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01/03/2019 Design Thinking
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DESIGN THINKING
Capítulo 1 - O que é design thinking?
Carolina Costa Cavalcanti
 
INICIAR
1. Introdução
Neste capítulo apresentamos o conceito design, “pensamento de design” e de
design thinking. Você também conhecerá o breve histórico do DT, os mindsets da
abordagem e as lentes do desejo, viabilidade e praticabilidade que devem ser
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aplicadas para que a inovação ocorra.
1.1 O conceito de design
Você sabe o que é design? Qual é a relevância do design para a nossa sociedade?
Para responder à pergunta, pense em um exemplo muito prático, que tem afetado
a todos nós nas últimas décadas. Vivenciamos uma revolução tecnológica que
impactou variados aspectos econômicos, sociais e culturais. A popularização dos
smartphones e dispositivos móveis criou facilidades para a vida contemporânea.
Uma representação desta mudança rápida foi postada no primeiro tweet do perfil
do Papa Francisco, o @Pontifex, realizado em 2013, que apresenta duas fotos
tiradas no mesmo local no Vaticano. Na primeira foto, tirada em 2005, durante o
enterro do papa João Paulo II, uma multidão acompanha a cerimônia, sem
dispositivos móveis nas mãos. Na segunda foto, tirada na posse do Papa Francisco,
em 2013, outra multidão acompanha o evento e praticamente todos seguram um
smartphone ou tablet para registrar o momento histórico que estavam vivenciando.
Quando o posto foi feito em 2013, mais de 7 milhões de pessoas postaram tweets
sobre o assunto.
No dia seguinte, 14 de março de 2013, o popular programa de TV aberta Today
Show, da rede americana NBC (NBC NEWS, 2013), divulgou as duas imagens em
sua página do Instagram com a seguinte legenda: “Que diferença 8 anos fazem:
Igreja de São Pedro, em 2005, e ontem.” (confira a publicação original, disponível
no endereço: https://www.instagram.com/p/W2BuMLQLRB/
(https://www.instagram.com/p/W2BuMLQLRB/)).
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Steve Jobs – o fundador da Apple – lançou, em 2007, o iPhone, um celular que
acoplava funcionalidades que, até então, demandavam o uso de variados aparatos
tecnológicos (como telefone, computador, aparelho de som, calculadora, máquina
fotográfica, despertador).
Figura 1 – Registro comparativo entre dois momentos históricos, no Vaticano, evidencia a
popularização da tecnologia. 
Fonte: NBC NEWS, 2013.
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Uma década depois, ainda vale refletir sobre a questão: como foi possível criar
algo tão inovador, criativo, funcional, e que mudou as relações sociais, culturais e
econômicas no contexto mundial?
A resposta é que, a partir de um desafio estratégico , a equipe liderada por Jobs
utilizou o design para identificar necessidades reais dos usuários, compreender
suas expectativas e, a partir da adoção de um processo de criação que valoriza a
prototipagem e o teste de ideias, chegou à criação de uma solução realmente
impactante. É importante destacar que o desafio estratégico desencadeia o
processo de DT e tem algumas características: foca nas pessoas envolvidas no
problema, é abrangente para que sejam identificadas soluções não previsíveis,
mas precisa ser específico para que o tema investigado seja gerenciável (por
exemplo: como ensinar e motivar uma comunidade ribeirinha a praticar a pesca
sustentável?).
VOCÊ SABIA?
Figura 2 – Homenagem da Apple à memória de Steve Jobs (1955-2011), exibida aqui em um iPhone. 
Fonte: Denys Prykhodov, Shutterstock.
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Steve Jobs teve a ideia de criar o iPhone em 2002, ao notar que as pessoas
utilizavam vários dispositivos (como tocador de MP3, celular e palmtop) ao mesmo
tempo. A abordagem adotada na Apple contemplou princípios do design no
processo de criação de um produto inovador (OREINSTEIN, 2017). Para saber mais
sobre o lançamento do iPhone – e as mudanças que ocorreram ao longo dos
últimos 10 anos –, acesse o endereço:
https://www.nexojornal.com.br/expresso/2017/06/29/Os-10-anos-do-iPhone-o-
que-mudou-desde-o-lançamento-da-Apple
(https://www.nexojornal.com.br/expresso/2017/06/29/Os-10-anos-do-iPhone-o-
que-mudou-desde-o-lançamento-da-Apple).
Mas, afinal, o que é design?
Segundo Demarchi, Fornasier e Martins (2011) o conceito de design, geralmente
está vinculado à aparência de um produto. Isso ocorre porque, por muitos anos, as
definições tradicionais da atividade de design estiveram atreladasàs propriedades
formais de objetos e à estética dos produtos. O próprio Steve Jobs aborda esta
visão limitada de design em uma citação no artigo The Guts of a New Machine
(WALKER, 2003), publicado em The New York Times Magazine:
A maioria das pessoas comete o erro de pensar que design é a aparência.
