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© Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 1 Físico – Química I EET313 ET1 – ER1 – NANO – (6987) 2015 - 1 Prof. Ericksson Rocha e Almendra almendra@poli.ufrj.br - F201-h - 3938-8505 © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 2 Transparências 4 © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 3 Sistemas Abertos (Multicomponentes) Até agora, chegamos às Equações Fundamentais da Termodinâmica em sistemas fechados: U (S ,V ) ⇒ dU=TdS−pdV H (S , p) ⇒ dH=TdS+Vdp A (T ,V ) ⇒ dA=−SdT−pdV G(T , p) ⇒ dG=−SdT+Vdp Vejamos agora os sistemas abertos. Comecemos por um sistema com dois componentes. Seja G=G(p ,T ,n1,n2) dG=(∂G∂T )p ,n1 , n2dT+( ∂G ∂ p )T ,n1 , n2dp+( ∂G ∂n1)p ,T ,n2dn1+( ∂G ∂n2)p ,T ,n1dn2 © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 4 Sistemas Multicomponentes dG=(∂G∂T )p ,n1 ,n2dT+( ∂G ∂ p )T ,n1 ,n2dp+( ∂G ∂n1 )p ,T ,n2⏟ μ1 dn1+( ∂G∂n2 )p ,T ,n1⏟ μ2 dn2 Definindo: μi≡( ∂G∂ni )T , p ,n j≠i Potencial Químico da espécie i no sistema μi=μi(T , p ,n j) é variável intensiva, não depende da massa! dG=(∂G∂T )p ,ni dT+( ∂G ∂ p )T ,nidp+∑i ( ∂G ∂ni )p ,T ,n j≠i⏟ μi dni © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 5 Sistemas Multicomponentes dU=(∂U∂ S )V ,ni dS+( ∂U ∂V )S ,nidV +∑i ( ∂U ∂ ni )V , S ,n j≠i⏟ μi dni dH=(∂H∂ S )p ,nidS+( ∂H ∂ p )S ,nidp+∑i ( ∂H ∂ni )p , S ,ni⏟ μi dni dA=(∂ A∂T )V ,ni dT+( ∂ A ∂V )T ,nidV +∑i ( ∂ A ∂ni )V ,T ,ni⏟ μi dni Analogamente: dG=(∂G∂T )p ,n1 , n2dT+( ∂G ∂ p )T ,n1 ,n2dp+∑i ( ∂G ∂ni )p ,T ,n j≠i⏟ μi dni © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 6 Sistemas Multicomponentes dU=TdS−pdV +∑ i (∂U∂ni )V , S ,n j≠i⏟ μi dni dH=TdS+Vdp+∑ i (∂H∂ni )p ,S ,ni⏟ μi dni dA=−SdT−pdV +∑ i (∂ A∂ni )V ,T ,ni⏟ μi dni dG=−SdT +Vdp+∑ i (∂G∂ni )p ,T ,n j≠i⏟ μi dni Finalmente, chegamos a: Equações Fundamentais da Termodinâmica para Sistema Abertos: © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 7 Sistemas Multicomponentes Observar que: G=H−TS e A=U−TS e H=U+ pV Logo: G=H+A−U=U+ pV +A−U ⇒ G=A+ pV Diferenciando: dG=dA+ pdV +Vdp −SdT+Vdp+∑ i (∂G∂ni )p ,T ,n j≠i=−SdT−pdV +∑i ( ∂ A ∂ ni )V ,T ,ni+ pdV +VdP De forma análoga pode ser mostrado que: ∑ i (∂G∂ni )p ,T ,n j≠i=∑i ( ∂ A ∂ni )V ,T ,n j≠i=∑i ( ∂H ∂ni )p ,S ,n j≠i=∑i ( ∂U ∂ni )V ,S ,n j≠i≡μi ∑ i (∂G∂ni )p ,T ,n j≠i=∑i ( ∂ A ∂ni )V ,T ,ni=μi © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 8 © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 9 Uma Recordação Aditiva dS= δqrev T dU=δq+δw δqrev+δw rev=δq+δw δw−δwrev=δqrev−δq ∫ 1 2 δqrev T >∫ 1 2 δqirrev T Algumas coisas que já vimos: Como U é uma função de estado, podemos escolher a rota tal que: E, portanto: dU=δ qrev+δwrev w perd=δw−δwrevÉ usual se chamar de trabalho perdido. Isso porque o trabalho feito em condições reversíveis é sempre o máximo (ou mínimo, a depender do sentido da transformação). Disso se tira: δqrev=δq−δw perd © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 10 Uma Recordação Aditiva w perd=δw−δwrev © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 11 © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 12 Equilíbrio Conceito: diz-se que um dois estados estão em equilíbrio quando nenhum trabalho reversível é feito na transição entre tais estados. No esquema acima, MQ é uma máquina estacionária que converte um material que está no estado 1 ao estado 2. Os seja, o material entra na máquina no estado 1 e sai do estado 2. O critério para equilíbrio entre os estados 1 e 2 é que tal máquina não faça trabalho reversível. 1 2MQn n © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 13 Equilíbrio Conclusão zero: pois do contrário poderíamos ter uma máquina térmica operando entre 1 e 2. T 2=T 1 Conclusão 1: as pressões não são necessariamente iguais. Veja-se o caso de uma coluna barométrica de gases. Há equilíbrio na coluna, mas a pressão é diferente a cada altura, cada altitude. Vamos analisar o problema pela análise da passagem de uma quantidade infinitesimal do material i através da máquina estacionária. As primeiras e segundas leis para o caso são: dU=δw+δq+(H¯+ E¯Cin+ E¯ Pot+...)i ,1dni ,1−(H¯+ E¯Cin+ E¯Pot+...)i ,2dni ,2 dS= δqrev T + S¯i ,1dni ,1−S¯ i ,2dni ,2= δq T − δw perd T + S¯i ,1dni ,1− S¯i ,2dni ,2 © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 14 Equilíbrio dU=δw+δq+( H¯+ E¯Cin+ E¯ Pot+ ...)i ,1dni ,1−(H¯+ E¯Cin+ E¯Pot+...)i ,2dni ,2 dS=δq T − δw perd T + S¯i ,1dni ,1− S¯i ,2dni ,2 Rearranjando a segunda: δq=TdS−T S¯i ,1dni ,1+T S¯i ,2dn1,2+δw perd Lembrando que a máquina é estacionária logo e substituindo esta última expressão na primeira, temos δwrev=δw+δw perd=(H¯−T S¯+ E¯cin+...)i ,1dni−(H¯−T S¯+ E¯cin+ ...)i ,2dni δwrev=(G¯+ E¯cin+ E¯ pot+...)i ,1dni−(G¯+ E¯cin+ E¯ pot+...)i ,2dni Se, mais uma vez, não tivermos energias cinética, potencial, … envolvidas δwrev=(G¯i ,1−G¯i ,2)dni Equilíbrio ⇒ G¯i ,1=G¯ i ,2 ⇒ μi ,1=μi ,2 dU=0,dS=0,dn1=dn2 © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 15 © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 16 A Equação Barométrica Vejamos uma aplicação paralela (mas tecnologicamente muito útil) do que acabamos de ver Seja um gás ideal preenchendo uma longa coluna vertical Comparemos duas altitudes z1 e z2. A princípio, teríamos : G¯2=G¯1 Mas, neste caso, se z2 >> z1, temos que considerar a diferença de energia potencial gravitacional. Logo: G2=G1+mgΔ z ⇒ G¯2=G¯1+Mg (z2−z1) ⇒ G¯2−G¯1=Mg (z2− z1) Já vimos entretanto, numa dada temperatura, uma expressão para a diferença de potencial de um gás ideal em duas pressões diferentes. Supondo que o gás na coluna esteja em pressões diferentes, em alturas diferentes.: © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 17 A Equação Barométrica G2=G1+mgΔ z ⇒ G¯2=G¯1+Mg (z2−z1) ⇒ G¯2−G¯1=Mg (z2− z1) Já vimos entretanto, numa dada temperatura, uma expressão para a diferença de potencial de um gás ideal em duas pressões diferentes. Supondo que os gases na coluna estejam em pressões diferentes: d G¯=V¯ dp=RTP dp=RT d (ln p) ⇒ G¯2−G¯1=RT ln ( p2 p1 ) Substituindo na expressão anterior, temos sucessivamente: RT ln( p2 p1 )=Mg(z2−z1) ⇒ ln ( p2 p1 )=MgRT (z2−z1) p2=p1 exp [−MgRT (z2−z1)] ⇒ Equação Barométrica © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 18 Para informar ao Galvão Bueno Fazendo algumas continhas sobre a composição da atmosfera a 5000 m de altitude, 298 K pN 2 5000=0,79exp [− 14⋅108,3144⋅298⋅1000 5000 ]=0,60 pO2 5000=0,21exp [− 32⋅108,3144⋅298⋅1000 5000 ]=0,11 ptotal 5000=pN2 5000+ pO2 5000=0,60+0,11=0,71atm Ou seja, a pressão total cai de 30%, mas a quantidade de oxigênio disponível aos seres vivos cai à metade. p2=p1 exp [−MgRT (z2−z1)] xO2= 0,11 0,71=15,5 % © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 19 Centrífugas p2=p1 exp [−MgRT (z2−z1)] Vemos que a diferença de pressão depende da massa molecular. Logo, se tivermos uma mistura de gases de certa composição em z1, em z2 as pressões parciais serão diferentes e, portanto, a composição do gás será diferente. O gás mais pesado será mais abundante em menores altitudes. Para tornar prática a concentração de substâncias por tal princípio substituímos o campo de forças gravitacionais por um campo de forças inerciais, numa centrífuga, por exemplo. É possível obter campos centrífugos equivalentes a milhares de g´s e uma diferença significativa de concentração em apenas alguns centímetros. © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 20 © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 21 Equilíbrio de Fases Se duas fases estão em equilíbrio então os potenciais químicos de cada um dos constituintes do material é igual nas duas fases. μ1 fase1=μ1 fase 2 Mas, tal equilíbrio depende tanto da temperatura quanto da pressão. Logo: μágua(T , p)=μgelo(T , p) Sabemos que se alterarmos apenas a T esse sistema sai do equilíbrio, mas é bem possível que existam outras T e p nas quais o equilíbrio também ocorra. Seja água e gelo a 1 atm e 273,15K. Se há equilíbrio entre essas duas fases então: μágua=μgelo © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 22 Equilíbrio de Fases Outro exemplo: sabemos que Grafita e Diamante são formas alotrópicas do elemento Carbono. Para que tais fases estejam em equilíbrio é necessário que: μG=μD μG>μD A 1 atm, na temperatura ambiente, a forma alotrópica de menor potencial é a grafita. Dizemos que a grafita é a forma mais estável. A pergunta é: seria possível termos o diamante como fase mais estável? Vamos tentar obter o ponto em que apenas alterando a pressão. Temos: μG=μD dG=−SdT+Vdp ⇒ dG=VdP © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 23 Equilíbrio de Fases dG=VdP A dependência da energia livre em função da pressão pode tomar várias formas: Para um gás ideal: d G¯= RT p dP=RT d (ln p) ⇒ Δ G¯=RT ln( p2 p1 ) Para um sólido incompressível: d G¯=V¯ odp ⇒ Δ G¯=V¯ o (p2−p1) Para um sólido compressível no qual: βT=− 1 V¯ (∂ V¯∂ p )T Supondo que o coeficiente de compressibilidade seja constante: ∫ V o V (∂ V¯V¯ )=−βT∫po p