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4° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Laboratório UCX Oncologia - Introdução Ciclo celular em oncologia Normalmente, a célula cresce, multiplica-se e morre de maneira ordenada. Entretanto, algumas não seguem esse ciclo, como as células cancerígenas, as quais seguem um ciclo celular acelerado, desorganizado, com células imaturas e desiguais, as quais desregulam o organismo. Função distorcida Apoptose errônea (morrem muito cedo ou demoram muito para morrer) Baixa eficácia de membrana celular No crescimento controlado, como na hiperplasia, a metaplasia e a displasia, o efeito é reversível. No crescimento não controlado, tem-se uma massa anormal de tecido, cujo desenvolvimento é quase autônomo, persistindo dessa maneira excessiva após o término dos estímulos que o provocaram. As neoplasias (câncer in situ e câncer invasivo) correspondem a essa forma não controlada de crescimento celular e, na prática, são denominadas tumores. Como é a regulação em nível molecular? Mecanismos de defesa (muitas vezes, geneticamente pré-determinados) possibilitam a interrupção do processo dessas células alteradas: Sistema imunológico íntegro (órgãos linfoides e células de defesa – linfócitos) o Cabe aos linfócitos a atividade de atacar as células do corpo infectadas por vírus oncogênicos (capazes de causar câncer) ou as células em transformação maligna, bem como de secretar substâncias chamadas de linfocinas. o Linfocinas: regulam o crescimento e o amadurecimento de outras células e do próprio sistema imune Capacidade de reparo do DNA danificado Ação de enzimas responsáveis pela transformação e eliminação de substância cancerígenas Como os genes podem estar envolvidos no processo de carcinogênese? A célula normal sofre uma mutação genética (DNA), passando a receber instruções erradas para suas atividades. Essa mutação pode ou não ser espontânea, ou seja, pode ou não alterar o desenvolvimento da célula. As alterações podem ocorrer em genes especiais, denominados proto-oncogenes, que, quando ativados, transformam-se em oncogenes, responsáveis pela malignização (cancerização) das células normais. Essas células diferentes são denominadas cancerosas Ter o gene de um câncer não necessariamente implica que a pessoa irá desenvolver um câncer. Um impacto/batida pode ativar um mecanismo de reparo que, a depender do tempo e do metabolismo da pessoa, pode causar problemas – como um câncer. Microrganismos podem estar vinculados a processos oncológicos, como o vírus HPV Câncer de Pele Não existe teste bioquímico para câncer de pele. Entretanto, temos enzimas que nos auxiliam a ver esse crescimento anormal das células cancerígenas. Essas enzimas estarão aumentadas após qualquer lesão celular orgânica, por conta do aumento da permeabilidade da membrana (as enzimas difundem- se para os capilares) Normalmente, a concentração de enzimas no soro é baixa Não são o padrão-ouro – é necessário correlaciona- las com a clínica do paciente! As células do CA, por serem imaturas, acabam por tendo uma baixa eficácia de membrana, secretando algumas enzimas citadas abaixo. Importante: o aumento das enzimas não necessariamente é patológico! Pode ser por aumento da síntese enzimática intracelular com consequente difusão delas para a corrente sanguínea. 4° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Serve para acompanhamento do paciente LDH – lactato desidrogenase Liberada na corrente sanguínea após membrana rompida/aumento da permeabilidade da membrana (células destruídas ou danificadas) É encontrada em quase todos os tecidos do corpo Serve para mensurar a injúria celular após o tratamento escolhido para o câncer Tem subtipos: LDH-1 até LDH-5 Bioquímica do LDH: Aumentado em recém-nascidos e bebês até 2 anos Aumentado em idosos maiores de 65 anos Aumentado em exercício físico Nos casos de hemólise, o LDH é invalidade diante da injúria celular (agitação