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Rio de Janeiro – RJ 2018 RELATÓRIO RADIAÇÃO TÉRMICA Aline Maria da Silva de Castro Mat.: 14214040233 Rio de Janeiro – RJ 2018 Laboratório Avançado para o Ensino de Física Professora: Wania Wolff Aluna: Aline Maria da Silva de Castro Polo Campo Grande Matrícula: 14214040233 Rio de Janeiro – RJ 2018 1. Introdução Com o objetivo de explicar e exemplificar, as propriedades de um corpo negro, a relação de um corpo com a radiação térmica e descrever as características da emissividade de diferentes superfícies em diferentes temperaturas, o presente relatório, através de dados obtidos em experimentos realizados no polo Cederj de Campo Grande, conta com uma série de gráficos e análises da teoria que tentam justificar e comprovar as propriedades de emissão de radiação eletromagnética por diferentes tipos de superfícies e temperaturas, comprovação da absorção e transmissão da radiação térmica, além verificar a aplicação da Lei do inverso do quadrado na variação da intensidade e a Lei de Stefan-Boltzmann. 2. Emissão da radiação eletromagnética por diferentes tipos de superfícies e temperaturas 2.1. O experimento Esse experimento utiliza-se de um cubo de alumínio, onde cada uma de suas 4 faces laterais recebeu o tratamento com um material. Internamente esse cubo é alimentado por uma lâmpada que transmite a radiação às paredes internas desse cubo, que por sua vez transmite para cada uma das superfícies tratadas. Por se tratar de materiais distintos, esses, expostos a uma mesma resistência e temperatura da lâmpada no interior do cubo, transmitem quantidades distintas de radiação térmica. A radiação térmica emitida a uma mesma temperatura foi detectada pela de termopilha que forneceu a leitura em potencial (mV) a um multímetro. Os dados foram anotados em 4 momentos, que segundo o equipamento (Cubo de Leslie) correspondiam a 500W, 650W, 800W e High. Cada uma dessas potências forneceu um valor de temperatura (de acordo com dados do fabricante constantes no equipamento) que pode ser verificado na tabela 1. Em cada uma dessas posições relativas a temperaturas distintas, também podemos verificar os dados capturados pela termopilha nas diferentes superfícies laterais do cubo de Leslie. 2.2. Dificuldades Rio de Janeiro – RJ 2018 Durante a realização do experimento fora detectado que havia uma grande oscilação das medidas por parte do multímetro conectado ao cubo de Leslie. Por mais de 3 horas, aguardou-se que o equipamento estabiliza-se sem sucesso, então a fim de manter alguma veracidade no experimento realizado, utilizou-se medidas nas quais o equipamento se manteve estável por mais tempo, tomando o cuidado para que a leitura fosse feita nas 4 faces sem que houvesse qualquer oscilação no multímetro ligado ao termistor. 2.3. Dados Tabela 1 – Multímetro termistor e tabela do fabricante para temperatura Potência Posição 5.0 (500W) Posição 6.5 (650W) Posição 8.0 (800W) Posição High Resistência Termistor (KΩ) 21,6 11,9 7,2 5,0 Temperatura 61°C 77°C 92°C 104°C Tabela 2 – Leitura Multímetro da Termopilha Superfície(x100W) 5.0 6.5 8.0 High Negra (mV) 4,5 6,9 9,4 11,8 Branca (mV) 4,5 6,9 9,2 11,4 Alumínio Polido (mV) 0,03 0,05 0,07 0,1 Alumínio Rugoso (mV) 2,0 3,1 4,2 5,2 2.4. Análise dos resultados De acordo com os dados da tabela 2 podemos verificar que as superfícies estão dispostas em ordem de quantidade de radiação emitida e esses valores independem da temperatura, uma vez que com a alteração da potência aplicada à lâmpada do cubo de Leslie, certificou-se que ainda assim, continuamos tendo em ordem de emissão, do maior para o menor, as superfícies, preta, branca, alumínio polido e alumínio rugoso. Os dados presentes na tabela 2, também nos permitem concluir que objetos diferentes a uma mesma temperatura