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Apresentação Caro estudante, Esse manual foi preparado com objetivo de fornecer aos TREINADOS uma fonte de referencia onde eles possam após o treinamento buscar informações necessárias ao bom andamento do seu trabalho. Entrada e trabalho em espaços confinados são atividades potencialmente muito perigosas, requerem rigoroso treinamento, equipamentos especiais, além de técnicas e habilidades necessárias para fazer parte de uma equipe de trabalho em espaços confinados. Embora em um treinamento, estejamos longe de um acidente, o mesmo não é impossível de acontecer, para isso todos os participantes deverão ter sua atenção completamente voltadas para as atividades de aprendizagem, obtendo o máximo dos instrutores, lembrando-se de que a segurança é responsabilidade de todos. Bom aproveitamento nos estudos! Instrutores: Marcelo costa Claudia Santos Conteúdo programático Definições; Legislação NR 33; Procedimento e utilização da Permissão de Entrada e Trabalho; Reconhecimentos, avaliação e controle de risco; Energia zero, lacre e etiquetagem; Noções sobre Isolamento de área; Noções sobre AR (Análise de Risco) Funcionamento de equipamentos utilizados; Noções de resgate e primeiros socorros; SEGURANÇA E SAÚDE NOS TRABALHOS EM ESPAÇOS CONFINADOS VIGIA E TRABALHADORES Objetivo: - Esta Norma tem como objetivo estabelecer os requisitos mínimos para identificação de espaços confinados e o reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle dos riscos existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores que interagem direta ou indiretamente nestes espaços, como também técnicas de resgate e noções sobre primeiros socorros. Definição: - Espaço Confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação Humana contínua, que possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio. 33.2 Das Responsabilidades Definição NIOSH (National Institute for Occupational Safety and Health): um espaço que em seu desenho apresenta saídas e entradas restritas; possui ventilação natural desfavorável que pode conter ou produzir contaminantes perigosos no ar; e que não é indicado para ocupação humana contínua. A NIOSH ainda subdivide em três classificações os espaços confinados: NOTA: Para atividades nestes espaços confinados é requerida a presença de equipe de resgate especializada e devidamente equipada no local. . NOTA: Para atividades nestes espaços confinados não requer a presença de equipe de resgate de prontidão no local, no entanto é altamente recomendado que seja preparado um esquema para eventuais ações mitigadoras, otimizando assim o tempo de resposta em situações emergenciais. Nos Estados Unidos da América, a OSHA (Occupational Safety and Health Adminitration) estima que aproximadamente 90% das lesões causadas em trabalhadores e suas mortes, ocorridas em espaços confinados, foi resultante de exposição a riscos atmosféricos. Um risco atmosférico qualquer é uma atmosfera que pode levar a pessoa que está se expondo à morte, incapacidade total ou parcial, debilitação do raciocínio e da capacidade de um auto-resgate, através de uma das causas abaixo: Deficiência n ou enriquecimento da concentração de oxigênio; Atmosferas inflamáveis; Atmosferas tóxicas. Atmosferas com deficiência de oxigênio De forma geral, este risco é considerado primário associado às condições comuns em espaços confinados. Um ser humano, respirar em um local onde existe uma deficiência de oxigênio, pode levar a certas características, tais como: falta de coordenação motora, fadiga, erro e dificuldade de raciocínio, vômito, tontura, inconsciência e até a morte. As asfixias por deficiências de oxigênio normalmente ocorrem quando os trabalhadores entram neste espaço confinado, sem ter executado testes atmosféricos antes da entrada, continuam sem perceber este risco, e se mantém cada vez mais distante do acesso primário, até chegar a ponto de não conseguirem se auto-socorrer ou pedir ajuda, e acabam morrendo e causando o efeito conhecido como efeito dominó, outras pessoas irão ajuda-lo e fatalmente também ficarão nas mesmas condições que seus companheiros. Efeitos de vários níveis da concentração de oxigênio Oxigênio por volume Sistemas da exposição nos seres humanos 23,5% ou mais Oxigênio enriquecido, risco excessivo de incêndio. 23,0% Oxigênio enriquecido 20,9% Concentração considerada normal na atmosfera 19,5% Nível mínimo de segurança (NR-33, NBR 14.787). 16% Desorientação, raciocínio e respiração falha. 