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* Marcadores Tumorais Professora: Laís Quintão Biomédica, Mestre em Biologia Celular, Doutora em Fisiologia e Farmacologia -UFMG- * Marcadores Tumorais Marcadores tumorais ou marcadores biológicos são macromoléculas que incluem, na sua maioria proreínas, tais como: Antígenos de superfície celular Proteínas citoplasmáticas Enzimas Hormônios Localização: Tumor Sangue Líquidos biológicos - Pode ser produzido pelo tumor - Pode ser produzido em resposta ao tumor * Classificação dos Marcadores Tumorais Classificação pela resposta: Marcador tumoral celular: Antígeno localizado na membrana celular tais como marcadores para leucemia, como hormônios e fatores de crescimento. Marcadores humorais: Substâncias que são sintetizadas pelo tecido tumoral ou substâncias formadas pelo organismo em reação ao tumor. Marcadores Genéticos: Representados por sequências de genes e proteinas por ele codificadas que são superexpressos em situações de desenvolvimento tumoral. Também demonstrado enorme potencial diagnóstico, especialmente com o advento da técnica da reação em cadeia da polimerase(PCR). * Características de um Marcador Ideal Específico do respectivo tumor: Não ser detectado em doenças benignas ou indivíduos saudáveis. 2) Possuir alta sensibilidade: Ser detectado muito precocemente, quando apenas algumas células cancerosas estiverem presentes. 3) Libertado proporcionalmente ao volume do tecido tumoral 4) Doseável confiabilidade. * O marcador será tanto mais específico quanto mais baixo for a probabilidade de fornecer resultados positivos falsos, e tanto mais sensível, quanto maior for a probabilidade de fornecer resultados positivos nos casos confirmados de tumor. Porém, como essa substância ideal não existe na prática o valor diagnóstico de um marcador tumoral depende da sua especificidade e da sua sensibilidade. Características de um Marcador Ideal * Principais Marcadores Tumorais * CEA - Antígeno CarcinoEmbrionário Antígeno carcinoembrionário (CEA): - São normalmente sintetizados e secretados pelas células que revestem o trato gastrintestinal do feto e em pequenas quantidades no adulto. - Em situações normais, são eliminados pelo intestino e em desordens benignas e malignas do trato gastrintestinal, pode ser detectado no sangue circulante. - CEA não deve ser visto como um marcador tumoral específico, é aceito como auxiliar no monitoramento do câncer. A deteção no soro associa-se a várias malignidades como: Estômago Pâncreas Gastrintestinais Mama Pulmão Ovário. * Presente em doenças benignas como: Hepatopatias Pancreatites Enfisema pulmonar Doenças benignas da mama Colite ulcerativa Doença de Crohn Pólipo retal. Níveis mais elevados são encontrados em tabagistas. O CEA é usado na monitoramento de tumores gastrintestinais, particularmente no câncer colorretal. O CEA pode ser usado paramonitorar a eficiência do tratamento, a recidiva da doença local ou metastática. Os níveis mais altos são encontrados nas metástases ósseas e hepáticas. CEA - Antígeno CarcinoEmbrionário Antígeno carcinoembrionário (CEA): * AFP – Alfa-fetoproteína Alfa-fetoproteína (AFP): Principal glicoproteína plasmática precoce do feto humano. Sintetizada pelo fígado fetal: Seus níveis se elevam durante a 14a semana de gestação, atingindo os índices normais do adulto em 6 a 10 meses após o nascimento. Adultos: Estão presentes em níveis baixos em homens e em mulheres não-grávidas saudáveis. Em pacientes com carcinomashepatocelulares e tumores testiculares (não-seminomas), encontram-se em níveis elevados. Valores elevados também podem ser encontrados em cerca de 20% dos carcinomas gástricos e pancreáticos e em um pequeno percentual de carcinomas de pulmão e de colon. * AFP – Alfa-fetoproteína Alfa-fetoproteína (AFP): Nem sempre níveis elevados de AFP estão associadas a malignidade. Pode-se encontrar elevação em: Doenças inflamatórias do fígado: Hepatite viral Hepatite crônica e cirrose hepática. Doenças