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Voleibol: Aspectos Pedagógicos

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Autora: Profa. Luciana Perez Bojikian
Colaboradores: Profa. Vanessa Santhiago
 Prof. Marcel da Rocha Chehuen
Voleibol: Aspectos 
Pedagógicos e 
Aprofundamentos
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Professora conteudista: Luciana Perez Bojikian
Natural de São Paulo, foi atleta de voleibol dos 13 aos 20 anos de idade. É formada em Educação Física pela Escola 
de Educação Física e Esporte da USP, onde fez sequência da pós-graduação lato sensu em voleibol.
Em 2004, concluiu o mestrado sob o título: Características Cineantropométricas de Jovens Atletas de Voleibol 
Feminino e o doutorado, em 2013, com o título: Processo de Formação de Atletas de Voleibol Feminino.
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou 
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem 
permissão escrita da Universidade Paulista.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
B685v Bojikian, Luciana Perez.
Voleibol: aspectos pedagógicos e aprofundamentos. / Luciana 
Perez Bojikian. – São Paulo: Editora Sol, 2018.
132 p., il.
Nota: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e 
Pesquisas da UNIP, Série Didática, ano XXIV, n. 2-051/18, ISSN 1517-9230.
1. Voleibol. 2. Aspectos pedagógicos. 3. Educação física. I. Título.
CDU 796.32
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Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Prof. Fábio Romeu de Carvalho
Vice-Reitor de Planejamento, Administração e Finanças
Profa. Melânia Dalla Torre
Vice-Reitora de Unidades Universitárias
Prof. Dr. Yugo Okida
Vice-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa
Profa. Dra. Marília Ancona-Lopez
Vice-Reitora de Graduação
Unip Interativa – EaD
Profa. Elisabete Brihy 
Prof. Marcelo Souza
Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar
Prof. Ivan Daliberto Frugoli
 Material Didático – EaD
 Comissão editorial: 
 Dra. Angélica L. Carlini (UNIP)
 Dra. Divane Alves da Silva (UNIP)
 Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR)
 Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT)
 Dra. Valéria de Carvalho (UNIP)
 Apoio:
 Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD
 Profa. Betisa Malaman – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos
 Projeto gráfico:
 Prof. Alexandre Ponzetto
 Revisão:
 Kleber Nascimento de Souza
 Ana Fazzio
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Sumário
Voleibol: Aspectos Pedagógicos e Aprofundamentos
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................................9
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................ 10
Unidade I
1 HISTÓRICO DO VOLEIBOL E SUA CARACTERIZAÇÃO COMO MODALIDADE ESPORTIVA ..... 11
1.1 Como o voleibol foi criado ............................................................................................................... 11
1.2 A trajetória de sucesso do voleibol brasileiro ........................................................................... 13
1.3 Características do voleibol e suas regras básicas .................................................................... 15
1.3.1 Caracterização do voleibol com modalidade esportiva .......................................................... 15
1.3.2 Regras básicas do voleibol .................................................................................................................. 16
1.3.3 Regras adaptadas .................................................................................................................................... 22
1.3.4 Voleibol adaptado para idosos .......................................................................................................... 22
1.3.5 Voleibol sentado ...................................................................................................................................... 22
1.3.6 Voleibol de praia ...................................................................................................................................... 23
2 UTILIZAÇÃO DO VOLEIBOL COMO FERRAMENTA PARA CONTRIBUIÇÃO AO 
DESENVOLVIMENTO INTEGRAL DO ALUNO .............................................................................................. 23
3 A EXECUÇÃO DAS TÉCNICAS DO VOLEIBOL .......................................................................................... 25
3.1 Posição de expectativa ou posição básica.................................................................................. 25
3.2 Deslocamentos ...................................................................................................................................... 25
3.3 Toque de bola por cima ..................................................................................................................... 26
3.4 Manchete ................................................................................................................................................. 28
3.5 Saque ......................................................................................................................................................... 29
3.5.1 Saque por baixo ....................................................................................................................................... 29
3.5.2 Saque por cima ........................................................................................................................................ 30
3.5.3 Saque por cima com rotação da bola............................................................................................. 30
3.5.4 Saque por cima sem rotação da bola – flutuante ..................................................................... 31
3.6 Cortada ..................................................................................................................................................... 32
3.7 Largada ..................................................................................................................................................... 35
3.8 Bloqueio ................................................................................................................................................... 36
3.9 Defesa ....................................................................................................................................................... 38
3.10 Rolamento ............................................................................................................................................ 38
3.11 Mergulhos ............................................................................................................................................. 38
4 IDADE IDEAL PARA O ENSINO DAS TÉCNICAS..................................................................................... 39
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Unidade II
5 MÉTODO BOJIKIAN PARA O ENSINO DAS TÉCNICAS DO VOLEIBOL ............................................ 45
5.1 Apresentação da habilidade motora ............................................................................................ 46
5.2 Sequência pedagógica ....................................................................................................................... 46
5.3 Exercícios educativos e/ou formativos ........................................................................................ 475.4 Automatização ...................................................................................................................................... 48
5.5 Aplicação.................................................................................................................................................. 49
5.6 O processo progressivo-associativo .............................................................................................. 50
6 O ENSINO DAS HABILIDADES MOTORAS ESPECÍFICAS DO VOLEIBOL ........................................ 51
6.1 O ensino da posição de expectativa e da movimentação (ou deslocamentos) .......... 51
6.1.1 Sequência pedagógica .......................................................................................................................... 51
6.1.2 Exercícios educativos e/ou formativos ........................................................................................... 52
6.1.3 Automatização ......................................................................................................................................... 53
6.1.4 Aplicação .................................................................................................................................................... 54
6.2 O ensino do toque de bola por cima ............................................................................................ 55
6.2.1 Sequência pedagógica .......................................................................................................................... 55
6.2.2 Exercícios educativos e formativos ................................................................................................. 56
6.2.3 Automatização ......................................................................................................................................... 57
6.2.4 Aplicação .................................................................................................................................................... 59
6.3 O ensino da manchete ....................................................................................................................... 61
6.3.1 Sequência pedagógica .......................................................................................................................... 61
6.3.2 Exercícios educativos e/ou formativos ........................................................................................... 62
6.3.3 Automatização ......................................................................................................................................... 63
6.3.4 Aplicação .................................................................................................................................................... 64
6.4 O ensino do saque por baixo ........................................................................................................... 66
6.4.1 Sequência pedagógica .......................................................................................................................... 66
6.4.2 Exercícios educativos e/ou formativos ........................................................................................... 66
6.4.3 Automatização ......................................................................................................................................... 67
6.4.4 Aplicação .................................................................................................................................................... 67
6.5 O ensino do saque por cima ............................................................................................................ 68
6.5.1 Sequência pedagógica .......................................................................................................................... 69
6.5.2 Exercícios educativos e/ou formativos ........................................................................................... 69
6.5.3 Automatização ......................................................................................................................................... 70
6.5.4 Aplicação .................................................................................................................................................... 70
6.6 O ensino da cortada ............................................................................................................................ 70
6.6.1 Sequência pedagógica .......................................................................................................................... 71
6.6.2 Exercícios educativos e/ou formativos ........................................................................................... 72
6.6.3 Automatização ......................................................................................................................................... 74
6.6.4 Aplicação .................................................................................................................................................... 75
6.7 O ensino do bloqueio .......................................................................................................................... 76
6.7.1 Sequência pedagógica .......................................................................................................................... 76
6.7.2 Exercícios educativos e/ou formativos ........................................................................................... 77
6.7.3 Automatização ......................................................................................................................................... 78
6.7.4 Aplicação .................................................................................................................................................... 78
6.8 O ensino da defesa em pé ................................................................................................................. 79
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6.9 O ensino do rolamento ...................................................................................................................... 81
6.9.1 Sequência pedagógica .......................................................................................................................... 81
6.9.2 Exercícios educativos e formativos ................................................................................................. 81
6.9.3 Automatização ......................................................................................................................................... 82
6.9.4 Aplicação .................................................................................................................................................... 82
6.10 O ensino do mergulho ..................................................................................................................... 83
6.10.1 Sequência pedagógica ....................................................................................................................... 83
6.10.2 Exercícios educativos e/ou formativos ........................................................................................ 83
6.10.3 Automatização ...................................................................................................................................... 84
6.10.4 Aplicação .................................................................................................................................................. 84
Unidade III
7 A TÁTICA NO VOLEIBOL ................................................................................................................................. 88
7.1 Os sistemas de jogo .............................................................................................................................89
7.1.1 Sistema 6x6 ou 6x0................................................................................................................................ 89
7.1.2 Sistema 3x3: três atacantes e três levantadores ....................................................................... 90
7.1.3 Sistema 4x2: quatro atacantes e dois levantadores ................................................................. 90
7.1.4 Sistema 5x1: cinco atacantes e um levantador ......................................................................... 94
7.1.5 6x2: seis atacantes e dois levantadores......................................................................................... 96
7.1.6 Qual o sistema de jogo mais indicado para equipes principiantes? .................................. 97
8 FORMAÇÕES TÁTICAS .................................................................................................................................... 98
8.1 Formações ofensivas ........................................................................................................................... 99
8.2 Formações para recepção de saque ............................................................................................100
8.2.1 Formação para recepção de saque com cinco jogadores ou formação em “W” .........101
8.2.2 Formação para recepção de saques com quatro jogadores ................................................105
8.2.3 Formação para recepção de saques com três jogadores ......................................................106
8.2.4 Formação para recepção de saques com dois jogadores .....................................................106
8.3 Formações para a proteção ao ataque ......................................................................................107
8.4 Formações defensivas .......................................................................................................................109
8.5 Método de ensino das formações táticas ................................................................................116
8.6 A atuação do professor/técnico em competições .................................................................118
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APRESENTAÇÃO
A disciplina trata do estudo das habilidades motoras específicas do voleibol, dos parâmetros 
importantes para a montagem e direção de equipes de nível escolar ou iniciante, e dos processos 
metodológicos para seu ensino e aplicação, de forma que possam ser utilizados pelos futuros professores 
como instrumento da Educação Física, para a promoção da saúde e da qualidade de vida, e na formação 
de cidadãos conscientes de seus direitos e deveres.