Pensam que é um verniz – que entregam uma caixa aos designers dizendo:
“Deixe bonito!”. Não acreditamos que isso seja design, pois não é só a
aparência, a sensação. Design é a função (WALKER, 2003, s. p.).
Buchanan (1992) tem uma visão semelhante à de Jobs, indicando que o design vai
além da estética, uma vez que é o processo de conceber, planejar e desenvolver
produtos, processos e serviços funcionais que poderão ser usados por seres
humanos enquanto realizam tarefas individuais e coletivas. Para além, Demarchi,
Fornasier e Martins (2011) defendem que o design representa tanto o processo de
fazer alguma coisa, quanto o produto (resultado) deste processo.
Cavalcanti e Filatro (2017) consideram que o design possui quatro dimensões
fundamentais. Clique nas abas a seguir para conhecê-las.
PROFISSÃO
PROCESSO
PRODUTO
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Ainda de acordo com Cavalcanti e Filatro (2017), “pensamento de design” envolve
também capacidade de pensar de forma (clique nos cards abaixo):
Individual e coletiva
Analítica e sintética
Divergente e convergente
MODO DE PENSAR ( MINDSET )
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Qualquer pessoa que façaparte de uma equipe que desenvolva projetos a partir da
abordagem do design thinking irá adotar o pensamento de design durante o
processo.
Agora que você reconhece a ampla abrangência do conceito de design, já está
preparado para compreender o conceito de design thinking – assunto do tópico a
seguir.
Materializada e experimental
1.2 O conceito de design thinking
O design thinking (DT) é uma abordagem humanista decriatividade, solução de
problemas e inovação. É centrada no ser humano, pois enfoca a compreensão
profunda e empática do desejo, das necessidades e expectativas das pessoas
envolvidas em uma situação específica que estejasendo analisada.
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A tradução literal do inglês para o termo design thinking é pensamento do design,
que, conforme você viu anteriormente, indica apenas uma dimensão do DT no que
se refere ao uso do modo de pensar (mindsets) dos designers para promover a
criatividade, colaboração e cocriação na busca por soluções relevantes e
inovadoras. O DT surgiu inclusive para promover que o “pensamento do design”
seja adotado por pessoas que não são necessariamente designers (com formação
acadêmica para exercer a profissão). O DT, entretanto, não se limita à adoção do
pensamento do design, uma vez se trata de uma abordagem ativa e composta por
um processo que envolve, entre outros aspectos, a observação de variadas
realidades, a pesquisa, a criação de soluções, a prototipagem e a implementação
das melhores soluções criadas.
Assim, o DT é composto por um processo, mindsets e métodos que, segundo
Brown (2010), tem propiciado bons resultados na criação inovadora de produtos,
processos, modelos e serviços. Clique na figura a seguir e veja os principais
elementos da abordagem:
Figura 3 – Principais elementos do design thinking. 
Fonte: Elaborada pela autora, 2017.
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A adoção do DT estimula a criatividade, a intuição, a geração de ideias, além dapossibilidade de tornar as soluções criadas visíveis (em protótipos) e testáveis.
1.3 O breve histórico do design thinking
Podemos traçar o surgimento do termo design thinking a partir da ótica de dois
campos: Design e Administração. No entanto, cabe destacar que estas visões são
contrastantes.
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No campo do Design, autores como Herbert A. Simon (1969; 1981) e Donald Schön
(1983) foram os primeiros a publicar obras que discutem o explicam como os
designers pensam, ou seja, o pensamento do design. Entretanto, foi Peter Rowe
que, em 1987, lançou o livro Design Thinking, no qual se dedica a um relato sobre o
processo, os métodos e as estratégias adotadas por arquitetos e urbanistas para
resolver problemas complexos de forma criativa.
Peter G. Rowe é professor de Arquitetura e Design Urbano da Raymond Garbe e Decano na Faculdade
de Design da Universidade de Harvard, onde ensinou desde 1985. As pesquisas e a consultoria de Rowe
incluem assuntos relacionados à interpretação e design cultural, bem como às questões de
desenvolvimento econômico, conservação histórica, provisão de habitação e sustentabilidade de
recursos. Autor de Design Thinking (1987), Rowe publicou outros 14 livros, além de inúmeros artigos.
Para saber mais sobre a vida e a obra de Peter Rowe, acesse o endereço:
http://www.gsd.harvard.edu/person/peter-rowe (http://www.gsd.harvard.edu/person/peter-rowe).
