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Meritíssimo Juízo da 1ª Vara Cível da Comarca de CIDADE

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Meritíssimo Juízo da 1ª Vara Cível da Comarca de CIDADE/UF
Autos nº: 00000000000000
EMPRESA, inscrita no CNPJ sob o nº: 000000000000, situada na Avenida das Rosas, nº 0, Bairro Núcleo Industrial, Cidade/UF, CEP: 000000, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, por seu procurador infra assinado, com escritório profissional situado na Rua XXXXX, Nº: XX, Bairro xxxxx, Cidade/UF, CEP: 0000-000, onde recebe intimações, apresentar sua
CONSTETAÇÃO C/C RECONVENÇÃO
Nos autos da ação de cobrança de alugueis que lhe move FULANO DE TALjá qualificado nos autos em epígrafe, o que faz com supedâneo no art. 335 e seguintes do Código de Processo Civil e nos argumentos fáticos e jurídicos que a seguir, passa a aduzir:
I – Resumo da inicial
As partes firmaram contrato de aluguel de um terreno rural localizado na Rodovia MG 00, KM 00, Zona Rural, nesta cidade, com área de 5.000 m². O prazo de locação seria de 7 meses, tendo início em 15/10/15 e término em 15/05/2017. O valor do aluguel seria R$5.000 (cinco mil reais) mensais.
Sustenta o autor de forma extremamente genérica que a ré devolveu o referido imóvel deixando pendências de aluguel do período de 01/05/2016 a 31/05/2016.
Realizada a audiência de conciliação, restou infrutífera, motivo pelo qual mister se faz rebater os infundados argumentos da inicial.
II – DA REALIDADE DOS FATOS
Ao contrário do que tenta fazer crer o autor, o verdadeiro desencadear dos fatos é completamente diverso da situação por ele apresentado.
Em outubro de 2015 as partes firmaram o contrato de aluguel acima discriminado, com o valor de R$5.000 (cinco mil reais) mensais. Ocorre que a ré efetuou todos os pagamentos dos alugueis do início ao fim do contrato através de depósitos bancários em nome do autor. Ressalta-se que o pagamento do aluguel objeto da presente ação foi efetuado através de cheque também depositado na conta do autor e devidamente compensado, conforme comprovantes em anexo.
Indubitavelmente a ré sem maiores transtornos desocupou o imóvel no término do contrato, entregando-o em perfeitas condições, conforme combinado no contrato.
Em razão do exposto, faz se necessário a presente peça a fim de contestar todos os argumentos apresentados pelo autor da presente ação, conforme será demonstrado a seguir.
III - TEMPESTIVIDADE
O art. 335, I do CPC prevê o prazo de 15 dias para contestar a contar da data da audiência de conciliação. A audiência ocorreu no dia 26/04/17, data do início da contagem do prazo, sendo seu prazo final o dia 17/05/2017.
Tempestiva, pois, a presente contestação c/c reconvenção.
IV- DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
O art. 98 do CPC prevê o direito a concessão de justiça gratuita a pessoa jurídica com insuficiência de recursos para arcar com os encargos processuais.
A Súmula 481 do STJ também faz menção nesse sentido, senão vejamos:
SUM. 481. STJ. Faz jus ao benefício da justiça gratuita a pessoa jurídica com ou sem fins lucrativos que demonstrar sua impossibilidade de arcar com os encargos processuais.
A ré não tem recursos suficientes para arcar com os encargos processuais, sem que prejudique, para tanto, a sua própria atividade, conforme consegue comprovar através de extrato bancário em anexo que comprova a utilização de cheque especial a fim de cumprir com suas obrigações.
Sendo assim, a ré pleiteia os benefícios da justiça gratuita conforme preceitua o art. 98 e seguintes do CPC e a Súmula º: 481 do STJ.
V – PRELIMINARMENTE (CPC, art. 337)
a) Incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização.
Em audiência de conciliação o autor não compareceu e sua filha CICLANA DE TAL esteve presente o representando, apresentando carta de preposição que fora juntada aos autos (fls. XX).
Ocorre que o CPC em seu art. 334, parágrafo 10º prevê que a parte poderá constituir representante, por meio de procuração específica, com poderes para negociar e transigir e não por meio de carta de preposição, uma vez que a carta de preposição é usada para representar pessoa jurídica.
Mesmo tendo a possibilidade da parte ser representada em audiência, esta representação não pode haver defeito, o que ocorreu no caso em tela, visto que o § 10º do art. 334 foi claro ao prever a representação da parte através de procuração específica com poderes para negociar e transigir e não por carta de preposição.
Deste modo, tal representação eivada de vícios não merece prosperar.
Assim, requer seja reconhecida a irregularidade na representação do reconvindo em audiência de conciliação.
VI – DO MÉRITO
Primeiramente esclarece a ré que o contrato celebrado entre as partes era exclusivamente de aluguel com período de 15/10/2015 a 15/05/2016.