Os seus objetivos gerais são capacitar o profissional de Educação Física formado pela UNIP a conhecer 
e utilizar o voleibol como um instrumento, ensinando a modalidade e explorando suas possibilidades 
educacionais.
Os objetivos específicos ao final do curso fazem com que os alunos estejam aptos a:
• conhecer a utilização do voleibol como instrumento educacional;
• saber os aspectos mais relevantes da história do voleibol e como o Brasil se tornou uma potência 
mundial no esporte;
• entender as regras básicas do jogo e aprender como atualizar-se, se necessário;
• reconhecer as características do voleibol, sua dinâmica e as habilidades motoras (fundamentos) 
que o compõem (em suas formas mais simples de aplicação);
• explorar os princípios metodológicos básicos para a aprendizagem das habilidades motoras 
específicas do voleibol;
• observar a importância do planejamento a curto, médio e longo prazo para a aprendizagem 
do esporte;
• planejar e ministrar aulas de aprendizagem das habilidades do voleibol;
• identificar a adequação dos conteúdos relativos à aprendizagem do voleibol aos diferentes 
estágios do crescimento e desenvolvimento da criança e do adolescente, bem como para outros 
grupos, como: veteranos, idosos etc., de modo que eles possam ser aplicados em situações de 
jogo simplificado;
• conhecer os diferentes tópicos táticos para a montagem de equipes de estruturação simplificada;
• preparar e lecionar uma aula que tenha por objetivo a apresentação de uma estrutura tática e 
simplificada para uma equipe;
• arbitrar uma partida de voleibol disputada por escolares ou de nível semelhante;
• montar e dirigir equipes de nível iniciante, que atuem em competições entre estudantes, 
comerciários, industriários e outras do mesmo porte.
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INTRODUÇÃO
Imagine que você é um professor de Educação Física e que um aluno seu chega e pergunta por 
que os jogadores de voleibol que ele viu na televisão trocam de lugar na quadra a todo instante, ou 
então questiona o motivo de não conseguir receber o saque e fazer com que a bola chegue na mão do 
levantador, ou ainda pede orientações sobre como fazer para que seu saque por cima ultrapasse a rede?
Essas são questões corriqueiras, que acontecem no dia a dia do professor. É claro que não é preciso ser 
especialista em todas as modalidades, mas é necessário ter as ferramentas básicas para poder trabalhar 
com segurança.
Se você for um especialista em preparação física, por exemplo, como poderá fazer um bom trabalho 
para atletas de voleibol sem conhecer a modalidade e suas características específicas? E ainda, quais são 
as exigências metabólicas da categoria? Que tipo de força deve ser desenvolvida?
Cada vez mais pessoas se conscientizam de que é preciso praticar algum tipo de atividade física, mas 
nem todas se adaptam às academias ou à corrida, preferindo exercícios em grupo, também por causa da 
socialização. O voleibol é uma excelente possibilidade nesses casos.
Trata-se de uma modalidade que cresceu muito, e o Brasil é um dos melhores do mundo. É importante 
que você saiba como trabalhar com voleibol e utilizá-lo como ferramenta para o desenvolvimento 
integral de seus alunos.
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VOLEIBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
Unidade I
1 HISTÓRICO DO VOLEIBOL E SUA CARACTERIZAÇÃO COMO MODALIDADE 
ESPORTIVA
1.1 Como o voleibol foi criado
O esporte foi criado em Holyoke, Massachussets, nos Estados Unidos, na ACM (Associação Cristã de 
Moços) em 1895, pelo professor William Morgan.
Figura 1 – Professor William Morgan
Inspirado no tênis, que separava os competidores por uma rede, ele criou uma modalidade que se 
chamava minonete (ou mintonete), na qual diversos jogadores, em um espaço bem maior que o de hoje, 
jogavam rebatendo com as mãos uma câmera de bola de basquete, separados por uma rede de tênis 
erguida a 2 m do chão.
Figura 2 – Funcionários da ACM, 1911
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Unidade I
Exemplo de aplicação
Na escola você irá trabalhar com seus alunos o aspecto histórico do voleibol.
Pense em como tornar esse conteúdo mais interessante. Ouça os alunos e aceite sugestões. Um 
teatro, por exemplo, pode ser bem interessante e produtivo.
Figura 3 – Soldados americanos jogando voleibol na Primeira Guerra
A nova modalidade foi sendo difundida pelo mundo tanto pelas ACMs como pelos soldados 
americanos na Primeira Guerra Mundial. À medida que foi sendo praticada, ocorreram adaptações e as 
regras foram sendo ajustadas.
Em 1918, limitou-se o número de jogadores em quadra, bastando ter metade de cada lado da rede, 
ou seja, 6 atletas, e, em 1922, a quantidade de toques na bola por equipe passou a ser de 3, no máximo.
Em 1933, os tchecos(antiga Tchecoslováquia), pensando em uma maneira de interceptarem o ataque 
e facilitar a defesa, criaram o bloqueio.
Durante muitos anos de prática do voleibol, os jogadores só batiam na bola utilizando o toque por 
cima, não havia manchete, que foi criada em 1958, pelos jogadores tchecos.
As dimensões atuais da quadra são 18 m x 9 m, e o nome passou a ser volleyball, devido aos voleios 
(rebatidas) na bola.
À medida que crescia o número de praticantes, foram sendo criadas as entidades que organizavam 
as competições. Em 1946, foi criada a Confederação Sul-americana de Voleibol e, em 1947, a Federação 
Internacional de Voleibol; que organizou em 1949 o primeiro Campeonato Mundial (masculino), vencido 
na época pela fortíssima equipe da ex-URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas). O primeiro 
Campeonato Mundial (feminino) aconteceu em 1952, também com vitória da URSS.
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VOLEIBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
Na época, a modalidade era jogada com bolas levantadas altas, que favoreciam atletas mais altos 
e fortes.
O voleibol estreou como esporte olímpico em 1964, nas Olimpíadas de Tóquio, no Japão, país onde 
a atividade era muito popular.
A partir de 1964, o Japão reuniu professores, técnicos, árbitros e atletas com a intenção de estudar uma 
forma de vencer o voleibol-força da URSS, porque apesar de ter jogadores muito bons tecnicamente e da 
popularidade, vencer os soviéticos era quase impossível. Essa reunião de profissionais para estudar tal categoria 
revolucionou a forma como se jogava o esporte até então. Nos Jogos Olímpicos de 1968, no México, o Japão 
extasiou o resto do mundo com jogadas de ataque de velocidade, levantamentos baixos e fintas e trocas de 
posição dos jogadores no ataque, que enganavam o bloqueio adversário. Além da inovação no ataque, o 
treinamento físico e a defesa foram revolucionados. Novos métodos de treinamento tornaram os jogadores 
mais ágeis e velozes, tanto no ataque quanto na defesa. De 1968 a 1976, os japoneses conquistaram muitos 
dos principais títulos em Jogos Olímpicos e em Mundiais, no feminino e no masculino.
