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2 APOSTILA NR 32

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Apresentação 
Caro estudante, 
Esse manual foi preparado com objetivo de fornecer aos TREINADOS uma fonte de 
referencia onde eles possam após o treinamento buscar informações necessárias ao 
bom andamento do seu trabalho. Entrada e trabalho em espaços confinados são 
atividades potencialmente muito perigosas, requerem rigoroso treinamento, 
equipamentos especiais, além de técnicas e habilidades necessárias para fazer parte 
de uma equipe de trabalho em espaços confinados. 
Embora em um treinamento, estejamos longe de um acidente, o mesmo não é 
impossível de acontecer, para isso todos os participantes deverão ter sua atenção 
completamente voltadas para as atividades de aprendizagem, obtendo o máximo dos 
instrutores, lembrando-se de que a segurança é responsabilidade de todos. 
Bom aproveitamento nos estudos! 
Instrutores: 
Marcelo costa 
Claudia Santos 
 
 
 
 
 
 
 Conteúdo programático 
 
 Definições; 
 Legislação NR 33; 
 Procedimento e utilização da Permissão de Entrada e Trabalho; 
 Reconhecimentos, avaliação e controle de risco; 
 Energia zero, lacre e etiquetagem; 
 Noções sobre Isolamento de área; 
 Noções sobre AR (Análise de Risco) 
 Funcionamento de equipamentos utilizados; 
 Noções de resgate e primeiros socorros; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEGURANÇA E SAÚDE NOS TRABALHOS EM ESPAÇOS CONFINADOS 
VIGIA E TRABALHADORES 
 
Objetivo: 
 
- Esta Norma tem como objetivo estabelecer os requisitos mínimos para 
identificação de espaços confinados e o reconhecimento, avaliação, 
monitoramento e controle dos riscos existentes, de forma a garantir 
permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores que interagem direta 
ou indiretamente nestes espaços, como também técnicas de resgate e noções 
sobre primeiros socorros. 
 
 
 
 
Definição: 
- Espaço Confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação 
Humana contínua, que possua meios limitados de entrada e saída, cuja 
ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde possa 
existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio. 
 
 
33.2 Das Responsabilidades 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Definição NIOSH (National Institute for Occupational Safety and Health): 
um espaço que em seu desenho apresenta saídas e entradas restritas; possui 
ventilação natural desfavorável que pode conter ou produzir contaminantes 
perigosos no ar; e que não é indicado para ocupação humana contínua. 
 
A NIOSH ainda subdivide em três classificações os espaços confinados: 
 
 
NOTA: Para atividades nestes espaços confinados é requerida a presença de equipe de resgate 
especializada e devidamente equipada no local. 
 
. NOTA: Para atividades nestes espaços confinados não requer a presença de equipe de resgate de 
prontidão no local, no entanto é altamente recomendado que seja preparado um esquema para eventuais 
ações mitigadoras, otimizando assim o tempo de resposta em situações emergenciais. 
 
 
 
Nos Estados Unidos da América, a OSHA (Occupational Safety and Health 
Adminitration) estima que aproximadamente 90% das lesões causadas em 
trabalhadores e suas mortes, ocorridas em espaços confinados, foi resultante de 
exposição a riscos atmosféricos. 
Um risco atmosférico qualquer é uma atmosfera que pode levar a pessoa que está se 
expondo à morte, incapacidade total ou parcial, debilitação do raciocínio e da 
capacidade de um auto-resgate, através de uma das causas abaixo: 
 Deficiência n ou enriquecimento da concentração de oxigênio; 
 Atmosferas inflamáveis; 
 Atmosferas tóxicas. 
 
 
 
Atmosferas com deficiência de oxigênio 
De forma geral, este risco é considerado primário associado às condições comuns em 
espaços confinados. Um ser humano, respirar em um local onde existe uma 
deficiência de oxigênio, pode levar a certas características, tais como: falta de 
coordenação motora, fadiga, erro e dificuldade de raciocínio, vômito, tontura, 
inconsciência e até a morte. As asfixias por deficiências de oxigênio normalmente 
ocorrem quando os trabalhadores entram neste espaço confinado, sem ter executado 
testes atmosféricos antes da entrada, continuam sem perceber este risco, e se 
mantém cada vez mais distante do acesso primário, até chegar a ponto de não 
conseguirem se auto-socorrer ou pedir ajuda, e acabam morrendo e causando o efeito 
conhecido como efeito dominó, outras pessoas irão ajuda-lo e fatalmente também 
ficarão nas mesmas condições que seus companheiros. 
 
Efeitos de vários níveis da concentração de oxigênio 
Oxigênio por volume Sistemas da exposição nos seres humanos 
23,5% ou mais Oxigênio enriquecido, risco excessivo de incêndio. 
23,0% Oxigênio enriquecido 
20,9% Concentração considerada normal na atmosfera 
19,5% Nível mínimo de segurança (NR-33, NBR 14.787). 
16% Desorientação, raciocínio e respiração falha. 
14% Fadiga e perda de raciocínio 
8% Falha de memória e desmaio 
6% Dificuldade respiratória e morte em poucos minutos 
Atmosferas com menos que a quantidade normal de oxigênio, são comuns em 
espaços confinados. Níveis de oxigênio abaixo de 19,5% não são considerados 
seguros. Deficiências de oxigênio podem ser causadas por consumo, absorção e 
deslocamento de oxigênio. 
Consumo – que pode incluir: 
 Combustão – processo de soldagem, ou serviços de corte com maçarico; 
 Decomposição de material orgânico – alimentos podres ou refugo, 
animais mortos, plantas vivas e fermentação. 
 Oxidação de metal – ferrugem (oxidação lenta) 
 
Absorção – que pode incluir: 
 O próprio recipiente ou produto estocado no recipiente, como carvão ativo. 
 
