de: 
 
a) Período simples. 
b) Período composto por coordenação. 
c) Período composto por subordinação. 
d) Período composto por coordenação e subordinação. 
Comentário: Note que há apenas um verbo e o enunciado possui sentido 
completo. Assim, temos um período simples. Ele também é considerado oração 
absoluta e frase. 
Gabarito: A 
 
A enumeração (coordenação) também pode ocorrer com substantivos. 
Veja: 
 
“Fui ao mercado e comprei os seguintes itens: carnes, frutas e legumes.” 
 
Podemos dizer que esta estrutura possui termos coordenados, pois os 
substantivos “carnes”, “frutas” e “legumes” estão paralelos entre si. A 
enumeração de substantivos ocorre em qualquer termo composto da oração 
(mais de um núcleo). 
 
Então podemos entender que termos paralelos (enumerados, 
coordenados) podem ser substantivos (quando queremos nominar os seres), 
adjetivos (quando queremos caracterizá-los) e verbos (quando queremos 
demonstrar uma sequência de ações). Veja: 
 
Enumeração de substantivos: 
1 Estudo, trabalho e disciplina acompanham o homem moderno. 
 
Enumeração de adjetivos: 
2
 Achei a pintura clara, intrigante, linda!
 
 
Sequência de ações: 
 
3 Joana foi ao trabalho, despachou poucos documentos, sentiu-se mal e voltou 
para casa. 
 
Você observou o uso das vírgulas nessas estruturas? Poderíamos retirar a 
vírgula após os vocábulos “Estudo”, “clara” e “trabalho” (das frases 1, 2 e 3, 
respectivamente)? Lógico que não. Mas isso não é novidade, não é? 
 
 
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Todos já sabemos que, quando ocorre uma enumeração, naturalmente 
os termos coordenados ficarão separados por vírgula. É natural, também, que o 
último dos termos possa ficar separado pela conjunção “e”, para que o leitor 
faça a entonação final. Mas isso não é obrigatório, desde que haja uma vírgula 
em seu lugar. Veja que, na enumeração dos adjetivos, o autor preferiu não 
inserir a conjunção “e”. 
 
Questão 4: EBSERH – Nacional 2015 Técnico Citopatologia (banca AOCP) 
Em “É leve, elegante, criativo e bem humorado.”, as vírgulas foram utilizadas 
para 
 
(A) separar oração coordenada assindética. 
(B) separar adjunto adverbial antecipado. 
(C) separar elementos que exercem a mesma função sintática. 
(D) isolar aposto. 
(E) isolar vocativo. 
Comentário: As vírgulas dessa oração separam adjetivos enumerados. 
Veremos na aula de sintaxe da oração que eles fazem parte do predicativo 
composto. Assim, possuem a mesma função sintática. 
Gabarito: C 
 
Continuaremos a falar da pontuação, agora com foco no valor semântico 
de cada estrutura coordenada. Para isso, vamos ver que as conjunções 
COORDENATIVAS podem ter cinco valores semânticos, de acordo com o 
esquema a seguir: 
 
Esquema do período composto por coordenação 
 
______________________ e ____________________. (aditiva) 
 
______________________, mas _________________. (adversativa) 
 
______________________ ou ___________________. (alternativa) 
 
______________________, portanto ______________. (conclusiva) 
 
______________________, pois _________________. (explicativa) 
 
oração inicial (ou assindética) oração coordenada sindética 
 
 
Período composto por coordenação 
 
Este esquema vai nos guiar sempre que falarmos de orações 
coordenadas. Os elementos coordenados estão unidos pelas conjunções “e”, 
“mas”, “ou”, “portanto”, “pois”. 
 
A palavra conjunção tem alguns sinônimos como conectivos e 
síndetos. Assim, quando uma oração coordenada é iniciada por conjunção, ela 
é chamada de coordenada sindética e a vírgula vai depender de seu valor 
semântico, conforme apontado nesse esquema. 
 
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Porém, podemos encontrar orações coordenadas sem conjunção, neste 
caso as chamamos de orações coordenadas assindéticas. É importante 
reconhecê-las porque a vírgula será obrigatória, independente do sentido. 
Exemplo: 
 
Mauro saiu e voltou tarde. (oração sindética) 
 
Mauro saiu, voltou tarde. (oração assindética) 
 
Normalmente não é cobrado o nome destas orações, mas a pontuação e 
a possibilidade de troca de conjunções de mesmo sentido. 
 
Vejamos os principais valores: 
 
1) Aditivas: 
 
______________________ e ____________________. (aditiva) 
 
oração inicial(ou assindética) oração coordenada sindética 
 
Período composto por coordenação 
 
As conjunções aditivas servem para somar termos, encadear 
enumeração dentro de uma lógica. As principais são: 
 
e, nem, tampouco, não só...mas também, não só...como 
também, senão também, tanto...como, tanto...quanto. 
 
Ex.: Ele caminha e corre todos os dias. 
 
Via de regra, não usamos vírgula antes da conjunção “e”. Perceba isso 
no nosso esquema do período composto por coordenação. Mas, se o “e” for 
 
substituído por qualquer outra conjunção aditiva, como mostrada acima, 
naturalmente poderá receber a vírgula. Perceba isso nos exemplos. 
 
Ele não caminha nem corre. 
Josefina não trabalha, tampouco estuda. 
Ele não só ajuda financeiramente, mas também aconselha os amigos. 
 
A vírgula antes da conjunção “e” é usada em três situações: 
 
a) quando o sujeito for diferente: 
 
Ana estudou, e Jucélia trabalhou. 
 
Note que o sujeito para cada verbo é diferente, por isso a vírgula é 
facultativa. 
 
b) quando o sentido for de contraste, oposição: 
 
Estudei muito, e não entendi nada. 
 
Não é normal uma pessoa estudar muito e não entender nada. Neste caso 
houve uma contradição, um contraste. A conjunção “e”, neste caso, pode 
ser substituída por “mas”. Esta vírgula é considerada obrigatória, mas 
podemos observar bons escritores dispensando esta vírgula. 
 
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c) quando fizer parte de uma repetição da conjunção. Esta repetição pode ter 
valor significativo no texto, o qual chamamos de enumeração subjetiva. Veja: 
 
Enumeração subjetiva: 
 
_________, e_________, e_________, e_________, e__________, e _________. 
 
A candidata acordou cedo, e preparou uma refeição leve, e alimentou-se 
calmamente, e chegou tranquila, e realizou a prova, e saiu confiante. 
 
A repetição da conjunção “e” é empregada como um reforço das ações. 
 
Chamamos de subjetiva ou enfática, porque transmite uma carga de emoção 
para se aumentar a força nos argumentos. 
 
Agora, vejamos a enumeração objetiva: 
 
Enumeração objetiva: 
 
_________ , _________ , _________ , _________ , __________ e _________. 
 
A candidata acordou cedo, preparou uma refeição leve, alimentou-se 
calmamente, chegou tranquila, realizou a prova e saiu confiante. 
 
Dizemos que esta é uma enumeração objetiva, pois o autor 
simplesmente se atém a relatar aquilo que realmente ocorreu, sem 
transparecer envolvimento emocional, como ocorre numa enumeração 
subjetiva. 
 
Cada oração faz parte de um termo da enumeração, por isso as vírgulas 
são obrigatórias. Perceba a conjunção “e”, que sinaliza o último termo da 
enumeração.Ela pode ser retirada, sem prejuízo gramatical. Veja: 
 
_________ , _________ , _________ , _________ , __________ , _________. 
 
A candidata acordou cedo, preparou uma refeição leve, alimentou-se 
calmamente, chegou tranquila, realizou a prova, saiu confiante. 
 
A única diferença é na clareza. Com a conjunção, o leitor saberá fazer a 
entonação final da enumeração, algo que não seria tão claro sem a vírgula. 
Mas as duas construções estão corretas. 
 