 Observação
Apenas praticar a modalidade não é suficiente para a obtenção de 
resultados relevantes. O estudo e a aplicabilidade de conceitos científicos no 
treinamento sempre foram um diferencial no que diz respeito à qualidade.
1.2 A trajetória de sucesso do voleibol brasileiro
Você sabia que o voleibol brasileiro é um dos mais vitoriosos do mundo?
A Federação Internacional de Voleibol possui um ranking dos países, baseado em resultados obtidos 
nas competições mais importantes do mundo, e nele o Brasil tem figurado nas primeiras posições, tanto 
no feminino quanto no masculino.
Mas nem sempre foi assim. O que será que houve para que o nosso voleibol alcançasse tanto sucesso? 
Vamos voltar à criação do esporte para entender.
No Brasil, há relatos divergentes sobre o início da prática do voleibol. Alguns autores afirmam que 
esse início ocorreu em 1915 no Colégio Marista em Pernambuco; outros, em 1916, na ACM de São Paulo.
A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) foi fundada em 1954.
Muito inspirado pelo que aconteceu no Japão, o Brasil, que até então não tinha resultados importantes, 
começou a mudar sua história a partir da década de 1970, quando a CBV passou a adotar uma administração 
mais profissional e organizada, e decidiu investir na formação de nossos técnicos, tanto incentivando o 
intercâmbio com outros países como oferendo cursos de especialização. Ainda hoje, a CBV oferece cursos em 
cinco níveis, os quais os treinadores de equipes federadas são obrigados a cursarem, de acordo com a categoria 
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Unidade I
que dirigem. Uma das razões para o sucesso competitivo do voleibol brasileiro é que nossos técnicos são 
muito competentes e respeitados no mundo todo, alguns, inclusive, dirigem importantes equipes e seleções.
Outra questão que contribuiu para o crescimento em termos de resultado foi o investimento 
financeiro, que teve início quando o voleibol passou a ser exibido em TV aberta. A transmissão de partidas 
que chegavam a durar na época, até 4 horas, fez com que aparecessem empresas patrocinadoras que 
viam na crescente audiência uma oportunidade de divulgar suas marcas. Elas começaram a patrocinar 
clubes tradicionais ou até mesmo criaram suas próprias equipes. Então, atletas e técnicos que tinham 
outras funções e dedicavam ao voleibol duas ou três noites por semana, passaram a dedicar-se em 
tempo integral à modalidade. Os patrocínios tornaram nossos atletas e técnicos profissionais, e com o 
conhecimento que já havia, os benefícios surgiram.
O primeiro grande resultado do Brasil foi nas Olimpíadas de Los Angeles, em 1984, com a medalha de prata 
no masculino. Como consequência, levou uma grande quantidade de jovens para a prática do esporte.
Desde a medalha de prata, diversos títulos internacionais importantes foram alcançados.
Quadro 1
Masculino Feminino
Campeonatos mundiais Campeonatos mundiais
1982 – prata 1994 – prata
2002 – ouro 1998 – bronze
2006 – ouro 2006 – prata
2010 – ouro 2010 – prata
2014 – prata 2014 – bronze
Jogos Olímpicos Jogos Olímpicos
1984 (Los Angeles) – medalha de prata 1996 (Atlanta) – medalha de bronze
1992 (Barcelona) – medalha de ouro 2000 (Sidney) – medalha de bronze
2004 (Atenas) – medalha de ouro 2008 (Pequim) – medalha de ouro
2008 (Pequim) – medalha de prata 2012 (Londres) – medalha de ouro
2012 (Londres) – medalha de prata
2016 (Rio de Janeiro) – medalha de ouro
Figura 4 – Brasil Tricampeão Olímpico em 2016, no Rio de Janeiro
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VOLEIBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
 Saiba mais
Nos sites da Federação Internacional de Voleibol (FIVB) e da Confederação 
Brasileira de Voleibol, você encontrará todo o histórico de resultados dos 
Jogos Olímpicos, Campeonatos Mundiais, Ligas Mundiais, Grand Prix e 
Mundiais de clubes, além dos resultados internacionais das seleções de 
base. Acesse:
<http://www.fivb.com>
<http://2017.cbv.com.br/>
Com todos esses resultados, hoje o voleibol brasileiro é muito popular, e um profissional de Educação 
Física precisa de conhecimento, ainda que básico, da modalidade.
Exemplo de aplicação
Devido ao êxito internacional do voleibol brasileiro, algumas confederações de outras modalidades 
estão tentando trilhar o mesmo caminho. Baseado nas informações contidas no texto, você seria capaz 
de apontar três aspectos preponderantes, que colaboraram para o sucesso do voleibol brasileiro?
1.3 Características do voleibol e suas regras básicas
1.3.1 Caracterização do voleibol com modalidade esportiva
O voleibol é um esporte eminentemente coletivo. Em outras modalidades coletivas, como futebol, 
basquete e handebol, um jogador pode se apossar da bola e atravessar a quadra ou o campo e finalizar 
com um gol ou uma cesta. No voleibol, o atacante, para terminar a jogada colocando a bola no chão, 
depende de um bom levantamento, e o levantador, por sua vez, precisa de um bom passe. Portanto, 
existe uma maior interdependência dos atletas. O único instante em que um indivíduo atua sozinho é 
no momento do saque.
Uma característica determinante, que diferencia o voleibol de outras modalidades, é a não retenção 
da bola. Ela deve sempre ser rebatida, e nunca retida. Desta forma, o jogador tem menos tempo para 
se posicionar, analisar a situação e decidir como vai receber a bola e para onde irá enviá-la. Isso 
implica tempo de reação menor,com raciocínio rápido, que requer um domínio maior das técnicas 
de recepção.
Metabolicamente, o voleibol é uma modalidade classificada como intermitente. Tem intervalos de 
ação e pausa intercalados, porém o tempo de duração é sempre variado. Os períodos de ação são curtos, 
sendo que o rali (tempo que a bola fica em jogo, desde o saque até o encerramento da jogada) no 
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feminino dura, em média, 6 a 8 segundos e no masculino dura de 4 a 6 segundos. Isso ocorre porque 
a altura da rede, embora mais alta no masculino (2,43 m) do que no feminino (2,24 m), favorece o 
masculino, que tem uma média de estatura maior que o feminino, além da maior potência de salto e de 
ataque, o que dificulta as ações de defesa.
Como as pausas no jogo são muitas, os períodos de esforço são recuperados durante os intervalos. 
Algumas ações no jogo são de intensidade média, como deslocamentos, recepção, defesa e cobertura, 
e outras são de alta intensidade e curtíssima duração, como ataques, bloqueios e saques. Por causa 
disso, o sistema energético predominante no voleibol é o anaeróbio alático. Devido ao fato de maiores 
intervalos, é possível obter uma recuperação da energia dispendida, o que acontece em razão do 
sistema oxidativo.
1.3.2 Regras básicas do voleibol
Não é permitido que uma equipe atue com menos de 6 jogadores. Caso o time esteja apenas com 6 
jogadores e sem reservas, e um deles se machuque a ponto de não poder mais atuar, ela será considerada 
como derrotada.
Uma equipe possui 6 jogadores em quadra e 6 reservas, sendo um deles o líbero, que não pode ser 
o capitão da equipe. Em algumas competições de categorias principiantes ou escolares, podem haver 
regras adaptadas, inclusive com a proibição do uso do líbero. As regras da modalidade sofrem mudanças 
constantes, portanto é importante sempre atualizar-se.
Em jogos internacionais organizados pela FIVB, até 14 jogadores podem ser relacionados na súmula, 
sendo 2 líberos. Se algum atleta se atrasar para o início do jogo, mas seu nome e documento constarem 
no registro, ele poderá chegar a qualquer momento e atuar na partida. No entanto, se o indivíduo não 
estiver relacionado, não poderá atuar.
A equipe pode dar até 3 toques na bola antes de enviá-la para a outra quadra. O mesmo jogador não 
pode tocar 2 vezes seguidas na bola, a menos que a primeira delas tenha sido em seu próprio bloqueio 
e a bola passe para o seu lado da quadra.