Deslocamento – que pode incluir: 
 Inertização de atmosferas inflamável, com gases inertes, para eliminar o risco 
de inflamabilidade, e/ou para remover resíduos químicos, gases ou vapores; 
 Cenário não intencional, com gases que não dão suporte a vida, como por 
exemplo, os gases do escapamento do motor de um veículo. 
 
 
 
Atmosfera enriquecida de oxigênio 
Quando o oxigênio exceder a concentração de 23,5% por volume, (OSHA) a 
atmosfera passa a ser considerada enriquecida de O2, e um local estas características 
passa a ter alto risco de ignição ou calor. Uma causa comum para que isso aconteça é 
o vazamento de cilindros de solda no interior de espaços confinados, aliás, 
procedimento este completamente errado. 
Limite de explosividade 
Limite de explosividade é a relação de mistura ar/combustível, que será capaz de se 
inflamar ou explodir quando encontrar uma fonte de ignição ou calor. Cada produto 
tem um ponto de ignição diferente de outro, ou seja, uns são mais inflamáveis, outros 
menos inflamáveis. O ponto crítico para se atingir essa condição é chamado de Limite 
de Explosividade, e começa no Limite Inferior de Explosividade (LIE) e vai ata o Limite 
Superior de Explosividade (LSE), onde as proporções de mistura entre o gás 
inflamável e o ar se tornam ideais para a explosão, nas concentrações abaixo do 
Limite Inferior de Explosividade, temos a chamada mistura pobre, e nas concentrações 
acima do Limite Superior de Explosividade temos a chamada mistura rica, nestas 
condições a possibilidade de ocorrer uma ignição, é muito improvável, porém não 
estamos livres de uma explosão. 
 
 
 
Muitas regulamentações governamentais ou não, aceitam como nível mínimo de 
segurança, que seja liberado um trabalho em espaço confinado com atmosfera 
inflamável de 10% do Limite Inferior de Explosividade, para trabalhos a frio, ou seja, 
aqueles onde não ocorrerá de forma alguma fagulha, faísca ou outra fonte de calor.A concentração Zero de gases inflamáveis é o ideal para qualquer trabalho em 
locais que contenham risco de inflamabilidade, sendo adotado por muitas empresas no 
Brasil e no exterior. 
Lembre-se que a atmosfera em espaços confinados pode variar de acordo com o 
tipo de trabalho que estiver sendo executado no seu interior ou ao seu redor, inclusive 
as condições climáticas como temperatura e umidade proporcionam a variação dos 
níveis de concentração dos gases. 
Fontes de Ignição 
Existem muitas possíveis fontes de ignição que podem causar ou iniciar um incêndio 
ou explosão. As fontes de ignição podem se originar de diversas formas, através de 
queda de equipamentos metálicos, equipamentos eletro-eletrônicos ou até mesmo 
telefones celulares, equipamentos que não são intrinsecamente seguros ou à prova de 
explosão, abaixo temos algumas fontes de ignição: 
 Chamadas abertas – soldadores, aquecedores abertos ou material fumegante; 
 Centelha elétrica – fios soltos, terminais de conexão e tomadas; 
 Faísca produzida por atrito de ferramentas de aço em impactos com metais 
e/ou concreto; 
 Superfícies quentes – linhas de energia, resistência de aquecedores e 
lâmpadas; 
 Eletricidade estática – fluxo de fluídos através de tubos, movimento de polias e 
correias; 
 Reações químicas – reações entre substâncias químicas em contato com o 
oxigênio. 
 
Atmosferas tóxicas 
Atmosferas tóxicas em espaços confinados podem causar sérios problemas de saúde 
a até mesmo a morte. O seu efeito físico tóxico pode ser imediato, retardado ou 
ambos.Por exemplo, uma exposição crônica (prolongada meses, anos) mesmo a 
baixas concentrações de dissufeto de carbono, pode levar a efeitos cumulativo no 
organismo causando danos cerebrais, enquanto que uma exposição aguda (altas 
concentrações em curto espaço de tempo) pode levar a pessoa à morte rapidamente. 
A presença de substâncias tóxicas é geralmente resultado do armazenamento de 
materiais em locais confinados ou devido ao uso de alguns tipos de revestimentos e 
solventes. Material orgânico em decomposição não somente desloca o oxigênio como 
também pode produzir gases como metano, gás sulfídrico, monóxido ou dióxido de 
carbono. Também é possível a entrada de gases tóxicos no interior dos espaços 
confinados devido às falhas nos sistemas de isolamento de redes hidráulicas. Embora 
algumas substâncias possuam sabor ou odor, a grande maioria de gases tóxicos não 
é perceptível a nenhum sentido humano, eles podem penetrar no organismo de 04 
formas diferentes, através da absorção, ingestão, inalação, e injeção. 
 
 
 
 
Fundações, associações e órgãos governamentais ou não, voltados aos estudos 
de saúde e segurança no trabalho, estabelecem limites de exposição do trabalhador, a 
determinados produtos químicos, definidos a partir das vias de penetração no 
organismo e tempo de exposição às substâncias, sendo assim temos: 
 IPVS – Condição Imediatamente Perigosa à vida ou à saúde: é qualquer 
condição que cause uma ameaça imediata à vida ou que pode causar efeitos adversos 
irreversíveis à saúde ou que interfira com a habilidade dos indivíduos para escapar de 
um espaço confinado sem ajuda. NOTA: Algumas substâncias podem produzir efeitos 
transientes imediatos que apesar de severos, possam passar sem atenção médica, 
mas são seguidos de repentina possibilidade de colapso fatal após 12 – 72 horas de 
exposição. A vítima “sente-se normal” da recuperação dos efeitos transientes até o 
colapso. Tais substâncias em concentrações perigosas são consideradas como sendo 
“imediatamente” perigosas à vida ou à saúde. 
 Limites de tolerância (LT – Brasil): denominam-se àquelas concentrações dos 
agentes químicos ou intensidade dos agentes físicos presentes no meio ambiente de 
trabalho sob as quais a grande maioria dos trabalhadores podem ficar expostos dia 
após dia, sem sofrer efeitos adversos à sua saúde. 
 