Agora, vamos ver uma construção com a inserção de conjunção ou 
vírgula dentro dos termos enumerados. Com isso é natural separarmos esses 
elementos por ponto e vírgula. Veja: 
 
Uso do ponto e vírgula: 
 
1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2 
____ E_____; ____E____; _________; ____ E ____; _________; e _________. 
 
1 2 3 4 5 6 
 
Carlos e Júlia acordaram cedo; prepararam o material e uma refeição 
leve; alimentaram-se bem; chegaram tranquila e calmamente à sala; 
realizaram a prova; e saíram confiantes. 
 
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Veja que os elementos enumerados (1 a 6) agora estão separados por 
ponto e vírgula, porque há divisões internas nos termos 1, 2 e 4. O uso do 
ponto e vírgula não é obrigatório, porém transmite maior clareza na enumeração, 
assim também o ponto e vírgula antes da conjunção “e” que une 
os elementos 5 e 6. Essa pontuação também não é obrigatória; apenas é 
utilizada para que o leitor não confunda o último termo enumerado (6) e o 
penúltimo (5) como apenas um. 
Assim, veja os esquemas possíveis na enumeração com divisão interna: 
 
1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2 
____ E_____, ____E____, _________, ____ E ____, _________ e _________. 
 
1 2 3 4 5 6 
1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2 
____ E_____, ____E____, _________, ____ E ____, _________, e _________. 
 
1 2 3 4 5 6 
1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2 
____ E_____; ____E____; _________; ____ E ____; _________ e _________. 
 
1 2 3 4 5 6 
1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2 
____ E_____; ____E____; _________; ____ E ____; _________; e _________. 
 
1 2 3 4 5 6 
 
Vale lembrar que o ponto e vírgula também pode ser usado no lugar da 
vírgula quando há enunciados de grande extensão, mesmo sem divisões 
internas, como visto anteriormente. Isso torna o texto mais claro ao leitor. 
Exemplo: 
 
A rotina dos trabalhos das grandes empresas foca a dinâmica do 
processamento com particularidades ainda não plenamente entendidas por 
funcionários antigos; essa lógica tem trazido prejuízos àqueles que não se 
adaptam ao novo. 
 
Questão 5: EBSERH – HUCAM - UFES 2014 Assistente Administrativo (banca AOCP) 
Em “...por que eles não dividem os brinquedos nem dizem “saúde” quando 
alguém espirra.”, as expressões destacadas, juntas, têm sentido de 
 
(A) adição. 
(B) explicação. 
(C) conclusão. 
(D) explicação. 
(E) contraste. 
 
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Comentário: Vimos que a expressão “não..nem” transmite uma ideia 
de adição de negações. Assim, a alternativa correta é a (A). 
Gabarito: A 
 
Questão 6: Prefeitura de Camaçari 2014 Administrador (banca AOCP) 
Em “...que isso não nos prejudique nem invalide nossas reivindicações”, 
as expressões destacadas estabelecem relação semântica de 
 
(A) contraste. 
(B) negação. 
(C) adição. 
(D) alternância. 
(E) explicação. 
Comentário: Vimos que a expressão “não..nem” transmite uma ideia 
de adição de negações. Assim, a alternativa correta é a (C). 
Gabarito: C 
 
Questão 7: Prefeitura de Camaçari 2014 Assistente Administrativo (banca AOCP) 
Em “Não há marcações nem roteiro...”, as expressões destacadas 
estabelecem relação semântica de 
 
(A) causa. 
(B) explicação. 
(C) conclusão. 
(D) adição. 
(E) contraste. 
Comentário: Olha como a banca repete a mesma estrutura nas questões! 
Vimos que a expressão “não..nem” transmite uma ideia de adição de 
negações. Assim, a alternativa correta é a (C). 
Gabarito: D 
 
Questão 8: Prefeitura Fundão CE 2014 Assistente de Gestão Pública (banca AOCP) 
No excerto “(...) grande pa rte dos formados não se sente atraída pela 
profissão e muda de área”, assinale a alternativa correta em relação ao 
período composto apresentado. 
 
(A) A conjunção coordenativa “e” indica adição, sequência de ideias. 
(B) As orações apresentadas no período citado são coordenadas assindéticas. 
(C) O período apresentado é composto somente por subordinação. 
(D) O sujeito do verbo se sente é diferente do sujeito do verbo muda. 
(E) O verbo muda introduz uma oração reduzida de infinitivo. 
Comentário: A conjunção coordenativa “e” une as duas orações. Assim, 
ela indica adição, uma sequência de ideias e a alternativa (A) é a correta. 
A alternativa (B) está errada, porque a oração coordenada iniciada por 
conjunção é sindética. 
A alternativa (C) está errada, porque o período contém orações 
coordenadas. 
A alternativa (D) está errada, porque os verbos “sente” e “muda” 
 
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referem-se ao sujeito “grande parte dos formados”. 
A alternativa (E) está errada e veremos mais à frente o que são as 
orações reduzidas de infinitivo. 
Gabarito: A 
 
Questão 9: Prefeitura CM – 2009 – Bioquímico (banca AOCP) 
Em “Não apenas de contestação, mas de produção cultural alternativa de 
qualidade nos anos 60...”, temos, para as conjunções destacadas, o valor 
semântico de 
 
(A) conclusão. (B) oposição. (C) adição. 
(D) explicação. (E) adversidade. 
Comentário: As expressões correlativas “não só...mas também”, “não 
apenas...mas também”, “não somente... mas também”, “não só...como 
também”, “não apenas...como também”, “não somente...como também” 
ocorrem nas estruturas oracionais para adicionar termos. Por isso, há adição. 
Gabarito: C 
 
Questão 10: Prefeitura Catu Assistente Social (banca AOCP) 
Leia a seguinte sentença: “Não precisaremos voltar ao médico nem fazer 
exames”. Assinale a alternativa que classifica corretamente as duas orações. 
 
a) Oração coordenada assindética e oração coordenada adversativa. 
b) Oração principal e oração coordenada sindética aditiva. 
c) Oração coordenada assindética e oração coordenada aditiva. 
d) Oração principal e oração subordinada adverbial consecutiva. 
e) Oração coordenada assindética e oração coordenada adverbial consecutiva. 
Comentário: O conectivo “nem” é empregado para adicionar uma negação 
(não fazer exames) a outra dita anteriormente (não precisaremos voltar ao 
médico). Assim, temos uma oração coordenada sindética (com síndeto, com o 
conectivo “nem”) aditiva depois de uma oração coordenada assindética (sem 
síndeto, sem conectivo). Assim, a alternativa (C) é a correta. 
Gabarito: C 
 
 
 
2) Adversativas: 
 
______________________ , mas ____________________. (adversativa) 
 
oração inicial oração coordenada sindética 
 
 
Período composto por coordenação 
 
As conjunções adversativas exprimem contraste, oposição, ressalva, 
compensação. As principais são: 
 
mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto. 
 
Além delas, há outras palavras que, em determinado contexto, passam a 
valor adversativo e podem iniciar este tipo de oração, tais como senão, ao 
 
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passo que, antes (=pelo contrário), já, não obstante, apesar disso, em 
todo caso. Há uma diversidade de vocábulos que transmitem o valor 
adversativo; por isso é importante entender a oposição e não apenas 
memorizar as conjunções. 
 
Ex.: Estudou muito, mas não passou. 
Ele teve aumento salarial, porém não quis continuar na empresa. 
 
Estude bastanteo conteúdo específico, todavia não se desligue dos 
conhecimentos básicos. 
 
Não desmatar é importante, no entanto não é a única solução para a 
sustentabilidade do planeta. 
 
O rico esbanja gastos desnecessários, já o pobre só quer sobreviver. 
 
Diferente da conjunção “mas”, a qual só se pode posicionar no 
início da oração, as conjunções porém, entretanto, contudo, no entanto, 
todavia têm a capacidade de mobilidade, podendo se posicionar também no 
meio ou no final da oração, com vírgula(s) obrigatória(s): 
 
Há muito serviço, porém ninguém trabalhava. 
Há muito serviço, ninguém, porém, trabalhava. 
Há muito serviço, ninguém trabalhava, porém. 
 
