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DOENÇAS DA CULTURA DA GOIABEIRA Discentes: Nayara R. da C. Lopes Maria J. A. Moura Janeiro 2016 INTRODUÇÃO Psidium guajava L. Contexto Histórico: Centro de Origem Região Tropical América do Sul Brasil Goiaba Vermelha Índia Goiaba Branca DESCRIÇÃO DA PLANTA Principais variedades KUMAGAI Paluma Pedro Santo Sassaoka Ogawa N°1 Rica Século XXI Produção de goiaba no Brasil por região, em toneladas, 1988/97 Principais Doenças da Goiabeira DOENÇAS BACTERIANAS Bacteriose Erwinia psidii Relato em 1982; Valinhos e Pindamonhangaba - SP. Mogi das cruzes, Campinas, Regristro, Itariri, Valinhos, Santa Mercedes, Pindamonhangaba, Jacareí, Auriflama e Santa Isabel. Umas das doenças mais importantes da goiabeira no Brasil. Provoca prejuízos expressivos; Dificuldade de controle; Disseminação entre pomares, e dentro do pomar. Etiologia A penetração do patógenos: Aberturas naturais dos botões florais; Ferimentos provocado por tratos culturais, insetos ou injúrias Beneficiada por condições de temperatura e umidades elevadas e adubação nitrogenada. Disseminado importante: Água (Irrigação) Mudas infectadas Via enxertia. Sintomas Brotações novas → murcha, evoluindo para mudanças na coloração das folhas, adquirindo um tom avermelhado, distribuído irregularmente sobre o limbo folear. Seguido do bronzeamento e escurecimento das folhas e de ramos e ponteiros. Nervuras com tonalidade marrom e evolui para seca. Quando corta o ramo observa-se o escurecimento da medula. As flores e frutos ficam escurecidos, secando e tornando-se mumificados Controle Impedimento da chegada e/ou estabelecimento da bactéria nos locais de cultivo, visto que a disseminação ocorre principalmente por mudas; Cuidados com água de irrigação, evitando por aspersão; Desinfestação de ferramentas de poda a cada mudança de planta em solução de hipoclorito de sódio; Podas em períodos que não tenha orvalho ou água livre sobre a planta; Remover ramos infectados; Entre outros cuidados. FERRUGEM (Puccinia psidii) Infecta tecidos jovens ou em desenvolvimento; Doença policíclica: Ocasiona vários surtos em um mesmo ano agrícola; Presença de tecido jovem em períodos de temperatura moderada e umidade relativa elevada. Infecção ocorre através do urediniósporos, que necessita de condições de escuro, umidade relativa maior que 90% e pelo menos 8 horas de temperaturas entre 18 e 25° C. Doenças Fúngicas Sintomas Afeta tecidos jovens (folha, botão floral, fruto e ramo); Surgimento de pequenas pontuações amarelas, com desenvolvimento da doença as lesões evoluem até coalescer, ocupando grande porção do tecido, podendo ocorrer o encarquilhamento de ramos e presenças de lesões corticosas. Nas folhas as lesões são circulares e de coloração marrom ou palha. Sintomas Os frutos são severamente atacados, desde o primeiro estagio de desenvolvimento e caem em grande quantidade. Observação: As fissuras provocadas nos frutos permitem a infecção de patógenos secundários. Colletotrichum gloesporioides e Rhizopus sp. Controle Cultivares tolerantes: Paulina, Rica, Riverside Vermelha e Guanabara. Evitar emprego exagerado de adubos nitrogenados; Plantio com maior espaçamento; Podas de condução que permita um arejamento da copa; Aplicação preventiva de fungicidas cúpricos, registrado para cultura. Mancha chocolate; Doença secundária, importante em condições de produção onde agricultores utiliza sacos; Tem como fase assexuada Glomerella cingulata; Caracteriza-se pela formação de acérvulos com setas, com conídios hialinos e unicelulares, protegidos por massa mucilaginosa de coloração laranja; Infecção pode ser direta, com formação de apressórios ou pode ocorrer via ferimentos. Antracnose (Colletotrichum gloeosporioides) Afeta folhas velhas em qualquer fase do desenvolvimento, os ramos novos, as flores e os frutos, Estação chuvosa tem crestamento dos ramos novo, adquirindo coloração purpura, tornando-se pardos escuros mais tarde, secos e quebradiços. Sintomas nas folhas e frutos em geral lesões de formato circulares e de coloração