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Articulação CAPS-Escola

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L: O SAICAS também?
M: O SAICAS não, o SAICAS a gente não encaminha ninguém pro SAICAS. O SAICAS é um abrigo né, é o nome dos abrigos então é o SAICAS quem acessa as vagas de SAICAS não somos nós né. A gente pode até ter situações que a gente está acompanhando mas não aí no momento da avaliação e no momento de chegada.
L: Uhum.
 M: Por exemplo casos que a gente tá atendendo que a gente tem todo percurso de trabalho que a gente percebe que essa criança tá ficando numa situação de vulnerabilidade, de risco né, que a família não tá conseguindo oferecer os cuidados então a gente vai o tempo inteiro tentar auxiliar né e fortalecer essa família para fazer os cuidados, mas existem casos em que isso se esgota né e que a criança continua numa situação de risco. Então o SAICAS entram aí e ainda assim não é a gente que indica, a gente pode até sugerir como uma compreensão dessa equipe né, mas quem determina um abriga mento de uma criança é uma instituição da Justiça né , e uma determinação judicial então a gente aciona um Conselho Tutelar e todo um tramite pra isso , SAICAS não é um recurso que gente utiliza como encaminhamento para o abriga mento , não existe isso ainda mais num momento de avaliação que a gente tá conhecendo um caso iniciando uma vinculação com essa criança , com essa família. Então dificilmente a gente recebe uma situação no momento de avaliação que aponta pra isso, nunca tivemos.
L: Existe algum contato do CAPS com a escola depois do acolhimento? Se sim, como ele é feito? 
M: Normalmente é depois do acolhimento mesmo a gente recebe a criança é o que que a gente tem várias possibilidades de contato com a escola desde um telefonema né pra falar com o profissional da escola alguma situação que a gente entenda assim necessário a gente pede relatório né pode ser uma comunicação por escrito por e-mail né , é até passando pela nossa reunião de inclusão escolar que a gente tem mensal aqui uma de manhã e uma de tarde e esse momento então quando a gente recebe as escolas que queiram vim conversar com a gente a respeita das crianças que estão em atendimento até outras situações em que a escola não pode vim e a gente reconhece uma necessidade muito grande de conversar a gente vai até a escola né pra observar a criança , conversar com a equipe escolar enfim pra fazer uma reunião inclusive com a família e com a criança , tem vários modos a gente vai sempre construir meio que sob medida pro caso a nossa atuação né , claro que a gente tem que ter um espaço da inclusão como espaço já de fluxo interno já constituído e que qualquer situação pode ser remedida pra lá ,mas algumas não cabem ou a gente não tá tendo efetividade com essa oferta. Então nesse caso a gente vai até a escola a gente faz uma conversa ou com os profissionais da escola ou a gente entra em contato com outros serviços, com outros níveis da educação por exemplo na APA, SEFAZ, DRE é não são os profissionais que estão na escola mas as vezes aqueles que também tão referenciados ao caso dando suporte aos profissionais da escola então depende muito do caso, o que a gente tá percebendo é que precisa-se trabalhar.
L: É. Existe algum tipo de articulação com a escola para as crianças que ficam, se já falou que tem a reunião e ai vai depender de cada caso.
M; Exatamente 
L: Como vocês vao entrarem contato. 
M: Exatamente.
L: Qual que é o papel da escola nessa articulação que vocês entendem com o papel da escola?
M:Então a escola é um parceiro né e um profissional da escola primeiro que é ele que tá no dia a dia com essa criança , ele tem condição de observar algumas situações que a gente não observa aqui né , então o papel da escol é muito importante nessa composição do cuidar né , o que acaba acontecendo que eu não sei se vai perguntar mais adiante né quais são as dificuldades né é que muitas vezes a escola tá muito focada no processo pedagógico , na questão da aprendizagem e o que a gente vê que tem meninos que estão em um outro momento , um momento anterior até a composição de pré-formar em relação a aprendizagem tal eles tão com questões que precisam ser mais bem cuidadas e que a escola pode ajudar muito nesse processo pra que a criança esteja mais bem situada no ambiente escolar e ai consiga ter melhor resultado em relação a parte pedagógica , o que a gente vê muitas das escolas tá com essa preocupação muito uma pauta muito prioritária e ai as vezes nosso trabalho é chamar a atenção do aluno pra esse outro lado e valorizar o trabalho da escola em relação ao esporte ao acolhimento da criança que ela pode ter na escola que muitas vezes eles não dão destaque que isso tem naquele caso ou alguns casos de forma geral , tamanha preocupação em relação a questões do dia a dia né , enfim acho que esse é um ponto que a escola é parceiro , a escola é digamos um direito da criança que a gente trabalha muito na perspectiva que essa criança tem que estar na escola , tem que estar melhor possível né , frequentar a escola , ter amigos , ter a possibilidade de aprender , ter o espaço circulação de inclusão social que a escola oferece então estar na escola é um objetivo , é uma situação vamos dizer assim é um critério inclusive de admissão no CAPS tem que a criança tem tantas dificuldades de não estar na escola é muito grave isso. A gente entende como muito grave, então um trabalho que possa permitir que essa criança se inclua no ambiente escolar, frequente o espaço da escola, acesse esse direito é prioritário pra gente também né, então essa articulação do CAPS com a escola a gente entende que é aparte do nosso trabalho assim, uma parte muito importante do nosso trabalho.
