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Doença de Gaucher A doença de Gacuher é uma doença genética, caracterizada pela ausência de uma importante enzima, a beta-glicosidase. Sua ausência causa o acúmulo de um tipo de gordura dentro de algumas células, que, por sua vez, se acumulam em alguns órgãos. Conhecidas como “células de Gaucher”, elas se acumulam principalmente nos tecidos do fígado, baço, pulmão e medula óssea, além de rins e gânglios. Em menor escala, podem se acumular nos tecidos do cérebro, afetando o sistema nervoso central. Os órgãos que contém essas células aumentam de tamanho, provocando sintomas de tipo e gravidade variáveis.. É classificada em três tipos, de acordo com a presença, ou ausência de doença primária no SNC: tipo 1 é não neuropática, sendo esta a forma mais comum, responsável por 99% dos casos; tipo 2 (tipo infantil) com comprometimento grave do SNC na infância; e o tipo 3 com comprometimento leve do SNC, na adolescência ou no adulto jovem. Trata-se de uma doença genética autossômica recessiva, causada por mutações do gene GBA (gene da glucocerebrosidase), localizado no braço longo do cromossomo 1. Mais de 200 mutações no gene GBA foram identificadas em pessoas com doença de Gaucher. Esse gene codifica a enzima beta-glucocerebrosidase, sendo que mutações genéticas determinam deficiência de sua atividade. Dessa maneira, a Doença de Gaucher caracteriza-se pelo acúmulo intralisossomal de glucocerebrosídeo, um glicolipídio derivado de membranas celulares fagocitadas em macrófagos, nos tecidos do sistema reticuloendotelial. Essas células carregadas de lipídeos são conhecidas como células de Gaucher. Alguns portadores da doença de Gaucher tipo 1 apresentam poucos sintomas, enquanto outros manifestam sintomas mais acentuados. As queixas mais comuns são palidez, cansaço e fadiga devido à anemia, que é uma consequência do aumento do baço. Quando as células de Gaucher se acumulam na medula óssea, provocam redução do número de plaquetas, resultando em sangramentos, principalmente de nariz. Essa interferência na medula também pode alterar o fluxo sanguíneo e o fornecimento de nutrientes para os ossos, causando dores intensas nas pernas e nos ossos, que se quebram com facilidade em alguns pacientes. A doença de Gaucher pode provocar O que é? Comportamento Bioquímico e Aspéctos Genéticos: Sintomas: também manchas roxas na pele (equimoses e hematomas), cirrose, fibrose e varizes de esôfago. Também é comum dor abdominal e distensão abdominal por conta do aumento do baço e do fígado. Os tipos 2 e 3 manifestam comprometimento neurológico, que podem ser estrabismo, convulsão e paralisia motora (dificuldade ou impossibilidade de movimentar partes do corpo).Os pacientes podem nascer já manifestando os sinais da doença, ou permanecer sem sintomas até serem diagnosticados de forma inesperada, às vezes, na idade adulta. A maior parte dos pacientes não apresenta todos esses sintomas ao mesmo tempo. Existem diferentes tipos de tratamentos. A primeira opção de tratamento para doença de Gaucher tipo I é a terapia de reposição enzimática (TRE). A TRE repõe, ou melhor, suplementa a falta de glicocerebrosidase: a enzima que degrada a substância gordurosa que se acumula em pessoas com a doença. O tratamento é administrado por via intravenosa (infusão feita direto na veia) e leva geralmente de 1 a 2 horas. Há ainda a terapia de redução de substrato (TRS). Fale com o seu médico para obter mais informações sobre tratamentos para doença de Gaucher tipo I. Existem poucos dados na literatura sobre o tratamento da doença de Gaucher tipo 2 e 3. Universidade Federal da Bahia – CAT/IMS Disciplinas: Genética Humana e Médica e Bioquímica II Formas de Tratamento:
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