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AÇÃO processo civil uau muito bom uhul amei

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AÇÃO
TEORIAS SOBRE A NATUREZA JURÍDICA DA AÇÃO
Teoria civilista ou imanentista: Nesta época não se considerava o direito
processual como um direito autônomo. A ação é imanente ao direito material,
faz parte do próprio direito material. Para os adeptos desta teoria a ação não é
um direito autônomo, e sim um aspecto do direito material, um anexo.
A Polêmica de Windschied-Muther
Teoria da ação como direito concreto ou concretista: a ação é um direito
autônomo diferente do direito material. A ação é o direito a uma sentença
favorável. A parte só teria direito de ação se tivesse o direito material (com a
sentença favorável). O direito de ação surge com a violação do direito material.
Teoria da ação como direito abstrato ou abstrativista: a ação é um direito
autônomo, independente do direito material. Caracterizado como o direito à
jurisdição, podendo esta ser favorável ou desfavorável, sem descaracterizar o
direito de ação.
Teoria eclética ou mista de Liebman(processualista italiano, viveu no período
da segunda guerra): ação é um direito a uma sentença de mérito (favorável ou
desfavorável). Mas precisa preencher alguns requisitos para que exista o direito
de ação: as condições da ação. Esta teoria foi consagrada pelo CPC. Portanto, se
não estiverem presentes as condições da ação, não haverá apreciação do mérito.
CONDIÇÕES DA AÇÃO
Específicas: apenas em algumas situações, para ações específicas.
Ex. o prévio depósito nas ações de consignação em pagamento.
Genéricas: em todas as situações e tipos de ações, como requisitos para
apreciação do mérito
POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO:
Elementos
Possibilidade de proteção
Ausência de proibição
É necessidade de que, ao menos em tese, a pretensão do autor seja protegida
pelo ordenamento jurídico, ou a inexistência de proibição normativa, expressa
ou implícita, quanto ao pedido formulado.
Causa de Pedir x Pedido
LEGITIMIDADE AD CAUSAM
 Quem pode figurar como autor e réu
Elementos
 Titulares de uma relação hipotética
Desta forma, em princípio, é titular de ação apenas a própria pessoa que se diz
titular do direito subjetivo material cuja tutela pede – legitimidade ativa,
podendo ser demandado apenas aquele que seja titular da obrigação
correspondente – legitimidade passiva.
FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA AÇÃO
Deve-se notar que a palavra ação pode ser usada e compreendida em vários
sentidos, podendo ser entendida como um direito, um poder, uma pretensão ou
ainda como o correto exercício de um direito anteriormente existente.
A ação é considerada como sendo o direito ao exercício da jurisdição ou
a possibilidade de exigir sua atuação. Segundo o principio da inércia, a utilização
desse direito é necessária ao exercício da função jurisdicional, que, de outra
forma, não poderá ser exercida.
Deve-se considerar a ação, portanto, como o direito à prestação da jurisdição,
favorável ou não, àquele que a provoca. Tal direito possui condições
impostas ao seu exercício que, se não satisfeitas, o impossibilitam. Com
fundamento no Art. 5º, XXXV, CRFB, a ação propicia a garantia da tutela
jurisdicional efetiva, que permite ao titular do direito obter à proteção de seu
direito material.
Em se tratando do direito à atuação jurisdicional, deve ser entendido que
a ação serve ao interesse público de garantir o direito a quem de fato o possui,
preservando a ordem na sociedade.
Tal entendimento foi construído pela doutrina até se chegar à atual concepção do
“direito de ação”, que é, inicialmente, identificado com o direito material litigioso.
Posteriormente, evoluiu para um estágio de autonomia em relação ao direito
material, criando uma base para o desenvolvimento do direito processual nessa
área.
As Teorias da ação quanto à sua natureza jurídica
Alcançado certo consenso em relação ao conceito de ação como direito,
grandes juristas propuseram teorias acerca da natureza jurídica de tal direito.
Essas teorias servem para auxiliar a compreensão da evolução da ciência e do
caminho percorrido até se chegar ao entendimento adotado no nosso Código
de Processo Civil, de 2015.
Teoria imanentista, civilista, ou clássica
Essa teoria tem como origem e base o direito romano.
Para ela, a ação nada mais é do que o próprio direito material, ajuizado em decorrência
de ameaça de dano ou de dano efetivo. Logo, não poderia haver ação que não versasse
sobre direito material, já que ele seria o foco e o agente dela.
Assim, considerando que o direito de ação é decorrente do direito material,
compreende-se a ação como emanação do direito material.
Teoria do direito concreto de ação (teoria concreta)
Em 1885, Adolph Wach, na Alemanha, reconheceu a relativa independência
entre o direito de ação e o direito subjetivo material, encerrando assim
o domínio da teoria clássica.