14% Fadiga e perda de raciocínio 8% Falha de memória e desmaio 6% Dificuldade respiratória e morte em poucos minutos Atmosferas com menos que a quantidade normal de oxigênio, são comuns em espaços confinados. Níveis de oxigênio abaixo de 19,5% não são considerados seguros. Deficiências de oxigênio podem ser causadas por consumo, absorção e deslocamento de oxigênio. Consumo – que pode incluir: Combustão – processo de soldagem, ou serviços de corte com maçarico; Decomposição de material orgânico – alimentos podres ou refugo, animais mortos, plantas vivas e fermentação. Oxidação de metal – ferrugem (oxidação lenta) Absorção – que pode incluir: O próprio recipiente ou produto estocado no recipiente, como carvão ativo. Deslocamento – que pode incluir: Inertização de atmosferas inflamável, com gases inertes, para eliminar o risco de inflamabilidade, e/ou para remover resíduos químicos, gases ou vapores; Cenário não intencional, com gases que não dão suporte a vida, como por exemplo, os gases do escapamento do motor de um veículo. Atmosfera enriquecida de oxigênio Quando o oxigênio exceder a concentração de 23,5% por volume, (OSHA) a atmosfera passa a ser considerada enriquecida de O2, e um local estas características passa a ter alto risco de ignição ou calor. Uma causa comum para que isso aconteça é o vazamento de cilindros de solda no interior de espaços confinados, aliás, procedimento este completamente errado. Limite de explosividade Limite de explosividade é a relação de mistura ar/combustível, que será capaz de se inflamar ou explodir quando encontrar uma fonte de ignição ou calor. Cada produto tem um ponto de ignição diferente de outro, ou seja, uns são mais inflamáveis, outros menos inflamáveis. O ponto crítico para se atingir essa condição é chamado de Limite de Explosividade, e começa no Limite Inferior de Explosividade (LIE) e vai ata o Limite Superior de Explosividade (LSE), onde as proporções de mistura entre o gás inflamável e o ar se tornam ideais para a explosão, nas concentrações abaixo do Limite Inferior de Explosividade, temos a chamada mistura pobre, e nas concentrações acima do Limite Superior de Explosividade temos a chamada mistura rica, nestas condições a possibilidade de ocorrer uma ignição, é muito improvável, porém não estamos livres de uma explosão. Muitas regulamentações governamentais ou não, aceitam como nível mínimo de segurança, que seja liberado um trabalho em espaço confinado com atmosfera inflamável de 10% do Limite Inferior de Explosividade, para trabalhos a frio, ou seja, aqueles onde não ocorrerá de forma alguma fagulha, faísca ou outra fonte de calor.A concentração Zero de gases inflamáveis é o ideal para qualquer trabalho em locais que contenham risco de inflamabilidade, sendo adotado por muitas empresas no Brasil e no exterior. Lembre-se que a atmosfera em espaços confinados pode variar de acordo com o tipo de trabalho que estiver sendo executado no seu interior ou ao seu redor, inclusive as condições climáticas como temperatura e umidade proporcionam a variação dos níveis de concentração dos gases. Fontes de Ignição Existem muitas possíveis fontes de ignição que podem causar ou iniciar um incêndio ou explosão. As fontes de ignição podem se originar de diversas formas, através de queda de equipamentos metálicos, equipamentos eletro-eletrônicos ou até mesmo telefones celulares, equipamentos que não são intrinsecamente seguros ou à prova de explosão, abaixo temos algumas fontes de ignição: Chamadas abertas – soldadores, aquecedores abertos ou material fumegante; Centelha elétrica – fios soltos, terminais de conexão e tomadas; Faísca produzida por atrito de ferramentas de aço em impactos com metais e/ou concreto; Superfícies quentes – linhas de energia, resistência de aquecedores e lâmpadas; Eletricidade estática – fluxo de fluídos através de tubos, movimento de polias e correias; Reações químicas – reações entre substâncias químicas em contato com o oxigênio. Atmosferas tóxicas Atmosferas tóxicas em espaços confinados podem causar sérios problemas de saúde a até mesmo a morte. O seu efeito físico tóxico pode ser imediato, retardado ou ambos.Por exemplo, uma exposição crônica (prolongada meses, anos) mesmo a baixas concentrações de dissufeto de carbono, pode levar a efeitos cumulativo no organismo causando danos cerebrais, enquanto que uma exposição aguda (altas concentrações em curto espaço de tempo) pode levar a pessoa à morte rapidamente. A presença de substâncias tóxicas é geralmente resultado do armazenamento de materiais em locais confinados ou devido ao uso de alguns tipos de revestimentos e solventes. Material orgânico em decomposição não somente desloca o oxigênio como também pode produzir gases como metano, gás sulfídrico, monóxido ou dióxido de carbono. Também é possível a entrada de gases tóxicos no interior dos espaços confinados devido às falhas nos sistemas de isolamento de redes hidráulicas. Embora algumas substâncias possuam sabor ou odor, a grande maioria de gases tóxicos não é perceptível a nenhum sentido humano, eles podem penetrar no organismo de 04 formas diferentes, através da absorção, ingestão, inalação, e injeção. Fundações, associações e órgãos governamentais ou não, voltados aos estudos de saúde e segurança no trabalho, estabelecem limites de exposição do trabalhador, a determinados produtos químicos, definidos a partir das vias de penetração no organismo e tempo de exposição às substâncias, sendo assim temos: IPVS – Condição Imediatamente Perigosa à vida ou à saúde: é qualquer condição que cause uma ameaça imediata à vida ou que pode causar efeitos adversos irreversíveis à saúde ou que interfira com a habilidade dos indivíduos para escapar de um espaço confinado sem ajuda. NOTA: Algumas substâncias podem produzir efeitos transientes imediatos que apesar de severos, possam passar sem atenção médica, mas são seguidos de repentina possibilidade de colapso fatal após 12 – 72 horas de exposição. A vítima “sente-se normal” da recuperação dos efeitos transientes até o colapso. Tais substâncias em concentrações