As questões costumam cobrar a substituição de “porém” por “mas”. O 
posicionamento dessas conjunções é que irá determinar se a troca é possível ou 
não. A conjunção “porém”, nestes exemplos, pode ser substituída pela 
conjunção “mas” apenas na primeira frase; já as conjunções entretanto, 
contudo, no entanto, todavia podem ocupar qualquer uma das três posições 
vistas acima. 
 
Uso do ponto e vírgula: 
 
Com base no que foi visto nas enumerações com vírgulas internas, pode-
se substituir a vírgula que separa as orações adversativas por ponto e vírgula, 
quando há divisão interna. Veja: 
 
Há muito serviço; ninguém, porém, trabalhava. 
Há muito serviço; ninguém trabalhava, porém. 
 
Tendo em vista ser largamente usado o ponto e vírgula com conjunções 
deslocadas (como visto acima); mesmo sem o deslocamento delas na oração, 
é percebida em bons autores a divisão por ponto e vírgula. Veja: 
 
Há muito serviço; porém ninguém trabalhava. 
 
Somente em dois valores semânticos das orações, a vírgula pode 
posicionar-se após a conjunção: a primeira delas é a adversativa e a segunda 
será vista adiante. 
 
Há muito serviço; porém, ninguém trabalhava. 
 
 
 
 
 
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Questão 11: EBSERH – Nacional 2015 Analista Administrativo (banca AOCP) 
No período “... essas coisas são simples, mas precisam ser 
aprendidas.”, o termo destacado pode ser substituído, sem que ocorra 
prejuízo sintático ou semântico, por 
 
(A) portanto. 
(B) pois. 
(C) assim. 
(D) porém. 
(E) logo. 
Comentário: A conjunção “mas” é coordenativa adversativa, a qual pode 
ser substituída pelas conjunções “porém”, “contudo”, “ entretanto”, 
“todavia”, “no entanto”. Assim, a alternativa correta é a (D). 
Gabarito: D 
 
 
Questão 12: EBSERH – HU - UFGD 2014 Advogado (banca AOCP) 
Fragmento do texto: Em termos dos testes até agora feitos, não parece que 
AGMs tenham qualquer efeito obviamente nocivo à saúde humana ou à dos 
animais que se alimentam deles. Já muitos dos inseticidas comumente usados 
em plantações são altamente cancerígenos. 
Em “‘Já muitos dos inseticidas comumente usados em plantações...’”, a 
expressão destacada indica 
 
(A) contraste. (B) condição. (C) tempo. (D) modo. (E) adição. 
Comentário: O advérbio “Já” funciona, neste contexto, como conectivo 
adversativo, que funciona como contraste. Tanto assim que podemos 
substituí-lo por “mas”. Veja: 
 
Em termos dos testes até agora feitos, não parece que AGMs tenham qualquer 
efeito obviamente nocivo à saúde humana ou à dos animais que se alimentam 
deles. Mas muitos dos inseticidas comumente usados em plantações são 
altamente cancerígenos. 
 
Assim, a alternativa correta é a (A). 
Gabarito: A 
 
 
Questão 13: EBSERH – HU - UFGD 2014 Assistente Administrativo (banca AOCP) 
Em “O interesse no caso de Champignon, entretanto, está muito aquém da 
mobilização...”, a expressão destacada estabelece relação semântica de 
 
(A) explicação. (B) tempo. (C) condição. (D) contraste. (E) consecução. 
Comentário: A conjunção “entretanto” só pode ter valor adversativo, que 
funciona como contraste. Assim, a alternativa correta é a (D). 
Gabarito: D 
 
 
Questão 14: EBSERH – HU - UFSE 2015 Assistente Administrativo (banca AOCP) 
Em “O levantamento finlandês não avaliou, porém, quanto tomate é 
 
 
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necessário comer...”, a expressão destacada estabelece relação semântica de 
 
(A) condição. (B) causa. (C) adição. (D) conclusão. (E) contraste. 
Comentário: A conjunção “porém” só pode ter valor adversativo, que 
funciona como contraste. Assim, a alternativa correta é a (E). 
Gabarito: E 
 
Questão 15: EBSERH – UFMG 2014 Assistente Administrativo (banca AOCP) 
Fragmento do texto: Outra doença bem mais frequente entre as mulheres é 
o câncer de mama. Apesar de muita gente achar que essa doença é 
exclusivamente feminina, ela acomete também os homens – só que em 
proporção esmagadoramente menor: apenas 1% dos casos. 
Em “...só que em proporção esmagadoramente menor...”, a expressão 
destacada exprime 
(A) exclusividade. (B) conformidade. (C) condição. 
(D) contraste. (E) finalidade. 
Comentário: A expressão “só que” funciona, neste contexto, como conectivo 
 
adversativo, que funciona como contraste. Tanto assim que podemos 
substituí-lo por “mas”. Veja: 
 
Outra doença bem mais frequente entre as mulheres é o câncer de mama. 
Apesar de muita gente achar que essa doença é exclusivamente feminina, ela 
acomete também os homens – mas em proporção esmagadoramente menor: 
apenas 1% dos casos. 
 
Assim, a alternativa correta é a (D). 
Gabarito: D 
 
Questão 16: EBSERH – UFMT 2014 Assistente Administrativo (banca AOCP) 
Fragmento do texto: A Itália tem uma lei que torna obrigatório o desconto 
de pelo menos 50% em produtos cuja validade está próxima. O consumidor só 
precisa ficar atento para não comprar mais do que consegue aproveitar. 
Senão, o desperdício apenas se muda do mercado para casa. 
Em “Senão, o desperdício apenas se muda do mercado para casa.”, a 
expressão destacada estabelece, com o conteúdo que lhe antecede no texto, 
uma relação semântica de 
 
(A) comparação. (B) conclusão. (C) contraste. 
(D) conformidade. (E) consecução. 
Comentário: A expressão “senão” funciona, neste contexto, como 
conectivo de contraste, pois se entende a expressão “do contrário”. 
 
Aqui, gostaria de fazer um aparte sobre o uso dos 
“senões”: Usamos “senão” quando: 
 
a) no valor de “defeito”, “problema”, por exemplo: 
 
A situação está controlada, mas há apenas um senão. 
 
b) no valor de “exceto”, “menos”, por exemplo: 
 
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Todos vieram ontem, senão você. 
 
c) no valor de “do contrário”. Esse é o valor cobrado na questão. Ele 
transmite contraste. Veja um exemplo: 
 
Trabalhe com prazer, senão será escravo do próprio ofício. 
 
Usamos “se não” no valor de condição. Assim, podemos substituir 
por “caso não”. Veja: 
 
Se não estudar bastante, terá mais dificuldade na prova. 
 
Caso não estude bastante, terá mais dificuldade na prova. 
 
É claro que o contexto da questão não admite a substituição por qualquer 
conectivo adversativo. O que importa é o valor de contraste. 
 
