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1 Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia – ICET ENGENHARIA DE PRODUÇÃO MECÂNICA ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO ENGENHARIA MECÂNICA Ciência dos Materiais Aula 02 – Ligações Químicas. 12 de fevereiro de 2019 Professor: Ms. Winston F. de L. Gonçalves Referências: -Callister, W. “Engenharia e Ciências dos Materiais: Uma introdução” LTC Editora, 9ª Edição, 2016 (Capitulo 2) -Van Vlack. “Principios de Ciências e Engenharia dos Materiais” Elserver , 2010. -Askerland, D. “Ciências e Engenharia dos Materiais” Cengage, 2010 -Hibbeler, R. C. “Resistência dos Materiais” 7º Edição. Prentice Hall Brasil, 2011. - Hibbeler, R. C. “Estática: mecânica para engenharia” 12º Edição. Prentice Hall Brasil, 2011. - Beer,F. P.; J.,E. Russell; Eisenberg,E. R. “Mecânica Vetorial Para Engenheiros” - Estática - 9ª Edição. McGrawHill Brasil, 2011. - Ashby, Michael F. “Materials Selections in Mecanical Design”. Elservier. 3th Edition. Amsterdam, 2005. São uniões de dois ou mais átomos iguais ou diferentes para formar as moléculas. Esta união ocorre em função dos elétrons das últimas camadas dos elétrons, formando assim as ligações Químicas. Os átomos se combinam de forma a se tornarem estáveis, com oito elétrons em sua última camada (camada de valência), a exemplo dos gases nobres. Ligações Químicas Teoria do octeto IÔNICA: caracterizada pela transferência de elétrons. Ocorre entre: METAL e AMETAL METAL e HIDROGÊNIO COVALENTE: formação de pares eletrônicos. Ocorre entre: AMETAL e AMETAL AMETAL e HIDROGÊNIO METÁLICA: ocorre entre metais Classificação das ligações Átomos - Classificação Átomos metálicos Semi-metais Não metais Gases nobres Forças e Energias de Ligação Ligações Iônicas • Consiste na doação de elétrons de um elemento para outro. Assim um atrai o outro por atração eletrostática. Ex: Cloreto de sódio Propriedades dos compostos iônicos: - São sólidos nas condições ambiente - Apresentam altos pontos de fusão e ebulição - São condutores de eletricidade quando no estado liquido (fundidos) ou quando dissolvidos em água. - A maioria dos compostos são solúveis em água. • [Na]+ [Cl ]– • Características das Substâncias Iônicas As fortes atrações eletrostáticas entre cátions e ânions, em uma substância iônica, têm suas conseqüências; – Toda substância iônica é sólida e forma um retículo cristalino, nas condições ambientes. – Os pontos de Fusão (PF) e de ebulição (PE) são bem altos. – As substâncias iônicas conduzem corrente elétrica quando fundidas ou quando dissolvidas em água. Metal + Ametal → Ligação Iônica → Substância Iônica → Sólido Outros Exemplos: Ligação Covalente • É o tipo de ligação que ocorre quando os dois átomos precisam adicionar elétrons em suas últimas camadas. Somente o compartilhamento é que pode assegurar que estes átomos atinjam a quantidade de elétrons necessária em suas últimas camadas. Cada um dos átomos envolvidos entra com um elétron para a formação de um par compartilhado, que a partir da formação passará a pertencer a ambos os átomos. Ocorre entre não metais e não metais, não metais e hidrogênio e entre hidrogênio e hidrogênio. • O hidrogênio possui somente uma camada contendo um único elétron, compartilhando 1 elétron, atinge a quantidade necessária para a camada K, que é de dois elétrons. Os elétrons compartilhados passam a ser contados para as eletrosferas dos dois átomos participantes da ligação. Formação de pares eletrônicos Ocorre entre: AMETAL e AMETAL AMETAL e HIDROGÊNIO Ligação covalente Ligações Covalente • C, Z=6 (1s2, 2s2, 2p2) – L = 4 • H, Z=1 (1s1) – K = 1 • Materiais mais moles; • Ponto de fusão e ebulição mais baixos; • Ocorrência comuns em ametais; • Mais comum nos Polímeros. Figura: Ligação covalente do carbono com o próprio carbono e com o hidrogênio. Neste caso a molécula do Polietileno (PE), molécula mais simples de polímero, mais barata e mais utilizada. O PE é formado a partir da reação de polimerização do Eteno, um gás formado de ligação covalente. Ligações Metálicas • Os metais são bons condutores de eletricidade por causa da facilidade com que os elétrons se movimentam, pois se encontram livres. E isso ocorre porque os metais têm baixa energia de ionização, ou seja a atração sobre os elétrons é baixa. • Temos então uma estrutura formada por cátions fixos cercados por um "mar de elétrons" provenientes da