perigosas são consideradas como sendo “imediatamente” perigosas à vida ou à saúde. Limites de tolerância (LT – Brasil): denominam-se àquelas concentrações dos agentes químicos ou intensidade dos agentes físicos presentes no meio ambiente de trabalho sob as quais a grande maioria dos trabalhadores podem ficar expostos dia após dia, sem sofrer efeitos adversos à sua saúde. Valor médio 48 horas: os valores limites recomendados pelo ministério do Trabalho referem-se a uma jornada de trabalho de 8 horas diárias e 48 horas semanais. Valor teto: representa uma concentração máxima que não pode ser excedida em momento algum da jornada de trabalho. Limite de exposição – média Ponderada pelo Tempo (LT EUA TLV – TWA – Threshold Limit Value – Time weighted Average): é a concentração média ponderada pelo tempo para uma jornada normal de 8 horas diárias e 40 horas semanais, à qual a maioria dos trabalhadores pode estar repetidamente exposta, dia após dia, sem sofrer efeitos adversos à saúde. Limite de Exposição – Exposição de curta Duração (LT EUA TLV – STEL - Threshold Limit Value – Short-Term Exposure Limit): é a concentração a que os trabalhadores podem estar expostos continuamente por um curto período sem sofrer irritação, lesão tissular crônica ou irreversível ou narcose em grau suficiente para aumentar a predisposição a acidentes, impedir o auto-salvamento ou reduzir a eficiência no trabalho, cuidando-se para que o limite de exposição -média ponderada (TLV-TWA) – não seja ultrapassada. Um STEL é definido como uma exposição média ponderada pelo tempo durante 15 minutos que não pode ser exercida em nenhum momento da jornada de trabalho, mesmo que a concentração média ponderada para 8 horas esteja dentro dos limites de exposição acima de TLV-TWA. Exposições acima do TLV-TWA, mas abaixo do STEL, não podem ter duração superior a 15 minutos, nem se repetir mis de quatro vezes ao dia. Deve existir um intervalo mínimo de 60 minutos entre as exposições sucessivas nesta faixa. Pode-se recomendar um período médio, diferente dos 15 minutos, desde que garantido por observação dos efeitos biológicos. Em algumas situações poderá ser informado que o valor apresentado refere-se ao valor teto (TLV-C), cuja definição encontra-se a seguir. Limite de Exposição – Valor Teto (LT EUA TLV-C - Threshold Limit Value – Ceiling): é a concentração que não pode ser excedida durante nenhum momento da exposição do trabalhador. Medidas de controle atmosférico Dada à severidade dos riscos possíveis em espaços confinados, torna-se imperativo que medidas de controle e procedimentos de segurança sejam executadas com eficiência comprovada, essas medidas incluem: a) Purga; b) Teste atmosférico; c) Ventilação e/ou exaustão; d) Equipamentos adequados para atmosferas inflamáveis; Purga Método de limpeza que torna a atmosfera inferior do espaço confinado isenta de gases, vapores e outras impurezas indesejáveis através de ventilação ou lavagem com água ou vapor, pode-se usar também gases inertes para atmosferas inflamáveis, eliminando assim o risco de explosão, criando, porém os riscos de deficiência de oxigênio, devendo ser seguido de ventilação, ou do uso de respiradores de ar mandado ou respiradores autônomos. Uso de vapores Em alguns casos vapores podem ser usados para purgas de espaços confinados que possua baixas concentrações de inflamabilidade, solventes e hidrocarbonetos, combustível de motores e outros produtos derivados de petróleo. Purgas por vapor também podem soltar crostas e outros materiais viscosos em paredes ou fendas. O vapor deve ser introduzido em tal temperatura que esteja superior a temperatura interna do equipamento em pelo menos 77º C, caso contrário, o vapor será condensado assim que introduzido, e os contaminantes não serão forçados para fora, este procedimento acarretará o aumento da temperatura, devendo ser bem monitorado para não ocasionar rachadura ou deformação nas paredes do equipamento. Durante a purga do local com gases inertes como, por exemplo, nitrogênio, os riscos de inflamabilidade são reduzidos, e cuidados devem ser tomados para se evitar a eletricidade estática durante esseprocesso, e em seguida da operação executada, deve ser introduzido no local ar respirável Teste Atmosférico Uma pessoa qualificada deverá conduzir o teste atmosférico, deverá ter recebido treinamento, e ter experiência e habilidade para: 1. Selecionar os equipamentos apropriados pra determinar os riscos atmosféricos do local que se pretende entrar; 2. Verificar se os instrumentos estão funcionando corretamente; 3. Usar os instrumentos de maneira a assegurar que a atmosfera no espaço confinado seja completamente avaliada; 4. Saber interpretar os resultados dos testes atmosféricos. Purgas e ventilações não garantem segurança em atmosferas de espaços confinados. O espaço deve ser testado antes de qualquer entrada pela possibilidade de três riscos, sendo eles: Deficiência ou enriquecimento da concentração de oxigênio; Inflamabilidade; Toxicidade. Legislação Cabe ao Empregador: a) indicar formalmente o responsável técnico pelo cumprimento desta norma; b) identificar os espaços confinados existentes no estabelecimento; c) identificar os riscos específicos de cada espaço confinado; d) implementar a gestão em segurança e saúde no trabalho em