Assim, a alternativa correta é a (C). 
Gabarito: C 
 
Questão 17: EBSERH – UFMG 2014 Assistente Administrativo (banca AOCP) 
Fragmento do texto: “Como as mulheres acumulam múltiplas tarefas, entre 
o trabalho fora e as obrigações com a casa e família, elas seguem suas 
atividades e responsabilidades com mais naturalidade que os homens, que 
costumam se esmorecer mais frente aos processos dolorosos”, aponta o 
neurocirurgião funcional especialista em dor Cláudio Fernandes Corrêa, 
coordenador do Centro de Dor e Neurocirurgia Funcional do Hospital 9 de 
Julho. No entanto, existem várias doenças que são muito mais frequentesentre as mulheres do que no sexo masculino. Uma delas é a fibromialgia, que 
afeta sete mulheres para cada homem. 
Em “No entanto, existem várias doenças que são muito mais frequentes 
entre as mulheres do que no sexo masculino.”, a expressão destacada 
 
(A) inclui uma conclusão de uma ideia ou raciocínio explicitado na oração 
anterior. 
(B) exprime ideia de oposição ao que foi mencionado no parágrafo anterior. 
(C) pode ser substituída por “Portanto”. 
(D) introduz uma oração explicativa. 
(E) é uma locução adverbial, pois indica circunstância de conformidade. 
Comentário: O conectivo “No entanto” só pode ter valor adversativo, que 
funciona como contraste ou oposição. Assim, a alternativa correta é a (B). 
Gabarito: B 
 
Questão 18: EBSERH – HUCAM - UFES 2014 Assistente Administrativo (banca AOCP) 
Fragmento do texto: “Não é fácil educar e mostrar as regras de conviver de 
forma pacífica. Mas eu realmente acredito que se ensinar bem ao meu filho ele 
pode passar isso aos amigos da escola, pode tratar bem os funcionários do prédio. É 
como se fosse uma corrente do bem, algo contagioso”, crê a mãe. 
Em “Mas eu realmente acredito que se ensinar bem ao meu filho ele pode passar 
isso aos amigos da escola”, a expressão destacada estabelece, com o 
conteúdo precedente, uma relação semântica de 
 
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(A) concessão. 
(B) explicação. 
(C) conclusão. 
(D) contraste. 
(E) consecução. 
Comentário: A conjunção “mas” é coordenativa adversativa, a qual pode 
ter valor de contraste ou de oposição. Assim, a alternativa correta é a (D). 
Gabarito: D 
 
Questão 19: EBSERH – HU 2015 Advogado (banca AOCP) 
“... não está claro o motivo pelo qual o diabetes é mais perigoso ao 
coração das mulheres do que dos homens, mas existem algumas hipóteses.” 
 
No período acima, o termo destacado pode ser substituído, sem que haja 
prejuízo semântico ou sintático, por 
 
(A) logo. (B) portanto. (C) porém. (D) porquanto. (E) assim. 
Comentário: A conjunção “mas” é coordenativa adversativa, a qual pode 
ser substituída pelas conjunções “porém”, “contudo”, “ entretanto”, 
“todavia”, “no entanto”. Assim, a alternativa correta é a (C). 
Gabarito: C 
 
Questão 20: EBSERH – HUSM 2014 Assistente Administrativo (banca AOCP) 
Em “A partir da compreensão da causa, no entanto, é possível antecipar o 
diagnóstico e iniciar o uso dos remédios assim que aparecerem os primeiros 
sintomas.”, a expressão em destaque 
 
(A) pode ser substituída sem qualquer prejuízo semântico por “portanto”. 
(B) exprime oposição em relação à ideia anteriormente citada. 
(C) exprime ideia de conclusão. 
(D) exprime ideia de conformidade. 
(E) exprime ideia de explicação. 
Comentário: O conectivo “No entanto” só pode ter valor adversativo, que 
funciona como contraste ou oposição. Assim, a alternativa correta é a (B). 
Gabarito: B 
 
Questão 21: Prefeitura Fundão CE 2014 Administrador (banca AOCP) 
Em “Como forma de educação, esse tipo de museu tem papel importante. No 
 
entanto, não significa que ajude a criar novas gerações imunes à 
discriminação.”, a expressão em destaque indica relação semântica de 
 
(A) conclusão. 
(B) contraste. 
(C) alternância. 
(D) explicação. 
(E) causalidade. 
Comentário: O conectivo “No entanto” só pode ter valor adversativo, que 
funciona como contraste ou oposição. Assim, a alternativa correta é a (B). 
Gabarito: B 
 
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Questão 22: Prefeitura Fundão CE 2014 Assistente de Gestão Pública (banca AOCP) 
Fragmento do texto: Até nossas bisavós eram mais machas do que nós, 
homens de 2014. Pariam sem anestesia, ao ritmo de cinco ou seis filhos por 
ano, e sem parar de tricotar um segundo. Vocês não leem Jane Austen porque 
acham que é coisa de menina, mas qualquer uma daquelas senhoritas 
interioranas caçava animais mais difíceis de conseguir do que raposas: 
maridos. Eram mais viris que qualquer Anderson Silva, e certamente se 
depilavam menos. (...) 
Observe a utilização da conjunção mas no parágrafo acima e assinale a 
alternativa correta. 
 
(A) A conjunção mas não liga duas orações, portanto o período em que 
aparece é simples. 
(B) A conjunção mas tem um valor explicativo e, por isso, pode ser 
substituída pela conjunção porque. 
(C) A conjunção mas tem um valor condicional, pois exprime condição ou 
hipótese. 
(D) A conjunção mas que liga as duas orações exprime contraste, oposição de 
ideias. 
(E) A conjunção mas que liga as duas orações exprime concessão. 
Comentário: A conjunção “mas” é coordenativa adversativa, que funciona 
como contraste ou oposição. Assim, a alternativa correta é a (D). 
A alternativa (A) está errada, pois a conjunção “mas” liga duas orações, 
pois cada segmento possui verbo. 
As alternativas (B), (C) e (D) estão erradas, porque a conjunção 
“mas” nunca terá valor explicativo, condicional ou concessivo. 
Gabarito: D 
 
 
 
Questão 23: Prefeitura Pinhais-PR Assistente Social (banca AOCP) 
Observe o seguinte enunciado: “João é rico, mas não paga suas contas”. Sobre 
ele, assinale a alternativa correta. 
 
a) O sentido da conjunção é de adição. 
b) O sentido da conjunção é de subtração. 
c) Se trocarmos a conjunção por “e”, o sentido não se alterará. 
d) O enunciado possui um erro de ortografia. 
e) O enunciado possui um erro de concordância. 
Comentário: A conjunção “mas” é coordenativa adversativa. Assim, 
eliminamos as alternativas (A) e (B). 
Todas as palavras do período estão corretamente grafadas, por isso não 
houve problemas de ortografia. Eliminamos a alternativa (D). 
Todos os vocábulos estão flexionados de acordo com os seus termos 
referenciais: “é”, “rico” e “paga” se flexionam no singular, porque 
“João” é um substantivo no singular. O pronome “suas” está flexionado 
no plural, porque se refere ao substantivo “contas”. 
 
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A alternativa (C) é a correta, pois a conjunção “e” pode ter sentido de 
oposição. Por isso, pode haver a substituição de “mas” por “e”, sem prejuízo 
do sentido. 
Gabarito: C 
 
Questão 24: CISMEPAR – 2011 – Advogado (banca AOCP) 
“As teorias da conspiração são propagadas fortemente desde os ataques de 11 de 
setembro. Muitos acreditam que tudo não passou de um “inside job” do 
governo norte-americano, e que Bin Laden já teria morrido muitos anos antes, 
mas que sua morte não havia sido divulgada para justificar uma grande guerra 
que movimentaria a economia norte-americana.” 
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) 
A expressão mas introduz uma oração cujo teor contrasta com o conteúdo 
antecedente. 
Comentário: As conjunções coordenativas adversativas transmitem ideias 
contrárias, opostas, contrastantes. Este é o motivo da conjunção “mas” neste 
contexto. A tendência natural de uma suposta morte de Bin Laden muitos anos 
antes seria a rápida divulgação, porque ele era um opositor dos americanos. 
Mas essa tendência natural foi rompida por um contraste: sua morte não teria 
sido divulgada para justificar uma grande guerra. 
Gabarito: C 
 
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) 
Questão 25: A vírgula que antecede a expressão mas (linha 4) pode ser 
retirada sem prejuízo sintático. 
Comentário: A oração coordenada sindética adversativa exige ser iniciada por 
vírgula. Por isso, não podemos retirar a vírgula antes da conjunção “mas” 
(linha 4). 
Gabarito: E 
 
Questão 26: Prefeitura Lagarto – 2011 – Professor (banca AOCP) 
Fragmento do texto: Olhe, eu podia mesmo contar-lhe a minha vida inteira, 
em que há outras coisas interessantes, mas paraisso era preciso tempo, 
ânimo e papel, e eu só tenho papel; o ânimo é frouxo, e o tempo assemelha-
se à lamparina de madrugada. Não tarda o sol do outro dia, um sol dos diabos, 
impenetrável como a vida. Adeus, meu caro senhor, leia isto e queira-me bem; 
perdoe-me o que lhe parecer mal, e não maltrate muito a arruda, se lhe não 
cheira a rosas. Pediu-me um documento humano, ei-lo aqui. Não me peça 
também o império do Grão-Mogol, nem a fotografia dos Macabeus; peça, 
porém, os meus sapatos de defunto e não os dou a ninguém mais. 
Assinale a alternativa INCORRETA quanto aos elementos de coesão 
empregados no fragmento. 
 