física das amostras) Fosfatase alcalina Presente no epitélio intestinal, túbulos renais, barreira hematencefálica e placenta Relaciona-se com a mineralização óssea 2 tipos prevalentes: óssea e hepática (pode ser solicitada como total) Óssea aumentada: tumores ósseos Hepática aumentada: consequência do método de tratamento escolhido (via oral por exemplo) Marcadores tumorais Qualquer substância presente no tumor, no sangue ou em outros fluidos biológicos, produzida primariamente por ele ou, secundariamente, pelo paciente, em resposta à presença do tumor. Não é uma enzima Podem ser proteínas, lipídios, carboidratos, hormônios (basicamente macromoléculas) É um marcador bioquímico, diferente do marcador de biologia molecular (mais caro, não é rotina) Tem alta sensibilidade e baixa especificidade – ou seja, pode ser que uma paciente com CA de mama tenha um alto marcador tumoral de CA de colo de útero Realizado para acompanhamento, não para diagnóstico, quando são sensíveis e específicos o suficiente Podem ser caracterizados ou quantificados por meios bioquímicos ou imunohistoquímicos nos tecidos ou no sangue, e por testes genéticos para pesquisas de oncogenes, genes supressores de tumores e alterações genéticas Cada marcador tumoral tem um valor de referência determinado; taxas acima do valor de referência, apresentadas por pacientes, devem ser investigadas Como deveria ser um marcador tumoral perfeito? Altamente específico e suficientemente sensível para detectar neoplasias em diagnóstico precoce Deveria ser produzido apenas pelas células neoplásicas Deveria ser facilmente detectado em sangue e fluidos biológicos Marcadores Bioquímicos de Neoplasias Urogenitais A melhor opção/o ideal seria que o diagnóstico laboratorial para o CA de próstata fosse a biologia molecular, entretanto, ela não é acessível. Marcadores tumorais do câncer de próstata Tumor mais comum entre os homens Fatores de risco: idade > 50 anos, histórico de CA na família, sobrepeso PSA: antígeno prostático É o marcador tumoral de maior utilidade clínica atualmente; utilizado para triagem e acompanhamento O PSA é uma proteína que é produzida por células prostáticas normais e anormais. PSA alto: CA próstata, HPB, doenças inflamatórias, prostatite, infecção urinária, relação sexual, sondagem uretral, toque retal, colonoscopia, biópsia; basicamente, qualquer coisa que lesione a próstata Alta sensibilidade, baixa especificidade; PSA + exame físico (toque retal): a forma mais segura, eficiente e acessível para detectar anormalidades teciduais do órgão, e avaliar a necessidade de realização de outros exames para determinar a extensão da doença e decidir qual o tratamento será mais eficaz PSA total x PSA livre: PSA total: é aproximadamente igual à soma do PSA livre (fPSA) e do PSA em um complexo estável com α-1-antiquimotripsina; é o PSA que carrega consigo outras moléculas PSA livre: varia de 5% a 40% ou mais do PSA total; PSA livre é aquele que se encontra sozinho no 4° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 sangue, sem ligação a nenhuma outra molécula (ou ‘puro’) Marcadores tumorais do câncer de testículo AFP: alta-fetoproteína – marcador coringa Proteína produzida pelo bebê em uma vida fetal Para acompanhamento do paciente Algumas células cancerígenas, incluindo células de câncer de fígado, poderão retomar sua forma prévia fetal e começar a produzir a alfafetoproteína novamente. Altos níveis de alfafetoproteína são comuns em câncer de testículo Estará aumentado em qualquer processo com células imaturas (como o câncer) ou células embrionárias B-HCG: gonadotrofina coriônica humana Durante o tratamento, testes seriados de B-HCG são utilizados para medir a resposta do organismo, como forma de acompanhamento Mensurar os hormônios;se o BCHG está alto = muitas células germinativas Não é recomendado para metástases (afinal é óbvio que temos alta de células germinativas) As diferentes formas moleculares