espaços confinados, por medidas técnicas de prevenção, administrativas, pessoais e de emergência e salvamento, de forma a garantir permanentemente ambientes com condições adequadas de trabalho; e) garantir a capacitação continuada dos trabalhadores sobre os riscos, as medidas de controle, de emergência e salvamento em espaços confinados; f) garantir que o acesso ao espaço confinado somente ocorra após a emissão, por escrito, da Permissão de Entrada e Trabalho; g) fornecer às empresas contratadas informações sobre os riscos nas áreas onde desenvolverão suas atividades e exigir a capacitação de seus trabalhadores; h) acompanhar a implementação das medidas de segurança e saúde dos trabalhadores das empresas contratadas provendo os meios e condições para que eles possam atuar em conformidade com esta NR; i) interromper todo e qualquer tipo de trabalho em caso de suspeição de condição de risco grave e iminente, procedendo ao imediato abandono do local; j) garantir informações atualizadas sobre os riscos e medidas de controle antes de cada acesso aos espaços confinados. Cabe aos Trabalhadores: a) Colaborar com a empresa no cumprimento desta NR; b) Utilizar adequadamente os meios e equipamentos fornecidos pela empresa; c) Comunicar ao Vigia e ao Supervisor de Entrada as situações de risco para sua segurança e saúde ou de terceiros, que sejam do seu conhecimento; d) Cumprir os procedimentos e orientações recebidos nos treinamentos com relação aos espaços confinados; e) Fazer a analise de risco antes da tarefa; f) Usar os EPI’s, adequado para a tarefa conforme observado na análise de risco. Gestão de segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados A gestão de segurança e saúde deve ser planejada, programada, implementada e avaliada, incluindo medidas técnicas de prevenção, medidas administrativas e medidas pessoais e capacitação para trabalho em espaços confinados. Medidas técnicas de prevenção: a) identificar, isolar e sinalizar os espaços confinados para evitar a entrada de pessoas não autorizadas; b) antecipar e reconhecer os riscos nos espaços confinados; c) proceder à avaliação e controle dos riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e mecânicos; d) prever a implantação de travas, bloqueios, alívio, lacre e etiquetagem; e) implementar medidas necessárias para eliminação ou controle dos riscos atmosféricos em espaços confinados; f) avaliar a atmosfera nos espaços confinados, antes da entrada de trabalhadores, para verificar se o seu interior é seguro; g) manter condições atmosféricas aceitáveis na entrada e durante toda a realização dos trabalhos, monitorando, ventilando, purgando, lavando ou inertizando o espaço confinado; h) monitorar continuamente a atmosfera nos espaços confinados nas áreas onde os trabalhadores autorizados estiverem desempenhando as suas tarefas, para verificar se as condições de acesso e permanência são seguras; i) proibir a ventilação com oxigênio puro; j) testar os equipamentos de medição antes de cada utilização; e k) utilizar equipamento de leitura direta, intrinsecamente seguro, provido de alarme, calibrado e protegido contra emissões eletromagnéticas ou interferências de radiofreqüência. - Os equipamentos fixos e portáteis, inclusive os de comunicação e de movimentação vertical e horizontal, devem ser adequados aos riscos dos espaços confinados; - Em áreas classificadas os equipamentos devem estar certificados ou possuir documento contemplado no âmbito do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade - INMETRO. - As avaliações atmosféricas iniciais devem ser realizadas fora do espaço confinado. - Adotar medidas para eliminar ou controlar os riscos de incêndio ou explosão em trabalhos a quente, tais como solda, aquecimento, esmerilhamento, corte ou outros que liberem chama aberta, faíscas ou calor. As radiações não ionizantes são aquelas que não liberam íons, no entanto liberam energia perigosa na forma de raios ultra-violeta, e ou ondas eletromagnéticas, entre outras; - Adotar medidas para eliminar ou controlar os riscos de inundação, soterramento, engolfamento, incêndio, choques elétricos, eletricidade estática, queimaduras, quedas, escorregamentos, impactos, esmagamentos, amputações e outros que possam afetar a segurança e saúde dos trabalhadores. Medidas administrativas: a) manter cadastro atualizado de todos os espaços confinados, inclusive dos desativados, e respectivos riscos; b) definir medidas para isolar, sinalizar, controlar ou eliminar os riscos do espaço confinado; c) manter sinalização permanente junto à entrada do espaço confinado; d) implementar procedimento para trabalho em espaço confinado; e) adaptar o modelo de Permissão de Entrada e Trabalho, às peculiaridades da empresa e dos seus espaços confinados; f) preencher, assinar e datar, em três vias, a Permissão de Entrada e Trabalho antes do ingresso de trabalhadores em espaços confinados; g) possuir um sistema de controle que permita a rastreabilidade da Permissão de Entrada e Trabalho; h) entregar para um dos trabalhadores autorizados e ao Vigia cópia da Permissão de Entrada e Trabalho; i) encerrar a Permissão de Entrada e Trabalho quando as operações forem completadas, quando ocorrer uma condição não prevista ou quando houver pausa ou interrupção dos trabalhos; j) manter