O toque de bola por cima deve ser executado com as 2 mãos, exatamente ao mesmo tempo. Caso 
uma das mãos toque a bola antes da outra, o árbitro sinalizará uma ação de “2 toques”, indicando o 
ponto para a equipe adversária.
A quadra se divide em zona de ataque, da rede até a linha dos 3 m, e zona de defesa, da linha dos 3 
m até a linha de fundo.
 Lembrete
As regras da modalidade sofrem mudanças constantes, portanto é 
importante sempre atualizar-se.
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A
Zona livre
24 - 34 m
0.50 m
 - 1m
1,
.7
5 
m
1,
.7
5 
m
3-
5 
m
15
 -
 1
9 
m
3 - 8 m
3x3 m 3x3 m
1.50 m
1.50 m
3 - 8 m
3 
- 
5 
m
9 
m
9 
m
Zo
na
 d
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sa
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e
Quadra Quadra
Quadra de jogo
Zona de trás Zona de trásZona de 
frente
Zona de troca 
do líbero
Área de 
aquecimento
Área de 
aquecimento
Banco de equipe
Mesa do 
apontador
Área de 
penalidade 
1 m x 1 m
Banco de equipe
Zona de troca 
do líbero
Zona de 
substituição
Zona de 
frente
Zo
na
 d
e 
sa
qu
e
Zona livre Zona livre
Figura 5 – Quadra e área de jogo
O primeiro árbitro fica em patamar mais elevado e é soberano na partida, suas decisões prevalecem 
sobre os demais membros da equipe de arbitragem. Sua cadeira fica de frente para o segundo árbitro, 
que se posiciona frontalmente à mesa de arbitragem, onde ficam o apontador, que preenche a súmula 
e o controlador de líbero, se houver (algumas categorias de iniciação possuem regras adaptadas e não 
permitem a utilização do líbero). Nas laterais da mesa ficam os bancos de reserva com os membros da 
comissão técnica e os atletas reservas.
Cada equipe pode ter até 5 membros na comissão técnica sentados no banco de reservas: o técnico, 
2 assistentes, 1 fisioterapeuta e 1 médico.
Se houver juízes de linha na partida (4), eles ficarão dispostos cada um em frente a uma das 
linhas. Os atletas reservas deverão permanecer sentados no banco ou na área de aquecimento, nos 
cantos da quadra.
O saque poderá ser realizado dentro da área delimitada por dois traços marcados no prolongamento 
das linhas laterais.
A rede é sustentada por dois postes, colocados na distância entre 0,50 m e 1 m da linha lateral. Ela 
deverá ter de 9,50 m a 10 m de comprimento, por 1 m de altura, e duas faixas brancas na direção das 
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linhas laterais, marcando o espaço de ação. Sobre as linhas, são posicionadas duas antenas de fibra de 
vidro, listradas de branco e vermelho. As antenas possuem 1,80 m de comprimento, sendo que 1 m fica 
colado à rede e 0,80 cm acima dela. A função das antenas é auxiliar na delimitação do espaço em que 
a bola deve cruzar de uma quadra para outra. A bola deverá passar no espaço entre as antenas sem 
tocá-las, caso o faça, será considerada “fora”.
2.
55
 m
0.50 m / 1 m
Eixo central
9,50 m - 10 m
1 m
0.80 m 9 m
2,43 m
Masculino
2,24 m
Feminino
0,05 m
0,07 m
Corda
Corda
Cabo de 
susentação
Figura 6 – Detalhes de rede e antenas
Os jogadores não podem tocar na rede no espaço entre as antenas.
A invasão do espaço aéreo adversário por cima da rede é permitida quando o jogador for executar 
o bloqueio ao ataque adversário, desde que não interfira na jogada adversária, ou seja, se o levantador 
adversário fizer um levantamento para seu atacante e você o interceptar com um bloqueio, impedindo 
que o adversário ataque, será considerada uma falta, mas se você tocar na bola bloqueando-a, após 
o adversário atacar, será permitido. Convém lembrar que a invasão por cima é autorizada sempre que 
houver ataque adversário, seja na primeira, segunda ou terceira bola.
A invasão do espaço aéreo por baixo da rede, ultrapassando a linha central, não é considerada 
falta, desde que não interfira na jogada. O mesmo se dá quando outras partes do corpo, que não os 
pés, tocarem o solo da quadra adversária. Caso o jogador toque a quadra adversária por baixo da rede, 
com um ou dois pés, não será considerada invasão se ele mantiver pelo menos uma parte sobre a linha 
central. Se ele ultrapassar o pé todo para a quadra adversária, será falta.
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Zona de ataque
Zona de defesa
Figura 7 – Zonas da quadra de voleibol
Durante o jogo ficam em quadra 3 jogadores na zona de ataque e 3 na zona de defesa.
O rodízio de jogadores é obrigatório e acontece no sentido horário toda vez que a equipe recupera 
o saque. Cada local na quadra é demarcado com a numeração da posição, de 1 a 6, tal disposição é 
denominada “ordem de saque”, pois o jogador da posição 1 é o primeiro jogador a sacar, o da posição 2 
é o segundo e assim por diante. A única situação em que o atleta da posição 1 não é o primeiro a sacar, 
é quando no início do set a bola começar com a equipe adversária. Por exemplo,inicia-se um set e a 
equipe A começa sacando, com seu indivíduo da posição 1. Quando a equipe B ganhar uma jogada e 
sacar, ela terá que realizar um rodízio obrigatoriamente, e, portanto, o primeiro jogador da equipe B a 
sacar será o jogador da posição 2.
Todo início de set, os professores/técnicos deverão entregar para a arbitragem uma papeleta com 
sua ordem de saque, que será anotada na súmula. A equipe de arbitragem irá fiscalizar se as equipes 
estão obedecendo a norma de rodízio e o posicionamento em quadra.
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6 5
2
3 4
4 3 2
5 6 1
Figura 8 – Ordem de saque e sentido do rodízio
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A regra de posicionamento diz que toda vez que alguém for sacar, de qualquer uma das equipes, os 
atletas devem manter suas posições, a saber: o jogador da posição 3 deve estar na frente (em relação à 
rede) daquele da posição 6, e entre as pessoas das posições 2 e 4. O indivíduo da posição 2 deve estar 
à esquerda do da posição 3, enquanto o jogador da posição 4 deve estar à direita do 3. A pessoa da 
posição 6 deve estar atrás do 3, e entre o 5 e o 1. O 5 deve estar à esquerda do 6 e o 1 à sua direita. 
As relações a serem respeitadas são verticais e horizontais. Não há obrigatoriedade com respeito aos 
posicionamentos 4 e 6, por exemplo, que estão na diagonal.
5
4
6
3
1
2
Rede
Linha dos 3 m
Linhas 
imaginárias
Figura 9 – Regra de posicionamento
Portanto, de acordo com a regra, teoricamente é possível posicionar os jogadores em quadra no 
momento de seu saque ou do saque adversário, conforme a figura a seguir, uma vez que estão respeitadas 
as relações verticais e horizontais da regra de posicionamento. Obviamente ninguém o faz.
4 3 2
5 6 1
Figura 10 – Formação teoricamente permitida (de acordo com as regras de posicionamento) para sacar ou receber o saque
Após a batida na bola do sacador, os jogadores poderão trocar de posição enquanto a bola estiver 
em jogo. Assim que ela cair, todos assumirão seus lugares novamente.
Apenas os jogadores da rede (4, 3 e 2) poderão atacar e bloquear. Os atletas do fundo poderão 
fazê-lo apenas se saltarem antes da linha dos 3 m (ataque de fundo). Em função disso, as trocas de 
posição, quando são realizadas, acontecem entre os indivíduos da rede e aqueles do fundo entre si.
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Vence uma partida a equipe que ganhar 3 sets. Eles são disputados em 25 pontos. Caso o jogo 
empate em 2 sets, o 5º será disputado em 15 pontos. Em qualquer dos sets, a vitória só será alcançada 
se houver uma diferença de 2 pontos. Se o placar empata em 24 pontos, o set só terminará em 26 a 24, 
por exemplo, e assim, sucessivamente.
Um rali se inicia quando o sacador golpeia a bola e é encerrado quando o árbitro apita indicando 
que a jogada está finalizada.
Em cada set, o técnico tem o direito de solicitar dois pedidos de tempo de 30 segundos. Quando isso 
acontece os jogadores saem do espaço da quadra e se dirigem para a frente do banco de reservas a fim 
de conversar. Os atletas apenas poderão voltar à quadra após o apito do segundo árbitro sinalizando que 
está encerrado o pedido de tempo.