 Valor médio 48 horas: os valores limites recomendados pelo ministério do 
Trabalho referem-se a uma jornada de trabalho de 8 horas diárias e 48 horas 
semanais. 
 Valor teto: representa uma concentração máxima que não pode ser excedida 
em momento algum da jornada de trabalho. 
 
 Limite de exposição – média Ponderada pelo Tempo (LT EUA TLV – TWA – 
Threshold Limit Value – Time weighted Average): é a concentração média 
ponderada pelo tempo para uma jornada normal de 8 horas diárias e 40 horas 
semanais, à qual a maioria dos trabalhadores pode estar repetidamente exposta, 
dia após dia, sem sofrer efeitos adversos à saúde. 
 Limite de Exposição – Exposição de curta Duração (LT EUA TLV – STEL - 
Threshold Limit Value – Short-Term Exposure Limit): é a concentração a que 
os trabalhadores podem estar expostos continuamente por um curto período sem 
sofrer irritação, lesão tissular crônica ou irreversível ou narcose em grau suficiente 
para aumentar a predisposição a acidentes, impedir o auto-salvamento ou reduzir 
a eficiência no trabalho, cuidando-se para que o limite de exposição -média 
ponderada (TLV-TWA) – não seja ultrapassada. Um STEL é definido como uma 
exposição média ponderada pelo tempo durante 15 minutos que não pode ser 
exercida em nenhum momento da jornada de trabalho, mesmo que a concentração 
média ponderada para 8 horas esteja dentro dos limites de exposição acima de 
TLV-TWA. Exposições acima do TLV-TWA, mas abaixo do STEL, não podem ter 
duração superior a 15 minutos, nem se repetir mis de quatro vezes ao dia. Deve 
existir um intervalo mínimo de 60 minutos entre as exposições sucessivas nesta 
faixa. Pode-se recomendar um período médio, diferente dos 15 minutos, desde 
que garantido por observação dos efeitos biológicos. Em algumas situações 
poderá ser informado que o valor apresentado refere-se ao valor teto (TLV-C), cuja 
definição encontra-se a seguir. 
 Limite de Exposição – Valor Teto (LT EUA TLV-C - Threshold Limit Value – 
Ceiling): é a concentração que não pode ser excedida durante nenhum momento 
da exposição do trabalhador. 
 
 
 
Medidas de controle atmosférico 
Dada à severidade dos riscos possíveis em espaços confinados, torna-se imperativo 
que medidas de controle e procedimentos de segurança sejam executadas com 
eficiência comprovada, essas medidas incluem: 
a) Purga; 
b) Teste atmosférico; 
c) Ventilação e/ou exaustão; 
d) Equipamentos adequados para atmosferas inflamáveis; 
Purga 
Método de limpeza que torna a atmosfera inferior do espaço confinado isenta de 
gases, vapores e outras impurezas indesejáveis através de ventilação ou lavagem 
com água ou vapor, pode-se usar também gases inertes para atmosferas inflamáveis, 
eliminando assim o risco de explosão, criando, porém os riscos de deficiência de 
oxigênio, devendo ser seguido de ventilação, ou do uso de respiradores de ar 
mandado ou respiradores autônomos. 
 
 
 
 
Uso de vapores 
Em alguns casos vapores podem ser usados para purgas de espaços confinados que 
possua baixas concentrações de inflamabilidade, solventes e hidrocarbonetos, 
combustível de motores e outros produtos derivados de petróleo. Purgas por vapor 
também podem soltar crostas e outros materiais viscosos em paredes ou fendas. O 
vapor deve ser introduzido em tal temperatura que esteja superior a temperatura 
interna do equipamento em pelo menos 77º C, caso contrário, o vapor será 
condensado assim que introduzido, e os contaminantes não serão forçados para fora, 
este procedimento acarretará o aumento da temperatura, devendo ser bem 
monitorado para não ocasionar rachadura ou deformação nas paredes do 
equipamento. 
Durante a purga do local com gases inertes como, por exemplo, nitrogênio, os riscos 
de inflamabilidade são reduzidos, e cuidados devem ser tomados para se evitar a 
eletricidade estática durante esseprocesso, e em seguida da operação executada, 
deve ser introduzido no local ar respirável 
 