dP ⇒ ln( V¯ V¯ o )=−βT (P−p o) ⇒V¯=V¯ o exp [−βT (p−p o)] © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 24 Equilíbrio de Fases V¯=V¯ o exp [−βT (p−p o)] Substituindo na expressão da energia livre, temos: Δ G¯=∫ po p V¯ o exp [−βT (p−p o)]dp Muitas vezes temos de ir a pressões muito altas. Se a pressão inicial for considerada irrelevante Δ G¯=V¯ o βT [1−exp(−βT P)] Diamante Grafita T constante Pressão G¯ Pressão de equilíbrio © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 25 Transições de 1a Ordem: Pressão de Equilíbrio versus Temperatura Já vimos que para mantermos equilíbrio entre duas fases, A e B, de um material com um único componente ao alterarmos a temperatura e/ou a pressão, devemos ter: d G¯A=dG¯B As primeiras derivadas de G com relação a p e T são: (∂G¯∂T )p=−S ; (∂ G¯∂ p )T=V¯ Se estas primeiras derivadas são descontínuas na interface entre as fases, a transição é dita de primeira ordem (fusão, ebulição, sublimação …). Se a primeira derivada for contínua, mas a segunda não, temos transições de segunda ordem, fora da ementa deste curso (tr. vítreas, tr. magnéticas, ...) © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 26 Pressão de Equilíbrio versus Temperatura Sejam dois pontos 1 e 2 no campo p x T nos quais um sistema de um único componente tenha duas fases em equilíbrio. Suponhamos que 1 e 2 sejam infinitesimalmente próximos. Logo: d G¯A=−S¯Ad T eq+V¯ A dp eq=−S¯Bd T eq+V¯ Bdp eq=d G¯B (S¯B− S¯A)dT eq=(V¯ B−V¯ A)dp eq Δ S¯A→BdT eq=Δ V¯ A→Bdp eq Como A e B estão em equilíbrio: Δ G¯ A→B=Δ H¯ A→B−T eqΔ S¯A→B=0 ⇒ Δ S¯A→B= Δ H¯ A→B T eq © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 27 Equação de Clapeyron Δ S¯A→BdT eq=Δ V¯ A→Bdp eq Δ S¯A→B= Δ H¯ A→B T eq Substituindo o segundo resultado no primeiro: Δ H¯ A→B T eq dT eq=Δ V¯ A→Bdp eq Equação de Clapeyron Importante pois nos permite determinar a nova temperatura de equilíbrio decorrente de um aumento de pressão, ou vice-versa. dpeq dT eq = 1 Δ V¯ A→B Δ H¯ A→B T eq Δ peq ΔT eq ≈ 1 Δ V¯ A→B Δ H¯ A→B T eq Para pequenos afastamentos: © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 28 Equação de Clapeyron Um exemplo: qual a alteração do ponto de fusão do estanho se aumentarmos a pressão em 500 atm? São dados: Temperatura de fusão = 505 K a 1 atm Calor de fusão = 7196 J/mol Peso molecular = 118,7 g/mol Massa específica do estanho sólido = 7300 kg/m3 Variação volumétrica na fusão = + 2,7% Solução: V¯=massamolecular massaespecífica =118,7⋅10 −3 kg /mol 7300 kg /m3 =16,26⋅10−6m3 /mol Δ V¯=0,027⋅V¯=0,027⋅16,26⋅10−6=4,39⋅10−7m3/mol Δ peq ΔT eq = 1 Δ V¯ A→B Δ H¯ A→B T eqAplicando em Clapeyron © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 29 Equação de Clapeyron Δ peq ΔT eq = 1 4,39⋅10−7 ⋅7196 505 ( J /molm3/mol⋅K )=3,25⋅107Pa/K ΔT eq=500 atm⋅1,013⋅10 5 Pa/atm 3,25⋅107Pa /K =+1,56K Um exemplo: qual a alteração do ponto de fusão do estanho se aumentarmos a pressão em 500 atm? São dados: Temperatura de fusão = 505 K a 1 atm Calor de fusão = 7196 J/mol Peso molecular = 118,7 g/mol Massa específica do estanho sólido = 7300 kg/m3 Variação volumétrica na fusão = + 2,7% Solução: Δ V¯=4,39⋅10−7m3/mol Δ p eq ΔT eq = 1 Δ V¯ A→B Δ H¯ A→B T eq © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 30 Equação de Clapeyron Um exemplo: qual a alteração do ponto de fusão do estanho se aumentarmos a pressão em 500 atm? São dados: Solução: Δ peq=500atm ⇒ ΔT eq=+1,58K Esse exemplo mostra que em geral a variação da temperatura de fusão é muito pequena mesmo com grandes variações de pressão. Atenção: na grande maioria das substâncias, um aumento da pressão provoca uma elevação da temperatura de fusão. No entanto, no caso da água, ela se expande ao solidificar e, em consequência a temperatura de fusão cai ao se aumentar a pressão. © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 31 Equação de Clapeyron no Equilíbrio com Fase Vapor dpeq dT eq = 1 Δ V¯ vap Δ H¯ vap T eq No caso do equilíbrio entre um líquido e seu vapor, temos: Se pudermos considerar o vapor como um gás ideal, temos: dpeq dT eq = p eq RT eq Δ H¯ vap T eq ⇒ dp eq peq = Δ H¯ vap R ⋅ dT eq (T eq)2 =− Δ H¯ vap R ⋅d ( 1T eq ) d ln peq=− Δ H¯ vap R ⋅d ( 1T eq ) d ln peq=− Δ H¯ subl R ⋅d ( 1T eq ) Liq - Vap Sol - Vap © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 32 Equação de Clapeyron no Equilíbrio com Fase Vapor d ln peq=− Δ H¯ vap R ⋅d ( 1T eq ) d ln peq=− Δ H¯ subl R ⋅d ( 1T eq ) Outro exemplo: calcular qual a pressão na qual a temperatura de ebulição da água é 