Cada treinador poderá fazer até seis substituições por set. O indivíduo que saiu de quadra substituído 
pode voltar no mesmo set, no lugar do jogador que entrou em seu lugar. Após essas duas trocas, no 
mesmo set, nem o jogador que saiu pode sair novamente, nem o jogador que entrou pode entrar de 
novo. A entrada do jogador A para a saída do B conta como uma substituição, e a volta do jogador B 
à quadra para a saída do A será a segunda substituição. Se o técnico assim o desejar, ele poderá trocar 
os 6 jogadores de uma vez, por jogadores da reserva, no entanto estarão esgotadas as substituições 
nesse set. Ele poderá também fazer a “ida e volta” de 3 jogadores, ou usar suas 6 substituições como 
desejar. No set seguinte todas as substituições estarão novamente liberadas. As trocas do líbero não 
são computadas entre as substituições regulares. Líbero é a posição do jogador especialista em defesa 
e recepção. Ele atua no fundo da quadra e não pode sacar, atacar e bloquear. Ainda é vetado ao líbero 
levantar de toque quando estiver dentro da zona de ataque. Caso isso ocorra, o atacante que receber o 
levantamento deverá passar a bola sem atacar.
As regras das modalidades frequentemente passam por mudanças, o voleibol foi uma das que 
mais teve as normas alteradas. Muitas das transformações ocorreram por causa das solicitações da 
televisão, tentando encurtar o tempo total de partida, e também de patrocinadores. De modo geral, as 
modificações de regras acontecem após um ciclo olímpico (4 anos), quando sugestões são testadas em 
campeonatos pelo mundo, antes de serem concretizadas.
 Saiba mais
Para visualizar as regras atualizadas da Federação de Voleibol de seu 
estado, acesse o site da Federação Paulista de Voleibol, em: 
<www.fpv.com.br>.
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1.3.3 Regras adaptadas
Em competições organizadas pelas federações, as equipes devem seguir as regras estipuladas. Elas podem 
ser oficiais ou adaptadas. Em competições escolares, temos normalmente algumas normas adaptadas para as 
primeiras categorias de competição, o que é muito bom e favorece a aprendizagem do jogador.
Temos exemplos em determinados estados do Brasil, como Minas Gerais e Rio de Janeiro, e 
em algumas competições escolares, nas quais as regras são adaptadas e garantem que não haja a 
especialização precoce, exigindo, por exemplo, que todos joguem no sistema 6x0, ou que o saque 
utilizado nas primeiras categorias seja por baixo, que permite uma facilitação no passe para o levantador 
e possibilita a organização de ataques. Outra norma que pode ser adaptada para auxiliar na formação 
mais generalizada dos jogadores é a proibição da largada de segunda pelo jogador da posição 3, 
obrigando o levantamento.
Outra modificação que pode ser utilizada é a exigência de que todos os jogadores inscritos na 
súmula participem do jogo. Em alguns casos, a regra diz que no segundo set 3 dos jogadores que 
participaram do primeiro set sejam substituídos por 3 reservas, e no terceiro isso pode se repetir, fazendo 
com que todos os atletas participem de um tempo inteiro na partida. Essa regra dá oportunidade a mais 
indivíduos de aturem e evita o comportamento de certos professores/técnicos de contarem apenas com 
os seis melhores.
1.3.4 Voleibol adaptado para idosos
O voleibol é uma modalidade de elevada exigência técnica e nem todos estão aptos a praticar, por 
causa disso surgiu uma versão adaptada a idosos, que faz muito sucesso.
O jogo mantém a maioria das regras do vôlei normal, no entanto a bola deve ser lançada e segurada. 
O saque deve ser por baixo e as equipes podem passar a bola até duas vezes entre si antes de enviá-la 
para a quadra adversária.
A prática dessa modalidade oferece aos idosos uma melhora das habilidades envolvidas, além das 
capacidades. Contudo, o maior ganho está na parte psicossocial, em que a alegria e o relacionamento 
interpessoal são sempre estimulados. Ela possui diversas competições: locais, regionais e nacionais.
1.3.5 Voleibol sentado
O voleibol adaptado para deficientes é o voleibol sentado. Jogado em uma quadra de 10 m por 6 m, 
com rede no masculino de 1,15 m e no feminino de 1,05, ele é disputado de acordo com a maioria das 
regras normais, sendo que o atleta só poderá tocar na bola se estiver sentado.
Os jogadores poderão apresentar qualqueruma das condições a seguir: amputados, lesões na 
medula espinhal, paralisia cerebral, lesões cerebrais e os que já sofreram acidentes vasculares cerebrais 
e paralisia muscular, ou seja, serão classificados em 14 categorias.
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1.3.6 Voleibol de praia
A modalidade é jogada em quadra de areia de 16 m por 8 m, com 2 jogadores por equipe, e seus sets 
são disputados em 21 pontos. As técnicas utilizadas são as mesmas, no entanto há maior dificuldade de 
deslocamentos em razão a das características do piso e do ambiente (sol ou chuva).
O voleibol de praia do Brasil é reconhecido como um dos melhores do mundo. No ranking da FIVB, 
em novembro de 2017, no feminino, três duplas brasileiras apareciam entre as seis melhores do mundo, 
estando em primeiro lugar a dupla Larissa e Talitha. No masculino, foram quatro duplas entre as nove 
melhores, com o primeiro lugar para Evandro e André.
2 UTILIZAÇÃO DO VOLEIBOL COMO FERRAMENTA PARA CONTRIBUIÇÃO AO 
DESENVOLVIMENTO INTEGRAL DO ALUNO
Temos claro que o objetivo da Educação Física é desenvolver o aluno de maneira integral quanto aos 
aspectos motores, físicos, sociais, afetivos e cognitivos. Vamos analisar conjuntamente se a prática do 
voleibol pode contribuir para esse desenvolvimento.
Em quais situações o professor poderá aplicar o voleibol como modo de desenvolvimento de seus 
alunos? O vôlei, assim como outras modalidades esportivas, pode e deve ser utilizado como conteúdo 
das aulas de educação física escolar. Respeitando as características do esporte, nas primeiras séries do 
Ensino Fundamental, do primeiro ao quinto ano, ele pode ser trabalhado de forma lúdica, com campo 
e bolas adaptadas, para que o aluno apenas conheça a prática e desenvolva capacidades e habilidades 
que possibilitem o aprendizado das técnicas específicas. A partir do sexto ano já será possível o início 
do uso das técnicas corretas, lembrando sempre que o objetivo da escola não é formar atletas, mas dar 
a oportunidade aos alunos de explorarem melhor a categoria e poder vivenciá-la, sem cobrança de 
desempenho. Certamente você terá um planejamento com objetivos a curto, médio e longo prazos.
 Observação
Os parâmetros curriculares ou as propostas das Secretarias Municipais 
ou Estaduais de Educação podem nortear o trabalho com o esporte na 
escola, no entanto, de uma forma ou de outra, ele sempre estará presente 
como um conteúdo importante a ser trabalhado.
Você poderá trabalhar com voleibol nas escolas, porém em turmas de treinamento, fora do horário 
normal de aula. Essas turmas podem ser apenas de treinamento ou de treinamento e competição. Muitas 
escolas possuem o esporte competitivo de forma muito forte, inclusive utilizando-o como modo de 
propaganda, atingindo pais que procuram instituições com grupos esportivos. O correto nessas turmas 
é que o esporte fora do horário cumpra seu papel dentro do Projeto Político-Pedagógico da escola.
O trabalho com voleibol pode também ser realizado no clube. Neles, é possível encontrar situações 
diversas. Alguns oferecem turmas de voleibol apenas de treinamento, para associados, com escolinhas 
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em vários níveis. Outros, têm turmas de escolinha e categorias de base, além de equipes de veteranos, 
que disputam competições de associações, em nível mais baixo que o das federações. Finalmente, há 
aqueles que possuem categorias de competição cujos objetivos são voltados para o alto desempenho, e 
disputam competições do mais alto nível. Nestas situações, além do trabalho como técnico ou assistente 
técnico, há a função de preparador físico, que é um profissional que precisa conhecer muito bem a 
modalidade exercida, além de saber adequar os conteúdos às fases de maturação e desenvolvimento.