Teste Atmosférico 
Uma pessoa qualificada deverá conduzir o teste atmosférico, deverá ter recebido 
treinamento, e ter experiência e habilidade para: 
1. Selecionar os equipamentos apropriados pra determinar os riscos atmosféricos 
do local que se pretende entrar; 
2. Verificar se os instrumentos estão funcionando corretamente; 
3. Usar os instrumentos de maneira a assegurar que a atmosfera no espaço 
confinado seja completamente avaliada; 
4. Saber interpretar os resultados dos testes atmosféricos. 
Purgas e ventilações não garantem segurança em atmosferas de espaços 
confinados. O espaço deve ser testado antes de qualquer entrada pela 
possibilidade de três riscos, sendo eles: 
 Deficiência ou enriquecimento da concentração de oxigênio; 
 Inflamabilidade; 
 Toxicidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legislação 
Cabe ao Empregador: 
a) indicar formalmente o responsável técnico pelo cumprimento desta norma; 
b) identificar os espaços confinados existentes no estabelecimento; 
c) identificar os riscos específicos de cada espaço confinado; 
d) implementar a gestão em segurança e saúde no trabalho em espaços 
confinados, por medidas técnicas de prevenção, administrativas, pessoais e de 
emergência e salvamento, de forma a garantir permanentemente ambientes com 
condições adequadas de trabalho; 
e) garantir a capacitação continuada dos trabalhadores sobre os riscos, as 
medidas de controle, de emergência e salvamento em espaços confinados; 
f) garantir que o acesso ao espaço confinado somente ocorra após a emissão, por 
escrito, da Permissão de Entrada e Trabalho; 
g) fornecer às empresas contratadas informações sobre os riscos nas áreas onde 
desenvolverão suas atividades e exigir a capacitação de seus trabalhadores; 
h) acompanhar a implementação das medidas de segurança e saúde dos 
trabalhadores das empresas contratadas provendo os meios e condições para 
que eles possam atuar em conformidade com esta NR; 
i) interromper todo e qualquer tipo de trabalho em caso de suspeição de 
condição de risco grave e iminente, procedendo ao imediato abandono do local; 
j) garantir informações atualizadas sobre os riscos e medidas de controle antes 
de cada acesso aos espaços confinados. 
 
 
 
Cabe aos Trabalhadores: 
a) Colaborar com a empresa no cumprimento desta NR; 
b) Utilizar adequadamente os meios e equipamentos fornecidos pela empresa; 
c) Comunicar ao Vigia e ao Supervisor de Entrada as situações de risco para sua 
segurança e saúde ou de terceiros, que sejam do seu conhecimento; 
d) Cumprir os procedimentos e orientações recebidos nos treinamentos com 
relação aos espaços confinados; 
e) Fazer a analise de risco antes da tarefa; 
f) Usar os EPI’s, adequado para a tarefa conforme observado na análise de risco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Gestão de segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados 
 
A gestão de segurança e saúde deve ser planejada, programada, implementada 
e avaliada, incluindo medidas técnicas de prevenção, medidas administrativas e 
medidas pessoais e capacitação para trabalho em espaços confinados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Medidas técnicas de prevenção: 
 
a) identificar, isolar e sinalizar os espaços confinados para evitar a entrada de 
pessoas não autorizadas; 
b) antecipar e reconhecer os riscos nos espaços confinados; 
c) proceder à avaliação e controle dos riscos físicos, químicos, biológicos, 
ergonômicos e mecânicos; 
d) prever a implantação de travas, bloqueios, alívio, lacre e etiquetagem; 
e) implementar medidas necessárias para eliminação ou controle dos riscos 
atmosféricos em espaços confinados; 
f) avaliar a atmosfera nos espaços confinados, antes da entrada de 
trabalhadores, para verificar se o seu interior é seguro; 
g) manter condições atmosféricas aceitáveis na entrada e durante toda a 
realização dos trabalhos, monitorando, ventilando, purgando, lavando ou 
inertizando o espaço confinado; 
h) monitorar continuamente a atmosfera nos espaços confinados nas áreas onde 
os trabalhadores autorizados estiverem desempenhando as suas tarefas, para 
verificar se as condições de acesso e permanência são seguras; 
i) proibir a ventilação com oxigênio puro; 
j) testar os equipamentos de medição antes de cada utilização; e 
k) utilizar equipamento de leitura direta, intrinsecamente seguro, provido de 
alarme, calibrado e protegido contra emissões eletromagnéticas ou 
interferências de radiofreqüência. 
 
 
 
 
 
 
 
- Os equipamentos fixos e portáteis, inclusive os de comunicação e de 
movimentação vertical e horizontal, devem ser adequados aos riscos dos 
espaços confinados; 
 
 
- Em áreas classificadas os equipamentos devem estar certificados ou possuir 
documento contemplado no âmbito do Sistema Brasileiro de Avaliação da 
Conformidade - INMETRO. 
- As avaliações atmosféricas iniciais devem ser realizadas fora do espaço 
confinado. 
 
 
 
- Adotar medidas para eliminar ou controlar os riscos de incêndio ou explosão 
em trabalhos a quente, tais como solda, aquecimento, esmerilhamento, corte ou 
outros que liberem chama aberta, faíscas ou calor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As radiações não ionizantes são aquelas que não liberam íons, no entanto liberam energia perigosa na 
forma de raios ultra-violeta, e ou ondas eletromagnéticas, entre outras; 
 
- Adotar medidas para eliminar ou controlar os riscos de inundação, 
soterramento, engolfamento, incêndio, choques elétricos, eletricidade estática, 
queimaduras, quedas, escorregamentos, impactos, esmagamentos, amputações 
e outros que possam afetar a segurança e saúde dos trabalhadores. 
 
Medidas administrativas: 
a) manter cadastro atualizado de todos os espaços confinados, inclusive dos 
desativados, e respectivos riscos; 
b) definir medidas para isolar, sinalizar, controlar ou eliminar os riscos do 
espaço confinado; 
c) manter sinalização permanente junto à entrada do espaço confinado; 
d) implementar procedimento para trabalho em espaço confinado; 
e) adaptar o modelo de Permissão de Entrada e Trabalho, às peculiaridades da 
empresa e dos seus espaços confinados; 
f) preencher, assinar e datar, em três vias, a Permissão de Entrada e Trabalho 
antes do ingresso de trabalhadores em espaços confinados; 
g) possuir um sistema de controle que permita a rastreabilidade da Permissão 
de Entrada e Trabalho; 
h) entregar para um dos trabalhadores autorizados e ao Vigia cópia da 
Permissão de Entrada e Trabalho; 
i) encerrar a Permissão de Entrada e Trabalho quando as operações forem 
completadas, quando ocorrer uma condição não prevista ou quando houver 
pausa ou interrupção dos trabalhos; 
j) manter arquivados os procedimentos e Permissões de Entrada e Trabalho por 
cinco anos; 
k) disponibilizar os procedimentos e Permissão de Entrada e Trabalho para o 
conhecimento dos trabalhadores autorizados, seus representantes e fiscalização 
do trabalho; 
 