383K. O calor latente de ebulição da água é 2450 J/g. Solução: d ln peq=− Δ H¯ vap R ⋅d ( 1T eq ) ⇒ ln( p2 p1 )=− Δ H¯ vap R ⋅( 1T 2− 1T 1 ) ln( p2 p1 )=−2450J /g⋅18 g /mol 8,3144 J /mol K ⋅( 1383− 1373 ) ⇒ p2p1=exp(2,57)=7,00 Ou seja, um aumento de apenas 7 atm alterou a temperatura de ebulição em 10 K. © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 33 Equilíbrio de Fases Sistemas Monocomponentes © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 34 © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 35 Grandezas Parciais Molares A pergunta: numa solução A-B, qual o volume ocupado por A? E por B? Ou, quanto da Energia Livre do sistema é devida a A? A resposta: seja um grande volume de A-B, se adicionarmos na moles de A o volume da solução aumentará exatamente do volume que A tem na solução. Ou seja: V a≡( ∂V∂na )T , p ,nb Atenção: V a+V b≠V¯ a+V¯ b ou U¯ , H¯ , A¯ ,G¯ Ou seja, 50 ml de água + 50 ml de álcool ≠ 100 ml de vodka. Volume Parcial Molar de A (na solução A-B) © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 36 Grandezas Parciais Molares U a=(∂U∂ na )T , p ,nb ; H a=( ∂H ∂na )T , p ,nb ; A a=( ∂ A ∂na )T , p ,nb ; G a=( ∂G ∂na )T , p ,nb ; De forma análoga, temos: V a=( ∂V∂na )T , p ,nb G i=(∂G∂ni )T , p ,n j≠i≡μi Ou seja, o potencial químico de i = energia livre parcial molar de i, numa solução. Atenção: notar que: © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 37 Grandezas Parciais Molares V a=( ∂V∂na )T , p ,nb U a=(∂U∂na )T , p ,nb H a=(∂H∂na )T , p ,nb A a=( ∂ A∂na )T , p ,nb G a=( ∂G∂na )≡μaT , p ,nB A puro B puro xAxB xB V¯ A o V¯ B o V¯ V B (∂ V¯xB )xA V A V¯ © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 38 Um Caso Importante Qual o potencial químico numa mistura de gases ideais? Comecemos por calcular o potencial químico num gás puro: G¯(T , P)=G¯o(T )+RT ln ( p po ) ⇒ μ(T , P)=μ0(T )+RT ln( p po ) Agora vejamos uma mistura de gases. Seja o sistema abaixo: pA 1 +pB 1=ptot No equilíbrio: μA (mix ,T , ptot)=μ A (puro ,T , pA) puro A pA mistura A−B pA 1 , pB 1 partição permeável apenasa A © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 39 Um Caso Importante No equilíbrio: μA(mix ,T , ptot)=μ A ( puro ,T , pA) Também temos: pA (puro)=pA 1 =xA ptot Por conseguinte: μA (mix ,T , ptot)=μ A (puro ,T , xA ptot) μA(mix ,T , ptot)=μ A ( puro ,T , ptot)+RT ln (x A ) μA (mix ,T , ptot)=μ A o (T )+RT ln( x A ptotpo )=μAo (T )+RT ln ( ptotpo )⏟ μA( puro ,T , ptot) +RT ln ( x A ) Observar que, como a fração molar é sempre inferior a 1, o potencial químico de um gás em uma mistura de gases é sempre inferior a seu potencial químico quando estiver puro. puro A pA mistura A−B pA 1, pB 1 partição permeável apenasa A © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 40 © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 41 Equilíbrio Químico Já vimos que diz-se que um sistema está em equilíbrio químico quando o potencial químico de cada uma de suas espécies é igual em todo o sistema. Seja um sistema com um componente e duas fases, água e gelo, por exemplo. Supondo que uma quantidade infinitesimal do componente 1 passe da fase A para B. A mudança de fase será descrita por dn1(T , p , fasea)=dn1(T , p , faseb) Para tal transformação a variação de energia livre será: dG=μ1,bdn1−μ1,adn1=(μ1,b−μ1,a)dn1 © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 42 Equilíbrio Químico dG=μ1,bdn1−μ1,adn1=(μ1,b−μ1,a)dn1 Se μ1,b<μ1,a ⇒ dG<0 ⇒ passagem espontânea de A para B Se μ1,b>μ1,a ⇒ dG>0 ⇒ passagem espontânea de B para A Se μ1,b=μ1,a ⇒ dG=0 ⇒ o sistema está em equilíbrio Observar que se houver uma diferença de potencial, haverá uma tendência a transformações que minimizem a energia livre e, portanto a levem a um mínimo, no qual haverá igualdade dos potenciais. Diz-se, pois, que: “A diferença de potencial químico é a força motriz das transformações, das reações, etc.” © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 43 Equilíbrio Químico (gases) A questão: qual é a composição química de uma mistura de gases que reagem entre si? Seja, por exemplo: 12 N2(g ,T , p)+ 3 2 H 2(g ,T , p)=NH 3(g ,T , p) Quais são as pressões parciais pN 2 , pH 2 e pNH 3 no equilíbrio?A reação se completa? Vamos atrás das respostas. Seja um caso bem geral: aA (g ,T , p)+bB (g ,T , p)=cC (g ,T , p)+dD(g ,T , p) onde a, b, c e d são os coeficientes estequiométricos. As pressões parciais e as frações molares são tais que: pA=x A p , pB=xB p , pC=xC p e pD=xD p © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 