camada de valência. A interação entre os elétrons livres (-) e os cátions (+) determina a estrutura cristalina dos metais e uma série de propriedades características: – maleabilidade – ductibilidade – boa condutibilidade térmica e elétrica. – alto ponto de fusão – resistência à tração – brilho • Os metais podem se unir entre si ou a outros elementos e formar misturas sólidas chamadas ligas metálicas: Por exemplo: – o aço é uma liga de ferro e carbono: o aço inoxidável é uma liga de ferro e carbono com adição de cromo e níquel; – o bronze é uma liga de cobre e estanho; – o latão é uma liga de cobre e zinco; – o ouro de 18 quilates é uma liga de ouro e cobre. Ligações Van Der Waals (intermoleculares) Forças de Van der Waals Forças intermoleculares Existem entre Exemplos Dipolo-dipolo (Forças de Keesom) Moléculas polares HCl ; CH3CH2OH Dipolo permanente-dipolo induzido (Forças de Debye) Moléculas polares com moléculas apolares HCl + N2 Forças de dispersão de London Todos os tipos de moléculas Forças dipolo-dipolo As ligações dipolo-dipolo ocorrem entre moléculas polares, e têm origem na atração entre pólos opostos de moléculas adjacentes. Quanto maior o momento dipolar (μ ) e menor o tamanho das moléculas maior é a força de ligação. X Y ......... X Y δ+ δ- δ+ δ- Ligação dipolo-dipolo Forças dipolo-dipolo induzido As forças dipolo-dipolo induzido são devidas à ação de uma molécula polar sobre uma molécula apolar. A distribuição electrónica desta última vai ser distorcida por ação da força exercida pela molécula polar, induzindo-lhe um dipolo instantâneo. Quanto maior o número de electrões numa molécula maior a polarizabilidade, e mais facilmente é induzido um dipolo. A polarizabilidade é uma medida da facilidade com que a distribuição electrónica de um átomo neutro ou molécula pode ser distorcida. Dipolo 1 Molécula apolar Dipolo 1 Dipolo induzido δ+δ-δ - δ+δ + δ- Forças de dispersão de London O metano, CH4, e o azoto, N2, são exemplos de moléculas apolares, que são gases à temperatura e pressão ambiente. Contudo estes gases podem ser liquefeitos. O tipo de ligação que ocorre entre as moléculas apolares é designado por ligações de London. Molécula apolar δ+ δ+ δ-δ- δ+ Dipolo instantâneo Dipolo induzido δ- As ligações de London têm origem em assimetrias momentâneas nas nuvens electrónicas das moléculas, que actuam como dipolos fracos instantâneos. As forças de London podem ser mais fortes do que as dipolo-dipolo em moléculas com grandes nuvens eletrônicas. Com efeito, as forças de London são tanto mais fortes quanto maior a nuvem eletrônica, ou seja, quanto maior a polarizabilidade. Forças de London e massa molar Ligação de hidrogênio A ligação de hidrogênio é um tipo especial de ligação dipolo-dipolo e ocorre entre um átomo de hidrogênio e átomos bastante eletronegativos, como o O, N ou F. Estrutura da água Este tipo de ligação ocorre por exemplo entre as moléculas de água unidas entresi no estado sólido ou líquido. A ligação de hidrogênio é a mais forte de todas as interacções intermoleculares. Os compostos que apresentam ligações deste tipo têm pontos de fusão e ebulição mais elevados do que seria de esperar, com base no tamanho das moléculas. Pontos de ebulição Densidade da água Propriedades dos Líquidos – Tensão superficial A tensão superficial de um líquido, γ, é a quantidade de energia necessária para aumentar a área de superfície de um líquido, de uma unidade. As unidades de γ são o N m-1. Forças intermoleculares fortes originam tensão superficial elevada. Propriedades dos Líquidos – viscosidade A viscosidade de um fluido, η, é uma medida da resistência que esse fluido oferece ao escoamento. As unidades S.I. de η são o Pa.s. Forças intermoleculares fortes originam viscosidade elevada. Propriedades dos Líquidos – Pressão de vapor Clausius-Clapeyron: Variação com a temperatura Ponto de ebulição normal O ponto de ebulição é a temperatura à qual a pressão de vapor (equilíbrio) de um líquido iguala a pressão exterior. O ponto de ebulição normal é a temperatura a que um líquido ferve quando a pressão exterior é igual a 1 atm. Exemplo de cálculo A pressão de vapor do etilenoglicol é 14.9 mmHg a 373 K e 49.1 mmHg a 398 K. Calcular o calor molar de vaporização do etilenoglicol. Aplicando a equação de Clausius – Clapeyron às duas temperaturas e subtraindo termo a termo obtemos:
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