 
l) designar as pessoas que participarão das operações de entrada, identificando 
os deveres de cada trabalhador e providenciando a capacitação requerida; 
m) estabelecer procedimentos de supervisão dos trabalhos no exterior e no 
interior dos espaços confinados; 
n) assegurar que o acesso ao espaço confinado somente seja iniciado com 
acompanhamento e autorização de supervisão capacitada; 
o) garantir que todos os trabalhadores sejam informados dos riscos e medidas 
de controle existentes no local de trabalho; 
p) implementarum Programa de Proteção Respiratória de acordo com a análise 
de risco, considerando o local, a complexidade e o tipo de trabalho a ser 
desenvolvido. 
 
 
 PET- Supervisor PET- Trabalhador PET- vigia 
 
- A Permissão de Entrada e Trabalho é válida somente para cada entrada. 
- Nos estabelecimentos onde houver espaços confinados devem ser observadas, 
de forma complementar a presente NR, os seguintes atos normativos: NBR 
14606 – Postos de Serviço – Entrada em Espaço Confinado; e NBR 14787 – 
Espaço Confinado – Prevenção de Acidentes, Procedimentos e Medidas de 
Proteção, bem como suas alterações posteriores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- O procedimento para trabalho deve contemplar, no mínimo: objetivo, campo 
de aplicação, base técnica, responsabilidades, competências, preparação, 
emissão, uso e cancelamento da Permissão de Entrada e Trabalho, capacitação 
para os trabalhadores, análise de risco e medidas de controle. 
- Os procedimentos para trabalho em espaços confinados e a Permissão de 
Entrada e Trabalho devem ser avaliados no mínimo uma vez ao ano e revisados 
sempre que houver alteração dos riscos, com a participação do Serviço 
Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT e da Comissão 
Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA. 
 
 - Os procedimentos de entrada em espaços confinados devem ser revistos 
quando da ocorrência de qualquer uma das circunstâncias abaixo: 
 
a) entrada não autorizada num espaço confinado; 
b) identificação de riscos não descritos na Permissão de Entrada e Trabalho; 
c) acidente, incidente ou condição não prevista durante a entrada; 
d) qualquer mudança na atividade desenvolvida ou na configuração do espaço 
confinado; 
e) solicitação do SESMT ou da CIPA; e 
f) identificação de condição de trabalho mais segura. 
 
 
 
 
 
 
 
Detecção de gases e vapores 
A necessidade de sistemas confiáveis de detecção de gases e vapores perigosos 
é antiga e data da época da Revolução Industrial – nas operações de mineração. 
Os primeiros detectores de gases foram pequenos animais. 
 
 
 
Atualmente há um número muito grande de tecnologias aplicadas a Detecção 
de Gases e Vapores presentes no ambiente de trabalho e/ou em situações 
emergenciais. 
Tecnologias Disponíveis: 
 Tubos reagentes (ativos e passivos). 
 Aparatos de aviso para risco de explosão. 
 Detectores por ionização de chamas. 
 Equipamentos Seletivos com Sensores Eletroquímicos. 
 Detectores por foto-ionização. 
 Medidor de Espectro Infra-vermelho. 
 Medidor de Espectro UV-VIS. 
 Análise laboratorial com amostras colhidas por amostradores e/ou 
frascos lavadores (IMPINGER). 
 
Nem todas as tecnologias disponíveis são aplicáveis nas atividades em espaços 
confinados, portanto iremos detalhar as técnicas mais práticas para o 
monitoramento das atividades realizadas em espaços confinados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tubos Reagentes 
Os primeiros tubos reagentes eram apenas qualitativos e sua capacidade de 
“detecção’ era um tanto quanto rudimentar. 
A medida que os conhecimentos de química avançaram durante o Século XX, os 
tubos reagentes se tornaram mais eficientes e passaram a ter caráter 
quantitativo, com a adoção de bombas de amostragem. 
 
 
 
 
 
 
Sistema de Detecção de contaminantes na água por utilização de tubos reagentes em uso. 
Permite a detecção de substâncias inorgânicas e orgânicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Monitores Portáteis 
Os monitores portáteis de gases e vapores também apresentam uma longa 
história de desenvolvimento, com diferentes tecnologias aplicadas. 
Um dos primeiros detectores que se têm notícia é a lâmpada de DAVIS, que 
indicava a presença de gases inflamáveis. 
 
 
Monitores Multisensores para atividades em espaço confinado 
A partir do início da década de 1990 surgiram os primeiros monitores multi-
sensores com características próprias para monitoramento de atividades em 
espaços confinados 
 
 
 
 
Medidas Pessoais: 
- Todo trabalhador designado para trabalhos em espaços confinados deve ser 
submetido a exames médicos específicos para a função que irá desempenhar, 
conforme estabelecem as NRs 07 e 31, incluindo os fatores de riscos 
psicossociais com a emissão do respectivo Atestado de Saúde Ocupacional - 
ASO. 
- Capacitar todos os trabalhadores envolvidos, direta ou indiretamente com os 
espaços confinados, sobre seus direitos, deveres, riscos e medidas de controle, 
- O número de trabalhadores envolvidos na execução dos trabalhos em espaços 
confinados deve ser determinado conforme a análise de risco. 
- É vedada a realização de qualquer trabalho em espaços confinados de forma 
individual ou isolada. 
 