A aprendizagem do voleibol irá contribuir, sem dúvida, para a ampliação do repertório motor do 
aluno, que vai aprender a executar todas as técnicas específicas da modalidade. Cada uma das técnicas 
tem uma exigência física, em termos de capacidades motoras. Por exemplo, para executar a técnica 
da cortada, o aluno precisa da potência de membros inferiores para o salto e de equilíbrio dinâmico. 
Portanto, aí estão representados os desenvolvimentos motor e físico.
Para jogar voleibol, o aluno precisará não só conhecer as técnicas, mas as regras básicas, além de 
entender a dinâmica do jogo. Com o tempo de prática, ele irá explorar também algumas formações 
táticas. Quando estiver jogando, precisará saber analisar as jogadas, decidir como irá intervir e para onde 
direcionará a bola. O raciocínio rápido e a tomada de decisão farão com que possa alcançar sucesso. Tal 
conhecimento e raciocínio estimulam bastante o desenvolvimento cognitivo.
A ação de um jogador é altamente dependente do seu companheiro de equipe. Aquele que finaliza o ponto 
com uma cortada espetacular só pode fazê-lo se receber um bom levantamento e o levantador, por sua vez, 
depende de um bom passe. Essa interdependência desenvolve nos jogadores um espírito de equipe ainda maior, 
ensinando a lidar com as diferenças e a respeitar os demais. O fator social, portanto, é sempre desenvolvido.
Para o desenvolvimento dos aspectos afetivos, é preciso um bom trabalho por parte do professor/técnico, 
no que diz respeito ao ensino das técnicas, para que o indivíduo possa, uma vez dominando-as, participar 
de situações em diferentes momentos, por exemplo, um jogo na escola/no clube, ou um jogo de lazer 
na praia/no campo. O aluno que tem os conhecimentos básicos do voleibol possui sua autoestima mais 
elevada e pode se relacionar com pessoas distintas em diferentes situações. O professor/técnico que ensina, 
instrui, corrige e faz cobranças plausíveis, valorizando acima de tudo o esforço, contribuindo e muito para 
o crescimento da autoestima e autoconfiança no aluno. É importante buscar sempre o desenvolvimento 
integral do aluno/atleta na escola, no clube ou em qualquer lugar onde se insere a prática.
Trabalhar de forma ética, de maneira que o foco principal do seu trabalho seja o bem-estar do aluno, é nossa 
obrigação. Ao meu modo de ver, o professor/técnico deve sempre assumir a postura de educador, ainda que com 
atletas adultos, pois seu objetivo é educar o atleta, nos aspectos físicos, motores, afetivos, sociais e cognitivos.
O jogo de voleibol é composto de ações de início da jogada, com os diversos tipos de saques; de recepção 
e defesa da bola, realizadas por meio do toque por cima, da manchete, de rolamentos, mergulhos e bloqueio; 
e ações de ataque, efetuadas por meio da cortada, da largada e até mesmo do toque ou da manchete. 
Verificaremos a seguir como são executadas tais técnicas e quais os fatores necessários para sua execução.
Cada técnica (habilidade motora específica), para ser executada, precisa de algumas capacidades 
motoras. Descreveremos a seguir as mais importantes.
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VOLEIBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
 Lembrete
É importante buscar sempre o desenvolvimento integral do aluno/atleta 
na escola, no clube ou em qualquer lugar onde se insere a prática.
3 A EXECUÇÃO DAS TÉCNICAS DO VOLEIBOL
3.1 Posição de expectativa ou posição básica
A posição de expectativa é fundamental para vários momentos no jogo, como esperar a bola que 
vem do outro lado da quadra, seja por meio de um saque, um toque ou uma cortada. Ela permite ao 
executante entrar em ação mais rapidamente e propicia um passe de melhor qualidade.
Os pés deverão estar em afastamentolateral e anteroposterior, com um deles pouco à frente. O 
tronco precisará estar inclinado à frente e os braços semiflexionados, com as mãos à frente do tronco, a 
meio caminho entre a posição de toque e a de manchete.
• Capacidades motoras mais importantes: resistência muscular localizada de membros inferiores e 
da musculatura dorsal.
Figura 11 – Posição de expectativa vista de frente Figura 12 – Posição de expectativa vista de lado
3.2 Deslocamentos
Os deslocamentos permitem que o executante se posicione adequadamente antes de receber a 
bola, fazendo com que o passe seja realizado de modo correto. Aqueles realizados para as laterais 
e diagonais devem ser executados a partir da posição de expectativa, iniciando com um passo da 
perna direita, quando o deslocamento é para a direita, ampliando desta forma o afastamento, para 
em seguida fazer uma passada dupla à direita. O mesmo processo se repete para o lado esquerdo.
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Para deslocar-se para frente, partindo da posição de expectativa, você deve iniciar ampliando 
o afastamento anteroposterior, com um passo com a perna que já estiver à frente, depois dê uma 
passada dupla.
A fim de mover-se para trás, parte-se da posição de expectativa e dá-se o primeiro passo com a 
perna que estiver atrás, ampliando o afastamento para depois executar uma passada dupla.
Durante os deslocamentos, tanto para as laterais como para frente e para trás, o executante deve 
sempre manter os pés afastados um do outro, o que permitirá que ele esteja sempre preparado para 
receber a bola.
Efetuar as movimentações de forma correta facilitará os passes realizados tanto de toque quanto 
de manchete, pois permitirão ao jogador chegar ao local em que a bola se dirige, e se posicionar 
adequadamente e de frente para onde o passe será realizado. É importante que, na iniciação ao voleibol, 
o aluno se posicione corretamente para receber a bola.
• Capacidades motoras mais importantes: resistência muscular localizada de membros inferiores e 
da musculatura dorsal. Coordenação de membros inferiores.
 Observação
Dedicar-se ao ensino da posição de expectativa e de deslocamentos antes 
facilita muito a aplicação das demais, principalmente o toque e a manchete.
3.3 Toque de bola por cima
O toque de bola por cima é utilizado para se fazer um passe para o colega de equipe, a fim de 
enviar a bola para a outra quadra e principalmente executar o levantamento para o ataque. Os 
levantadores mais experientes sempre o utilizam, pois ele permite maior controle e precisão do 
que a manchete.
Existem variações na execução do toque, por exemplo, toque de costas, toque lateral e toque em 
suspensão (saltando), no entanto, na iniciação ao voleibol, deve-se assegurar que o aluno aprenda 
primeiro o toque de frente.
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Figura 13 – Posição do toque de bola 
por cima vista de lado
Figura 14 – Posição do toque de bola 
por cima vista de frente
O toque de bola por cima é realizado sempre acima da cabeça, com as mãos abertas em forma 
de concha, para o encaixe da bola, de maneira que se forme um triângulo entre os dedos polegares e 
indicadores. O executante deve se posicionar embaixo da bola e com os membros inferiores e superiores 
semiflexionados. No instante do toque na bola, deve-se fazer a extensão de membros superiores e 
inferiores, impulsionando a bola para cima e para frente.
 Observação
Temos na história do voleibol em nosso País grandes levantadores, 
que foram considerados os melhores do mundo, tanto no masculino, 
como Maurício e Ricardinho, quanto no feminino, como Fofão e 
Fernanda Venturini.
• Capacidades motoras mais importantes: resistência muscular localizada de membros inferiores e 
superiores. Coordenação de membros inferiores e superiores.
 Saiba mais
Para saber mais a respeito do conhecimento tático dos levantadores 
brasileiros, leia o artigo: 
QUEIROGA, M. A. et al. O conhecimento tático-estratégico dos 
levantadores integrantes das seleções brasileiras de voleibol. Fitness and 
Performance Journal, Rio de Janeiro, v. 9, n. 1, p. 78-92, 2010. Disponível 
em: <http://www.redalyc.org/pdf/751/75118600012.pdf>. Acesso em: 21 
nov. 2017.
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3.4 Manchete
A manchete é realizada quando se recebe um saque ou um ataque do adversário, quando se 
faz um passe para o colega de equipe ou para a outra equipe. Pode ser efetuada também para um 
levantamento, porém não apresenta tanta precisão quanto o toque. Ela pode ser executada de 
frente, lateralmente ou de costas, sendo que as duas últimas devem ser ensinadas após o domínio 
da forma mais básica.
Partindo da posição de expectativa, o executante deve estender os membros superiores à 
frente do corpo, com as palmas das mãos para cima e os dedos unidos, apoiando os dedos de uma 
das mãos sobre os da outra, fechando os polegares que irão segurar os dedos. Os braços deverão 
estar estendidos, e a bola deverá ser golpeada nos antebraços no instante em que os membros 
inferiores fazerem uma leve extensão, transferindo o peso do corpo da perna de trás para a da 
frente. O movimento dos braços na manchete deve ter origem nos ombros. Os braços devem 
permanecer estendidos até o final do movimento.