arquivados os procedimentos e Permissões de Entrada e Trabalho por cinco anos; k) disponibilizar os procedimentos e Permissão de Entrada e Trabalho para o conhecimento dos trabalhadores autorizados, seus representantes e fiscalização do trabalho; l) designar as pessoas que participarão das operações de entrada, identificando os deveres de cada trabalhador e providenciando a capacitação requerida; m) estabelecer procedimentos de supervisão dos trabalhos no exterior e no interior dos espaços confinados; n) assegurar que o acesso ao espaço confinado somente seja iniciado com acompanhamento e autorização de supervisão capacitada; o) garantir que todos os trabalhadores sejam informados dos riscos e medidas de controle existentes no local de trabalho; p) implementarum Programa de Proteção Respiratória de acordo com a análise de risco, considerando o local, a complexidade e o tipo de trabalho a ser desenvolvido. PET- Supervisor PET- Trabalhador PET- vigia - A Permissão de Entrada e Trabalho é válida somente para cada entrada. - Nos estabelecimentos onde houver espaços confinados devem ser observadas, de forma complementar a presente NR, os seguintes atos normativos: NBR 14606 – Postos de Serviço – Entrada em Espaço Confinado; e NBR 14787 – Espaço Confinado – Prevenção de Acidentes, Procedimentos e Medidas de Proteção, bem como suas alterações posteriores. - O procedimento para trabalho deve contemplar, no mínimo: objetivo, campo de aplicação, base técnica, responsabilidades, competências, preparação, emissão, uso e cancelamento da Permissão de Entrada e Trabalho, capacitação para os trabalhadores, análise de risco e medidas de controle. - Os procedimentos para trabalho em espaços confinados e a Permissão de Entrada e Trabalho devem ser avaliados no mínimo uma vez ao ano e revisados sempre que houver alteração dos riscos, com a participação do Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT e da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA. - Os procedimentos de entrada em espaços confinados devem ser revistos quando da ocorrência de qualquer uma das circunstâncias abaixo: a) entrada não autorizada num espaço confinado; b) identificação de riscos não descritos na Permissão de Entrada e Trabalho; c) acidente, incidente ou condição não prevista durante a entrada; d) qualquer mudança na atividade desenvolvida ou na configuração do espaço confinado; e) solicitação do SESMT ou da CIPA; e f) identificação de condição de trabalho mais segura. Detecção de gases e vapores A necessidade de sistemas confiáveis de detecção de gases e vapores perigosos é antiga e data da época da Revolução Industrial – nas operações de mineração. Os primeiros detectores de gases foram pequenos animais. Atualmente há um número muito grande de tecnologias aplicadas a Detecção de Gases e Vapores presentes no ambiente de trabalho e/ou em situações emergenciais. Tecnologias Disponíveis: Tubos reagentes (ativos e passivos). Aparatos de aviso para risco de explosão. Detectores por ionização de chamas. Equipamentos Seletivos com Sensores Eletroquímicos. Detectores por foto-ionização. Medidor de Espectro Infra-vermelho. Medidor de Espectro UV-VIS. Análise laboratorial com amostras colhidas por amostradores e/ou frascos lavadores (IMPINGER). Nem todas as tecnologias disponíveis são aplicáveis nas atividades em espaços confinados, portanto iremos detalhar as técnicas mais práticas para o monitoramento das atividades realizadas em espaços confinados. Tubos Reagentes Os primeiros tubos reagentes eram apenas qualitativos e sua capacidade de “detecção’ era um tanto quanto rudimentar. A medida que os conhecimentos de química avançaram durante o Século XX, os tubos reagentes se tornaram mais eficientes e passaram a ter caráter quantitativo, com a adoção de bombas de amostragem. Sistema de Detecção de contaminantes na água por utilização de tubos reagentes em uso. Permite a detecção de substâncias inorgânicas e orgânicas. Monitores Portáteis Os monitores portáteis de gases e vapores também apresentam uma longa história de desenvolvimento, com diferentes tecnologias aplicadas. Um dos primeiros detectores que se têm notícia é a lâmpada de DAVIS, que indicava a presença de gases inflamáveis. Monitores Multisensores para atividades em espaço confinado A partir do início da década de 1990 surgiram os primeiros monitores multi- sensores com características próprias para monitoramento de atividades em espaços confinados Medidas Pessoais: - Todo trabalhador designado para trabalhos em espaços confinados deve ser submetido a exames médicos específicos para a função que irá desempenhar, conforme estabelecem as NRs 07 e 31, incluindo os fatores de riscos psicossociais com a emissão do respectivo Atestado de Saúde Ocupacional - ASO. - Capacitar todos os trabalhadores envolvidos, direta ou indiretamente com os espaços confinados, sobre seus direitos, deveres, riscos e medidas de controle, - O número de trabalhadores envolvidos na execução dos trabalhos em espaços confinados deve ser determinado conforme a análise de risco. - É vedada a realização de qualquer trabalho em espaços confinados de forma individual ou isolada. - O Supervisor de Entrada deve desempenhar as seguintes funções: a) emitir a Permissão de Entrada e Trabalho antes do