 
- O Supervisor de Entrada deve desempenhar as seguintes funções: 
a) emitir a Permissão de Entrada e Trabalho antes do início das atividades; 
b) executar os testes, conferir os equipamentos e os procedimentos contidos na 
Permissão de Entrada e Trabalho; 
c) assegurar que os serviços de emergência e salvamento estejam disponíveis e 
que os meios para acioná-los estejam operantes; 
d) cancelar os procedimentos de entrada e trabalho quando necessário; e 
e) encerrar a Permissão de Entrada e Trabalho após o término dos serviços. 
- Supervisor de Entrada pode desempenhar a função de Vigia. 
 
 
 
 
- O Vigia deve desempenhar as seguintes funções: 
a) manter continuamente a contagem precisa do número de trabalhadores 
autorizados no espaço confinado e assegurar que todos saiam ao término da 
atividade; 
b) permanecer fora do espaço confinado, junto à entrada, em contato 
permanente com os trabalhadores autorizados; 
c) adotar os procedimentos de emergência, acionando a equipe de salvamento, 
pública ou privada, quando necessário; 
d) operar os movimentadores de pessoas; e 
e) ordenar o abandono do espaço confinado sempre que reconhecer algum sinal 
de alarme, perigo, sintoma, queixa, condição proibida, acidente, situação não 
prevista ou quando não puder desempenhar efetivamente suas tarefas, nem ser 
substituído por outro Vigia. 
 
33.3.4.8 O Vigia não poderá realizar outras tarefas que possam comprometer o 
dever principal que é o de monitorar e proteger os trabalhadores autorizados; 
 
 
 
- Cabe ao empregador fornecer e garantir que todos os trabalhadores que 
Adentrarem em espaços confinados disponham de todos os equipamentos para 
controle de riscos, previstos na Permissão de Entrada e Trabalho. 
- Em caso de existência de Atmosfera Imediatamente Perigosa à Vida ou à 
Saúde - Atmosfera IPVS –, o espaço confinado somente pode ser adentrado com 
a utilização de máscara autônoma de demanda com pressão positiva ou com 
respirador de linha de ar comprimido com cilindro auxiliar para escape. 
 
– Capacitação para trabalhos em espaços confinados 
- É vedada a designação para trabalhos em espaços confinados sem a prévia 
capacitação do trabalhador. 
- O empregador deve desenvolver e implantar programas de capacitação 
sempre que ocorrer qualquer das seguintes situações: 
a) mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho; 
b) algum evento que indique a necessidade de novo treinamento; e 
c) quando houver uma razão para acreditar que existam desvios na utilização 
ou nos procedimentos de entrada nos espaços confinados ou que os 
conhecimentos não sejam adequados. 
33.3.5.3 Todos os trabalhadores autorizados e Vigias devem receber capacitação 
periodicamente, a cada doze meses. 
- A capacitação deve ter carga horária mínima de dezesseishoras, ser realizada 
dentro do horário de trabalho; 
- Todos os Supervisores de Entrada devem receber capacitação específica, com 
carga horária mínima de quarenta horas. 
 
 
 
 
 
 
 - Emergência e Salvamento: 
- O empregador deve elaborar e implementar procedimentos de emergência e 
resgate adequados aos espaços confinados incluindo, no mínimo: 
 
a) descrição dos possíveis cenários de acidentes, obtidos a partir da Análise de 
Riscos; 
b) descrição das medidas de salvamento e primeiros socorros a serem 
executadas em caso de emergência; 
c) seleção e técnicas de utilização dos equipamentos de comunicação, 
iluminação de emergência, busca, resgate, primeiros socorros e transporte de 
vítimas; 
d) acionamento de equipe responsável, pública ou privada, pela execução das 
medidas de resgate e primeiros socorros para cada serviço a ser realizado; e 
e) exercício simulado anual de salvamento nos possíveis cenários de acidentes 
em espaços confinados. 
33.4.2 O pessoal responsável pela execução das medidas de salvamento deve 
possuir aptidão física e mental compatível com a atividade a desempenhar. 
33.4.3 A capacitação da equipe de salvamento deve contemplar todos os 
possíveis cenários de acidentes identificados na análise de risco. 
 
 
Entrada em Espaços Confinados incluem equipamentos como: 
 Tripé e/ou monopé; 
 Sistema de redução de forças, ou guinchos mecânicos; 
 Linhas da vida, ou cabos da vida; 
 Equipamentos de comunicação; 
 Cintos de segurança; 
 Ventilador e/ou exaustor; 
 Detectores portáteis de gás; 
 Capacete adequado; 
 Proteção respiratória 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tripés são equipamentos que se suportam sozinhos, geralmente possuem pés 
telescópicos que podem ser ajustados a qualquer situação de relevo e a altura 
necessária. Aqui no Brasil, algumas pessoas chamam esse equipamento de poço, são 
muito eficientes na movimentação vertical, mas se tornam instáveis se for aplicado 
força lateral, isto pode acontecer quando uma equipe que não possui habilidade e 
treinamento necessário para operar este equipamento, lembrando que sempre 
devemos observar no equipamento a gravação do nome do fabricante e as 
capacidades de força e peso que podemos utilizar com este equipamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Respiradores 
- São equipamentos de proteção respiratórios através de linhas de ar mandado, é 
capaz de fornecer uma autonomia limitada de ar, para trabalhos em locais com altos 
riscos atmosféricos, no entanto essa amplitude de autonomia se compromete quando 
avaliamos a possibilidade dessa mangueira se romper, danificar ou qualquer outro 
problema que venha a comprometer a segurança do usuário em atmosferas IPVS. 
Pensando nisso, nos leva a crer que as regulamentações internacionais e nacionais 
que abordam estes assuntos estão corretas ao especificarem a obrigatoriedade do uso 
de cilindros de capacete, uma fonte de ar independente, permitindo aos usuários 
tempo suficiente para que ele possa iniciar o auto-resgate, até mesmo desconectado 
da linha de ar. Tratando de espaços confinados, os conjuntos autônomos não são as 
melhores decisões de uso devido ao seu tamanho, obstruindo a mobilidade do 
trabalhador em locais com uma figuração interna reduzida. 
 