L: Acho que você acabou respondendo qual é o papel do CAPS nessa articulação.
M: Aham. Ele é um pedaço que vamos discutir , sugerir intervenções pra problemática que acontece né , atentar pra algumas coisas , claro que a gente sempre tem uma preocupação muito grande em relação a discussões com as crianças , com a questão do sigilo né , por que a gente tá enfim subordinar também é uma questão do sigilo profissional que a gente não pode referir tudo que as famílias e as crianças apresentam pra nós relatar isso pra escola sem cuidado nenhum né , mas na medida em que algumas situações vão ficar e parecem elementos que a gente vai ficar e poder ajudar essa situação num outro ambiente né ,a situação da criança no ambiente escolar a gente faz uma conversa , a gente coloca essa questão da importância do cuidado com a informação que tá sendo compartilhada e a gente compartilha algumas situações mesmo que a gente vivencia aqui, que a gente pode a partir do nosso trabalho conhecer pra que a escola tenha mais elementos pra atuar com aquela criança né.
L: Qual a diferença entre a inclusão escolar e uma terciamento?
M: Então acho que assim.
L: Ou se tem diferença?
M: Tem.
L: É uma forma de matriciar ?
M: De certa forma né , matriciar é uma palavra que põem em moda nos últimos anos né , mas matriciamento pode dá em qualquer , não é só em saúde mental né, tem várias matriciais básicas que tem a ver com você compartilhar um conhecimento mais especifico com um outro profissional ou com uma outra equipe que tem menos , vamos dizer experiência em relação àquela pratica pra poder ampliar os cuidados , ampliar os trabalhos que são feitos num outro espaço por exemplo , o CAPS pode matriciar as UBS’s , o CAPS é um serviço especializado em saúde mental as UBS’s são serviços de atenção geral né então as questões de saúde mental podem ser discutidas de forma que a UBS tenha mais elementos para cuidar da população que tem questões em relação a saúde mental. Então na escola né , a matriciamento nesse sentido não vai ser um compartilhamento de saberes que permita o atendimento , o tratamento por que a escola não é lugar de tratamento não é , mas tem semelhanças na ajuda que a gente compartilha algumas experiências , algumas informações em que a gente orienta também algumas práticas que a gente sugere que a gente discute e que a escola pode ampliar a sua , o seu modo operante pensoassim pra acolher e atender melhor aquela criança ou adolescente entendeu ,no ambiente deles que é o da escola, então eles não vão ser um lugar de tratamento , eles vão continuar sendo sempre uma escola, mas levando em ponta né podendo servir também nauqeles elementos que gente numa discussão pode oferecer pra melhorar o seu fazer né , o modo de atender aquela criança ou adolescente.
L: Entendi. Então o termo Matriciamento não é a forma correta da gente nomear essa relação que tem a escola e o equipamento de saúde?
M: É a gente não nomeia assim né, é entendendo que matriciamento tem mais haver com o ambiente da saúde.
L: Uhum.
M: Pelo menos fizessem o acompanhamento no tempo , não sei se o termo pode ser aplicado a esse compartilhamento feito com as escolas, aqui a gente chama de ações em inclusão escolar , mas o nome assim é menos relevante do que o que se faz né , acho que a ideia enquanto vamos dizer assim se referenciar no que acontece num matriciamento pra pensar esse matriciamento rola na escola é interessante por que de certa forma tem uma certa semelhança ,agora semelhanças em relações a matriciamento , agora de verdade eu não sei seou não é certo e aqui a gente não usa né . Mas por exemplo já teve períodos em que se falava matriciamento de abrigos né , então o que nada mais era do que a equipe do CAPS está com as equipes dos abrigos e discutir situações que rolavam lá no abrigo e que a gente pudesse compartilhar algumas experiências ouvi-los ,discutir, pensar em estratégias que cuidar então o abrigo também não é um serviço de atendimento em saúde mental né , ou em saúde , mas é um espaço de cuidado se a gente usar com cuidado os abrigos acho que a gente poderia usar as escolas também sem problema né e que as vezes tentando consagrar pra um tipo de trabalho menos pra outros , mas assim a ideia desse modo é essa. 
L: O que vocês entendem da relação entre educação e saúde mental? Teria alguma sugestão ou ideia para melhorar ou acrescentar o tempo dessa relação? A gente hoje tem a discussão principal na escola tudo mais.
M: Uhum. 
L: Eu queria que você falasse da sua opinião sobre isso.
M: É o psicólogo na escola ele vai trabalhar questões é vamos dizer assim perto da realidade escolar das interações , das relações que se dao dentro da escola né , o psicólogo fora da escola seja ele do equipamento de saúde, seja ele dum consultório ele vai basicamente pensar num cuidado considerando a problemática mais especifica daquela criança ou adolescente né , então nesses sentidos são campos distintos e que não anulam um ao outro , interferem um ao outro pelo contrário eles podem trabalhar um com o outro conjuntamente né , mas o objetivo do psicólogo na escola nada mais é operar a clínica não é realizar atendimentos , mas que ele possa ter momentos de conversas né , situações em que individualmente ele vai conhecer mais e conversar mais com uma criança ,com uma família , com uma professora né , mas o dia a dia do psicólogo escolar envolve a clínica né , necessita , eu entendo assim traz conhecimentos da clínica mas ele não tá fazendo uma intervenção clinica né.
L: Mas aí você acha que ele poderia por exemplo ajudar nas demandas de encaminhamento?