emitem diferentes quantidades de radiação. Rio de Janeiro – RJ 2018 A Lei de Kirchhoff nos informa mais precisamente que todos os corpos em uma dada temperatura mantém a relação de que a capacidade de absorção corresponde à capacidade de emissão. Sendo ε (t) a emissividade em função temperatura e α(t) o coeficiente de absorção em função da temperatura. Contudo, é necessária uma análise das superfícies externas do cubo de Leslie para antes definirmos se o corpo de fato se trata de um mal absorvedor de radiação, uma vez que não foi um bom emissor da mesma. Analisando as superfícies podemos fazer as seguintes afirmações: a) Superfície branca: Absorve pouca radiação visível, pois reflete a maior parte e por isso aquece menos, ou seja, emitirá menos radiação infravermelha. b) Superfície preta: absorve muita radiação visível (entendemos essa superfície como um exemplo de corpo negro), logo aumenta a temperatura de forma considerável emitindo uma quantidade respectiva de radiação térmica (radiação infravermelha). c) Alumínio rugoso: Essa superfície acaba por refratar parte da radiação incidente em diversas direções, devido as suas características superficiais, logo consegue emitir de maneira considerável a radiação na de forma calor, mas muito se perde durante o processo de refratação. d) Alumínio polido: Essa superfície acaba refletindo grande parte da radiação nela incidente e por isso reduz muito a sua capacidade de absorver a radiação proveniente da lâmpada e emiti-la na forma de radiação térmica. Dessa forma podemos concluir que a máxima exposta por Kirchhoff, de que um corpo bom absorvedor é um bom emissor é validada. A seguir podemos ver ilustrado, em um gráfico, as potências emitidas por cada lado do cubo a uma determinada temperatura. Esse gráfico é mais uma análise que podemos fazer dos dados emitidos, pois nos fornece a informação de que a quantidade de radiação emitida é tão maior quanto maior a temperatura, ou melhor, que a radiância de um corpo é proporcional a sua temperatura, pois segundo a Lei de Stefan-Boltzmann teríamos uma relação de proporcionalidade com a mesma. Para um corpo negro: Rio de Janeiro – RJ 2018 P(t) = Potência em função da temperatura A = Aréa R(t) = Radiância em função da temperatura σ = Constante de Boltzmann T = temperatura Ou ainda, para objetos não ideais: Onde: ε = Emissividade, Porém, para o gráfico a seguir, dadas as características da termopilha, e as especificações do seu fabricante, podemos efetuar o cálculo dessa potência da seguinte maneira: Sendo: = 22 mV/mW a = 2 mm x 2 mm Gráfico 1 - Potência vs Temperatura 3. Absorção e transmissão da radiação térmica 3.1.O experimento 0 50 100 150 0 20 40 60 80 100 120 P o tê n ci a (W /m 2 ) Temperatura (°C)4 negra branca polido rugosa Rio de Janeiro – RJ 2018 Esse experimento consistia em colocar a superfície preta do cubo de Leslie e a lâmpada de Stefan-Boltzmann (filamento de tungstênio) a uma distância de aproximadamente 5 cm da termopilha, e verificar qual seria o potencial detectado pelo sensor, que por sua vez forneceu dados por meio de um voltímetro. Anotados os dados, deveríamos repetir o experimento utilizando uma placa de vidro como obstáculo entre atermopilha e a superfície negra do cubo ou lâmpada de Stefan-Boltzmann. 3.2. Dificuldades Inicialmente o experimento fora realizado em uma mesma bancada, ou seja, tanto o cubo de Leslie quanto a lâmpada de Stefan-Boltzmann estavam muito próximas. Somente após a primeira tomada de dados foi verificado que havia interferência, principalmente da lâmpada de Stefan-Boltzmann nos dados referentes ao cubo de Leslie. 