secretadas de HCG podem ser encontradas no soro, urina e líquido amniótico de gestantes; soro, urina e vesículas em pacientes com mola hidatiforme ou coriocarcinoma e em fluidos biológicos de mulheres não grávidas e homens normais ou acometidos de tumores de diferente origem embrionária… Todos os tumores trofoblásticos produzem a molécula de hCG intacta. Micro-heterogeneidade na composição de carboidratos ocorre na molécula produzida por tumores, sem afetar a imunorreatividade e amplificando a bioatividade. Os tumores de pior prognóstico secretam a subunidade beta em maiores proporções e os ensaios empregados devem discriminar o dímero hCG da subunidade bhCG livre, para quantificação exata e conduta adequada. Tumores de células germinativas femininas (disgerminoma, carcinoma embrionário) e masculinas (seminomas, não-seminomas) expressam hCG em quantidades suficientes para detecção no soro de 15 a 72% dos pacientes acometidos. Níveis de hCG superiores a 100-1000 UI/mL nestes tumores indicam maior risco e pior prognóstico. Em adição aos tumores de células germinativas, cânceres de bexiga, rim, próstata, fígado, pulmão, mama e cólon- reto expressam hCG em variável proporção, principalmente a forma bhCG livre. Exame: PSA semi quantitativo No teste rápido de PSA semi-quantitativo, a amostra (soro) do paciente é utilizada em uma fita de PSA teste rápido e deve ser interpretada em 2 momentos: após 5 minutos e após 10 minutos do começo do exame. Materiais necessários: 1 tubo de ensaio, 1 estante, 1 pipeta para 250ul, 1 ponteira, cronômetro e a amostra do paciente. 1 fita = controle! Se após 5 minutos houver 2 fitas: PSA > ou igual a 4ng/mL Se após 5 minutos houver apenas 1 fita: esperar dar os 10 minutos Se após 10 minutos houver 2 fitas: PSA entre 4 e 2,5ng/mL Se após 10 minutos houver apenas uma fita: PSA < ou igual a 2,5ng/ml Outros marcadores Outros marcadores, além do PSA, os quais contribuem para um pré-diagnóstico, diagnóstico e prognóstico de terapia em vários aspectos clínicos: PAP: fosfatase ácida; é potencialmente útil como um componente de testes multivariados para a avaliação da agressividade e recorrência do câncer de próstata, mas este estudo sozinho não adiciona informações úteis PCA3: antígeno específico da próstata 3; AMAC: anfa-metil ácil-coenzima A racemase; HC2: calicreína 2 humana; acredita-se que este teste seja mais sensível do que o PSA na detecção do câncer de próstata extracapsular EPCA: antígeno precoce do câncer de próstata; Hiperplasia prostática benigna PSMA: usado para diagnóstico diferencial entre HBP e CA de próstata; O antígeno de membrana específico da próstata, ao contrário do PSA, não é secretado pelo epitélio da glândula para o sangue e não é produzido por células de outros órgãos humanos. Na hiperplasia benigna da 4° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 próstata, não há aumento na síntese de PSMA, e nas células do câncer de próstata, a expressão de PSMA é acentuadamente aumentada, especialmente no câncer de próstata avançado e CPRC. A síntese de PSMA não depende dos níveis de andrógenos e a terapia hormonal não afeta sua produção. A determinação de PSMA por reação em cadeia da polimerase transcriptase reversa (PCR) permite a detecção de 1 célula de câncer de próstata isolada capaz de crescimento autônomo e formação de colônias secundárias a partir de um milhão de células da medula óssea Câncer de Pulmão O câncer de pulmão é um dos tumores malignos mais comuns. A morbidade e mortalidade do câncer de pulmão são muito altas; portanto, um diagnóstico precoce e preciso é fundamental para aumentar a eficácia do tratamento. Atualmente, não há um método ou indicador eficaz para o diagnóstico de câncer de pulmão em estágio inicial. Em mais de 70% dos pacientes com câncer de pulmão, o momento ideal para o início do tratamento já passou quando a doença é confirmada. Portanto, a identificação de marcadores para o diagnóstico precoce de