M: Sem dúvidas , por que ele tem um olhar né que pode identificar a situações que precisem de cuidados mais especializados com certeza ele tem , então identificar as situações né , tentar trabalhar essas situações num nível de atenção ali dentro da escola , daí quando ele percebe que aquilo é insuficiente né e que necessita de cuidados mais especializados para aquela criança ou adolescente ele vai fazer um encaminhamento né , vai conversar com as famílias né , trabalhar esse encaminhamento por que muitas vezes as famílias é oferecem uma resistência “a não imagina meu filho não precisa ”/ “não tenho tempo” , coisas assim ,trabalhar num sentido dessa família tá mais apropriada ,mais próximo daquela necessidade e poder buscar ajuda.
L: Mais eu acho que é isso assim, da relação da educação da saúde mental você já respondeu com bastantes coisas e ideias para melhorar e acrescentar.
M: É por que assim tem tantas coisas que já se faz. 
L: É tanta coisa.
M: não é por que se faz ideias que se faz assim que a gente não esteja fazendo , já houve enfim caminhos em que se fizeram outras coisas que chegaram até aqui , o nosso próprio trabalho com a inclusão né , a gente vem tentar se desafiando pensar qual é o melhor modo de fazer as reuniões né , a dinâmica da reunião , se é interessante trazer um assunto que seja do interesse daquele grupo que tá presente e a gente fala um tanto ,a gente capacitar mais os professores em relação a situações que eles não sabem muito bem como agir se é mais interessante a gente fazer a escuta caso a caso como hoje a gente faz né , ir discutindo um por um, enfim é tudo depende do momento que tá se trabalhando e assim são infinitas as possibilidades né pra um momento nós estamos trabalhando assim , isso não quer dizer que a gente vai sempre trabalhar assim né ,de qualquer modo o que eu acho sempre que deve permanecer como uma tarefa nossa é esse trabalho , algum trabalho tem que acontecer que seja em grupo , que seja individualmente , seja aqui , que seja a escola, a um transito , a troca né, do CAPS com a escola deve sempre acontecer , como outros CAPS fazem com certeza diferente da gente né , e como a gente vai fazer daqui a 5 , 10 anos também vai ser diferente , não vai ser como certamente a gente fazia a muitos anos atrás , isso vai se transformando também a escola vai se transformando , a equipe vai mudando ao longo dos tempos que também são diferentes e a gente tem que adequar tudo isso o que não pode deixar de existir é essa troca. Qual o formato dessa sala eu acho que isso segue outras variáveis né que são importantes e abandonáveis a maioria delas, então como tá o território então uma escola por exemplo que a gente entende que precisa de crianças e não nunca vem alguém pra conversar aí , a gente pega e vai lá não é ,então tem a ver como a gente tá ali naquele momento , o que que tá favorecendo ou atrapalhando essa comunicação com a escola , essa troca.
L: Quando a escola encaminha, por exemplo e não fica aqui, vocês dão a devolutiva pra família e pra escola?
M: Depende.
L: Depende de cada caso.
M: Depende, a gente pode fazer uma devolutiva pra escola, mas a família solicite à a escola falou pra vim aqui, não sei, sei lá, então o encaminhamento pra um outro lugar que estão avaliando a gente pode fazer essa devolutiva por escrito.
L:Aham
M: Ou mesmo pessoalmente pedindo para escola vir conversar e a gente mesmo poder compartilhar nossa avaliação pra escola né, atendando pra alguns pontos que as vezes eles lá não estão percebendo ou sei lá, ou eles estão tendo uma compreensão que não é a forma como a gente entende, por exemplo uma criança que a escola diz “encaminhamos por que a criança tem hiperatividade” não é, manda pro CAPS que é bastante comum né Eli.
E: Uhum
 M: Encaminhamos para a equipe atender ,pro medico medicar enfim aí chega aqui e a gente não percebe ou então a gente percebe que é uma criança por exemplo agitada não sei o que , enfim mais inquieta , mas que não tenha aquele diagnostico né , isso a gente tem que oferecer esse retorno pra escola né , olha foi encaminhado com suspeita de hiperatividade , mas a gente não observa isso ,o que a gente observa é isso ,isso, o que a gente recomenda isso , isso , então essa é uma devolutiva importante né ,até para o modo como a escola vai acompanhar aquela criança , da mesma forma a crianças que vem pra nós com suspeita de autismo né que a gente muitas vezes descarta esse diagnostico , mas que a gente percebe que aquela criança precisa ser auxiliada em tais e tais questões né , aquelas dificuldades que a escola está observando não aponte para o autismo , aponte para o que ? Aponte para uma outra questão e como que se cuida dela: a é aqui né, ou não, não é aqui, como a escola pode favorecer mais a interação dessa criança por exemplo né.
L:Uhum.
M: O dia a dia dela na escola, enfim né são muitas as situações, o que eu quero dizer é isso a gente pode sim, mas não quer dizer que todo o caso a gente faça isso, a gente faça a devolutiva pra escola, a gente faz a devolutiva para a família, isso sim a gente tem que fazer.
L: E o que você acha de por exemplo hoje, quando a escola tá encaminhando, vários encaminhamentos, a compreensão da escola ela tá num lugar mesmo de saúde mental, ela tá colocando os pontos que realmente deveriam para encaminhar aquela criança ou é uma questão de patologização do mercado e tudo mais?
M: Acho que tem de tudo Luana
 L: tem de tudo.