3.3. Dados Equipamento Sem vidro Com vidro Cubo de Leslie (High) 9,3 mV 0 mV Lâmpada (10V) 10 mV 7,7 mV 3.4.Análise dos resultados O vidro é um ótimo refletor de radiação térmica (radiação infravermelha), inclusive esse é um dos fatos de o vidro ser utilizado em estufas, pois esse permite que a radiação oriunda do sol transponha a sua superfície, mas quando essa mesma radiação é reemitida pelos corpos na forma de radiação infravermelha ela não consegue sair das áreas cobertas pelo vidro, pois é refletida. Dessa forma a radiação infravermelha retorna e mantém o ambiente aquecido, com as chamadas ondas de calor. Mas os dados colhidos, não fornecem somente esse dado relevante, eles nos fornecem a ideia de que o vidro é um melhor transmissor de radiação a altas temperaturas. Os dados demonstram que a termopilha identificou uma passagem nula de radiação quando o vidro foi colocado como obstáculo entre a superfície negra do cubo de Leslie e a termopilha, por outro lado podemos ver que quando o equipamento emissor era uma Rio de Janeiro – RJ 2018 lâmpada de filamento incandescente de tungstênio, que chega a temperaturas acima de 2000 Kelvin, observamos uma passagem mais expressiva da radiação térmica. Esse experimento também é uma boa analogia de um fenômeno comumente conhecido como efeito estufa, que ocorre de maneira natural devido ao excesso de gases poluentes na atmosfera, que acabam por funcionar como o vidro, “aprisionando” a radiação térmica próxima a superfície da terra, ou seja, como no experimento a uma temperatura não tão elevada o vidro, ou a camada de gases não permite a passagem de radiação infravermelha através dela, de maneira que reflete essa radiação de volta as proximidades da superfície da terra aumentando a temperatura. 4. Verificação da Lei do Inverso do quadrado na variação da intensidade 4.1.O experimento Para realização desse experimento foi necessário à fixação de uma régua graduada na bancada e o alinhamento do filamento de tungstênio com a termopilha. Tomadas essas providências era a vez de alinhar o filamento de tungstênio com o zero da régua e a fixação da base da lâmpada com fita crepe a bancada, de maneira que fosse possível a movimentação da termopilha, sem que o filamento saísse da posição zero, além de conectar a fonte regulável aos terminais da lâmpada. Feito os procedimentos de montagem do experimento, o primeiro procedimento experimental era variar a distância da termopilha em relação à lâmpada, enquanto esta se encontrava desligada, pois dessa forma seria possível identificar a intensidade de radiação oriunda do ambiente. Anotados esses valores, chegara a hora de ajustar a fonte para 10 V e variar a distância da termopilha, agora em relação a lâmpada ligada. 4.2. Dificuldades Para realização do experimento não havia uma régua com mais de 60 cm, logo os dados experimentais ficaram limitados a essa medida, aquém do que foi indicado para esse experimento. 4.3. Dados Rio de Janeiro – RJ 2018 Tabela 3 – Radiação do ambiente X (cm) Radiação ambiente (mV) 10 0,1 20 0,1 30 0,1 40 0,1 50 0,1 60 0,1 < > 0,1 Tabela 4 – Intensidade versus distâncias X (cm) I medido (mV) I = Imedido - <I0> (mV) 1/X (cm^-1) 1/x^2 (cm^-2) 2,5 36.8 36,7 0,4 0,16 3 26,5 26,4 0,33 0,11 3,5 20,4 20,3 0,2857 0,0816 4 17,2 17,1 0,25 0,0625 4,5 14 13,9 0,22 0,04938 5 11,5 11,4 0,2 0,04 6 9,2 9,1 0,166 0,0277 7 6,3 6,3 0,142857 0,0204 8 5,5 5,4 0,125 0,0156 9 4,5 4,4 0,11 0,0123 10 4,85 3,75 0,1 0,01 12 2,8 2,7 0,083 0,0069 14 2,1 2 0,071428 0,0051 16 1,4 1,3 0,0625 0,0039 18 1,2 1,1 0,055 0,00308 20 0,9 0,8 0,05 0,0025 25 0,6 0,5 0,04 0,0016 30 0,4 0,3 0,033 0,0011 35 0,2 0,1 0,02857 0,00081 40 0,2 0,1 0,025 0,000625 45 0,1 0 0,022 0,0004938 50 0,1 0 0,02 0,0004 60 0,1 0 0,0166 0,00027 Rio de Janeiro – RJ 2018 Gráfico 2 - Intensidade de radiação vs Distância X Gráfico 3 - Intensidade em função da distância 1/X 0 5 10 15 20 25 30 35 40 0 10 20 30 40 50 60 70 IN TE N SI D A D E DISTÂNCIA X (cm) Intensidade em função