inflamatórias intestinais: Doença de Crohn Colite ulcerativa ( antígeno carcinoembrionário (CEA)). Indição de dosagem: Monitoramento do tratamento de carcinomas hepatocelulares e de tumores testiculares (não-seminomas) e de suas recidivas. Os níveis de AFP estão correlacionados ao tamanho do tumor. Nos tumores testiculares, são utilizadas em associação com a beta-gonadotrofina coriônica humana (bHCG), sendo extremamente útil no diagnóstico diferencial. * HCG – Gonadotrofina coriônica humana Gravidez: É normalmente encontrado no soro e na urina. Porém, pode também estar presente em 10% dos pacientes com doença inflamatória intestinal benigna, úlcera duodenal e cirrose hepática. Além disso, o beta-HCG pode ser achado em: quase 100% dos pacientes com tumores trofoblásticos 10% a 40% de tumores de células não-germinativas (carcinoma do pulmão, mama, trato GI e ovário). Em pacientes com tumores trofoblásticos (células germinativas): Seminomas Teratomas Coriocarcinomas Indicação de dosagem: Monitorando, terapia, prevenção do aparecimento de metástases e predizendo o fracasso de tratamento ou recidivas da doença. Quando combinado com AFP, torna-se particularmente útil na detecção dos seminomas. β-HCG: * PAP – Fosfatase ácida Prostática Inicialmente descoberta na próstata, mas foi encontrada mais tarde numa variedade de tecidos. Contudo a PAP estão presente apenas em pequenas quantidades no sangue. Os níveis de PAP no sangue são elevados em alguns pacientes com câncer de próstata, a maioria dos quais têm a doença avançada; Níveis elevados de PAP estão associados com outros tipos de câncer: Mieloma múltiplo Sarcoma osteogânico PAP: * DHL – Dehidrogenase Láctica É uma proteína encontrada por todo o corpo. Resultado: quase todos os tipos de câncer como também muitas outras doenças podem elevar os níveis de DHL. Por isso, esse marcador não pode ser usado para descobrir o câncer Entretanto, pode ser usado para monitorar o curso do câncer de um paciente. Altos níveis de DHL persistentes ou recorrentes depois do tratamento normalmente indicam que a doença ainda está presente ou houve recidiva. HDL: * Cromogranina A A cromogranina-A é a principal proteína solúvel do granulo de cromofina e pode ser liberada da medula adrenal juntamente com as catecolaminas mediante estimulo nervoso. Entretanto, não está restrita a células cromofinas da medula adrenal e neurônios simpático estando também presente em vários tecidos neuroendócrinos. Níveis séricos elevados podem ser encontrados nofeocromositoma e no carcinoma pulmonar de células pequenas (SCLC). * SCC- Carcinoma de células escamosas SCC: O antígeno do carcinoma de células escamosas (SCC) são uma subfração praticamente neutra do antígeno tumoral TA-4 purificado a partir de tecido carcinomatoso de células escamosas do cérvix uterino. Mais de 70% das pacientes com câncer cervical avançado possuem SCC elevado. O ensaio para SCC é útil no acompanhamento das pacientes com câncer cervical, durante a terapia, pois temuma sensibilidade de 83% e uma especificidade de 95%. O SCC também é util no monitoramento decarcinomas de células escamosas de cabeça, pescoço, pulmão, boca mandíbula, rosto, esófago e canal anal. As concentrações são ricas de SCC são o mais elevadas em pacientes com metástases. Aproximadamente 50% dos pacientes com insuficiência renal apresentam concentrações séricas elevadas de SCC. * Cyfra 21-1 Cyfra 21-1 é um fragmento da citoceratina 19 encontrado no soro. É uma subunidade do filamento intermediário de citoceratina expressado nos epitélios simples e em seus correspondentes malignos. É particularmente abundante no câncer de células pequenas do pulmão. No adenocarcinomapulmonar, quando associado a dosagem do CEA, apresenta um aumento desensibilidade de 10%. Está presente também em neoplasia maligna de grandes células pulmonares e em carcinomas das células escamosas do pulmão, constituindo-se num fator de prognóstico ruim. *
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