M: Acho que tem escolas que tem pertinência no seu encaminhamento e tem escolas que fazem uma leitura que a gente não consegue entender qual o sentido.
L: Qual a necessidade que eles estão sentindo né que eles sabem 
M: É ou então tão precisando da patologização do a manda pro CAPS o remédio né.
E: Eu tenho um caso parecidos 
M: Sim
E: Eu vi caso que falaram “a vai lá que eu sei que tal medicação, eu já vi caso assim, o meu sobrinho é assim, o fulano é assim, tomou tal remédio e deu certo. Mas isso não é mais comum, o mais comum é bem adequado eles, o que eles fazem é um encaminhamento e eles fazem uma coisa muito descritiva já, sem já fazer o julgamento e sem já dar um diagnóstico né, a maior parte das escolas fazem isso quando são eles que encaminham da escola, a criança tem que ter um boletim de ocorrência. O que eles fazem são aqueles diários né das ocorrências do dia, tal dia a criança não parou chegou no começo do dia e no final do dia, eles vão descrevendo isso.
M: Isso quando eles não mandam fotos 
E: Eles querem que a gente dê o diagnostico só pela leitura, você fala “Santo Deus, esse menino é louco por que não parece nada. Uma vez eu li um relatório da criança e falei “gente esse menino aqui é autista e ela disse” é ele é autista, é o Richard e ele estuda de manhã, e a esola entregou pra gente, por que era da equipe da inclusão e eu olhei e falei assim “gente mas ele é autista né”, por que é o que eles escreviam isso: é u menino que tem um olhar não sei o que “, muito descritivo,
L: Então eles descrevem muito bem né 
E: sim.
L: Eu fiquei surpresa na reunião que eu participei por que a professora que era do caso, ela descreveu muito bem os comportamentos deles.
M; Qual reunião você participou?
L: Foi a última que teve.
M: Da inclusão?
L: isso da inclusão e eu fiquei surpresa por que eu não achava que era dessa maneira.
E: Uhum.
L: A gente vem com uns preconceitos né?
M: Uhum
L: Que a escola vai só encaminhar, vai querer se livrar daquele aluno.
E: E muitos fazem isso.
 L: Muitos fazem?
E: muitos fazem, mas nem todos 
M: é importante marcar, por que que nem o serviço como nosso que tá num território desse tamanho a gente vai encontrar de tudo né, em termos de clientela seja lá as crianças e as famílias, mas também a escola em termos de diversidade de situação escolar e aqui a gente atende desde as EMENS, EMAS, Escolas Estaduais, municipais, escolas de ensino médio né.
E: Especiais, são várias, mas tem aqueles que são das creches,
M: exatamente, então isso vai tratar trazendo uma diversidade da clientela que eles atendem e uma diversidade de profissionais também, por que uma profissional professora de ensino da educação infantil ou de creche vai ter um jeitão de pensar a situações do trabalho totalmente diferente dos profissionais do ensino médio, que quase nunca vem.
E: Fundamental 2 
M: Né 
E: E ensino médio raramente vem, por que eles são muito específicos.
L: Uhum
E: Eu não sou professora de matemática, sou professora de inglês né e o de ESEI e EMEM e infantil e fundamental 1 são cuidadores também né, eles são alfabetizadores também né da criança como um todo, são os que melhoram o bem estar da criança. Então esses são, quando menorzinho aquele primeiro ensino d e4 anos por exemplo não vai ser bem aceito em creche eles conhecem muito bem uma criança normal.
L: sim. 
E; Eles percebem que aquele ali, ele tá fora.
L: sim 
E: Então eles escrevem sobre ter excesso ali eles trabalham com crianças muito agitadas , então eles não mandam qualquer criança que só quer agito , já o de ensino fundamentalmente quando a gente percebe que chega com uma criança de 11 anos ,12 anos e tal que se queixam , ele já vem com um diagnóstico digamos assim meio sugerido, por que esse professor , ele só vai ver essa agitação da criança quando atrapalhar a aula dele , ele jogar bolinha , rasgar o trabalho das outras crianças , briga , ela não aprende nada por que a matéria dele é difícil
M: ele é mais espacial também, muito mais.
E: ele é muito mais, o, outro não ele vê como um todo que ele brincando no parquinho, vê uma relação e não tem esse peso tão grande da alfabetização, precisa aprender, o outro entende que a função dele é essa e ele se prende muito naquela função.
L: sim
E: O regular que a escola queira ser,
L: Uhum
E: por que a escola ainda é assim
L: sim
E: A escola da gente ainda é muito 
M: Que nem a gente tava falando
E: Da questão dos focos nos trabalhadores 
M: Do foco no pedagógico 
E: É
L: É um modelo de processo
E: isso como quando vê os trabalhadores fala, de forma sem entendedores e nada, vai parar para pensar por que tem que seguir regras.
L: consegui dores de regras né
M: isso
E: de entender a hierarquia, por que a queixa maior que vem é a de não entender os limites da frase, colocar no sistema que essa é, então você tá forma falado o cara pro sistema de trabalho que ele vai ter um chefe, sub chefe, um encarregado então ele vai precisar aprender o esquema e a escola já faz esse trabalho de medir, ficar na fila, levantar a mão para falar na hora certa, então esse trabalho escolar disciplinar é muito importante, então uma criança que demora isso
L: Uhum 
E: Na EMEM não chama tanto a atenção, uma que todos eles meio que estão fugindo.