• Capacidades motoras mais importantes: resistência muscular localizada de membros inferiores. 
Coordenação de membros inferiores e superiores.
Figura 15 – Posição de manchete vista de frente Figura 16 – Posição de manchete vista de lado
 Observação
Embora pareça ser de simples execução, a manchete exige muita 
precisão. Veja que a bola toca exatamente nos antebraços, que devem estar 
totalmente estendidos. Qualquer variação mais acima ou mais abaixo, 
ou mais em um braço que no outro, causa um desvio importante em sua 
trajetória, muitas vezes inviabilizando o passe.
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Figura 17 – Posição da manchete
3.5 Saque
As jogadas, ou ralis, têm início com um saque. Ele será sempre executado pelo jogador que estiver 
na posição 1. O saque pode ser por baixo ou por cima (tipo tênis).
O saque por baixo é muito utilizado em competições escolares e de principiantes (em qualquer 
idade). Há torneios em que algumas regras são adaptadas para as categorias menores e entre elas está o 
uso desse tipo de saque. Essa regra auxilia a aprendizagem porque o saque por baixo é de recepção mais 
fácil, o que possibilita às equipes a realização dos três toques, o que seria dificultado com a execução do 
saque por cima, uma vez que na iniciação a capacidade de recepção não é tão desenvolvida.
O saque por cima pode ser realizado com ou sem rotação da bola (saque flutuante). Os dois tipos de 
saque podem ser praticados com ou sem salto. O saque flutuante tem ainda uma variação que é o saque 
asiático ou balanceado, embora esse tipo de saque seja cada vez menos executado.
O saque com rotação segue uma trajetória mais bem definida, contudo obtém maior potência, já o 
saque flutuante não tem tanta potência, mas sua trajetória irregular dificulta a recepção.
3.5.1 Saque por baixo
O sacador deverá se posicionar em qualquer ponto da linha de fundo, atrás dela, com o tronco 
ligeiramente inclinado à frente, com as pernas em afastamento anteroposterior, e com a perna contrária 
à mão que irá sacar, à frente. O braço queirá sacar faz um movimento de pêndulo ao lado do corpo, 
transferindo o peso da perna de trás para a da frente. A bola deverá estar na mão contrária àquela 
que irá sacar, e será realizado um pequeno lançamento. No momento do contato da bola com a mão 
que saca, o cotovelo e o punho deverão estar estendidos. O contato poderá ser efetuado com a mão 
espalmada ou com o punho fechado. Quanto maior a área de contato com a bola, maior a precisão e a 
chance de acerto.
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Figura 18 – Movimento do saque por baixo
• Capacidades motoras mais importantes: resistência muscular localizada de membros inferiores e 
superiores. Coordenação de membros inferiores e superiores.
 Observação
Em torneios amistosos, ou mesmo oficiais, de crianças, adolescentes 
ou até mesmo adultos principiantes, use como regra adaptada o saque 
por baixo. Isso permitirá um jogo de maior volume (com mais tempo de 
bola no ar) e aprendizagem melhor da recepção e do levantamento, por 
consequência do ataque.
Em equipes principiantes, que ainda não têm a técnica muito assimilada, um sacador com muita 
potência no saque por cima pode definir o jogo sem que haja necessariamente um ganho evolutivo no 
desempenho geral, que é o que se espera.
3.5.2 Saque por cima
O saque por cima é muito mais potente e difícil de receber do que o por baixo. São dois os seus tipos: 
saque com rotação e sem rotação da bola.
3.5.3 Saque por cima com rotação da bola
O sacador deverá se posicionar na área de saque, com os pés em afastamento anteroposterior e 
perna contrária à do braço de saque à frente. A bola deverá ser lançada uma ou com as duas mãos acima 
da cabeça. Ao lançar a bola, os braços são elevados para cima, sendo que o braço que vai golpear a bola 
passa a linha do ombro para trás, com semiflexão do cotovelo, e o outro braço irá manter-se estendido 
na direção da bola. Nesse momento há uma hiperextensão do tronco. Quando a bola descer na altura de 
alcance da mão, ela será golpeada com o braço bem estendido, com uma flexão do tronco e simultânea 
flexão do punho. Haverá uma transferência do peso do corpo da perna de trás para a da frente. No 
término do movimento, o braço de ataque à bola continuará sua trajetória, estendendo-se para baixo, 
ao lado do tronco. A flexão do punho e a batida na bola nessa posição, acima da cabeça, irão conferir a 
rotação da bola sobre seu eixo.
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Esse tipo de saque também pode ser realizado com salto. Neste caso, o sacador tomará uma distância 
maior atrás da linha de fundo, lançará a bola com uma ou duas mãos para cima e para frente, dará 
uma ou duas passadas e um salto com um só dos pés, e realizará o movimento de braços descrito. Tal 
movimento é o mesmo da cortada (que será descrito mais à frente), e ele, conhecido como “saque 
viagem”, pode ser bem potente e de difícil recepção, por causa da força e da velocidade que alcança, 
embora possua trajetória definida.
Figura 19 – Saque por cima flutuante
3.5.4 Saque por cima sem rotação da bola – flutuante
Para realizar o saque flutuante, o sacador deve se posicionar atrás da linha de fundo, na área de 
saque, em afastamento anteroposterior das pernas, com a perna contrária à mão que saca à frente. 
A bola deve ser sustentada pela mão contrária à que vai bater na bola, à frente do corpo, com o 
braço estendido. O braço de ataque deve ser previamente preparado com uma semiflexão do cotovelo e 
máxima extensão da articulação escapuloumeral. A bola deve ser lançada para cima, na altura suficiente 
para a batida com o braço estendido, e à frente do corpo, de forma que, se ela não for golpeada, deverá 
cair no solo em frente ao corpo, à frente do pé que está na frente. A batida na bola é realizada acima 
da cabeça e à frente do corpo, com a mão espalmada e a palma voltada de frente para a rede. Ao bater 
na bola, o braço freia o movimento se mantém estendido e à frente do corpo, de forma paralela ao solo. 
Isso fará com que a bola se desloque sem rotação de seu eixo e oscilando sua trajetória.
Figura 20 – Saque flutuante sem salto
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Unidade I
O saque flutuante e com salto deve ser executado com uma ou duas passadas à frente, salto em uma 
ou duas pernas, lançamento da bola mais baixo do que no saque com rotação, e com o movimento dos 
braços já descrito.
• Capacidades motoras mais importantes: flexibilidade escapuloumeral, potência de membros 
superiores e inferiores (no caso dos saques com salto).
 Saiba mais
O fornecimento de feedback é fundamental para a qualidade da 
aprendizagem. Saiba mais a respeito, lendo: 
TERTULIANO, I. W. et al. Efeitos da frequência de feedback na 
aprendizagem do saque do voleibol. Rev Port Cien Desp, Porto, v. 7, n. 3, p. 
328-335, 2007. Disponível em: <http://www.scielo.mec.pt/pdf/rpcd/v7n3/
v7n3a07.pdf>. Acesso em: 27 out. 2017.
3.6 Cortada
A cortada é o fundamento do voleibol utilizado para finalizar a jogada de ataque, procurando enviar 
a bola de forma potente à quadra adversária e tentando fazer com que ela toque o solo ou dificulte ao 
máximo a defesa.
Trata-se de uma habilidade motora seriada. Sua execução é bastante complexa porque o 
jogador deve, além de executar o movimento correto, adequá-lo ao levantamento que receber. 
Os ajustes precisam ser realizados durante o movimento. Se o levantamento for mais alto, o 
indivíduo deverá esperar o tempo certo para iniciar o movimento, se for mais baixo, acelerar o 
movimento. São necessários também ajustes para os levantamentos mais curtos ou mais longos, 
mais próximos ou mais distantes da rede, e para os jogadores mais experientes, de acordo com o 
bloqueio do adversário.
Esses acertos dependem muito da capacidade de coordenação viso-motora. O movimento 
deverá ser realizado de forma que o salto seja executado com domínio do equilíbrio dinâmico, 
para que não haja contato com a rede, e para que o contato com a bola seja realizado no ponto 
mais alto do salto.
O movimento da cortada possui cinco etapas: passada ou deslocamento; chamada; salto; fase 
aérea; e queda.