da distância X y = 87,698x - 3,7008 R² = 0,9634 -5 0 5 10 15 20 25 30 35 40 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 IN TE N SI D A D E DISTÂNCIA 1/X (CM-1) intensidade em função de 1/x Rio de Janeiro – RJ 2018 Gráfico 4 - Intensidade em função da distância 1/X 2 4.4.Análise de resultados Analisando os dados obtidos e transformando-os nos gráficos 2, 3 e 4, podemos verificar que existe uma maior linearidade, ou seja, proporcionalidade, no gráfico onde temos a intensidade proporcional ao quadrado da distância (gráfico 4). O gráfico 4 propõe o seguinte modelo: y = 235,66x + 0,8011 R² = 0,9903 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 0 0,05 0,1 0,15 0,2 IN TE N SI D A D E DISTÂNCIA 1/X2 (cm-2) Intensidade em função de 1/X2 Figura 1- Fonte pontual emitindo em todas as direções Rio de Janeiro – RJ 2018 e , entendendo que r e R estão relacionados a uma mesma lâmpada, podemos reorganizar essa relação de maneira a associá-las da seguinte maneira O modelo é mais bem justificado, quando encontramos o coeficiente de determinação (r 2 – ajustamento ao modelo estatístico linear generalizado, como a regressão linear) mais próximo a 1 (r 2 do modelo proposto no gráfico 4 é 0,9903), ou seja, a proporcionalidade em relação ao quadrado da distância é o modelo mais bem proposto segundo os dados. Sendo assim, podemos afirmar que a Lei do Inverso do quadrado da distância se aplica e a intensidade decairá com o quadrado da distância entre a fonte e o ponto de detecção. Ainda de acordo com os dados apresentados, o questionamento quanto ao fato de a lâmpada de Stefan-Boltzmann ser uma fonte pontual, pode ser explicado com a afirmação de que se a intensidade ( ), no modelo proposto esta relacionada com o inverso do quadrado da distância, então devemos avaliar se verificamos essa mesma proposição nos dados experimentais. A ideia de que a fonte pontual emite radiação em todas as direções a partir de um centro, leva a definição da intensidade a utilizar como área uma superfície circular, 4πr^2, ou seja, existe uma relação com o inverso do quadrado da distância, exatamente como os dados experimentais comprovaram, e por isso consideramos a lâmpada de Stefan-Boltzmann utilizada no experimento uma fonte pontual. 5. Lei de Stefan-Boltzmann 5.1. O experimento Para a realização do experimento fora necessário inicialmente tomar alguns dados de referência, como a temperatura ambiente e a resistência da lâmpada de Stefan- Boltzmann a essa temperatura. A temperatura foi facilmente adquirida por meio de um termômetro presente no laboratório, já a resistência da lâmpada, a temperaturaambiente, foi obtida conectando o multímetro aos terminais da lâmpada. Tomados esses Rio de Janeiro – RJ 2018 dados, o experimento foi montado, ou seja, foi feita a correta ligação da fonte e colocado o amperímetro em série e o voltímetro em paralelo em relação à lâmpada. Ligando, outro voltímetro a termopilha, foi efetuado o alinhamento deste com a lâmpada e colocado o seu filamento a uma distância de 6 cm da termopilha. O início da tomada de dados se deu com o “power on” da fonte que foi ajustada para 1V. Partindo disso foram anotados os dados de 1 em 1 V até o limite de 12V, tomando cuidado para não exceder o limite máximo de 13V. 5.2.Dificuldades A primeira dificuldade foi quanto à tomada do dado referente à resistência da lâmpada, a temperatura ambiente. Para a obtenção desse dado fora utilizado 3 multímetros diferentes e fora obtidos resultados muito discrepantes, o que colocou em suspeição o equipamento, que seria utilizado para o experimento. Após muitas tentativas e mudanças de escala verificou-se que em alguns momentos foi identificada a resistência de 0,4 Ω e decidiu-se utilizar essa medida como parâmetro para o experimento, por parecer bastante