M: Com 10 anos ainda todos estão de fora
E: É, mas nesse período esse tá fora, os outros já foram tão domados 
M: uhum
E: esse ainda não tá domado né, então vamos ver o que ele tem.
L: Onde a gente vai colocar ele 
E: É, por que ele tem algum problema e é na saúde, esse é o problema
M: onde a gente vi colocar ele normalmente é fora daqui, não to dizendo que assim fora daqui 
E: Uhum 
M: que todas as escolas pensem assim 
E: Uhum 
M: algumas vão pensar que o que um pensa o outro sustenta, umas logicas invasivas, alguns momentos omissivos que a gente vê em algumas escolas tem a ver com o tanto que a Eliane tá falando né 
E: Uhum 
M: É alguém que não tá submetido e que a escola não desenvolve maneiras vamos dizer assim mais versas ao entender aquela criança, de incluir ela naquele espaço escolar desde o ponto em que ela não se inclui na minha regra né 
E: Uhum 
M: Se ela não se inclui na regra então isso significa que ela pode ter uma briga
E: Então se uma criança chega aqui assim no geral ele tem uma família que também já tem e não tá dando conta disso também.
L: sim 
E: Né e ai a família não dá conta, a escola também não, alguém vai dar conta desse sujeito e vai ser justamente a Justiça em algum momento né, que ele vai tá fora, ou ele vai tá no sistema normal local né ou agora se ele tem uma família um pouco mais exigente ele mesmo que seja mais desgarrado dessas regras então quando ele perceber vai ser um cara meio, vai fazer umas coisas mais alternativas disso e sei lá o que 
L: É
E: Né, vai depender da classe aonde ele tá né, aonde ele tá inserido, mas em geral não é nossa, a gente trabalha com escola pública eles não se encaixam né, eles acabam se saindo da escola eles fazem a escola até onde ela é obrigatória, a partir dos 13 anos ela não é mais obrigatória né você não precisa passar e não tá no esquema de EJA na escola, se ela não quer ela vai pro sistema informal ou ela vai par Fundação Casa né que tem vários ais, alguém vai dar conta dele e vai barra-lo.
L : Sim 
E: Né, então infelizmente, a escola seria a chance que ele teria já que ele não teve ensinamentoem casa né no ambiente familiar, 
M; a escola poderia contemplar
E : isso como outro representante membro da sociedade , mas ela mantem o mesmo esquemão que a gente vê , muitos poucos professores e a gente vê alguns professores fantásticos , a gente vê muitos professores de inglês que é a única relação que a criança tem e o adolescente fez foi com essa professora de inglês , ela que vinha aqui trazia uma criança e adolescente aqui autista sabe , bem pobre assim , tinha até a questão da vulnerabilidade também ir junto , então sabe , ela segurou aquela menina muito ali envolvida com isso 
L: Sim 
E : Por que foi ela quem fez um amasso e olhou o coração dela de uma maneira já diferente , conseguiu fazer uma relação com ela , mas é uma coisa muito pessoal né , alguma coisa tinha aquela professora de especial
L: Sim
E : Que o sistema dela , eles não reclamavam em tempo nenhum principalmente no meio da escola.
M: As vezes é uma briga até entre eles né 
E: É
M; que a gente já meio que observa a escola , as vezes na mesma escola principalmente quando a gente vai lá né , a gente que vai até a escola que quando eles vinham as vezes vem um profissional ou dois no máximo né , vem acompanhar numa boa ou uma professora depende , eles elegem né em relação a isso não é a gente que diz que queremos a professora da sala da criança da diretora da escola né , e o profissional da escola e ai entre eles , eles seja lá por uma questão de logística , praticidade , disponibilidade de agenda , mas principalmente quem conhece aquela criança que tá no dia a dia com a criança que pode trazer informação e também pode levar o manejo que a gente compartilha aqui pra o local dentro da escola né por que se é uma reunião só burocrática a informação que a gente aqui constrói e sei lá , as construções dos processos que se fazem entre as duas equipes não se efetiva né , não chegam ate o dia a dia da criança na escola então o ideal é que quem venha conheça a criança né , não pode vim aqui so pra saber do fulaninho e tomar notas né , também traga elementos pra gente discutir aqui e ai eu to na sala com ele , o meu acesso não seja diretor ,coordenador , nossa toda hora tá na minha sala , conversei isso , aconteceu isso , teve tal situação né , então não só necessariamente a professora pode ser um outro profissional desde que tenha conhecimento dessa criança e que também como eu to falando né possa levar um tanto que a gente trabalhou aqui pra o espaço da escola.