44 Equilíbrio Químico As pressões parciais e as frações molares são tais que: pA=xA p , pB=xB p , pC=xC p e pD=xD p Essa mistura está em equilíbrio? Para responder a isso, vamos supor que a reação prossiga um pouco mais e vamos avaliar a variação de G. Nós já sabemos μ i(T , p) numa mistura de gases ideais. Também sabemos que G¯=∑ i G¯i=∑ i μi ou G=∑ i niμi ΔG=[cμC (g ,T , p)+dμD(g ,T , p)]−[aμA (g ,T , p)+bμB(g ,T , p)] ΔG (ε)=ε{[cμC(g ,T , p)+dμD(g ,T , p)]−[aμA (g ,T , p)+bμB(g ,T , p)]} Logo, temos para os dois momentos da reação: Onde ε é tão somente um número arbitrário para expressar a diferença entre os dois momentos. © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 45 Equilíbrio Químico ΔG=[cμC (g ,T , p)+dμD(g ,T , p)]−[aμA (g ,T , p)+bμB(g ,T , p)] ΔG(ε)=ε{[cμC (g ,T , p)+dμD(g ,T , p)]−[aμ A(g ,T , p)+bμB(g ,T , p)]} Seguindo, deixando implícito que estamos apenas com gases: ΔG(ε)=ε{[cμC (T , p)+dμD(T , p)]−[aμA(T , p)+bμB (T , p)]} ΔG(ε)=ε{[cμC o (T )+cRT ln ( pC p )+dμD o (T )+dRT ln( pD p )]}− −ε{[aμ A o (T )+aRT ln( pA p )+bμB o (T )+bRT ln( pB p )]} ΔG(ε)=ε {[cμCo (T )+dμDo (T )]−[aμ Ao (T )+bμBo (T )]+RT ln( pCc⋅pDdpAa⋅pBb )} ΔG(ε)=ε(ΔGo+RT lnQ) onde Q=( pC c⋅pD d pA a⋅pB b )≡coeficiente da reação © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 46 Equilíbrio Químico ΔG(ε)=ε(ΔGo+RT lnQ) Observar que é a variação de energia livre padrão para a reação hipotética onde reagentes puros são transformados em produtos também puros. Ou seja: ΔGo ΔGo=ΔGreação o =ΔH reação o −T Δ Sreação o ΔGreação o =ΔGo(produtos)−ΔGo(reagentes) Assim, se ΔG (ε)<0 a reação irá prosseguir ΔG (ε)>0 a reação irá retroceder ΔG (ε)=0 a reação estaria em equilíbrio Ou seja, se os dois momentos forem próximo e a variação de energia livre for zero, isso significa que a reação estava em equilíbrio. © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 47 Equilíbrio Químico A Constante de Equilíbrio ΔG(ε)=ε(ΔGo+RT lnQ) Ou seja, se há equilíbrio, tal valor seria zero e, portanto: ΔGo=ΔGreação o =−RT lnQ Nesses casos, definimos uma “constante de equilíbrio” da reação: K p≡Q=( pC c⋅pD d pA a⋅pB b ) E, por conseguinte: ΔGreação o =−RT lnK p ou K p=e −ΔGo RT Uma conclusão importante: a variação de energia livre padrão de uma reação não é infinita, logo, reações nunca se completam, atingem um determinado equilíbrio. © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 48 Um Exemplo Numérico (com importantes conceitos) O que ocorreria se colocássemos hidrogênio e de dióxido de carbono em um reator, a 298 K e 1 atm, e ocorresse a reação: H 2+CO2=H 2O+CO Solução: Balanço de massa: H 2 CO2 H 2O CO2 a b 0 0 a−x b−x x x total :a+b a−x a+b b−x a+b x a+b x a+b no início: no equilíbrio: frações molares no eq.: Atenção: a = b ? © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 49 Um Exemplo Numérico (com importantes conceitos) H 2+CO2=H 2O+CO A variação de energia livre padrão dessa substância é dada por: ΔGreação 0 =ΔG0=ΔG0(H 2O)+ΔG 0(CO)−ΔG0(H 2)−ΔG 0(CO2) De uma base de dados tiramos os valores de energia livre para as reações de formação dos compostos envolvidos: ΔG0(CO2)=−394 100−0,84T=−394 350 ΔG0(H 2O)=−247500+55,85T=−230856 J /mol ΔG0(CO)=−111700−87,65T=−137820 ΔG0=(−230,9)+(−137,8)−(zero)−(−394,4)=25,7kJ /mol © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 50 Um Exemplo Numérico (com importantes conceitos) A variação de energia livre padrão é positiva. Isso não significa que a reação não ocorra. Esse valor é o valor padrão, ou seja, calculado com todas as substâncias puras, 298 K e 1 atm. Não é essa a situação que estamos resolvendo. ΔG0=ΔGreação 0 =25,7kJ /mol K p=e −ΔGo RTCálculo da constante de equilíbrio: K p=e −ΔGo RT =e −25700 8,3144⋅298=e−10,4=3,13⋅10−5 K p= pH2O⋅pCO pH2⋅pCO2 = xH2O⋅xCO xH2⋅xCO2 = x⋅x (a−x)(b−x) = x 2 (a−x)(b−x) © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 51 Um Exemplo Numérico (com importantes conceitos) K p=3,13⋅10 −5= x 2 (1−x)(2−x) Suponhamos agora que sejam 1 mol de hidrogênio a reagirem com 2 moles de dióxido de carbono. Notar que a relação não é estequiométrica. Por razões variadas, essa talvez seja a regra, não a exceção no mundo industrial. Uma dessas razões é alterar o equilíbrio. Temos então: Vamos resolver essa equação por dois métodos. K p=3,13⋅10 −5= x 2 (a−x)(b−x) © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 52 Um Exemplo Numérico (com importantes conceitos) Solução aproximada: Como K p≪1 então é de se imaginar que a reação