início das atividades; b) executar os testes, conferir os equipamentos e os procedimentos contidos na Permissão de Entrada e Trabalho; c) assegurar que os serviços de emergência e salvamento estejam disponíveis e que os meios para acioná-los estejam operantes; d) cancelar os procedimentos de entrada e trabalho quando necessário; e e) encerrar a Permissão de Entrada e Trabalho após o término dos serviços. - Supervisor de Entrada pode desempenhar a função de Vigia. - O Vigia deve desempenhar as seguintes funções: a) manter continuamente a contagem precisa do número de trabalhadores autorizados no espaço confinado e assegurar que todos saiam ao término da atividade; b) permanecer fora do espaço confinado, junto à entrada, em contato permanente com os trabalhadores autorizados; c) adotar os procedimentos de emergência, acionando a equipe de salvamento, pública ou privada, quando necessário; d) operar os movimentadores de pessoas; e e) ordenar o abandono do espaço confinado sempre que reconhecer algum sinal de alarme, perigo, sintoma, queixa, condição proibida, acidente, situação não prevista ou quando não puder desempenhar efetivamente suas tarefas, nem ser substituído por outro Vigia. 33.3.4.8 O Vigia não poderá realizar outras tarefas que possam comprometer o dever principal que é o de monitorar e proteger os trabalhadores autorizados; - Cabe ao empregador fornecer e garantir que todos os trabalhadores que Adentrarem em espaços confinados disponham de todos os equipamentos para controle de riscos, previstos na Permissão de Entrada e Trabalho. - Em caso de existência de Atmosfera Imediatamente Perigosa à Vida ou à Saúde - Atmosfera IPVS –, o espaço confinado somente pode ser adentrado com a utilização de máscara autônoma de demanda com pressão positiva ou com respirador de linha de ar comprimido com cilindro auxiliar para escape. – Capacitação para trabalhos em espaços confinados - É vedada a designação para trabalhos em espaços confinados sem a prévia capacitação do trabalhador. - O empregador deve desenvolver e implantar programas de capacitação sempre que ocorrer qualquer das seguintes situações: a) mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho; b) algum evento que indique a necessidade de novo treinamento; e c) quando houver uma razão para acreditar que existam desvios na utilização ou nos procedimentos de entrada nos espaços confinados ou que os conhecimentos não sejam adequados. 33.3.5.3 Todos os trabalhadores autorizados e Vigias devem receber capacitação periodicamente, a cada doze meses. - A capacitação deve ter carga horária mínima de dezesseishoras, ser realizada dentro do horário de trabalho; - Todos os Supervisores de Entrada devem receber capacitação específica, com carga horária mínima de quarenta horas. - Emergência e Salvamento: - O empregador deve elaborar e implementar procedimentos de emergência e resgate adequados aos espaços confinados incluindo, no mínimo: a) descrição dos possíveis cenários de acidentes, obtidos a partir da Análise de Riscos; b) descrição das medidas de salvamento e primeiros socorros a serem executadas em caso de emergência; c) seleção e técnicas de utilização dos equipamentos de comunicação, iluminação de emergência, busca, resgate, primeiros socorros e transporte de vítimas; d) acionamento de equipe responsável, pública ou privada, pela execução das medidas de resgate e primeiros socorros para cada serviço a ser realizado; e e) exercício simulado anual de salvamento nos possíveis cenários de acidentes em espaços confinados. 33.4.2 O pessoal responsável pela execução das medidas de salvamento deve possuir aptidão física e mental compatível com a atividade a desempenhar. 33.4.3 A capacitação da equipe de salvamento deve contemplar todos os possíveis cenários de acidentes identificados na análise de risco. Entrada em Espaços Confinados incluem equipamentos como: Tripé e/ou monopé; Sistema de redução de forças, ou guinchos mecânicos; Linhas da vida, ou cabos da vida; Equipamentos de comunicação; Cintos de segurança; Ventilador e/ou exaustor; Detectores portáteis de gás; Capacete adequado; Proteção respiratória Tripés são equipamentos que se suportam sozinhos, geralmente possuem pés telescópicos que podem ser ajustados a qualquer situação de relevo e a altura necessária. Aqui no Brasil, algumas pessoas chamam esse equipamento de poço, são muito eficientes na movimentação vertical, mas se tornam instáveis se for aplicado força lateral, isto pode acontecer quando uma equipe que não possui habilidade e treinamento necessário para operar este equipamento, lembrando que sempre devemos observar no equipamento a gravação do nome do fabricante e as capacidades de força e peso que podemos utilizar com este equipamento. Respiradores - São equipamentos de proteção respiratórios através de linhas de ar mandado, é capaz de fornecer uma autonomia limitada de ar, para trabalhos em locais com altos riscos atmosféricos, no entanto essa amplitude de autonomia se compromete quando avaliamos a possibilidade dessa mangueira se romper, danificar ou qualquer outro problema que venha a comprometer a segurança do usuário em atmosferas IPVS. Pensando nisso, nos leva a crer que as regulamentações internacionais e nacionais que abordam estes assuntos estão corretas ao