L: Sim 
M: E ai é uma situação, outra situação é quando a gente vai nas escolas, as veze, a gente chega lá na escola e tenha um professor, um profissional coordenador sei lá alguém que tenha o olhar superior inclusivo que faça uma aposta numa criança que diz e olha “aconteceu isso, isso e isso “, eu acho que ele tá aproveitando e isso me fez pensar em tal coisa, até outros que não tem o que fazer é não aguento mais né , é uma coisa assim que as vezes numa mesma reunião a gente encontra isso 
E: Uhum 
M: Né , e claro todos os profissionais tem né todos ali tão lá tem vamos dizer assim um peso na sua fala né , mas uma forma que nós somos uma equipe então a o outro que gente não trabalha nessa perspectiva de ajeitar um tenha conhecimento que tenha o que sabemos outros não , se a gente trabalha em equipe isso tá em pedido democraticamente aqui , então quando a gente vai numa escola e a gente encontra essa situação é muito importante que a gente possa trabalhar com aquela pessoal que a gente buscar ou que não tem mais nada a fazer é ali que a gente tem que trabalhar mais né , por que o outro que tá com o olhar mais sensível, mais inclusivo ,mais acolhedor ele já tá mais próximo das necessidades daquela criança que precisa tanto da gente não é , a gente tem que atuar juntamente onde a coisa tá mais difícil né , então são diversas as situações dependendo de qual é a escola ,de quem é o profissional , qual é a área contexto daquela clientela que a escola atende , uma outra situação que esse ano me deparei muito com isso esse ano que assim a gente tá indo em maio sentindo os efeitos da mudança no âmbito da escola começa em sei a março não é , agora que a gente sente já efeitos das práticas para as pessoas que estão na escola e eu tenho me deparado muito com a questão da troca de direção e que não era uma coisa que tinha ainda percebido que todo ano troca a direção então as vezes você constrói um baita de um trabalho em um ano com um a escola né em relação a mesma menina por exemplo né ,uma criança que tá lá naquela escola um tempão a gente vai lá conversa tá tá tá , tira acordos e a gente pensa fora tan tan ,tá caminhando chega no outro ano muda a direção aquelas dificuldades passam a ser vistas por um outro que não conhece aquela criança né por exemplo.
L: isso tá acontecendo muito 
M: e as vezes a gente começa do zero
E: por que na escola eles tem remoção né aberta , então muda o corpo docente as vezes quase que tudo ,as vezes aqueles efetivos que tão ali na marca não precisam sair , quando tem remoção geral eles são ligados , se tem alguém com uma nota em cima dele né , ai pega a vaga dele né então ele tem que se sair de lá muitas vezes ele não precisa e não quer , mas ele precisa sair então a gente desde que começou a agente vê isso , vê escolas que na verdade é uma delas e fora tem bastante alunos que sempre teve alunos de lá uma EMEFEN do ensino fundamental , e eles sempre foram uma escola inclusiva e agora já não é mais , por conta do Cristophefer e de outros né e nela a gente sempre teve uma boa relação.
 L: Por conta em relação a mudança da direção?
 E; é, durante os anos muda toda a turma, um ano muda dois professores, outra muda não sei o que, muda coordenador, diretor e mudam todo mundo e em 10 anos, a escola que era inclusiva à 10 anos atrás, ela é retrógada que chegou um grupo.
L: Que não tocou pro outro. 
E: e ai a escola como a gente, era escola do fulaninho lembra a gente ia lá , fez um trabalho a gente fez não sei o que não sei o que então tá totalmente exposta diferente da Anália Franco que é uma escola que só de encaminhar pra gente era difícil de entrar só a única coisa que eu ouvi falar parece que tem algumas que colaboram mais um pouco inclusiva então vai mudando esse quadro também né e ai você vai falando com um e aa vezes a criança não né , a gente fica aqui procurando 2,3,4 ou muito mais anos né , mas ai a gente vê caso que manda os bilhetinhos por uns ou através do recado através da mãe dizendo que não tem nada , tem um laudo , essa criança não é debilitada eles adoram essa situação e vira novela também né 
L: Uhum
M: Eles falam que o laudo da criança tá 
E: E, e muitas vezes você vai perguntar pra um irmão o que o outro tem e ele não sabe, vocês nunca mandaram nada né, e as vezes vem na reunião e fala “ a mais escuta fulano a gente não sabe nada dele por que não tem nada “, como não, a gente anotou o relatório quando a escola colhe e já fui lá conversar, mas era um outro pessoal, ué isso não é problema nosso.
L: Uhum 
E: é a mesma coisa de chegar aqui e falar assim o que fulano tem? Não sei, a mais tá aqui a dois anos, a mais eu não estou.
L: Mudando
E; então agora a gente vai fazer um outro diagnostico da criança, não é você tem, eles têm o prontuário de cada aluno então assim não é passado, não é visto e não tem muito interesse de alguns é complicado 
L: Uhum 
E: principalmente diretoria, as vezes fica com muita intenção da questão burocrática, a questão administrativa e da unidade que não é fácil e são gigantes, tem muita professora, muito aluno, muito problema então esses daí são esquecidos mesmo né e ai é fácil cobrar do outro como a gente já é meio assim cachorro morto que é pra ser chutado mesmo, o pessoal adora né.
M: Ainda mais saúde mental 
E: Nossa então ele já vem assim com interesse eles falam “não é bem assim que a gente conhece fulano, conhece sicrano daí eles começam a ver que o histórico é outro.
L: sim 
E: Eles começam a respeitar, começa ver que aquele menino tem histórico é um sujeito,que não é fichado do 3 ano não sei o que tal, falei não porque a criança tem vários sobrenomes, fala a Matheus fulano, não sei quem não sei quem com fulana irmãzinha na escola o mãe o pai.
L: Uhum 
E: E a fulana, sicrana, a história deles é essa, então ai eles também começam a ver de uma maneira.
L: Sim 
E: Que também tem uma coisa muito rasa na sociedade né de é o fulaninho lembra, mas era da comunidade encontra na comunidade.
L: Estigmam né
E: Nossa tudo, tudo é, se é classe média a é diferenciado, pode ser uma peste né e os pais podem ser assim uns pais, mas pai já vem as falas ah o fulano é da comunidade é o diferenciado do condomínio não se lá das contas, já é outro tratamento né.