ocorra muito pouco; logo esperamos que x≪1 ; logo, podemos aproximar 1−x≈1 e 2−x≈2. Então: K p=3,13⋅10 −5= x 2 (1−x)(2−x) x2 (1−x)(2−x) = x 2 2 =3,13⋅10−5 ⇒ x2=6,26⋅10−5 ⇒ x=0,0079 Solução exata: x2 (1−x)(2−x) = x 2 x2−3 x+2 =3,13⋅10−5 (1−3,13⋅10−5)x2+9,39⋅10−5⋅x−6,26⋅10−5=0 x=−9,39⋅10 −5±√(9,39⋅10−5)2+4⋅(1−3,13⋅10−5)⋅6,26⋅105 2(1−3,13⋅10−5) =0,0079 © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 53 © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 54 O Princípio de Le Châtelier Princípio: "Se for imposta uma alteração, de concentrações ou de temperatura, de pressão, a um sistema químico em equilíbrio, a composição do sistema deslocar-se-á no sentido de contrariar a alteração a que foi sujeito." Seja por exemplo: N2O4(g)=2NO2(g) Balanço de massa: N2O4 NO2 n 0 n−x 2 x ⇒ total=n+ x n−x n+ x 2 x n+ x no início: no equilíbrio: frações molares no equilíbrio: © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 55 O Princípio de Le Châtelier K p= pNO2 2 pN 2O4 = (xNO2⋅p) 2 xN 2O4⋅p =p ( 2 xn+x ) 2 ( n−xn+x ) =p 4 x 2 n2−x2 É comum se procurar expressar o andamento de um processo, de uma reação, em termos percentuais, em uma fração. Definindo :α≡ xn⇒ fração reagida. Substituindo, temos:K p=p 4 x2 n2−x2 =p 4 (αn)2 n2−(αn)2xN2O4= n−x n+x xNO2= 2 x n+xN2O4(g)=2NO2(g) K p=p 4α2 1−α2 © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 56 O Princípio de Le Châtelier α≡ x n K p=p 4α2 1−α2 N2O4(g)=2NO2(g) Seguindo: 4 pα2=K p−K pα 2 ⇒ Analisando: se aumentarmos a pressão total sobre essa reação, a fração reagida diminuirá, ou seja, menos reação ocorrerá, menor aumento no número de moles pois tal reação gera dois moles a cada mol reagido. Haverá menor volume pois tratamos de dois gases. Em resumo, maior pressão resulta em menor tendência a aumento de volume. Isso é particularmente importante em reações com pelo menos uma substancia gasosa. α=( K p4 p+K p) (1/2) © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 57 O Princípio de Le Châtelier Mais um exemplo, afinal fazer contas é a nossa praia. Seja a reação: Moles no início: 2 1 0 No equilíbrio: 2−2 x 1−x 2 x Total :3−x Frações no equilíbrio: 2(1−x) 3−x 1−x 3−x 2 x 3−x 2NO (g) + O2(g)=2NO2(g) Análise: Balanço de massa Adicionalmente, sabemos que ΔGreação o é da ordem de 71kJ /(molO2) © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 58 O Princípio de Le Chatelier K p= pNO2 2 pNO 2 ⋅pO2 = (p⋅xNO2) 2 (p⋅xNO) 2⋅( p⋅xO2) = 1 p ⋅ xNO2 2 xNO 2 ⋅xO2 = 1 p ⋅ ( 2 x3−x ) 2 ( 2(1−x)3−x ) 2 ⋅(1−x3−x ) = 1 p ⋅ x2(3−x ) (1−x)3 Como o valor da variação de energia livre padrão da reação é alto, podemos avaliar que a reação seja quase completa, ou seja: K p≫1 ⇒ x≈1 ⇒ 3−x≈2 K p≈ 1 p ⋅ 2 (1−x)3 ⇒ (1−x)3≈ 2 p K p ⇒ Análise: se a pressão sobe, o valor de x aproxima-se de 1, ou seja, a reação se torna mais completa; há menos moles de gases no produto, logo, mais uma vez, o aumento da pressão resulta numa diminuição dos moles de gases, redução do volume. x=1−( 2p K p) 1/3 © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 59 Efeito da Temperatura sobre o Equilíbrio das Reações Trata-se pois de avaliar: K p=K p(T ) (∂G¯∂T )p=−S ;Sabemos que: Logo: d (ΔGo)=−Δ SodT Mas: ΔGo=ΔH o−T Δ So d (ΔGo)=ΔG o−ΔH o T dT=ΔG o T dT−ΔH o T dT d (ΔGo)−ΔG o T dT=−ΔH o T dT multiplicando por 1 T , temos: d (ΔGo) T −ΔG o T 2 dT=−ΔH o T dT ⇒ d ( ΔG o T )=ΔH od ( 1T ) d (−R ln K p)=ΔH od ( 1T ) ⇒ d ln K p=−ΔH o R d( 1T ) © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 60 Efeito da Temperatura sobre o Equilíbrio das Reações d ln K p= −ΔH o R d ( 1T ) Integrando entre duas temperaturas, e considerando que nesse intervalo o valor da entalpia varie pouco, temos : ∫ K 1 K 2 d (ln K p)= −ΔH o R ∫T 1 T 2 d ( 1T ) ln(K 2K 1)=−ΔH o R [ 1T 2− 1T 1] ( 1T ) (K ) ln K p inclinação=−ΔH o R © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 61 Efeito da Temperatura sobre o Equilíbrio das Reações d ln K p= −ΔH o R d ( 1T ) ln(K 2K 1)=−ΔH o R [ 1T 2− 1T 1] ( 1T ) (K ) ln K p inclinação=−ΔH o R Análise (Le Châtelier): Se a reação for endotérmica, como no gráfico , um aumento da temperatura resulta em maior K, ou seja, reação mais completa, absorvendo mais calor, contrapondo-se pois ao aumento de T. E vice versa. (ΔH o>0) © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 62 © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 63 Termodinâmica dos Óxidos Metálicos Δ G¯reação o =−RT lnK a Os dados experimentais da grande maioria da reações de formação de óxidos metálicos podem ser expressos