Indubitavelmente é sabido que os alugueis referente ao contrato vinham sendo quitados através de depósito bancário diretamente em conta do autor. Em momento algum a ré esquivou-se em quitar os alugueis.
A alegação do autor no que tange a inadimplência da empresa ré não merece prosperar, uma vez que a ré efetuou o pagamento do todos os alugueis referente ao período de vigência do contrato, conforme comprova-se através de documentos em anexo.
Ressalta-se que o pagamento da referida dívida foi efetuado através de cheque depositado na conta do autor e compensado (cópia do cheque e extrato bancário em anexo) e não há que se falar em inadimplência.
Além do mais, o autor não apresenta provas capazes de demonstrar a inadimplência da ré, são apenas alegações, o que viola o disposto no artigo 373, I, do Código de Processo Civil:
“Art. 373. O ônus da prova incumbe:
I. Ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;”
Ao analisar os autos, verifica-se a ausência de prova indicativa do direito do autor, exatamente pelo fato de não haver comprovado a inadimplência, não ultrapassando o campo das falácias e mero aborrecimento.
Portanto, totalmente improcedente os pedidos ventilados na inicial, razão pela qual conduz à sua imediata extinção.
VI- DA COBRANÇA INDEVIDA/LITIGÂNCIA DE MÁ FÉ
Conforme já explanado anteriormente a ré não deve ao autor nem um centavo, vez que todos os alugueis do contrato firmando entre eles foram devidamente pagos.
Porém, o autor mesmo já tendo recebido todos as alugueis ainda ajuizou a presente ação agindo de má fé. Destarte, o pedido do autor foi montado à tentativa de enriquecimento ilícito, vejamos:
O autor não comprovou a inadimplência da ré de forma alguma, seja por extrato bancário, e-mails com cobranças, cartas de cobranças, etc. A simples alegação do não pagamento do aluguel não constitui o direito, é necessário comprovar o descumprimento da obrigação.
A ação foi ajuizada após o pagamento da dívida, o que impossibilita a comprovação da inadimplência, por isso o autor não conseguiu comprovar a dívida, uma vez que esta não existe!
Entretanto, ressalta-se que alegações indevidas, infrutíferas e sem nenhum respaldo jurídico ou embasada por documentação hábil comprobatória, apenas tratando-se de alegações vãs, configura a litigância de má-fé. O litigante de má-fé é aquele que busca vantagem fácil, alterando a verdade dos fatos com ânimo doloso, e é o que acontece no caso em tela.
Como consequência da ambição autor, por pleitear verba da qual sabe não ser merecedor, utilizando-se do processo para obter objetivo ilegal, deve receber punição.
Pugna-se o art. 77 do Código de Processo Civil de 2015 o qual impõe o dever de probidade e lealdade processual às partes e procuradores.
O litigante ímprobo, que vier descumprir tal dever, sofrerá as sanções previstas ao litigante de má fé, de que tratam os artigos 79 e 80 do CPC, podendo ser fixada multa até o teto de 10 (dez) salários mínimos a serem fixadas por arbítrio de Vossa Excelência, situação que cabe a aplicação do referido artigo ao autor.
O artigo 80 do CPC, I, II, III assim disciplina:
"Art. 80. Considera-se litigante de má-fé aquele que:
I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso;
II - alterar a verdade dos fatos;
III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal;”
O CPC ainda prevê acondenação do litigante de má fé ao pagamento de multa, senão vejamos:
“Art. 81. De ofício ou a requerimento, o juiz condenará o litigante de má-fé a pagar multa, que deverá ser superior a um por cento e inferior a dez por cento do valor corrigido da causa, a indenizar a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os honorários advocatícios e com todas as despesas que efetuou.”
Sobre o rigor que deve ser dado ao tema, o professor Luiz Padilla já defendia:
Conforme comentários que inserimos na Revista de Processo 64, a Acórdão do TARGS que aplicava a pena de litigância de má-fé, para ser exemplar, como é do espírito da lei que proscreve a litigância deletéria, a penalização deve ocorrer com tintas fortes e carregando nas tintas (tomada emprestada expressão já consagrada no magistério de Araken de Assis, quando tratou das"astreintes"no direito do consumidor).
Isso se justifica, em especial, quando caráter vazio da postulação, sem qualquer desforço de argumentação, muito menos de prova, e cuja tese sofre de testilha intestina, denotam mero intuito protelatório.” ( Luiz R. Nuñes Padilla “in” Revista de Processo, RT abril-junho de 1995, a. 20, v.78, p.101-107 e Revista Trabalho e Processo, Saraiva, São Paulo, junho de 1995, v. 5, p. 26-33)
As alegações do autor de não cumprimento quanto ao pagamento do aluguel do período de 01 a 31 de maio de 2016, não devem prosperar, pois, se trata de uma ficção aludida pelo mesmo, que agindo de má fé ambiciosamente pretende receber proveitos além dos pactuados.
Ora Douto Julgador, é inaceitável que se permita que tal argumento falacioso se prospere, pois, dessa forma o autor estaria utilizando de artifícios pretenciosos para obter o Enriquecimento Ilícito.