coerente. Outro fator que gerou dúvida foi quanto à montagem do experimento. Houve muitas dúvidas quanto à colocação dos multímetros em série e em paralelo para que funcionassem como amperímetro e voltímetro respectivamente, e no manuseio da fonte. Nesse caso havia uma falta de experiência com os experimentos. Em outras disciplinas, na oportunidade de realização de experimentos, os mesmos já se encontravam montados. A insegurança foi muito grande e ao término do experimento sequer havia a certeza se os mesmo foram montados de maneira adequada. O entendimento de como montar o gráfico “dilog” foi sofrível, uma vez que este foi montado de duas maneiras distintas, onde o esperado seria o mesmo resultado, fato que não se concretizou. Devido a isso fora feita a opção em colocar neste relatório o tratamento dos dados que parecia mais coerente, dentre os resultados esperados. Como houve muitas dificuldades para a realização desse experimento, acredito que os resultados obtidos sejam reflexos de tamanhas adversidades. 5.3.Dados Dados de referência: Resistência de referência: 0,4 Ω Rio de Janeiro – RJ 2018 Temperatura de referência: 21°C ou 294K Tabela 5 V (volts) I (A) Vtermopilha (mV) P = VxI (VA) 1 0,63 0,16 0,63 2 0,84 1,16 1,68 3 1,01 2,32 3,03 4 1,13 4,77 4,52 5 1,24 7,52 6,2 6 1,37 9,86 8,22 7 1,5 12,79 10,5 8 1,61 15,94 12,88 9 1,71 19,91 15,39 10 1,81 24,51 18,1 11 1,90 28,66 20,9 12 1,99 33,18 23,88 Gráfico 5 - log do potencial da termopilha em função do log da temperatura Tabela 6 V(V) R (Ω) T (K) T4 (K4) Vtermopilha (mV) ε (T) 1 1,59 903,05 6,65x10 11 0,16 0,1022 1,56 2 2,38 1360,1 3,42x10 12 1,16 0,1677 6,93 3 2,97 1545,9 5,71x10 12 2,32 0,1943 11,94 y = 4,663x - 14,542 R² = 0,9988 -1 -0,5 0 0,5 1 1,5 2 2,9 3 3,1 3,2 3,3 3,4 3,5 Lo g p o te n ci al d a te rm o p ilh a (m V ) log temperatura (K) Considerando o filamento um corpo negro Rio de Janeiro – RJ 2018 4 3,54 1796 1,04x10 13 4,77 0,2302 20,72 5 4,03 2005,2 1,61x10 13 7,52 0,2602 28,9 6 4,38 2151,7 2,14x10 13 9,86 - - 7 4,66 2268,11 2,64x10 13 12,79 - - 8 4,97 2394,17 3,28x10 13 15,94 - - 9 5,26 2508,9 3,96x10 13 19,91 - - 10 5,52 2612,86 4,66x10 13 24,51 - - 11 5,79 2718,7 5,46x10 13 28,66 - - 12 6.03 2811 6,24x10 13 33,18 - - Gráfico 6 - Log V termopilha/ε em função do log da temperatura Gráfico 7 - análise da proporcionalidade do fluxo de radiação em função da potência aplicada à lâmpada y = 3,707x - 10,762 R² = 0,999 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6 2,9 2,95 3 3,05 3,1 3,15 3,2 3,25 3,3 3,35 Lo g V (t e rm o p ilh a) /ε Log da temperatura (K) Considerando o filamento um corpo cinzento y = 1,4317x - 1,626 R² = 0,9977 -5 0 5 10 15 20 25 30 35 0 5 10 15 20 25 30 P o te n ci al d a te rm o p ilh a (m V ) Potência da lâmpada Potencial termopilha em função da potência da lâmpada Rio de Janeiro – RJ 2018 5.4.Análise dos resultados O tratamento dos dados obtidos foi feito de duas maneiras distintas. A primeira hipótese levantada considera o filamento de tungstênio como um corpo negro e a segunda hipótese considera o filamento um corpo cinzento. Para que a análise fosse completa era necessário, que se obtivesse a temperatura do filamento para cada medida discreta do potencial aplicado a lâmpada. Sendo assim, foi necessário o cálculo da resistência do filamento em cada uma dessas temperaturas. Sabendo que a resistência do filamento pôde ser calculada pela relação verificamos na tabela 6 os resultados obtidos. Como citado anteriormente, o cálculo das resistências era preponderante para que obtivéssemos os dados relativos a temperatura, mas antes que possamos de fato adquirir esse dado era necessário o cálculo da resistência a 300 Kelvin (27°C). Para obter esse dado fora aplicado a seguinte relação: Tendo como α = 4,71x10-3 C-1 e β = 3,52823x10-7 C-2. Uma vez