M: Tá presente né e a gente como tava falando a gente atua num território muito grande, a gente vê uma heterogeneidade de situações muito grandes em relação a isso né, e então quanto a hábitos de direções as EMENS, nas EMAS e nas EMENS a gente sempre procura de menos por que a criança passa um tempo, uma passagem mais breve então, a não ser que fique 1 ano, 2 anos na EMEM 3 anos também.
E: Ai com 6 anos eles entrando acabam ficando 3, mas acabam ficando 2, por que com 6 já vai pro fundamental.
 M: E ai quem entra e é diretor de creche né tem um olhar mais próximo desse desenvolvimento infantil.
E: Tem mais habilidade 
M: Conhece mais 
E: São escolas menores também em relação a outras.
M: Exatamente , o ambiente escolar é completamente diferente né isso se reflete na nossa compreensão de vida , as crianças muitas vezes que tem cronologicamente idade para estar numa EMEF numa escola por exemplo num polo de educação do ensino fundamental , muitas vezes elas estão num momento do seu desenvolvimento , momento pessoal que não é tão compatível com a sua realidade da EMEF né , então na EMEM tá tudo muito bem e tal tão conseguindo com a ajuda do destaque naquele ambiente mas na medida que esse ambiente se modifica muito radicalmente , ele radicalmente se modifica né, essa criança vai conseguir se juntar com outras crianças , a média das crianças conseguem se adaptar num ambiente de muitas exigências , de ficar sentado lá na carteira tanto tempo né , ou no caso do fundamental 2 essa troca de professores dentro da sala ,a gente tem crianças na sala que tão lá super bem na situação da educação infantil quando entra no fundamental com essa vai ser muito difícil né ou mesmo tá bem lá com a professora , uma professora de sala do fundamental ela é muito atenta , acolhedora , firme , tá tá , ai de repente aquela criança vai pra reabilitação do fundamental 2 que esses professores se rodiziam, não tem uma figura de referência pra essa criança , mais fixa , mais estabelecida, isso pra algumas crianças é bonito a organização , a situação , o ambiente em que ela tá faz com que pra ela oferece diferenças muito grandes em relação ao que ela tem , então a ente tem que ir lá falar “não olha o , a tá isso tá acontecendo , como a gente pode perceber e pensar um modo mais próximo da necessidade vai contemplar com abraço , agora pra fulano tem vez que professora arruma e fica com ele o dia inteiro não vai mudar , como que a gente pode criar praticas que sejam mais favorecedoras na vida dessa criança né tem essa estrutura 
L; Sim 
M: É um desafio tremendo assim, a gente fica tentando arrumar, depende de cada caso, por que algumas práticas a gente vai trazendo como um repertorio se fazem presentes na nossas discussões mas não tem um jeito de ser assim a trabalhamos em grupinhos de amizades.
L: E ai que vai construindo né 
M: Exatamente, o que ela fala é o que a gente tá falando, a diferença da dúvida do infantil pro fundamental e pro médio já traz muita diferença, diferença assim de escola, religiosa, se é uma escola particular, pública, se é uma que tá dentro de uma comunidade x que tem uma situação mais em um todo, se é uma escola que tá num bairro mais privilegiado, isso também tá presente né, nesse pacote que é trabalhar com a escola né.
L: Sim 
M: É quem são aqueles professores 
L: São muitas variáveis né 
M: Sim, são muitas variáveis, quem são aqueles professores novos, tem professores que são mais jovens, outros mais antigos, se são mais experientes, se eles trazem muita bagagem com os casos de certa forma vai a ver uma situação nova pra eles, tudo isso a gente vai olhando, vai mantendo o contato.
L: A Ma eu acho que foi muito bom 
M: É verdade.
L: Então Ma muito obrigado.
M: Acho que a gente passou os pontos que vocês precisavam.
L: Eu tinha ainda bastante duvidas e eu acho que é só na pratica mesmo , que nem você falou vai depender muito mesmo de cada caso , não tem como você organizar e ai esses estudos , eles são assim , eu precisava de um estudo mais pontual , com o tempo maior para que a gente conseguisse chegar num tempo maior até para as perguntas e pelas respostas , mesmo assim as respostas vai me mudar né , conversando com o responsável.
M: É verdade, você sabe que na outra semana eu fui com estagiarias mais rápidas que vinheram fazer uma visita técnica, numa reunião, nós fomos né Eli. Eu fui com a Eliane e eles acompanharam essa situação né, o que eu to contando dessa visita a escola que a gente fez lá na escola do Moises no Azevedo com os estagiários.
 Eles assim acompanharam o discurso do pessoal, o relato deles dando que tipo de dificuldades, a nosso manejo também, tinha o pessoal da sala capital junto que tinha um pessoal do SAICAS, a gente discutiu dois casos de crianças que estudam naquela escola e que tão acolhidas institucionalmente ou moram em abrigos né, e tem situações muito diversas por que ali mesmo é uma escola fundamental 1 e 2.
E: Ali é só 1 
M: só 1 então, mas um é uma menina mais adolescente que tá numa sala de crianças menores, tá no 3°ano e tal e conta simples pra ela, que tipo de dificuldade que ela tem, se ela tem dificuldades motoras como sequelas de um AVC que ela criou.
L: Quantos anos que ela tinha?
M: 14 anos 
L: Nossa 14 anos que jovem 
M: Vai fazer 15 agora no final do ano.