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Figura 21 – Movimento da cortada
A passada ou o deslocamento pode ser realizado com 1, 2, 3 ou mais passos de corrida em direção 
à rede. O mais importante é que no último passo a perna contrária ao braço que ataca deve estar à 
frente. Para iniciantes destros, recomenda-se o início com o pé esquerdo à frente, uma passada com o 
pé direito e logo em seguida tocar os dois pés, com o esquerdo um pouco à frente. Esse deslocamento 
deve ser realizado com o tronco inclinado à frente e em velocidade, para tentar transferir a velocidade 
em potência de salto. A chegada da passada é na posição da “chamada”.
A posição da chamada é a preparação para o salto. Ela é realizada com a perna esquerda um 
pouco à frente da direita em relação à rede (para destros) e com os joelhos semiflexionados. 
O tronco precisa estar inclinado à frente, e os braços estendidos ao lado do corpo devem ser 
lançados para trás no mesmo instante em que os pés tocam o solo. Nesse momento o jogador 
deverá estar a uma distância de pelo menos um braço da rede. Essa posição é fundamental para 
se conseguir um ótimo salto.
Na fase do salto, os braços, que estavam atrás do corpo na chamada, são lançados estendidos 
para frente epara cima, auxiliando o salto. É importante que se consiga que o aluno execute 
o salto para cima, e não para frente. Ele deve ser executado de forma que o corpo esteja não 
exatamente embaixo da bola, mas um pouco para trás dela em relação à rede. A posição correta 
é o aluno, a bola e a rede.
Na fase aérea, no ponto mais alto do salto, o braço que vai golpear a bola deve ser flexionado 
para trás da linha do ombro, aproveitando a máxima amplitude escapuloumeral, com uma 
hiperextensão do tronco (como no posicionamento do saque por cima), enquanto o outro braço, 
que tem uma função de equilíbrio, é estendido na direção da bola, à frente do corpo. Partindo 
dessa posição, tem início o movimento de batida na bola, no qual o braço de ataque irá golpear a 
bola totalmente estendido, com a mão aberta encaixando acima e com uma flexão do punho, esse 
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braço terá seu movimento continuado passando ao lado do corpo. O braço esquerdo, no momento 
da batida na bola, será flexionado e trazido junto ao corpo, completando uma flexão do tronco 
no momento da batida na bola.
Figura 22 – Ataque
Observe na figura anterior a jogadora durante a fase aérea da cortada, preparando-se para 
atacar. Note que ela está com o corpo atrás da bola (com relação à rede), o braço esquerdo estendido 
à frente do corpo, o tronco em extensão, o braço de ataque flexionado e o cotovelo atrás e acima 
da linha dos ombros.
A queda no solo se dá com os dois pés, dividindo o peso do corpo e fazendo uma flexão dos joelhos 
no momento do contato com o chão.
 Lembrete
Só inicie a aprendizagem da cortada quando os alunos tiverem um 
domínio razoável do toque e da manchete, e conseguirem jogar executando 
os três toques, caso contrário não haverá sentido em ensiná-la.
Jogadores canhotos terão mais facilidade em aprender a cortada na posição 2, ou saída da rede, e os 
destros na posição 4, ou entrada da rede.
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Figura 23 – Fase aérea do movimento da cortada de um jogador canhoto pela saída da rede
• Capacidades motoras mais importantes: flexibilidade escapuloumeral, potência de membros 
superiores e inferiores, velocidade de membros superiores, velocidade de aceleração, equilíbrio 
dinâmico, coordenação de membros superiores e inferiores, coordenação visomotora.
3.7 Largada
A largada, ou colocada, é o ato de finalizar um ataque por meio de um leve toque na bola, que tem 
por objetivo fazer com que ela caia em determinada área da quadra, mais comumente próxima à rede.
Para que a largada seja eficaz, o atleta deverá fazer todo o movimento de cortada, levando o 
adversário a acreditar que a jogada potente vai ser realizada, e no último instante ele toca na bola 
levemente com as pontas dos dedos, direcionando-a para o local desejado.
Trata-se de uma técnica que deve ser ensinada somente após o domínio da cortada, para que não 
seja um movimento que interfira na aprendizagem dessa técnica.
Figura 24 – Posição inicial de bloqueio
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Unidade I
3.8 Bloqueio
O bloqueio é a primeira linha de defesa da equipe. É uma técnica que parece ser de simples execução, 
porém torna-se extremamente complexa por ter de ser executada o mais próximo possível da rede e 
sem tocá-la, além de ter a necessidade de ajustar o momento do salto ao levantamento e ao atacante 
adversário. Ele tem quatro fases: posição inicial; salto; contato com a bola; e queda.
A posição inicial é executada bem junto à rede, com pés paralelos em pequeno afastamento, braços 
flexionados com mãos espalmadas e palmas à frente dos ombros e voltadas para a quadra adversária. 
Os membros inferiores devem estar em semiflexão e prontos para os deslocamentos e saltos necessários.
O salto é realizado com extensão total e simultânea de membros superiores e inferiores. As mãos 
devem estar espalmadas e pouco afastadas uma da outra, de maneira a não permitir a passagem da 
bola entre elas.
O contato com a bola deve ser realizado no ponto mais alto do salto e, para os jogadores mais 
experientes, nesse momento deve haver um movimento de flexão do punho e direcionamento da bola 
para o solo adversário. Para os iniciantes, recomenda-se ensinar apenas o salto com os punhos estendidos.
A queda no solo deve ser realizada com ambos os pés e semiflexão dos joelhos.
Figura 25 – Movimento do bloqueio
Os deslocamentos para bloquear poderão ser realizados com passadas laterais ou cruzadas. Para a 
iniciação, é recomendado que se treine o mesmo deslocamento lateral trabalhado na fase da posição 
de expectativa.
Os tipos de bloqueio estão distribuídos em duas classificações:
• de acordo com o número de bloqueadores: simples ou individual; duplo ou triplo;
• conforme o alcance, pode ser defensivo ou ofensivo. O bloqueio defensivo é realizado por jogadores 
não tão altos, do lado da rede do bloqueador, com as mãos espalmadas e voltadas para cima, em 
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uma extensão dos punhos. Sua intenção é amortecer o impacto do ataque adversário, impedindo 
que a bola seja “cravada” na sua quadra, fazendo com que ela bata em suas mãos e suba em 
direção à sua quadra, facilitando assim a defesa de sua equipe. O bloqueio defensivo costuma ser 
utilizado por jogadores de uma estatura menor, que não conseguem altura para invadir o espaço 
aéreo da quadra adversária, e também é executado por aqueles que não conseguem se posicionar 
a tempo (chegam atrasados em relação ao ataque) de realizar um bloqueio ofensivo. O bloqueio 
ofensivo é praticado por indivíduos que conseguem invadir o espaço aéreo do adversário com o 
objetivo de devolver a bola atacada para a quadra do oponente, fazendo o ponto de bloqueio. É 
bom lembrar que a invasão do espaço aéreo da equipe adversária é permitida quando ela estiver 
atacando, seja no seu primeiro, segundo ou terceiro toque, não sendo autorizado impedir que o 
adversário execute os três toques interceptando a bola do outro lado da rede.
Figura 26 – Bloqueio defensivo Figura 27 – Bloqueio ofensivo
Os bloqueios duplo e triplo só devem ser ensinados aos jogadores que já dominem a execução 
do bloqueio simples. Caso sejam executados na ponta da rede, a “segunda” mão é que deve marcar a 
bola. Tanto na execução do bloqueio duplo quanto do triplo, as duas mãos de fora, nas extremidades 
do bloqueio, devem estar com as palmas voltadas para a bola, a fim de impedir a sua passagem.
• Capacidades motoras mais importantes: potência de membros inferiores, velocidade de 
deslocamento, tempo de reação, força da musculatura das mãos, coordenação visomotora.
Figura 28 – Bloqueio ofensivo e defensivo
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3.9 Defesa
A defesa é o ato de receber o ataque adversário impedindo que a bola atinja o solo e, se possível, 
armando um contra-ataque. O ato da chamada “defesa em pé”, que é diferenciado das defesas de chão 
(rolamentos e mergulhos), é realizado eminentemente de manchete. A posição de mãos e braços é a 
mesma da manchete, mas como há um impacto maior da bola nos antebraços, o movimento dos braços, 
em vez de impulsionar a bola, será no sentido inverso, em direção ao corpo, no momento do toque na 
bola, com o objetivo de absorver

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