 
Apesar dos equipamentos independentes oferecerem, teoricamente, proteção para 
atividades em espaços confinados, os equipamentos mais recomendados são os 
respiradores de linha de ar com cilindro de escape, que oferecem pouco peso, 
agilidade e possibilidade do auto-resgate. 
 
 
 
Cinto de segurança 
 
Os cintos de segurança devem estar ajustados corretamente, todas fitas, fivelas 
presas confortavelmente no usuário, e tratando-se de espaços confinados os cintos de 
segurança podem ter além do ponto de ancoragem no dorso, outros dois pontos, um 
em cada ombro. Como todo equipamento de proteção individual, deve ser 
inspecionado antes e depois de cada uso, atentando para os seguintes itens: 
 As tiras e as costuras devem ser examinadas para averiguar se não estão 
desgastadas, desfiadas ou cortadas, as tiras do cinto devem receber especial 
atenção, pois nela estará todo o peso do trabalhador; 
 Rebites devem estar bem presos e impossibilitados de serem movidos 
com os dedos. As faces dos rebites devem estar sob a superfície do cinto 
e não dobrar para que a borda não corte a fita; 
 Anéis em forma de “D” e suas presilhas devem ser verificados em seu 
aspecto geral, atentando para deformidades, descoloração devido à 
oxidação e rachaduras; 
 As fivelas devem ficar livres de qualquer torção, rachaduras ou bordas 
afiadas que possam deformar as fitas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nós e Amarrações 
 
Os nós podem ser utilizados para unir as cordas, para as ancoragens, amarrar solteiras, dentre 
outras aplicações. A escolha de um nó deve passar por uma análise criteriosa sobre o uso. 
Fatores como força de blocagem, facilidade de fazer e desfazer o nó e perdas de resistência, 
etc, deve ser levada em consideração na hora da escolha. Abaixo alguns nós mais utilizados: 
 - Nó de Azelha Simples – Pode ser usado em ancoragem principal, mas não deve ser 
utilizado em ancoragem reserva. Diminui a resistência da corda em 50% - R0: 50%, além de 
ser difícil desfazer, quando submetido à tensão. Deve ser usado como nó amortecedor entre a 
ancoragem principal e a reserva. 
 
- Nó de Azelha em “8” – Mais tradicional, é usado tanto em espeleologia quanto em alpinismo. 
Pode ser utilizado em qualquer ancoragem, ou para prender coisas na corda com segurança. 
Pode ser desfeito bem mais fácil que o azelha. Seu R0: 60%. Também poderá ser feito da 
forma induzida e deverá ser arrematado. 
 
- Nó de Azelha em “9” – É um bom nó de ancoragem. Deve ser usado na ancoragem reserva, 
e em situações específicas, nas quais exijam tensões elevadas. Seu R0: 50%. 
 
- Nó Volta do Fiel – Ótimo para ser usado na ancoragem principal. Esse nó “abraça” cada vez 
mais forte o local onde foi feito. Com tensões elevadas (acima de 400 Kg), faz com que a corda 
deslize sobre ele, não a rompendo (com exceção de quando feito ao redor de locais de grande 
diâmetro ou rugosos). 
 
 
 
 
- Nó de Fita – Usado para unir fitas tubulares e cordas de mesmo diâmetro. R0: 40% 
 
 
 
 
- Nó de Pescador Duplo – Excelente nó de junção para cordas de mesmo diâmetro. Pode ser 
empregado também em arremates. Rompe a corda com 56% de R0, sendo o melhor deles. 
 
- Nó Prussik – É um nó empregado para fixar cordas auxiliares a uma outra de maior diâmetro, 
para dar tensão a outros cabos, para segurança e para ascensão em um cabo vertical com o 
uso de estribos. Possui a peculiaridade de prender e segurar quando for exercida tração sobre 
ele. Uma vez feito o nó e estando seguro, faz-se correr no sentido que se deseja e para mantê-
lo firme no lugar, basta larga-lo, tracionando-o com firmeza ou deixando que o próprio peso do 
corpo exerça a tensão. 
 
 
 
 
 
 
 