Dois anos depois, Klaus Krippendorff (1989) cunhou o termo design centrado no
ser humano (o conceito é conhecido pela sigla HCD , do termo em inglês Human
Centered Design). Sua preocupação era entender como as pessoas interpretam e
convivem com aquilo que um designer projeta: um artefato (ou seja, serviços,
identidades, produtos tangíveis, soluções, marcas etc.).
O HCD busca a compreensão dos desejos, das necessidades e expectativas das
pessoas envolvidas no problema analisado e também como usam um artefato
criado por um ou mais designers. Relembrando o que você estudou nos tópicos
anteriores, essas pessoas – ou as partes interessadas – são denominadas
stakeholders (termo em inglês). Outra questão que o HCD sinaliza, e deve
considerada, é o significado que as pessoas atribuem a um artefato uma vez que
cada indivíduo pode vivenciar experiências complemente diferentes ao utilizar um
produto, serviço, processo ou qualquer outra criação.
VOCÊ O CONHECE?
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A partir da compreensão dos princípios fundamentais do HCD, é possível criar
soluções centradas conforme o público-alvo (clientes, usuários, alunos,
colaboradores etc.). Princípios do HCD, como o envolvimento de representantes
dos stakeholders e o entendimento do significado atribuído a uma solução
projetada, podem ser identificados no processo, nos mindsets e métodos do DT.
Autores do campo da Administração, como Brown (2008) e Nitzsche (2011), por
sua vez, defendem que o DT nasceu na Universidade Stanford e foi disseminado
pela empresa de inovação IDEO no início dos anos 2000.
Tudo começou nos anos 1960, quando a disciplina Design de Produtos foi
ministrada pelo professor John Arnold, na Escola de Engenharia Mecânica da
Universidade de Stanford. Conforme indica Stuber (2012), foram formadas turmas
interdisciplinares e compostas por alunos de Engenharia e Artes. O objetivo era
que esses estudantes resolvessem problemas complexos enquanto aprendiam a
articular o pensamento analítico (característico dos engenheiros) e o pensamento
Figura 4 – A Stanford University, em Palo Alto (EUA), é considerada o berço do DT. 
Fonte: achinthamb, Shutterstock.
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intuitivo (característico dos artistas). A disciplina evoluiu nas décadas seguintes e,
atualmente, ainda é ofertada na universidade – seu principal enfoque é o design
thinking e a solução de problemas, com ênfase em artes, tecnologia e negócios.
Em 2000, o designer David Kelley, ex-coordenador do curso de Engenharia Mecânica de Stanford e
fundador da empresa de inovação IDEO, disseminou nos Estados Unidos, por meio do popular
programa de TV aberta, Nightline, uma abordagem de inovação à qual chamou de design thinking. Para
assistir ao episódio Carrinho de compras – inovação, acesse o endereço:
https://www.youtube.com/watch?v=QkfC4p0o7Lc (https://www.youtube.com/watch?v=QkfC4p0o7Lc).
A partir de bons resultados do uso do DT disseminados pela IDEO na pessoa de
Tim Brown (CEO), em pouco tempo, a abordagem começou a ser adotada por
empresas, instituições e organizações em todo o mundo (BROWN, 2010). A partir
de 2008, publicou livros e artigos sobre o tema, propagando a metodologia do DT.
CASO
Brown apresenta no livro Change by Design (2009) um caso real da adoção
do DT pela Shimano – uma empresa de bicicletas japonesa que é líder na
produção de bicicletas profissionais de corrida e do segmento de
mountain bike. A empresa tinha como desafio criar um produto destinado
ao usuário americano que usa bicicletas casualmente, para lazer. Em
parceria com a IDEO, a Shimano usou o DT para entender a visão dos
americanos sobre bicicletas. Neste processo descobriu que a maioria dos
americanos tem boas memórias sobre a época em que andavam de
bicicleta na infância. Entretanto, muitos disseram que se sentem
intimidados pelo ciclismo por vários motivos, como a segurança das ruas
e a tecnologia incorporada às bicicletas. Assim a Shimano e IDEO criaram
a linha de bicicletas Coasting, que visa levar os americanos a vivenciarem
a experiência de andar de bicicleta, como faziam na infância, mas que ao
mesmo tempo lida com as questões relacionadas ao ciclismo que
incomodam os usuários finais. Assim, as bicicletas da linha Coasting são
VOCÊ QUER VER?
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simples e divertidas de usar. Além disso, astecnologias incorporadas ao
produto para a mudança automática de marcha ficam bem escondidas. O
projeto foi premiado em 2008 pelo International Design Excellence Award
(Prêmio Internacional de Excelência em Design).
Em 2004, alguns professores de Stanford, dentre eles David Kelley, foram
incumbidos de fundar uma escola em Stanford que disseminasse a abordagem de
design adotada até então somente na disciplina Design de Produtos. Foi assim que
surgiu a d.School (Hasso Platter Institute of Design at Stanford), que oferece
disciplinas eletivas para alunos da universidade. Além disso, mantém três
programas paralelos criados para o público externo: capacitação de executivos,
treinamento de educadores para uso do DT no ensino fundamental e para uso do
DT no empreendedorismo social. Atualmente, os programas da d.School são
alguns dos mais procurados em Stanford.