câncer de pulmão tem importante valor clínico. CEA – Antígeno carcinoembriogênico É uma proteína (antígeno) oncofetal com expressão de tumor seletiva (AFTP idem) Auxilia no pós diagnóstico + tratamento; não necessariamente uma pessoa com CA será CEA aumentado Alta sensibilidade, baixa especificidade Atividade celular ativa, imatura, desorganizada Monitorar, principalmente, a terapêutica do câncer colorretal Auxilia no diagnóstico, no acompanhamento terapêutico e prognóstico de outros tumores quando associado a outros marcadores. o Exemplo: CA mama, ovário, pulmão, estômago, uterino e tireoide A expressão do CEA dependerá do organismo e da etiologia do câncer Alfa enolase (eno 1) ou enolase específica de neurônios A enolase é uma enzima (proteína) metabólica importante na via da glicólise, além de ser um marcador tumoral encontrado no CA de pulmão. Há três subtipos nas células de mamíferos: ENO1, β-enolase (ENO3) e γ- enolase (ENO2). A ENO1 está amplamente distribuída em diversos tecidos do corpo humano, ao passo que a expressão de ENO2 e ENO3 é específica ENO1 ou alfa-enolase: um dos três subtipos de enolase o Níveis elevados de ENO1 já foram detectados em tecidos tumorais e sangue periférico em pacientes com CA de pulmão Expressão de ENO1 em células cancerígenas principalmente no citoplasma; aparecerem na forma de grânulos amarelos e amarelo-acastanhados. Pode também estar expresso em doença pulmonar benigna, mas é mais comum em CA de pulmão A presença de ENO1 é mais prevalente nos estágios iniciais (I e II) do que nos avançados (III e IV) Tem resposta mais rápida que o CEA, por ser uma enzima Utilizada para acompanhamento e avaliação de eficácia após iniciado o tratamento. Auxilia na detecção de metástases antes mesmo de apresentar sintomas ou alterações em outros exames Durante a glicólise, a ENO1 converte 2- fosfoglicerato em fosfoenolpiruvato. A ENO1 localizada na superfície da célula pode ser usada como receptor de plasminogênio estável ativado e desempenha um papel na invasão e metástase de células tumorais. A ENO1 também fortalece a capacidade de infiltração de monócitos e macrófagos e pode participar da formação de tumores por meio do controle da expressão da oncoproteína c-myc através da via de sinalização de Notch. Níveis sérios de autoanticorpos contra anfa-enolase no câncer de pulmão São maiores em população com CA de pulmão que em população com doença pulmonar benigna Os níveis séricos de autoanticorpos contra ENO1 foram maiores nos pacientes em estágios iniciais (I e II) do que em pacientes em estágios avançados (III e IV), assim como na expressão do ENO1. Correlação entre expressão de ENO1 e autoanticorpos contra ENO1: pacientes com 4° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 expressão de ENO1 tem mais chances de apresentarem níveis elevados de autoanticorpos contra ENO1 Outros exames (de rotina) Hemograma: Leucocitose: quadro de alta replicação celular; aumento de neutrófilos (1° linha de defesa); Anemia: por conta da angiogênese Hematócrito alterado LDH: Presente na periferia do citoplasma celular Aumentado quando há injúria celular – células morrem pelo rompimento de suas membranas Função Hepática: avaliar o metabolismo hepático TGO, TGP e gama GT: melhores marcadores de metabolismo hepático Fosfatase alcalina Albumina: diminuída quando há alteração hepática, pois é produzida pelo fígado Bilirrubina TAP: tempo de atividade da protrombina; índice RNI – vínculo com a coagulação (vitamina K – produzida pelo fígado) Metabolismo ósseo: avaliar metástase Cálcio PTH VitaminaD PCR: aumentado em processos crônicos do organismo Marcadores Bioquímicos do CA Gastrointestinal CA 19.9 – Antígeno do Câncer Marcador tumoral do trato gastrointestinal: em câncer de pâncreas e trato biliar como primeira escolha e no colorretal como segunda escolha. Acompanhamento de CA estômago/fígado, durante ou após o tratamento Mais específico para pâncreas Aumenta em resposta