(A) Em “..., mas para isso era preciso tempo, ânimo e papel, e eu só tenho 
papel...”, a conjunção estabelece contraste. 
(B) Em “...e não maltrate muito a arruda, se lhe não cheira a rosas.”, a 
conjunção estabelece condição. 
 
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(C) Em “Não me peça também o império do Grão-Mogol, nem a fotografia dos 
Macabeus...”, a conjunção estabelece adição. 
(D) “...peça, porém, os meus sapatos de defunto e não os dou a ninguém 
mais.”, a locução conjuntiva estabelece adição. 
(E) “...peça, porém, os meus sapatos de defunto e não os dou a ninguém 
mais.”, a conjunção estabelece contraste. 
Comentário: A alternativa (A) está correta, porque a conjunção coordenativa 
adversativa transmite valor de contraste. 
A alternativa (B) está correta, pois a conjunção “se” é 
subordinada adverbial condicional, a qual será vista adiante. 
Para resolvermos as alternativas (C), (D) e (E), basta observarmos o 
último período do fragmento do texto: 
 
Não me peça também o império do Grão-Mogol, nem a fotografia dos 
Macabeus; peça, porém, os meus sapatos de defunto e não os dou a ninguém 
mais. 
 
A alternativa (C) está correta, pois o conetivo “nem” adiciona 
uma negação a outra já expressa pelo advérbio de negação “Não”. 
A alternativa (D) é a errada, primeiro porque “e não” não é uma 
locução conjuntiva: há apenas a conjunção “e” e o advérbio “não”. 
No contexto em que se encontra, a conjunção “e” tem valor adversativo, 
 
pois transmite uma ressalva. Ao pedir os sapatos de defunto, o personagem 
completou com uma ressalva: que não iria dar a ninguém mais. 
Assim, poderia ser substituída por “mas”: ... peça, porém, os meus 
sapatos de defunto mas não os dou a ninguém mais. 
Naturalmente, você poderia ter ficado na dúvida pela falta da vírgula antes 
do “e” de valor adversativo. Mas veja o que dissemos anteriormente, 
algumas vezes o autor, por uma linguagem informal e liberdade na escrita, 
pode romper a norma culta por estilo. Por isso, a banca não perguntou sobre 
pontuação, mas sobre o valor semântico do “e”. 
A alternativa (E) está correta, pois a conjunção “porém” é 
coordenativa adversativa. Assim, estabelece valor de contraste. 
Gabarito: D 
 
Questão 27: Prefeitura Lagarto – 2011 – Professor (banca AOCP) 
Eu sofro de mimfobia, eu tenho medo de mim mesmo e me enfrento todo dia. 
 
Disponível em <http://pensador.uol.com.br/frases_de_millor_ferna/>. 
Acesso em 2 jul 2011. 
 
A frase de Millôr Fernandes tem seu efeito de sentido estabelecido a partir de 
uma relação de 
 
(A) proporção. (B) consecução. (C) finalidade. 
(D) contraste. (E) causa. 
Comentário: Note que a primeira oração “Eu sofro de mimfobia” tem o 
mesmo sentido da segunda oração “eu tenho medo de mim mesmo”. Assim, 
entendemos que a segunda amplia a mesma ideia anterior para que o leitor 
tenha o entendimento necessário sobre a expressão “mimfobia”. Por esse 
 
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motivo, esta segunda oração é coordenada explicativa. 
Já a terceira oração transmite um valor opositivo, pois houve uma 
quebra da expectativa: não seria natural que uma pessoa que tenha medo de algo 
vá enfrentá-lo, mas isso ocorreu neste contexto. Por isso, a conjunção “e” 
possui valor coordenativo adversativo (contraste). 
Você notou também que este trecho está sem vírgula, o que cabe numa 
linguagem informal, como a utilizada neste texto. 
Gabarito: D 
 
3) Alternativas: 
 
______________________ ou ____________________. (alternativa) 
 
oração inicial oração coordenada sindética 
 
 
Período composto por coordenação 
 
A conjunção alternativa é por excelência “ou”, sozinha ou repetida em 
cada uma das orações. Com a conjunção “ou” sozinha, as orações alternativas 
normalmente não são separadas por vírgula, como vimos no esquema acima. 
 
Veja as principais conjunções: 
 
ou, ou...ou, ora...ora, já...já, quer...quer. 
 
Ex.: Faça sua parte, ou procure outro trabalho. 
 
 
A conjunção coordenativa “ou” poucas vezes é cobrada como conectivo 
de orações, ela normalmente cobra seu valor de inclusão ou exclusão entre 
substantivos ou adjetivos, e isso será mais explorado na aula de concordância. 
 
Inclusão: 
 
João ou Pedro são bons candidatos. (valor de inclusão) 
 
Há alternativa de inclusão quando se mostra que, independente de qual 
dos termos, os dois possuem tal característica: Tanto João quanto Pedro 
possuem as características de bons candidatos. 
 
Exclusão: 
 
João ou Pedro ganhará a presidência do clube. (valor de exclusão) 
 
Um termo exclui o outro automaticamente. Se João ganhar, excluirá 
Pedro e vice-versa. 
 
Há outros vocábulos de diferentes classes gramaticais que cumprem 
valor conjuntivo indicando alternância, como ora...ora, já...já, quer...quer, 
seja...seja, bem...bem. Eles devem ser duplos e iniciar cada uma das orações 
alternativas. Não é de rigor, mas o uso da vírgula se fortalece por bons autores 
separando orações cujo conectivo é repetido: 
 
Ora narrava, ora comentava. 
 
 
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Questão 28: Prefeitura de Camaçari 2014 Assistente Administrativo (banca AOCP) 
Fragmento do texto: Não notamos, não impedimos, nada fizemos, não 
porque não o amássemos, não nos importássemos, mas porque a gente é 
assim. Ou porque nada havia a ser feito, ser dito, apenas ser aceito com um 
rio de dúvidas e culpas pelo resto dos dias. 
Em “Ou porque nada havia a ser feito, ser dito...” a expressão 
destacada introduz uma ideia de 
 
(A) conclusão. 
(B) explicação. 
(C) alternância. 
(D) adição. 
(E) contraste. 
Comentário: A conjunção “ou” só pode ter valor coordenativo alternativo. 
Assim, a alternativa (C) é a correta. 
Gabarito: C 
 
Questão 29: Correios Contador (banca AOCP) 
Destaque a alternativa em que o termo sublinhado é uma conjunção 
coordenativa: 
 
a) Quando olhaste bem nos olhos meus, e o teu olhar era de adeus... 
b) Conforme o tempo passa, seu aroma diminui. 
c) Se o meu time tivesse sido campeão, eu seria mais feliz. 
d) Carlos era um cético: ora amava Renata, ora amava Camila. 
Comentário: A conjunção “ora” é coordenativa alternativa, por isso a 
alternativa (D) é a correta. Veremos adiante que as conjunções 
“Quando”, “Conforme” e “Se” são subordinadas adverbiais. 
Gabarito: D 
 
4) Conclusivas: 
 
______________________, portanto ____________________. (conclusiva) 
 
oração inicial oração coordenada sindética 
 
Período composto por coordenação 
 
A vírgula ocorre neste tipo de oração, apesar de serem encontrados 
exemplos destas construções sem vírgula. Então não se cobra na prova a 
obrigatoriedade ou não deste sinal de pontuação. Ele simplesmente pode 
ocorrer, é o registro mais aceitável. 
 