que α e β se encontram em referência a graus Celsius, r(t), também será calculado em relação a graus centígrados. Calculado r300 foi possível estabelecer , que é a razão necessária para determinar a temperatura intrínseca a cada resistência: Os dados oriundos desse tratamento de dados, ou seja, a temperatura intrínseca de cada potencial, também, pode ser apreciada na tabela 6 nos itens T (K) e T 4 (K 4 ). Diante desses dados existe condição suficiente para analisar se estamos diante de um corpo negro. A fim de estabelecer se essa analogia é verdadeira fora feito o gráfico 5. Nesse gráfico voltamos a nossa atenção para o coeficiente angular da reta traçada de acordo com os dados obtidos. A análise do coeficiente angular desse gráfico é possível devido à análise de que para um corpo negro temos a relação de Stefan-Boltzmann abaixo: Rio de Janeiro – RJ 2018 Aplicando Logaritmo dos dois lados da igualdade, temos: Com essa última igualdade, podemos fazer uma correlação bastante comum, que é com a reta, e associar a=4, ou seja, o coeficiente angular esperado em referência a reta: Contudo, de acordo com o gráfico 5, podemos verificar que a equação da reta é a seguinte: com r2 = 0,9988. Nesse caso, a = 4,663, não representa um modelo para a lei de Stefan-Boltzmann válida, para um corpo negro. Apesar de esse não ser o valor esperado, existe até certa proximidade de a=5. Para justificar essa discrepância é necessário se colocar em julgamento todas as dificuldades ocorridas durante a realização do experimento, e sendo assim essa seria uma boa aproximação do resultado esperado. Continuando a análise da Lei de Stefan- Boltzmann, utilizou-se a outra estratégia prevista, para a identificação do modelo, que era fazer com que o corpo (filamento de tungstênio) se assemelhasse a um corpo cinzento. Para o modelo de um corpo cinzento, a Lei de Stefan-Boltzmann se apresenta da seguinte maneira:Ou seja, com um valor que varia em função da temperatura. Esse valor que varia com a temperatura é a emissividade (ε), e para o caso do filamento de tungstênio empregado no experimento, deveria ser calculado de acordo com a seguinte relação: Essa relação apresentada tem validade para temperaturas entre 600 e 2100 Kelvin. De acordo com a tabela 6, podemos verificar que a temperatura para quais é possível aplicar, esses cálculos da emissividade, só teriam valor quando foi aplicada a tensão entre 1V e 5/6V. Calculada a emissividade (vide tabela 6), foi possível estabelecer a relação Rio de Janeiro – RJ 2018 Que também pode ser visualizada na tabela 6. Retomando a equação de Stefan-Boltzmann para corpos cinzentos Verificamos que o gráfico estabelecido com os dados possíveis apresenta a seguinte equação da reta . Mais uma vez não encontramos o resultado esperado que seria a=4, contudo a=3,707 é uma boa aproximação do valor esperado, mais uma vez levando em consideração as adversidades que se apresentaram. Em uma análise final podemos verificar que a inclinação da reta confere de maneira experimental uma boa aproximação do expoente 4 da Lei de Stepan-Boltzmann, além de conferir ao filamento de tungstênio da lâmpada a classificação de corpo cinzento. 6. Bibliografia Apostila de Laboratório Avançado para o Ensino da Física – Cederj. https://www.3bscientific.com.br/PhysicsExperiments/UE2020200_PT.pdf <acesso em:05/08/2018> http://www.facip.ufu.br/sites/facip.ufu.br/files/Anexos/Bookpage/Anexos_fm- 01-roteiro-stefan-boltzmann.pdf <acesso em: 07/08/2018> http://www.fisica.alegre.ufes.br/sites/fisica.alegre.ufes.br/files/6%20Lei%20da% 20radiacao%20de%20Stefan-Boltzmann.pdf (Figura 1 – montagem experimental) <acesso em: 28/07/2018> https://pt.slideshare.net/danielasofiaamt/3-balanco-energia-terra <acesso em: 31/07/2018>
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