com precisão adequada na forma: Δ G¯reação o =A+BT Em alguns casos como: Δ G¯reação o =A+BT lnT+CT Seja por exemplo a reação de formação do óxido cuproso: 4Cu(s)+O2(g)=2Cu2O(s) Vamos considerar todos os constituintes em seus estados de referência, ou seja, puros. © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 64 Termodinâmica dos Óxidos Metálicos Δ G¯reação o =−RT lnK p4Cu(s)+O2(g)=2Cu2O(s) Como todos os constituintes são puros, temos: Para essa reação a constante de equilíbrio será: K a= aCu2O 2 acu 4 pO2 K a= 1 pO2 =(pO2) −1 Para esta reação: Δ G¯o=−339 000−14,24 T lnT+247T A 298 K o valor será: −290 000 J /mol deO2 A 298 K, a pressão de oxigênio em equilíbrio será: 1,5⋅10−51 atm © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 65 Termodinâmica dos Óxidos Metálicos A 298 K o valor será: A 298 K, a pressão de oxigênio em equilíbrio será: −290 000 J /mol deO2 1,75⋅10−51 atm A 1000 K o valor será: A 1000 K, a pressão de oxigênio em equilíbrio será: −190 000 J /mol deO2 1,14⋅10−10 atm A 2000 K o valor será: A 2000 K, a pressão de oxigênio em equilíbrio será: −61 500J /mol deO2 0,0248 atm Δ G¯reação o =−RT lnK p4Cu(s)+O2(g)=2Cu2O(s) © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 66 Termodinâmica dos Óxidos Metálicos Δ G¯reação o =−RT lnK p4Cu(s)+O2(g)=2Cu2O(s) Temperatura (K) Δ G o = RT ln p O 2 ( kJ ) 0 200 400 600 800 1000 1200 0 −100 −200 −300 4Cu+ O2=2 Cu 2O Cu2O Cu © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 67 Termodinâmica dos Óxidos Metálicos Δ G¯reação o =−RT lnK a4Cu(s)+O2(g)=2Cu2O(s) 2Cu2O+O2=4CuO Temperatura (K) Δ G o = RT ln p O 2 ( kJ ) 0 200 400 600 800 1000 1200 0 −100 −200 −300 Cu2O Cu CuO © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 68 Diagramas de Ellingham Ideia básica: colocar em um único gráfico as curvas de energia livre padrão das reações de formação de óxidos metálicos (e mais algumas) todas normalizadas para 1 mol de O2. Ou seja, 4M+O2=2M 2O 2M+O2=2MO 3 2 M+O2= 1 2 M 3O4 6MO+O2=2M 3O4 4M 3O4+O2=6M 2O3 4 3 M+O2= 2 3 M 2O3 etc. Logo, para todas: K p= 1 pO2 © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 69 Diagramas de Ellingham Em todas as reações teremos: Δ G¯reação o =−RT ln K a=RT ln pO2 Para cada pressão de oxigênio temos uma reta passando pela origem. Podemos traçar várias dessas retas como se segue. Uma determinada reação terá para valor de variação de energia livre Δ G¯=Δ G¯reação o +RT ln( 1 pO2 ) No equilíbrio, teremos Δ G¯=0 ⇒ Δ G¯reaçãoo =−RT ln( 1 pO2 ) ⇒ Δ G¯reação o =RT ln (pO2) O Ábaco do Oxigênio (nomograma do O2) © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 70 Diagramas de Ellingham Temperatura (K) 0 200 400 600 800 1000 1200 −300 Δ G o = RT ln p O 2 ( kJ ) O −100 −200 −400 pO2 (atm) 100 pO2(atm)=10⁰ 10−3 pO2 (atm)=10−3 O Ábaco do Oxigênio © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 71 Diagramas de Ellingham O Ábaco do Oxigênio Temperatura (K) 0 200 400 600 800 1000 1200 −300 Δ G o = RT ln p O 2 ( kJ ) O −100 −200 −400 pO2 (atm) 100 pO2(atm)=10⁰ 10−3 pO2 (atm)=10−3 10−6 10−9 10−12 pO 2 (atm)=10−6p O 2 (atm)=10 −9pO 2 (atm)=10 −12 © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 72 Diagramas de Ellingham O Ábaco do Oxigênio Δ G o = RT ln p O 2 ( kJ ) Δ G¯reação o =−RT lnK a Temperatura (K) 0 200 400 600 800 1000 1200 −300 O −100 −200 pO2 (atm) 10−3 10−6 10−9 10−12 100 −400 4Cu+ O2=C u2O pO2 (atm)=10−3 pO 2 (atm)=10−6p O 2 (atm)=10 −9pO 2 (atm)=10 −12 pO2(atm)=10⁰ © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 73 © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 74 Diagramas de Ellingham O Ábaco do Carbono (CO/CO2) (é semelhante p/ H2/H2O) 1) Seja a reação: 2CO+O2=2CO2 ΔG=ΔGo+RT ln K p=ΔG o+RT ln pCO2 pCO⋅pO2 ΔG=ΔGo−2RT ln pCO pCO2 −RT ln pO2 Temos então: Para cada razão CO/CO2 temos situação similar à anterior. 2) Sejam as reações: a) 2CO+O2=2CO2 e b) 2MO+O2=2MO2 Elas podem ser combinadas para: c) MO2+2CO=M+2CO2 Para a qual: ΔGc=ΔGa−ΔGb ⇒ K p=( pCO2pCO ) 2 independe de O2 O equilíbrio de (c) se dará quando ΔGc=0 ⇒ΔGa=ΔGb © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 75 Temperatura (K) 0 200 400 600 800 1000 1200 Temperatura (K) 0 200 400 600 800 1000 1200 2CO +O 2= 2CO2 −200 −300 −400 −500 −600 −700 −800 −900 C Δ G o = RT ln p O 2 ( kJ ) pCO pCO2 1 104 108 Diagramas de Ellingham O Ábaco do Carbono (CO/CO2) M +O 2= MO 2 (A ) (B) © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 76 © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 77 −200 −300 −400 −500 −600 −700 −100 0 Δ G o = RT ln p O 2 ( kJ ) Diagramas de Ellingham Decomposição Térmica de Óxidos (A ) 2 Ag2O 2 3 Au2O3 2HgO Temperatura (K) 0 200 400 600 800 1000 1200 Temperatura (K) 0 200 400 600 800 1000 1200 2PbO © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 78 −200 −300 −400 −500 −600 −700 −100 0 Δ G o = RT ln p O 2 ( kJ ) Diagramas de Ellingham Redução de um Óxido por um Metal Temperatura (K) 0 200 400 600 800 1000 1200 Temperatura (K) 0 200 400 600 800 1000 1200 M 1+O 2 =M 1O 2 2M 2+ O 2=2 MO 1) M 1+O2=M 1O2 2) 2M2+O2=2MO 3) M1O2+2M 2=M1+2M2O=(2)−(1) ΔG3=ΔG2−ΔG1=(negativo) pois M 2 está abaixo de M 1. Diz-se: “os metais de baixo reduzem os metais de cima” © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 79 Δ G o = RT ln p O 2 ( kJ ) −600 −700 −800 −1000 −1100 −1200 −400 −500 Diagramas de Ellingham Os Metais Refratários 4 3 Al+O 2 = 2 3 A 2O 3 2Ca+ O2=2 CaO2Mg+ O2=2 MgO CeO2 BaO UO2 Al2O3 ZrO2 SrO LiO ThO2 MgO BeO CaO La2O3 © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 80 http://www.engr.sjsu.edu/ellingham/ Diagramas de Ellingham Algumas fontes de dados: 1) Diagramas (óxidos, sulfetos, nitretos, carbetos, haletos) interativos: 2) Em nosso repositório: óxidos e sulfetos 3) A & A: óxidos e sulfetos © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 81 © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 82 Dona Flor e Seus Dois Maridos © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 83 O Carbono e Seus Dois Óxidos Δ G o = RT ln p O 2 ( kJ ) −300 −400 −500 −200 Temperatura (°C) C+O2=CO2 2C+O 2=2CO 700 © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 84 O Carbono e Seus Dois Óxidos O carbono forma dois óxidos, de acordo com as reações 2C (s)+O2(g)=CO(g) monóxido de carbono C (s)+O2(g)=CO2(g) dióxido de carbono Para tal reação: K p= ( pCO) 2 pCO2⋅aC = (pCO) 2 pCO2 se carbono sólido puro, aC=1 Se a pressão total for 1 atm, temos: K p= xCO 2 ⋅ptotal xCO2 Observar que um aumento da pressão total resulta na deposição de C e no aumento do dióxido de carbono. Inversamente, diminuindo-se a pressão, aumenta-se o CO na mistura e, por conseguinte, seu poder redutor. Invertendo a primeira e somando com a segunda, temos: C (s)+CO2(g)=2CO(g) Reação de Bourdouard © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 85 O Carbono e Seus Dois Óxidos K p= xCO 2 ⋅ptotal xCO2 Se a pressão total for 1 atm, para cada T, temos: K p= (xCO) 2 xCO2 = (%CO100 ) 2 (%CO2100 ) = (%CO)2 100(%CO2) ⇒ Se a pressão total for 10 atm, para cada T, temos: K p= 10(xCO) 2 xCO2 = 10(%CO100 ) 2 (%CO2100 ) = (%CO)2 10(%CO) ⇒ K p= (%CO)2 10(100−%CO) K p= (%CO)2 100(100−%CO) © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 86 O Carbono e Seus Dois Óxidos F ra çã o m ol ar d e C O 300 500 700 900 1100 Temperatura (°C) © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 87 O Carbono e Seus Dois Óxidos A uma atmosfera de pressão total, em que temperatura a quantidade de CO será igual à de CO2 ? Solução: nessa situação, teremos: K p= (pCO) 2 pCO2=0,5 2 0,5 =0,5 2) 2C+O2=2CO Uma tabela (Gaskell) nos dá os seguintes dados 1) C+O2=CO2 ΔG1=−394100−0,84T ΔG2=−223400−175,30T C+CO2=2COA reação de Bourdouard pode ser obtida pela subtração (2) -(1) ΔG=−223400−175,30T−(−394100−0,84T )=170700−174,46T ΔG=−RT ln K p ⇒ 170700−174,46T=8,3144⋅T⋅ln 0,5 ⇒ 180,22T=170700 ⇒ T=179700180,22=947 K ⇒ T=674 oC © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 88 O Carbono e Seus Dois Óxidos A uma atmosfera de pressão total, em que temperatura as duas reações se “encontram” no Diagrama de Ellingham? 2) 2C+O2=2CO 1) C+O2=CO2 ΔG1=−394100−0,84T ΔG2=−223400−175,30T Solução: o que está no diagrama nada mais é do que: O “ponto de encontro” será: ΔG1=ΔG2⇒−394100−0,84T=−223400−175,30T 174,46T=170700 ⇒ T=170700174,46 ⇒T=978 K (705 oC) Análise: tais temperaturas não teriam que ser iguais. O diagrama de Ellingham não leva em conta fatores como a variação no numero de moles entre reagentes e produtos, p. ex. © Ericksson Almendra, Poli UFRJ, 2015 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 89 ● FIM Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52 Slide 53 Slide 54 Slide 55 Slide 56 Slide 57 Slide 58 Slide 59 Slide 60 Slide 61 Slide 62 Slide 63 Slide 64 Slide 65 Slide 66 Slide 67 Slide 68 Slide 69 Slide 70 Slide 71 Slide 72 Slide 73 Slide 74 Slide 75 Slide 76 Slide 77 Slide 78 Slide 79 Slide 80 Slide 81 Slide 82 Slide 83 Slide 84 Slide 85 Slide 86 Slide 87 Slide 88 Slide 89
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