especificarem a obrigatoriedade do uso de cilindros de capacete, uma fonte de ar independente, permitindo aos usuários tempo suficiente para que ele possa iniciar o auto-resgate, até mesmo desconectado da linha de ar. Tratando de espaços confinados, os conjuntos autônomos não são as melhores decisões de uso devido ao seu tamanho, obstruindo a mobilidade do trabalhador em locais com uma figuração interna reduzida. Apesar dos equipamentos independentes oferecerem, teoricamente, proteção para atividades em espaços confinados, os equipamentos mais recomendados são os respiradores de linha de ar com cilindro de escape, que oferecem pouco peso, agilidade e possibilidade do auto-resgate. Cinto de segurança Os cintos de segurança devem estar ajustados corretamente, todas fitas, fivelas presas confortavelmente no usuário, e tratando-se de espaços confinados os cintos de segurança podem ter além do ponto de ancoragem no dorso, outros dois pontos, um em cada ombro. Como todo equipamento de proteção individual, deve ser inspecionado antes e depois de cada uso, atentando para os seguintes itens: As tiras e as costuras devem ser examinadas para averiguar se não estão desgastadas, desfiadas ou cortadas, as tiras do cinto devem receber especial atenção, pois nela estará todo o peso do trabalhador; Rebites devem estar bem presos e impossibilitados de serem movidos com os dedos. As faces dos rebites devem estar sob a superfície do cinto e não dobrar para que a borda não corte a fita; Anéis em forma de “D” e suas presilhas devem ser verificados em seu aspecto geral, atentando para deformidades, descoloração devido à oxidação e rachaduras; As fivelas devem ficar livres de qualquer torção, rachaduras ou bordas afiadas que possam deformar as fitas. Nós e Amarrações Os nós podem ser utilizados para unir as cordas, para as ancoragens, amarrar solteiras, dentre outras aplicações. A escolha de um nó deve passar por uma análise criteriosa sobre o uso. Fatores como força de blocagem, facilidade de fazer e desfazer o nó e perdas de resistência, etc, deve ser levada em consideração na hora da escolha. Abaixo alguns nós mais utilizados: - Nó de Azelha Simples – Pode ser usado em ancoragem principal, mas não deve ser utilizado em ancoragem reserva. Diminui a resistência da corda em 50% - R0: 50%, além de ser difícil desfazer, quando submetido à tensão. Deve ser usado como nó amortecedor entre a ancoragem principal e a reserva. - Nó de Azelha em “8” – Mais tradicional, é usado tanto em espeleologia quanto em alpinismo. Pode ser utilizado em qualquer ancoragem, ou para prender coisas na corda com segurança. Pode ser desfeito bem mais fácil que o azelha. Seu R0: 60%. Também poderá ser feito da forma induzida e deverá ser arrematado. - Nó de Azelha em “9” – É um bom nó de ancoragem. Deve ser usado na ancoragem reserva, e em situações específicas, nas quais exijam tensões elevadas. Seu R0: 50%. - Nó Volta do Fiel – Ótimo para ser usado na ancoragem principal. Esse nó “abraça” cada vez mais forte o local onde foi feito. Com tensões elevadas (acima de 400 Kg), faz com que a corda deslize sobre ele, não a rompendo (com exceção de quando feito ao redor de locais de grande diâmetro ou rugosos). - Nó de Fita – Usado para unir fitas tubulares e cordas de mesmo diâmetro. R0: 40% - Nó de Pescador Duplo – Excelente nó de junção para cordas de mesmo diâmetro. Pode ser empregado também em arremates. Rompe a corda com 56% de R0, sendo o melhor deles. - Nó Prussik – É um nó empregado para fixar cordas auxiliares a uma outra de maior diâmetro, para dar tensão a outros cabos, para segurança e para ascensão em um cabo vertical com o uso de estribos. Possui a peculiaridade de prender e segurar quando for exercida tração sobre ele. Uma vez feito o nó e estando seguro, faz-se correr no sentido que se deseja e para mantê- lo firme no lugar, basta larga-lo, tracionando-o com firmeza ou deixando que o próprio peso do corpo exerça a tensão. Disposições Gerais -O empregador deve garantir que os trabalhadores possam interromper suas atividades e abandonar o local de trabalho, sempre que suspeitarem da existência de risco grave e iminente para sua segurança e saúde ou a de terceiros. - São solidariamente responsáveis pelo cumprimento desta NR os contratantes e contratados. - É vedada a entrada e a realização de qualquer trabalho em espaços confinados sem a emissão da Permissão de Entrada e Trabalho. – Glossário Abertura de linha: abertura intencional de um duto, tubo, linha, tubulação que está sendo utilizada ou foi utilizada para transportar materiais tóxicos,inflamáveis, corrosivos, gás, ou qualquer fluido em pressões ou temperaturas capazes de causar danos materiais ou pessoais visando a eliminar energias perigosas para o trabalho seguro em espaços confinados. Alívio: o mesmo que abertura de linha. Análise Preliminar de Risco (APR): avaliação inicial dos riscos potenciais, suas causas, conseqüências e medidas de controle. Área Classificada: área potencialmente explosiva ou com risco de explosão. Atmosfera IPVS - Atmosfera Imediatamente Perigosa à Vida ou à Saúde: qualquer atmosfera que apresente risco imediato à vida ou produza imediato efeito debilitante à saúde. Avaliações iniciais da atmosfera: conjunto de medições preliminares realizadas na atmosfera