Para divulgar o DT, a d.School publicou, em sua página da web, o Bootcamp
Bootleg , material que descreve metodologia e métodos do DT adotados na escola
e que podem ser aplicados por equipes que desejem utilizar a abordagem
enquanto desenvolvem um projeto (D.SCHOOL, 2011). A IDEO, por sua vez,
disponibiliza em seu site o Human Centered Design (HCD) – Toolkit . O nome do
material da IDEO (HCD) indica que os princípios delineados por Krippendorff (1989)
direcionam a proposta metodológica de DT disseminada no material.
O HCD – Human Centered Design: Kit de Ferramentas descreve o processo e os métodos de DT que podem
direcionar o trabalho de design thinkers enquanto visam criar soluções inovadoras. O documento
original, em inglês, está disponível em: http://www.ideo.com/work/human-centered-design-toolkit
(http://www.ideo.com/work/human-centered-design-toolkit). Para ler a versão em português, acesse o
endereço: http://brazil.enactusglobal.org/wp-content/uploads/sites/2/2017/01/Field-Guide-to-Human-
Centered-Design_IDEOorg_Portuguese-73079ef0d58c8ba42995722f1463bf4b.pdf
(http://brazil.enactusglobal.org/wp-content/uploads/sites/2/2017/01/Field-Guide-to-Human-
Centered-Design_IDEOorg_Portuguese-73079ef0d58c8ba42995722f1463bf4b.pdf).VOCÊ QUER LER?
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Nos tópicos seguintes, você conhecerá os aspectos fundamentais que devem ser
considerados para desenvolver um projeto a partir da perspectiva do design
thinking: os mindsets e as lentes do DT.
1.4 Os mindsets do DT
Conforme você viu nos tópicos anteriores, mindset é o modo de pensar que deve
ser adotado por design thinkers enquanto desenvolvem um projeto. O Bootcamp
Bootleg de Stanford (D.SCHOOL, 2011) indica que, enquanto uma equipe trabalha
de forma colaborativa adotando o processo e métodos do DT, é fundamental que
cada membro pense e aja de acordo com os mindsets representados a seguir
(clique nas setas):
 
A seguir, você conhecerá o significado e as aplicações das lentes do DT – assunto
que finalizará o estudo deste capítulo.
Focar em valores humanos – um bom design depende do envolvimento
empático dos design thinkers na realidade e no contexto analisados.
Assim, ouvir e receber feedback dos stakeholders é fundamental para a
criação de uma solução.
1.5 As lentes do DT
O uso do DT ajuda a transformar desafios em soluções inovadoras centradas no
ser humano. Entretanto, um deles reside no fato de que todas as soluções criadas
devem seravaliadas a partir das três lentes do DT: desejo, praticabilidade e
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viabilidade. A figura apresentada a seguir indica que as soluções inovadoras
criadas a partir do trabalho colaborativo com DT devem contemplar essas três
lentes. Clique sobre as áreas indicadas na imagem:
 
Figura 5 – As lentes do DT favorecem a criação de soluções inovadoras. 
Fonte: IDEO, 2009, p. 6.
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Referências bibliográficas
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(https://www.youtube.com/watch?v=QkfC4p0o7Lc). Acessoem: 09/12/2017.
BROWN, Tim. Design thinking: uma metodologia poderosa para decretar o fim das
velhas ideias. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
______. Change by Design: How Design Thinking Transforms Organizations and
Inspires Innovation. EUA: HarperCollins, 2009.
O trabalho colaborativo com DT sempre parte da aplicação da primeira lente: o
desejo – aquilo que as pessoas querem, precisam e/ou esperam. Em seguida, é
preciso perguntar: a solução criada para atender o desejo é praticável técnica,
funcional e organizacionalmente? Por fim, a solução é financeiramente viável?
Com isso, os filtros do DT são aplicados e ajudam a equipe a considerar quais
soluções criadas efetivamente terão um impacto positivo no contexto analisado.
Síntese do capítulo
Finalizamos este estudo introdutório, que apresentou os conceitos de design e de
design thinking. Além disso, neste capítulo você teve a oportunidade de:
conhecer o histórico do DT;
entender que existem perspectivas diferentes da gênese da abordagem que
advém do campo do Design e da Administração;
identificar os mindsets que devem ser adotados por design thinkers enquanto
adotam o DT em um projeto;
conhecer as lentes do desejo, viabilidade e praticabilidade que, quando
aplicadas às soluções criadas, ajudam na avaliação da qualidade das
soluções propostas.
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