Ademais, não há que se falar em descumprimento da obrigação de pagar o aluguel pela ré visto que os comprovantes de depósito e a compensação do cheque vislumbra o cumprimento da obrigação. Portanto não merece prosperar a cobrança de aluguel em atraso da empresa ré, vez que a dívida é inexistente.
Concluindo, está claro o equívoco do autor, também a ocorrência de má fé ao cobrar uma dívida já devidamente quitada.
Face ao exposto, requer-se a condenação do autor ao pagamento de multa por litigância de má fé nos termos do art. 81 do CPC.
VII – Reconvenção (CPC, art. 343)
Reconvenção é a ação do réu contra o autor no mesmo processo em que aquele é demandado. Não é defesa, é demanda, ataque. Esta ação amplia objetivamente o processo, obtendo novo pedido na presente ação.
Nesse sentido, o art. 343 do CPC textualiza:
Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa.
Indubitavelmente, alegar reconvenção na contestação é lícito, conforme respalda o art. 343 do CPC.
Como amplamente demonstrado nesta resposta, a empresa reconvinte não tem débito algum com o reconvindo, haja vista o adimplemento da dívida antes mesmo do ajuizamento da presente ação.
O reconvindo está cobrando uma dívida que já foi paga e nesse sentindo o art. 940 do Código Civil prevê que o credor que demandar por dívida já paga, ficará obrigado a pagar ao devedor o dobro do que houver cobrado, senão vejamos:
Art. 940. Aquele que demandar por dívida já paga, no todo ou em parte, sem ressalvar as quantias recebidas ou pedir mais do que for devido, ficará obrigado a pagar ao devedor, no primeiro caso, o dobro do que houver cobrado e, no segundo, o equivalente do que dele exigir, salvo se houver prescrição.
Assim, como o CC assegura o direito de recebimento em dobro de valor já pago cobrado indevidamente pelo credor, a empresa reconvinte usa da reconvenção para lhe garantir tal direito.
A reconvinte possui cristalino direito de receber em dobro o valor da dívida já paga ao reconvindo, uma vez que encontra respaldo jurídico no art. 940 do CCconforme mencionado anteriormente e preenche os requisitos necessários para pleitear e garantir tal direito, quais sejam: pagamento da dívida cobrada indevidamente e a má fé do reconvindo.
Os comprovantes em anexo são as provas de que a dívida foi adimplida e a má fé do reconvindo já foi vastamente alegada em tópico anterior. Assim, resta comprovado o direito da reconvinte de receber em dobro do que já foi pago.
Portanto, é imperativo que o reconvindo seja condenado a pagar à ora reconvinte os valor já pago, acrescido de juros e correção monetária, nos moldes do art. 389 do Código Civil Brasileiro.
Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.
Portanto, não pode ser proferido outro julgamento senão a total procedência da presente contestação c/c reconvenção, vez que fora vastamente comprovado o pagamento da dívida e a má fé do reconvindo. Ainda que ocorra a desistência da ação ou a ocorrência de causa extintiva que impeça o exame do seu mérito, não obsta ao prosseguimento do processo quanto à reconvenção, conforme preceitua o § 2º do art. 343 do CPC.
VIII – DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS
Ante o exposto, restando evidenciado o direito e interesse de agir da reconvinte, requer-se:
a) Pretende-se o conhecimento e acolhimento das PRELIMINARESarguidas:
1) Defeito na representação em audiência de conciliação: requer que seja reconhecida a irregularidade na representação do reconvindo em audiência de conciliação.
b) Em face do exposto, CONTESTA todos os termos da inicial, requerendo que seja julgado IMPROCEDENTE os pedidos da presente ação sob pena de ENRIQUECIMENTO ILICITO, e ainda condenando o reconvindo no pagamento das custas, despesas processuais e honorários advocatícios.
c) Seja o pedido de reconvenção julgado TOTALMENTE PROCEDENTE, a fim de condenar o reconvindo ao pagamento em dobro do valor já pago pela reconvinte referente ao aluguel do período de 01 a 31 de maio de 2016.
d) Seja o reconvindo condenado ao pagamento de custas e despesas processuais, bem como honorários advocatícios, conforme preceitua o art. 85, § 1º do CPC.
e) Tendo em vista que a reconvinte não tem condições em arcar com as custas e despesas processuais, requer os BENEFÍCIOS DA ASSISSTÊNCIA JUDICIÁRIA, conforme reza o art. 98 e seguintes do CPC e a Súmula º: 481 do STJ.
f) Provarão o alegado por todos os meios de provas em direito admitidos, especialmente o depoimento pessoal do representante legal da reconvinte, sob pena de confissão, oitiva de testemunhas oportunamente arroladas, juntadas de documentos, etc. Protestam por outras provas.
g) Reque ainda que todas as intimações e publicações sejam feitas em nome de seu procurador.
Cumpridas as necessárias formalidades legais, deve a presente ser recebida e juntada aos autos.
Termos em que,
Pede deferimento.
Cidade, data.
_______________
Advogado
OAB

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