As conjunções coordenativas conclusivas são muito utilizadas em textos 
dissertativos, como resultado de um fato originário, fechamento de argumento 
conclusivo e dedução. As principais são: 
 
logo, portanto, por conseguinte, pois (colocadadepois do verbo), por 
isso, então, assim, em vista disso. 
 
Ex.: Ele se manteve organizado, logo teve êxito nas tarefas. 
 
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O Brasil vem exportando muito, portanto está crescendo 
economicamente. 
 
Joaquim trabalhou duro; terminou, pois, sua casa própria. 
Realizamos muitos exercícios, por conseguinte a prova foi 
fácil. Estudou, então passou. 
 
Da mesma forma que o valor adversativo, as conjunções coordenativas 
conclusivas também têm a capacidade de mobilidade, podendo se posicionar 
no meio ou no final da oração, com vírgula(s) obrigatória(s): 
 
Há muito serviço, portanto trabalharemos até tarde. 
Há muito serviço, trabalharemos, portanto, até tarde. 
Há muito serviço, trabalharemos até tarde, portanto. 
Há muito serviço; trabalharemos, portanto, até tarde. 
Há muito serviço; trabalharemos até tarde, portanto. 
Há muito serviço; portanto trabalharemos até tarde. 
Há muito serviço; portanto, trabalharemos até tarde. 
 
Como vimos, somente em dois valores semânticos das orações, a vírgula 
pode posicionar-se após a conjunção: a primeira foi a adversativa e a segunda 
é a conclusiva. Note o último exemplo da sequência anterior. 
 
Outro fato relevante para as provas é notarmos que algumas vezes este 
tipo de oração encontra-se com verbo no gerúndio e sem conjunção. 
Chamamos isso de oração reduzida de gerúndio, a qual será mais explorada 
adiante. 
O Brasil exportou mais em 2010, continuando sua trajetória econômica 
ascensional. 
A questões pedem muitas vezes para transformar essa oração reduzida em 
desenvolvida, com as conjunções conclusivas ou até com a conjunção “e”. 
Neste caso, essa conjunção, além de ter valor adicional, terá também o de 
conclusão. Veja: 
O Brasil exportou mais em 2010, portanto continua sua trajetória 
econômica ascensional. 
O Brasil exportou mais em 2010; logo, continua sua trajetória 
econômica ascensional. 
O Brasil exportou mais em 2010, e continua sua trajetória econômica 
ascensional. 
 
Questão 30: EBSERH – HUSM - UFSM 2015 Advogado (banca AOCP) 
Em “Cabe a cada um, portanto, reconstruir os laços com a juventude.”, as 
vírgulas 
 
(A) são facultativas, pois não é obrigatório o uso de vírgula em casos de 
conjunção concessiva deslocada. 
(B) são obrigatórias, pois a conjunção adversativa está deslocada. 
(C) são obrigatórias, pois a conjunção conclusiva está deslocada. 
(D) são facultativas, pois, independente da posição em que esteja a 
conjunção adversativa, não é necessário usar a vírgula. 
 
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(E) são facultativas, pois, independente da posição em que esteja a 
conjunção conclusiva, pode-se ou não usar a vírgula. 
Comentário: Vimos que a conjunção conclusiva, quando deslocada, deve 
ficar entre vírgulas. Assim, a alternativa correta é a (C). 
Gabarito: C 
 
Questão 31: EBSERH – HU - UFMS 2015 Advogado (banca AOCP) 
Fragmento do texto: “Essa gordura obriga o pâncreas a produzir cada 
vez mais insulina para que a glicose consiga entrar nas células. Esse excesso 
estimula uma série de mudanças no metabolismo, como aumento da pressão arterial 
e das taxas de colesterol no sangue”, explica Carlos Alberto Machado, 
diretor da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Portanto, o ganho de peso pode 
significar o aumento da gordura visceral e, consequentemente, do risco de 
diabetes tipo 2. 
“Portanto, o ganho de peso pode significar o aumento da gordura visceral e, 
consequentemente, do risco de diabetes tipo 2.” 
 
O termo destacado no excerto acima expressa 
 
(A) condição. (B) conclusão. (C) finalidade. 
(D) concessão. (E) conformidade. 
Comentário: A conjunção “Portanto” só pode ter valor conclusivo. Assim, a 
alternativa correta é a (B). 
Gabarito: B 
 
Questão 32: EBSERH – HUCAM - UFES 2014 Assistente Administrativo (banca AOCP) 
Educação, sim, obrigado 
 
Bruna Fasano 
 
Olhar para a cidade como se ela fosse nossa é o primeiro passo para 
aprender a cuidar dela. Em um ambiente degradado e sujo, que não 
reconhecemos como nosso, tornamo -nos mais violentos – com quem está ao 
redor e com os lugares. “Quando as pessoas entram em um ambiente 
malcuidado e deteriorado, elas têm uma percepção de que ali não há dono, de 
que o caos domina, e por isso tendem a agir de maneira mais primitiva, menos 
cuidadosa, desrespeitando rotineiras regras de boa convivência”, 
explica Marcelo Carvalho, professor de Filosofia da Universidade Federal de 
São Paulo (Unifesp). 
É por isso que temos a impressão de que, quanto mais descuidado for o 
ambiente, com lixo acumulado, estrutura danificada, pior as pessoas se 
comportarão. Zelar pelo espaço público, mantê -lo limpo e organizado é o 
primeiro passo para inibir ações de vandalismo. “Quando uma pessoa entra 
em um local asseado, organizado, passa a respeitar e considerar o seu 
entorno e os outros”, afirma Carvalho. 
Em “...e por isso tendem a agir de maneira mais primitiva, menos 
cuidadosa...”, a expressão destacada 
 
(A) estabelece uma comparação entre diferentes ambientes. 
 
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(B) introduz a consequência do que foi exposto anteriormente. 
(C) apresenta a conclusão a que chega a autora sobre o assunto. 
(D) estabelece um contraste entre as atitudes adotadas pelas pessoas. 
(E) acrescenta um argumento para a manutenção da ideia principal. 
Comentário: O conectivo “por isso” tem valor conclusivo, isto é, transmite a 
ideia de resultado, de efeito, de consequência de alguma informação anterior. 
Assim, você ficaria na dúvida em relação às alternativas (B) e (C). 
Mas fica fácil perceber que a alternativa (C) está errada, haja vista que a 
expressão “por isso” não transmite a conclusão da autora, mas a explicação 
de Marcelo Carvalho, professor de Filosofia da Universidade Federal de São 
Paulo (Unifesp). 
Por isso, a alternativa correta é a (B). 
Gabarito: B 
 
5) Explicativas: 
 
______________________, pois ____________________. (explicativa) 
 
oração inicial oração coordenada sindética 
 
 
Período composto por coordenação 
As conjunções coordenativas explicativas iniciam termo que esclarece 
uma declaração anterior ou ameniza uma ordem. 
As principais conjunções são: 
 
porque, pois(anteposto ao verbo), porquanto, que. 
 
As conjunções de causa também podem ter valor de explicação. Assim, é 
natural a banca pedir para substituir essas conjunções explicativas por 
“uma vez que”, “já que”, etc. Reconheceremos a seguir as conjunções. 
 
Podem-se dividir as orações coordenadas explicativas em duas: 
 
a) Esclarecimento de uma informação anterior: 
 
Ele deve ter chorado muito, porque os olhos estão inchados. 
Choveu muito, pois o chão está alagado. 
Joana está mesmo cansada, porquanto pediu desconto em férias. 
 
A vírgula neste caso é facultativa. 
b) Amenização de uma ordem: 
 
Estudem, que o concurso não é fácil. 
Tranque a porta, pois tem havido muito assalto aqui. 
 
A vírgula neste caso é obrigatória, pois mudamos a entonação em cada 
oração. A primeira oração expressa uma ordem; a segunda, uma explicação. 
 
Tem sido cobrada nas provas a inserção da conjunção coordenativa 
explicativa com a retirada de ponto final ou dois-pontos. Mas, para isso, deve-
se entender SEMPRE o valor semântico da oração no texto. Veja os exemplos: 
 
Ele não foi à casa dos pais. Sua aparência de esgotamento os preocuparia. 
 