ao tumor CEA ANTÍGENO CARCINOEMBRIOGÊNICO Sua principal aplicação é monitorar a terapêutica em câncer colorretal. Associados a outros marcadores auxilia no diagnóstico, acompanhamento terapêutico e prognóstico de outros tumores: câncer de mama, câncer de ovário, câncer de pulmão, câncer de estômago, câncer uterino, câncer de tireoide. Deve reduzir conforte o tratamento do CA avança AFp – ALFA FETO PROTEÍNA AFP é uma proteína produzida apenas pelo bebê em sua vida intrauterina. Algumas células cancerígenas, incluindo células de câncer de fígado, poderão retornar sua forma prévia fetal e começar a produzir a alfa-fetoproteína novamente. Testes seriados de alfa-fetoproteína são utilizados para medir o prognóstico de um tratamento para Ca hepático. Indicações Clínicas: no hepatocarcinoma serve de triagem de câncer em pacientes cirróticos. CA 72.4 – Carcinoma Gástrico Glicoproteína – circula normalmente no corpo, faz o carreamento de substâncias; seu aumento é tão rápido quanto o das enzimas Marcador para carcinoma gástrico Utilizado para acompanhamento Correlação câncer – exames CA pâncreas: solicitar amilase e lipase CA fígado: solicitar transaminases (TGO e TGP) e TAP (protrombina) o TGP é quem aumenta antes do TGO o TAP: tempo médio de coagulação normal é 12,6 segundos CA de estômago e colo: podem ou não estar com exames de rotina alterados Marcadores Tumorais CA Femininos Marcadores CA de Mama CA-15-3 - ANTÍGENO DO CÂNCER 15-3 - marcador tumoral por excelência do Câncer de Mama. CEA- ANTÍGENO CARCINOEMBRIOGÊNICO 4° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Embora o CEA (antígeno carcinoembrionário) tenha sido um dos primeiros marcadores tumorais descobertos, esse não é geralmente utilizado em câncer de mama. Muitas vezes, um aumento dos níveis de CEA pode sugerir que o tratamento atual não está funcionamento. MCA – Antígeno Mucinóide Associado ao Carcinoma é também utilizado como marcador tumoral para o câncer de mama. Tem boa correlação com o CA 15-3, sendo útil na avaliação prognóstica e controle terapêutico. BRCA 1 e BRCA 2 São marcadores genéticos de pré- disposição ao câncer de mama. Mulheres portadoras de mutações nos genes BRCA 1 e BRCA 2 têm um risco de aproximadamente 56 a 87% de desenvolver câncer de mama e um risco aumentado para câncer de ovário (16 a 44%) até os 70 anos de idade. As mutações no gene BRCA 1 predispõem ao risco 3 x maior de câncer de próstata e risco 4 vezes maior ao câncer de colorretal em comparação com risco médio global. Mutações no gene BRCA 2, predispõem ao câncer de mama em homens e acredita-se também estarem associadas ao câncer de pâncreas. Para os portadores de mutação nos genes BRCA 1 ou BRCA 2 que não apresentam câncer de mama ou ovário não significam certeza do surgimento do câncer, porém indicam uma probabilidade aumentada para o desenvolvimento do mesmo em relação a população e geral. Marcadores CA de ovário CA-125 ANTÍGENO DO CÂNCER 125 Proteína produzida pelas células ovarianas. Marcador tumoral largamente utilizado em câncer de ovário, sendo também útil para câncer de endométrio e endometriose. Leucemias Célula mieloide dá origem a plaquetas, eritrócito, basófilo, neutrófilo, eosinófilo e monócitos (que dá origem a macrófagos e células dendríticas) o Maior complexidade Célula linfoide dá origem a linfócitos T e B (que dá origem a plasmócitos) Leucemias agudas: mais perto da imaturidade Leucemias crônicas: mais perto da maturidade As leucemias podem ter diversos gatilhos Leucemia Mieloide Aguda Proliferação da linhagem mielocítica com presença de blastos Presença de Bastonete de Auer Rara na infância Cerca de 80% das leucemias agudas do adulto são de origem mieloide e existe um aumento da incidência com a idade Alterações ao hemograma: Anemia em graus variáveis, de rápida instalação, não havendo perda sanguínea que a justifique ou sinais sistêmicos da doença. Presença de reticulócitos (eritroblastos) Leucocitose