escura. Os frutos pode apresentar sintomas de podridão. Antracnose (Colletotrichum gloeosporioides) Medidas culturais de podas; Plantio em espaçamento que permita arejamento das plantas; Evitar coberturas dos frutos com sacos de papel ou plástico; Controle Manutenção de condições de limpeza; Após colheita lavagem dos frutos com água corrente. Podridão Parda (Dothiorella dominicana) Produz picnídios em madeira morta; O patógeno forma macro e microconídios no mesmo lóculo. Encontrada no final da década de 90; Distrito Federal; Em pomares comerciais e frutos no pós-colheita. . Sintomas: Ocorre principalmente em flores e em frutos; Nas flores lesões pardas, inicialmente nas pétalas, que evoluem para o pedúnculo; Com amadurecimento , no pós-colheita ocorre a fermentação da polpa e decomposição total do fruto; Podendo encontra frutos secos, duros e mumificados. Adotar medidas proconizadas para controle da bacteriose e da antracnose Podridão de Botryodiplodia (Botryodiplodia theobromae) Germina bem; Sintetiza enzimas degradadoras de parede celular; O fungo penetra por aberturas naturais ou por ferimentos ocasionado durante após a colheita. A penetração pode ser por ápice do fruto, após ter colonizado restos florais remanescentes. Sintomas Nos frutos forma-se lesões escuras e bordos definidos, começando do ápice e avançando para o pedúnculo. Quando a penetração é via pedúnculo os frutos caem; Em frutos maduros ou após a colheita a lesão pode iniciar em qualquer parte do mesmo que contenha o ferimento; Os sintomas em frutos pode lembrar a podridão parda. Controle: Podas de arejamento, evitar irrigação por aspersão, aplicar fungicidas cúpricos e evitar ferimentos. Antracnose maculada Sphaceloma psidii Aparece em folhas como manchas necróticas, de cor cinzas na face superior e de cor parda na face inferior; Com diferentes tamanhos, formas e disposição. As margens e áreas próximas da nervuras centrais são infectadas com maior frequência; Em frutos maduros aparece lesões de coloração quase preta. Doença que não provoca danos expressivos e medidas de controle de outras doenças também são eficazes. Pinta Preta Guignardia psidii Este fungo apresenta micélio denso, de coloração verde acinzentado a marrom-escuro ou preto. Os sintomas inicia por frutos deprimidos na superfície que evoluem rapidamente para lesões concêntricas de coloração preto-esverdeadas a marrom-escuras; Pode apresentar frutificações escura dos fungos. As lesões em estados avançados podem coalescer. Podas de ramos e controle químico utilizando fungicidas cúpricos NEMATOIDES GALHAS RADICULARES (M. mayaguensis) Causa pequenos tumores nas raízes São caracterizados pelo Desfolhamento, murchas, queda acentuada na produção Amarelamento da planta, crescimento reduzido, clorose das nervuras e deficiência nutricional 24 Grandes quantidades de galhas que são tumores de tamanhos variados e dificultam a absorção de água e nutrientes; As raízes podem apodrecer com o passar do tempo. Controle: Plantio de mudas sadias; Análise de nematológica do solo. 25 Outros doenças Podridão da Raízes – Phytophthora sp. Cancro – Bothysosphaeria dothidea Verrugose – Agente causal desconhecido. Tobamento – Rhizoctonia solani Mancha Folear – Phyllosticta guajavae Referências http://bbeletronica.cpac.embrapa.br/2001/cirtec/cirtec_15.pdf http://www.aptaregional.sp.gov.br/acesse-os-artigos-pesquisa-e-tecnologia/edicao-2011/2011-julho-dezembro/1094-diagnose-e-controle-das-doencas-da-goiabeira/file.html http://www.aptaregional.sp.gov.br/acesse-os-artigos-pesquisa-e-tecnologia/edicao-2011/2011-julho-dezembro/1094-diagnose-e-controle-das-doencas-da-goiabeira/file.htmlhttp://www.forestryimages.org/browse/detail.cfm?imgnum=5426920 Junqueira, N. T. V. Et al; Doenças da goiabeira no cerrado. Planaltina, DF: Embrapa Cerrado, 2001. 32p. – (Circular Técnica/ Embrapa Cerrados, ISSN 1517-0187 Soares-Colletti, Ana Raquel. Doenças quiescentes em goiabas: quantificação e controle pós-colheita. Piracicaba, 2002 27 OBRIGADA!
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