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Pode-se substituir o ponto final pela conjunção “pois”, desde que o 
vocábulo “Sua” mude a inicialmaiúscula para minúscula. Veja: 
 
Ele não foi à casa dos pais pois sua aparência de esgotamento os 
preocuparia.(Note que a vírgula antes da conjunção “pois” é facultativa.) 
 
Esta mesma estrutura poderia ser separada por dois-pontos. Veja: 
 
Ele não foi à casa dos pais: sua aparência de esgotamento os preocuparia. 
 
Finalizando, as orações coordenadas aqui vistas são chamadas de 
independentes. Isso porque geralmente elas não dependem de outra para 
fazer sentido. 
 
Por esse motivo, muitas vezes podemos unir períodos simples e um 
único período composto e vice-versa. 
 
Questão 33: Prefeitura Pinhais-PR Assistente Social (banca AOCP) 
Observe o seguinte enunciado: 
 
“Se você quer brigar 
E acha que com isso estou 
sofrendo Se enganou meu bem 
Pode vir quente que eu estou fervendo.” 
Qual a função da palavra “que” na última linha? 
 
a) A função é explicativa. 
c) A função é aditiva. 
e) A função é aumentativa. 
 
b) A função é conclusiva. 
d) A função é adversativa. 
 
Comentário: Note que a palavra “que” pode ser substituída por “pois”, 
“porque” e “porquanto”. Assim, ela possui o valor coordenativo explicativo. 
Gabarito: A 
 
Questão 34: Prefeitura N S Socorro – 2011 – Contador (banca AOCP) 
“O conceito de destino sofisticou-se com o tempo. Ele se tornou fundamental 
para a filosofia e a religião. E continua até hoje. Tanto que uma das doutrinas 
mais antigas sobre o assunto ainda está em voga: a do carma, elaborada há 
pelo menos 3 mil anos na Índia.” 
 
A expressão tanto que, empregada no fragmento acima, 
 
(A) introduz uma relação de conformidade com a oração anterior. 
(B) é empregada para reforçar o conteúdo expresso anteriormente. 
(C) estabelece relação de contraste com o conteúdo precedente. 
(D) apresenta um argumento conclusivo para o conteúdo anterior. 
(E) retoma o conteúdo anterior e estabelece relação de adição. 
Comentário: A expressão “uma das doutrinas mais antigas sobre o assunto 
ainda está em voga” confirma que o conceito de destino continua até hoje. 
Assim, a expressão “Tanto que” inicia um período coordenado explicativo, 
o qual confirma, corrobora, reforça a informação do período “E continua 
até hoje”. Por esse motivo, a alternativa correta é a (B). 
Gabarito: B 
 
 
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Comentários do autor/orações parentéticas 
 
Além das orações coordenadas, também são estruturas independentes 
as orações intercaladas. Elas não fazem parte do grupo de orações 
coordenadas, pois são inserções feitas pelo autor, com desprendimento 
sintático, por isso podem ser separadas por vírgula, travessão ou 
parênteses. Essa estrutura é também chamada de expressão parentética ou 
comentário do autor e transmite certos valores semânticos: 
 
a) advertência: esclarece um ponto que o falante julga necessário: 
 
Em 1945 – isto aconteceu no dia do meu aniversário – conheci um 
dos meus melhores amigos. 
 
b) opinião: o falante aproveita a ocasião para opinar: 
 
D. Benta (malvada que era) dizia que a sua doença impedia a 
brincadeira da garotada. 
 
c) desejo: o falante aproveita a ocasião para 
exprimir um desejo, bom ou mau: 
 
José – Deus o conserve assim! – conquistou o 
primeiro lugar da classe. 
 
d) escusa: o falante se desculpa: 
 
“Pouco depois retirou-se: eu fui vê-la descer as 
escadas, e não sei por 
 
que fenômenos de 
ventriloquismo cerebral 
(perdoem-me os filósofos 
essa 
frase bárbara) murmurei comigo...” 
 
e) permissão: o falante solicita algo: 
 
Meu espírito (permita-me aqui uma comparação 
de criança), meu espírito era naquela ocasião uma 
espécie de peteca.” (Machado de Assis) 
 
f) ressalva: 
o falante faz uma 
limitação à generalidade de um enunciado: 
 
Ele, que eu saiba, nunca veio aqui. 
“Cobiça de cátedras e borlas que, diga-se de passagem, Jesus Cristo 
repreendeu severamente aos fariseus.” 
 
Os livros, pode-se bem dizer, são o alimento do espírito. 
 
g) esclarecimento, síntese ou conclusão do que foi enunciado: 
 
“– A razão é clara: achava a sua conversação menos insossa que a dos 
outros homens.” (Machado de Assis) 
“Não era desgosto: era cansaço e vergonha” (Cochat Osório) 
“Eu em sua igreja não mando: só assisto e apoio” (S. de Mello Breyner 
Andressen) 
 
 
Questão 35: Detran 2013 – Assistente de Trânsito (banca FGV) 
“A comunicação é uma arma poderosa na batalha cotidiana pela queda dos 
 (Ca
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números de acidentes, servindo ao mesmo tempo como instrumento de 
educação e conscientização. Campanhas de mobilização pelo uso de cinto de 
segurança, das práticas positivas na direção, da não utilização de bebidas 
alcoólicas ao dirigir, do uso da faixa de pedestres, entre outras, são 
comprovadamente eficientes”. 
No caso desse segmento do texto, o segundo período, em relação ao primeiro, 
funciona como 
 
(A) retificação do que foi dito anteriormente. 
(B) explicação de um dos termos anteriores. 
(C) exemplificação de campanhas educativas. 
(D) citação de casos motivadores de acidentes graves. 
(E) enumeração de novas campanhas a serem feitas. 
Comentário: Veja que o segundo período inicia-se com a palavra 
“Campanhas”. Assim, essas campanhas “de mobilização pelo uso de cinto 
de segurança”, “das práticas positivas na direção”, “da não utilização de 
bebidas alcoólicas ao dirigir”, “do uso da faixa de pedestres” são os exemplos 
de instrumentos de educação e conscientização, mencionados na afirmação 
anterior. 
Gabarito: C 
 
Questão 36: Câmara Municipal de Recife 2014 – Analista (banca FGV) 
Galileu, maio 2009 
 
“Alguns alimentos têm as características modificadas quando entram em 
contato com o ar porque ocorre uma troca de umidade. Os pães ficam duros 
porque têm muita água, e os biscoitos amolecem devido ao fato de quase não 
levarem água”. 
Em relação ao primeiro período do texto, o segundo período funciona como: 
 
(A) oposição a uma afirmação anterior; 
(B) retificação de algo afirmado; 
(C) repetição, em outras palavras, de algo já dito; 
(D) exemplificação de um fato; 
(E) explicação de um conceito. 
Comentário: Observe que o segundo período apresenta exemplos de alguns 
alimentos que têm características modificadas quando entram em contato 
com o ar, como “pães” e “biscoitos”. 
Assim, a alternativa (D) é a correta. 
Talvez você ficasse na dúvida entre as alternativas (C) e (E), porém 
deve observar que o segundo não repetiu as informações com outras 
palavras, não se quis reproduzir a informação anterior por meio de sinônimos. 
Na alternativa (E), veja que não houve conceito no primeiro período, mas apenas 
uma afirmação. Um exemplo de conceito seria: “Alimentos são todas 
 
as substâncias e proteínas utilizadas pelos seres vivos como fontes de 
energia.”. Além disso, vê-se que não houve uma simples explicação, mas 
exemplos como confirmação da informação anterior. 
Gabarito: D 
 
 
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Questão 37: Prefeitura Uberlândia-SP 2012 Advogado (banca Consulplan) 
Fragmento do texto: Proteção, sim; violação de privacidade, não. Esse é o 
desejo dos consumidores brasileiros que navegam na Internet. E esse é o 
mote – mais que o mote, o alerta – que orienta a campanha lançada pelo 
Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) na última terça-feira, 
contra o Projeto de Lei 84/99, que trata de crimes cibernéticos. 
O uso de travessões no parágrafoacima indica 
 