do espaço confinado. Base técnica: conjunto de normas, artigos, livros, procedimentos de segurança de trabalho, e demais documentos técnicos utilizados para implementar o Sistema de Permissão de Entrada e Trabalho em espaços confinados. Bloqueio: dispositivo que impede a liberação de energias perigosas tais como: pressão, vapor, fluidos, combustíveis, água e outros visando à contenção de energias perigosas para trabalho seguro em espaços confinados. Chama aberta: mistura de gases incandescentes emitindo energia, que é também denominada chama ou fogo. Condição IPVS: Qualquer condição que coloque um risco imediato de morte ou que possa resultar em efeitos à saúde irreversíveis ou imediatamente severos ou que possa resultar em dano ocular, irritação ou outras condições que possam impedir a saída de um espaço confinado. Contaminantes: gases, vapores, névoas, fumos e poeiras presentes na atmosfera do espaço confinado. Deficiência de Oxigênio: atmosfera contendo menos de 20,9 % de oxigênio em volume na pressão atmosférica normal, a não ser que a redução do percentual seja devidamente monitorada e controlada. Engolfamento: é o envolvimento e a captura de uma pessoa por líquidos ou sólidos finamente divididos. Enriquecimento de Oxigênio: atmosfera contendo mais de 23% de oxigênio em volume. Etiquetagem: colocação de rótulo num dispositivo isolador de energia para indicar que o dispositivo e o equipamento a ser controlado não podem ser utilizados até a sua remoção. Faísca: partícula candente gerada no processo de esmerilhamento, polimento, corte ou solda. Gestão de segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados: conjunto de medidas técnicas de prevenção, administrativas, pessoais e coletivas necessárias para garantir o trabalho seguro em espaços confinados. Inertização: deslocamento da atmosfera existente em um espaço confinado por um gás inerte, resultando numa atmosfera não combustível e com deficiência de oxigênio. Intrinsecamente Seguro: situação em que o equipamento não pode liberar energia elétrica ou térmica suficientes para, em condições normais ou anormais, causar a ignição de uma dada atmosfera explosiva, conforme expresso no certificado de conformidade do equipamento. Lacre: braçadeira ou outro dispositivo que precise ser rompido para abrir um equipamento. Leitura direta: dispositivo ou equipamento que permite realizar leituras de contaminantes em tempo real. Medidas especiais de controle: medidas adicionais de controle necessárias para permitir a entrada e o trabalho em espaços confinados em situações peculiares, tais como trabalhos a quente, atmosferas IPVS ou outras. Ordem de Bloqueio: ordem de suspensão de operação normal do espaço confinado. Ordem de Liberação: ordem de reativação de operação normal do espaço confinado. Oxigênio puro: atmosfera contendo somente oxigênio (100 %). Permissão de Entrada e Trabalho (PET): documento escrito contendo o conjunto de medidas de controle visando à entrada e desenvolvimento de trabalho seguro, além de medidas de emergência e resgate em espaços confinados. Proficiência: competência, aptidão, capacitação e habilidade aliadas à experiência. Programa de Proteção Respiratória: conjunto de medidas práticas e administrativas necessárias para proteger a saúde do trabalhador pela seleção adequada e uso correto dos respiradores. Purga: método de limpeza que torna a atmosfera interior do espaço confinado isenta de gases, vapores e outras impurezas indesejáveis através de ventilação ou lavagem com água ou vapor. Quase-acidente: qualquer evento não programado que possa indicar a possibilidade de ocorrência de acidente. Responsável Técnico: profissional habilitado para identificar os espaços confinados existentes na empresa e elaborar as medidas técnicas de prevenção, administrativas, pessoais e de emergência e resgate. Risco Grave e Iminente: Qualquer condição que possa causar acidente de trabalho ou doença profissional com lesão grave à integridade física do trabalhador. Riscos psicossociais: influência na saúde mental dos trabalhadores, provocada pelas tensões da vida diária, pressão do trabalho e outros fatores adversos. Salvamento: procedimento operacional padronizado, realizado por equipe com conhecimento técnico especializado, para resgatar e prestar os primeiros socorros a trabalhadores em caso de emergência. Sistema de Permissão de Entrada em Espaços Confinados: procedimento escrito para preparar uma Permissão de Entrada e Trabalho (PET). Supervisor de Entrada: pessoa capacitada para operar a permissão de entrada com responsabilidade para preencher e assinar a Permissão de Entrada e Trabalho (PET) para o desenvolvimento de entrada e trabalho seguro no interior de espaços confinados. Trabalhador autorizado: trabalhador capacitado para entrar no espaço confinado, ciente dos seus direitos e deveres e com conhecimento dos riscos e das medidas de controle existentes. Trava: dispositivo (como chave ou cadeado) utilizado para garantir isolamento de dispositivos que possam liberar energia elétrica ou mecânica de forma acidental. Vigia: trabalhador designado para permanecer fora do espaço confinado e que é responsável pelo acompanhamento, comunicação e ordem de abandono para os trabalhadores.
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