com neutrofilia ou neutropenia Plaquetopenia está presente na grande maioria dos casos Pancitopenia: Outros sinais: Púrpura recente: se equimoses, petéquias e sangramento das mucosas forem súbitos (de um dia para outro) + empalidecimento, anorexia, febrícula e duração de algumas semanas, pensar em LA Febre ou outros sinais de infecção com anemia e/ou púrpura recentes: é a apresentação clássica de LA; são sinais de pancitopenia (anemia, trombocitopenia e neutropenia). Dor óssea (40% dos casos): pesquisá-la pela pressão digital no esterno. Está presente em qualquer disseminação tumoral metastática na medula 4° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Linfodonomegalia: presentes em 60% dos casos de LLA; raras na LMA Esplenomegalia: o baço é palpável em 70% dos casos de LLA e 30% de LMA Dores reumáticas em criança Gengivite hipertrófica: caracteriza os tipos monocíticos de LMA. Classificação das LMA pela OMS: é um avanço da classificação FAB pela inclusão de fatores genéticos e alterações clínico-laboratoriais pré́-diagnóstico, com importância prognóstica Para um diagnóstico adequado é necessário que esfregaços do sangue periférico e da medula óssea sejam examinados e que a contagem diferencial seja realizada em ambos A contagem de blastos, bem como a caracterização das células blásticas são fundamentais para o diagnóstico LMA-M0: células muito jovens, grandes, sem granulações LMA-M1: bastonete de Auer, quase sem granulações Leucemia Linfoide Aguda Hiperproliferação celular de linfócitos imaturos – Blastos Comum em crianças Aproximadamente 80% a 85% dos casos de LLA em crianças são da linhagem de células B precursoras. A LLA corresponde a apenas 20% das leucemias agudas do adulto Alterações no hemograma: Anemia Plaquetopenia Linfocitose de linfoblastos Classificação pela FAB: Análise morfológica das células do sangue periférico e da medula óssea, suplementada com algumas reações citoquímicas, principalmente o Sudan black B Hemácias “Rouleax” = hemácias empilhadas, característico de processos agudos. Não específico da leucemia aguda. 4° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Leucemia Mieloide Crônica Hiperproliferação clonal de células hematopoiéticas primitivas Raro em crianças e idosos Comum entre 30 e 60 anos Achados ao hemograma: Leucocitose Neutrofilia + desvio a esquerda Basofilia (?) Anemia Trombocitose/Plaquetose Hemoglobina: 9,7g/dL (variação de 5,4 a 14,4 g/dL) notando-se pequena correlação entre a concentração de hemoglobina e o número total de glóbulos brancos circulantes; Plaquetas: 485.000/mm3 (variação de 25.000 a 1.400.000/mm3); Citogenética: Cromossomo Philadelfia PH (Ph), que resulta da fusão de parte do oncogene ABL no cromossomo 9 com o gene BCR no cromossomo 22. Translocação BCR/ABL ou translocação t(9;22). A presença desta translocação constitui o principal marcador citogenético da Leucemia Mieloide Crônica Células “frouxas” e eritrócitos em lágrima Leucemia Linfoide Crônica Proliferação clonal de Linfócitos B Raro em adultos jovens Comum em > 60 anos Predominância sexo masculino Achados ao hemograma: Leucocitose + Linfocitose Lâmina: evidente aumento do número de Monócitos (confundidos na contagem eletrônicacomo linfócitos) Não há atipia linfocitária. Presença de Manchas de Gumprecht Manchas de Gumprecht que confundem com manchas da própria coloração das lâmicas; refazer várias colorações Mielograma Esfregaço de aspirado de medula óssea corado por Leishman, May-Grünwald-Giemsa ou Wright-Giemsa Há características da presença de Mieloblastos, podendo apresentar bastão de Auer e positividade para as reações enzimático-citoquímicas como peroxidase, Sudan Black ou naftil-cloro-acetato esterase. o Corante lipofílico que reage com fosfolípides, gorduras neutras e esteroides. As células linfoides e os mieloblastos primitivos (M0) apresentam reação citoquímica negativa ao Sudan Black.
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