Disposições Gerais 
 -O empregador deve garantir que os trabalhadores possam interromper suas 
atividades e abandonar o local de trabalho, sempre que suspeitarem da 
existência de risco grave e iminente para sua segurança e saúde ou a de 
terceiros. 
- São solidariamente responsáveis pelo cumprimento desta NR os contratantes e 
contratados. 
- É vedada a entrada e a realização de qualquer trabalho em espaços confinados 
sem a emissão da Permissão de Entrada e Trabalho. 
– Glossário 
Abertura de linha: abertura intencional de um duto, tubo, linha, tubulação que 
está sendo utilizada ou foi utilizada para transportar materiais tóxicos,inflamáveis, corrosivos, gás, ou qualquer fluido em pressões ou temperaturas 
capazes de causar danos materiais ou pessoais visando a eliminar energias 
perigosas para o trabalho seguro em espaços confinados. 
Alívio: o mesmo que abertura de linha. 
Análise Preliminar de Risco (APR): avaliação inicial dos riscos potenciais, suas 
causas, conseqüências e medidas de controle. 
Área Classificada: área potencialmente explosiva ou com risco de explosão. 
Atmosfera IPVS - Atmosfera Imediatamente Perigosa à Vida ou à Saúde: 
qualquer atmosfera que apresente risco imediato à vida ou produza imediato 
efeito debilitante à saúde. 
Avaliações iniciais da atmosfera: conjunto de medições preliminares realizadas 
na atmosfera do espaço confinado. 
Base técnica: conjunto de normas, artigos, livros, procedimentos de segurança 
de trabalho, e demais documentos técnicos utilizados para implementar o 
Sistema de Permissão de Entrada e Trabalho em espaços confinados. 
Bloqueio: dispositivo que impede a liberação de energias perigosas tais como: 
pressão, vapor, fluidos, combustíveis, água e outros visando à contenção de 
energias perigosas para trabalho seguro em espaços confinados. 
Chama aberta: mistura de gases incandescentes emitindo energia, que é 
também denominada chama ou fogo. 
Condição IPVS: Qualquer condição que coloque um risco imediato de morte ou 
que possa resultar em efeitos à saúde irreversíveis ou imediatamente severos ou 
que possa resultar em dano ocular, irritação ou outras condições que possam 
impedir a saída de um espaço confinado. 
Contaminantes: gases, vapores, névoas, fumos e poeiras presentes na atmosfera 
do espaço confinado. 
Deficiência de Oxigênio: atmosfera contendo menos de 20,9 % de oxigênio em 
volume na pressão atmosférica normal, a não ser que a redução do percentual 
seja devidamente monitorada e controlada. 
 
 
Engolfamento: é o envolvimento e a captura de uma pessoa por líquidos ou 
sólidos finamente divididos. 
Enriquecimento de Oxigênio: atmosfera contendo mais de 23% de oxigênio em 
volume. 
Etiquetagem: colocação de rótulo num dispositivo isolador de energia para 
indicar que o dispositivo e o equipamento a ser controlado não podem ser 
utilizados até a sua remoção. 
Faísca: partícula candente gerada no processo de esmerilhamento, polimento, 
corte ou solda. 
Gestão de segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados: conjunto 
de medidas técnicas de prevenção, administrativas, pessoais e coletivas 
necessárias para garantir o trabalho seguro em espaços confinados. 
Inertização: deslocamento da atmosfera existente em um espaço confinado por 
um gás inerte, resultando numa atmosfera não combustível e com deficiência 
de oxigênio. 
Intrinsecamente Seguro: situação em que o equipamento não pode liberar 
energia elétrica ou térmica suficientes para, em condições normais ou anormais, 
causar a ignição de uma dada atmosfera explosiva, conforme expresso no 
certificado de conformidade do equipamento. 
Lacre: braçadeira ou outro dispositivo que precise ser rompido para abrir um 
equipamento. 
Leitura direta: dispositivo ou equipamento que permite realizar leituras de 
contaminantes em tempo real. 
Medidas especiais de controle: medidas adicionais de controle necessárias para 
permitir a entrada e o trabalho em espaços confinados em situações peculiares, 
tais como trabalhos a quente, atmosferas IPVS ou outras. 
Ordem de Bloqueio: ordem de suspensão de operação normal do espaço 
confinado. 
Ordem de Liberação: ordem de reativação de operação normal do espaço 
confinado. 
Oxigênio puro: atmosfera contendo somente oxigênio (100 %). 
Permissão de Entrada e Trabalho (PET): documento escrito contendo o 
conjunto de medidas de controle visando à entrada e desenvolvimento de 
trabalho seguro, além de medidas de emergência e resgate em espaços 
confinados. 
Proficiência: competência, aptidão, capacitação e habilidade aliadas à 
experiência. 
Programa de Proteção Respiratória: conjunto de medidas práticas e 
administrativas necessárias para proteger a saúde do trabalhador pela seleção 
adequada e uso correto dos respiradores. 
Purga: método de limpeza que torna a atmosfera interior do espaço confinado 
isenta de gases, vapores e outras impurezas indesejáveis através de ventilação 
ou lavagem com água ou vapor. 
 
 
Quase-acidente: qualquer evento não programado que possa indicar a 
possibilidade de ocorrência de acidente. 
Responsável Técnico: profissional habilitado para identificar os espaços 
confinados existentes na empresa e elaborar as medidas técnicas de prevenção, 
administrativas, pessoais e de emergência e resgate. 
Risco Grave e Iminente: Qualquer condição que possa causar acidente de 
trabalho ou doença profissional com lesão grave à integridade física do 
trabalhador. 
Riscos psicossociais: influência na saúde mental dos trabalhadores, provocada 
pelas tensões da vida diária, pressão do trabalho e outros fatores adversos. 
Salvamento: procedimento operacional padronizado, realizado por equipe com 
conhecimento técnico especializado, para resgatar e prestar os primeiros 
socorros a trabalhadores em caso de emergência. 
Sistema de Permissão de Entrada em Espaços Confinados: procedimento 
escrito para preparar uma Permissão de Entrada e Trabalho (PET). 
Supervisor de Entrada: pessoa capacitada para operar a permissão de entrada 
com responsabilidade para preencher e assinar a Permissão de Entrada e 
Trabalho (PET) para o desenvolvimento de entrada e trabalho seguro no 
interior de espaços confinados. 
Trabalhador autorizado: trabalhador capacitado para entrar no espaço 
confinado, ciente dos seus direitos e deveres e com conhecimento dos riscos e 
das medidas de controle existentes. 
Trava: dispositivo (como chave ou cadeado) utilizado para garantir isolamento 
de dispositivos que possam liberar energia elétrica ou mecânica de forma 
acidental. 
Vigia: trabalhador designado para permanecer fora do espaço confinado e que 
é responsável pelo acompanhamento, comunicação e ordem de abandono para 
os trabalhadores.

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