A) uma citação textual. 
B) introdução de uma enumeração. 
C) dúvida e hesitação referentes às ideias do texto. 
D) atribuição de expressividade ao trecho que eles separam. 
E) destaque de palavras não características da linguagem padrão. 
Comentário: O trecho entre travessões é um comentário à parte do autor, o qual 
tem como finalidade intensificar o sentido do vocábulo “mote”. Assim, 
entendemos que houve uma nova atribuição de expressividade ao trecho “E 
esse é o mote ... que orienta a campanha lançada pelo Instituto Brasileiro de 
Defesa do Consumidor (Idec) na última terça-feira, contra o Projeto de Lei 
84/99, que trata de crimes cibernéticos.” 
Por isso, a alternativa (D) é a correta. 
Gabarito: D 
 
Questão 38: Prefeitura Riachuelo 2010 Aux. Adm. (banca Consulplan) 
Fragmento do texto: O povo da cidade, que é o propriamente civilizado – 
porque civilização significa, essencialmente, viver na cidade –, é feito de 
gente sem cara, descaracterizada. Gente que perdeu a noção de suas origens, 
esqueceu suas tradições, e que se deixa levar por qualquer novidade; seja um 
sacerdote milagreiro, seja um programa de televisão. Sua qualidade principal 
é a sua inconstância. Estão sempre mudando os seus modos e as suas modas. 
No trecho “O povo da cidade, que é o propriamente civilizado – porque 
civilização significa, essencialmente, viver na cidade – , é feito de gente sem 
cara, descaracterizada.” O duplo travessão (− −) foi utilizado para: 
A) Indicar que parte de uma citação foi omitida. 
B) Dar ênfase ou destaque ao termo intercalado. 
C) Marcar mudança de interlocutor no diálogo. 
D) Isolar expressões populares. 
E) Separar itens de numeração. 
Comentário: A oração “porque civilização significa, essencialmente, viver na 
cidade” é coordenada sindética explicativa. Normalmente não se intercala 
oração coordenada. Neste caso, fazemos a interpretação de que o autor 
inseriu um comentário explicativo para nortear o leitor a respeito do vocábulo 
“civilização”. 
Assim, como houve a inserção do comentário do autor, este trecho pode 
ficar separado por dupla vírgula, duplo travessão ou parênteses. 
Gabarito: B 
 
 
 
 
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O que devo tomar nota como mais importante? 
 
Esquema do período composto por coordenação 
 
______________________ e ____________________. (aditiva) 
 
______________________, mas _________________. (adversativa) 
 
______________________ ou ___________________. (alternativa) 
 
______________________, portanto ______________. (conclusiva) 
 
______________________, pois _________________. (explicativa) 
 
oração inicial oração coordenada sindética 
 
 
Período composto por coordenação 
 
Principais conjunções e seus valores semânticos (coordenadas) 
 
1) Aditivas:e, nem, tampouco, não só...mas também, não só...como 
também, senão também, tanto...como. 
2) Adversativas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto. 
3) Alternativas: ou, ou...ou, ora...ora, já...já, quer...quer. 
4) Conclusivas: logo, portanto, por conseguinte, pois (colocada depois do 
verbo), por isso, então, assim, em vista disso. 
5) Explicativas: porque, pois(anteposto ao verbo), porquanto, que. 
 
Esquema das possíveis construções da enumeração com divisão interna: 
 
1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2 
____ E_____, ____E____, _________, ____ E ____, _________ e _________. 
 
1 2 3 4 5 6 
1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2 
____ E_____, ____E____, _________, ____ E ____, _________, e _________. 
 
1 2 3 4 5 6 
1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2 
____ E_____; ____E____; _________; ____ E ____; _________ e _________. 
 
1 2 3 4 5 6 
 
 
 
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1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2 
____ E_____; ____E____; _________; ____ E ____; _________; e _________. 
 
1 2 3 4 5 6 
 
Grande abraço!!! 
Professor Terror 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 1: EBSERH – MEAC – HUWC - UFC 2014 Advogado (banca AOCP) 
Em “Acertamos aqui, erramos ali.”, temos 
 
(A) um período composto por duas orações autônomas e independentes em 
que as orações são ligadas por um conectivo. 
(B) um período composto em que a segunda oração exerce função de 
adjetivo em relação à oração principal. 
(C) um período composto por duas orações em que a segunda oração 
funciona como termo essencial da primeira oração. 
(D) um período composto por duas orações em que a segunda oração 
funciona como termo acessório da primeira oração. 
(E) um período composto por duas orações autônomas e independentes em 
que as orações não são ligadas por um conectivo. 
 
Questão 2: EBSERH – HULW - UFPB 2014 Assistente Administrativo (banca AOCP) 
Em “O segredo é conversar, ter comprometimento e não culpar o outro 
por fatores que estão fora de seu controle.”, a vírgula foi empregada para 
 
(A) separar o aposto. 
(B) marcar inversão do adjunto. 
(C) separar elementos de mesmo nível sintático. 
(D) separar oração explicativa. 
(E) dar ênfase à oração que a antecede. 
 
Questão 3: Correios Contador (banca AOCP) 
Em “Tudo no mundo é loucura, exceto a alegria.”, é correto dizer que se 
trata de: 
 
a) Período simples. 
b) Período composto por coordenação. 
c) Período composto por subordinação. 
d) Período composto por coordenação e subordinação. 
 
 
 
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Questão 4: EBSERH – Nacional 2015 Técnico Citopatologia (banca AOCP) 
Em “É leve, elegante, criativo e bem humorado.”, as vírgulas foram 
utilizadas para 
 
(A) separar oração coordenada assindética. 
(B) separar adjunto adverbial antecipado. 
(C) separar elementos que exercem a mesma função sintática. 
(D) isolar aposto. 
(E) isolar vocativo. 
 
Questão 5: EBSERH – HUCAM - UFES 2014 Assistente Administrativo (banca AOCP) 
Em “...por que eles não dividem os brinquedos nem dizem “saúde” quando 
alguém espirra.”, as expressões destacadas, juntas, têm sentido de 
(A) adição. 
(B) explicação. 
(C) conclusão. 
(D) explicação. 
(E) contraste. 
 
Questão 6: Prefeitura de Camaçari 2014 Administrador (banca AOCP) 
Em “...que isso não nos prejudique nem invalide nossas reivindicações”, 
as expressões destacadas estabelecem relação semântica de 
 
(A) contraste. 
(B) negação. 
(C) adição. 
(D) alternância. 
(E) explicação. 
 
Questão 7: Prefeitura de Camaçari 2014 Assistente Administrativo (banca AOCP) 
Em “Não há marcações nem roteiro...”, as expressões destacadas 
estabelecem relação semântica de 
 
(A) causa. 
(B) explicação. 
(C) conclusão. 
(D) adição. 
(E) contraste. 
 
Questão 8: Prefeitura Fundão CE 2014 Assistente de Gestão Pública (banca AOCP) 
No excerto “(...) grande parte dos formados não se sente atraída pela 
profissão e muda de área”, assinale a alternativa correta em relação ao 
período composto apresentado. 
 
(A) A conjunção coordenativa “e” indica adição, sequência de ideias. 
(B) As orações apresentadas no período citado são coordenadas assindéticas. 
(C) O período apresentado é composto somente por subordinação. 
(D) O sujeito do verbo se sente é diferente do sujeito do verbo muda. 
(E) O verbo muda introduz uma oração reduzida de infinitivo. 
 
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Questão 9: Prefeitura CM – 2009 – Bioquímico (banca AOCP) 
Em “Não apenas de contestação, mas de produção cultural alternativa de 
qualidade nos anos 60...”, temos, para as conjunções destacadas, o valor 
semântico de 
 
(A) conclusão. (B) oposição. (C) adição. 
(D) explicação. (E) adversidade.

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