E: Ela era usuária de cocaína e ela teve um AVC.
M: Teve o AVC e ficou com uma série de problemas, sequelas, uma serie de consequências no corpo, mas mentalmente tá preservado né, a condição dela, a capacidade de fundamentos e julgamentos. Só que o mental dela não conhece muito bem, mas ela não consegue falar então por isso hoje ela fala embolado, mas ela não pensa em rolar né.
 E: Mais ela fala tudo, só que assim ela termina de falar e outra pessoa entender, ouvir como todo mundo, ela fala muito pouco, se tem que ir conquistando ela e ai ela vai falando, escreve também, ela balança a cabeça.
M: Ela é capaz de se comunicar e a escola tinha, na verdade a Eliane queria levar uma questão dela para aquela escola também que pra ela não faz o menor sentido, mas por outro lado é muito bom ela tá lá e ter condição de saber o que é estar com o outro né. A escola teve o contato que ela tá no recreio, não assim que ela tá lá no recreio completamente isolada.
E: A escola que ligou pra aqui pra gente receber ela, por que ela tá no abrigo então quando ela vinher a gente vai ligar para saber sua história motora e ai o abrigo não dava muito apoio do que ela tinha. Então ligara m pro CAPS para saber quem a conhecia, a Mari conhecia aqui né que eram novas as duas, por falta de tanta coordenadora, aí elas ligaram e foi eu que atendi e eu expliquei a história e ela disse nossa tá me ajudando muito por que ninguém sabe a história dela envolvida com os cuidados, se ela vai manter a mente preservada, ela vai ensinar muito, ela tem crítica, ela se sente mal , uma das primeiras queixas que ela fez pra mim foi a que ela não falava , apenas escrevia e aqui e lá no abrigo onde ela tava era de crianças pequenas , pensando , lá é só pra quem tem problema de saúde e como ela tava recente do AVC foi preciso o abrigo ,mas não tem nada a ver ela fic. Temos mas dois casos lá um deles tem deficiência grave e o outro é o Luís Fernando que é nosso paciente grave que é autista.
M: Ela se comunica;
E: O dia inteiro elestocam Bob Sponja e Galinha Pintadinha.
L: Nossa.
E: Ela gosta de funk, então assim ela queria que não fosse Bob Sponja e Galinha Pintadinha. E tem o pessoal do abrigo ao lado que fica com o Moises que tava lá essa equipe.
 Então ela conhece a Milena que a gente também conhece e tals , ela também se chama Milena e ai ela fala que tem as amigas de muro , ela tem mais amigos nesse abrigo , então é um momento que pra ela complicado, mas a escola ligou aqui pra saber disso e aproveitei sentei com a Mari e conversei sobre isso e a ideia é que ela fique e por ela vim de uma situação de muita vulnerabilidade por que ela viva , eu não conheço muito bem o histórico dela , conheço só por cima , mas não conheço detalhes , mas ela viveu numa situação bem precária de uso de drogas, de álcool na família e tals uma hora ela tava com a família na outra não ,mudou muito de escola e ela deve ter tido uma escolarização muito precária , ela falou que estudou no 5° ano que hoje seria a 4° série , 14 anos vai fazer 15 então já era pra ela tá no ensino médio , teve muito atrasado. Então por conta da situação de vida.
M: Pela situação de vida ela fazia atividades especificas, aprendizagens.
E: Pelo contrário ela é uma menina que a gente foi buscar algumas questões na casa.
L: Sim.
E: Ela lê super rápido e super bem , a leitura é uma das coisas mais difíceis pra quem tem 14 anos e uma dificuldade ,ela consegue lê e interpretar e ela tem uma coisa maravilhosa e perspicaz mesmo , quando ela lia a questão ela falou que ainda tinha muita coisa escondida e subjetiva nas perguntas , ela falava assim quando alguém respondia alguma coisa ela não entendia e falava que tava fora do grupo que não era aquilo que tava querendo dizer e ela mesmo montava as respostas de forma coerente ,como faz rir, por que ela no 3°ano de um ensino fundamental 1 não tem sentido, são crianças de 8 anos né e ela também numa sei lá numa fundamental 2 também é complicado por que sala eles não tem e teria que ser outra escola se ela for pra essa escola , lá não tem ambiente.
L: Sim 
E: Quanto mais vai subindo a faixa etária mais difícil é a interação com uma escola, mais complicado a situação e aí a gente acaba assim sabendo disso a gente quer que fique com a gente aqui por que pelo menos com a gente durante esse ano.
L: Sim
E: Até o próximo eu confio por que faz pouco tempo que aconteceu tudo isso e a menina já tá andando, já tá correndo, tá falando muito melhor né então a gente acha que a recuperação dela daqui a 1 ano vai tá muito diferente vai acontecer cada dia mais por que ela não é tão frágil assim não daqui uns dias ela já vai estar de pé e com um histórico ai , só que neste momento dentro desse esquema escolar ela já tá dentro , ela não tá fora do ambiente né ela vai estar ai na rua por que aqui ela tem fora os olhares , ela xinga por que as meninas devem falar coisas pra ela , ensinando a falar coisas pra ela né , ela responde e tal então assim é ao mesmo tempo querem protege-la então eles pensam isso e no talvez incluindo ela por que eles ainda tem do 1° ao 5° ano que seria a 4°série , e mais pra frente tem crianças de 11 anos que combinaria mais com ela.

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