Segundo ele, sendo pretensão de tutela jurídica, a ação é um direito público ao exercício
da jurisdição, sujeitando o demandado ao dever de obedecer a suas determinações.
Essa concepção trazia a consequência de que, embora separado do direito
material discutido, o direito de ação se restringia a quem tivesse razão.
Isso quer dizer que o direito só teria existido se houvesse sentença favorável.
A teoria afirmava que somente existia direito a ação quanto houvesse uma proteção ao
direito subjetivo.
A maior importância dessa teoria foi a separação entre o direito de ação e
o direito material.
Teoria da ação como direito potestativo
Uma variante da teoria concreta condiciona a existência do direito de ação
à obtenção de uma sentença favorável estando sujeita às mesmas críticas daquela
teoria.
De acordo com Chiovenda, a ação pode ser definida como o “poder jurídico de dar vida à
condição para a atuação da vontade da lei”, ou seja, o direito de fazer a lei agir para
preservar um direito em face de um opositor que deve obedecer a determinação legal.
A ação era considerada um direito (direito potestativo) independente do
direito material, sendo o direito do autor de submeter o réu aos efeitos jurídicos
pretendidos.
Logo o direito de ação é contra o réu e não contra o Estado.
Teoria da ação como direito abstrato
Essa teoria define ação como um direito do indíviduo perante o Estado
de exigir que lhe seja prestada a atividade jurisdicional.
Isso impõe ao réu o dever de comparecer em juízo e acatar a decisão proferida.
Desse modo, se desvincula ainda mais o direito de ação do direito material
discutido.
Isso porque o direito de ação, de prestação da jurisdição, seria realizado
mesmo que o autor seja considerado não detentor do direito material
discutido.
Teoria Eclética
Elaborada por Liebman, essa variante da teoria abstrata considera que o
direito de ação é o “direito ao processo e ao julgamento do mérito”, e não
garante ao autor o provimento da demanda.
Essa teoria tem como principal diferencial a criação das chamadas condições da ação, que
são requisitos de admissibilidade de uma ação. Na ausência das condições da ação, o juiz
não está obrigado a julgar o mérito do processo, podendo extingui-lo sem seu exame.
Logo, trata-se de um direito abstrato capaz de provocar o exercício da
jurisdição. A ação é compreendida como o direito de obter o julgamento do
mérito pedido, independentemente do resultado da demanda, desde que observadas as
condições da ação.
É então um direito subjetivo instrumental, já que independe do direito subjetivo material,
embora seja conexo a ele.
Essa teoria prevaleceu por muitos anos, durante toda a vigência do CPC
de 1.973. O novo CPC, de 2015, retira um pouco da importância das condições
da ação, permitindo o exame do mérito para beneficiar o réu, mesmo
que essas não se encontrassem preenchidas.
CAPACIDADE PARA SER PARTE
CAPACIDADE PROCESSUAL
CAPACIDADE POSTULATÓRIA
Capacidade processual é uma aptidão genérica para agir em juízopor si só
(quem não é absolutamente ou relativamente incapaz tem capacidade
processual).
Com efeito, a capacidade para ser parte refere-se à possibilidade de o sujeito
apresentar-se em juízo como demandante ou demandado, isto é, como autor ou
réu em uma ação processual. Essa espécie de capacidade liga-se à existência de
personalidade civil.
A capacidade postulatória é a aptidão para requerer perante os órgãos estatais
investidos da jurisdição.
INTERESSE DE AGIR
 Necessidade / utilidade
Elementos
 Adequação
Consiste na utilidade potencial da jurisdição. Vale dizer, a jurisdição deve ser
apta a produzir alguma vantagem ou benefício jurídico.
Utilidade da jurisdição: NECESSIDADE - a jurisdição tem que ser indispensável,
imprescindívelpara alcançar essa utilidade.
ADEQUAÇÃO – o procedimento e o provimento requerido tem que ser
adequado.
ELEMENTOS DA AÇÃO (IDENTIFICAÇÃO DA AÇÃO)
Os elementos da ação servem para individualizar as ações, permitindo-se
determinar ações idênticas, distintas ou parcialmente idênticas. A razão para isto
é de ordem prática, proporcionando a solução dos problemas de litispendência,
coisa julgada, competência (conexão e continência) etc.
A doutrina costuma apontar como elementos da ação:
As partes
A causa de pedir
Os pedidos
AS PARTES
São autor e réu. Ou seja, aquele que pede a prestação jurisdicional; e o em face
de quem é pedida a proteção jurisdicional.
A teoria da individualização, adotada na Itália, teve como
precursor Chiovenda que entendia que seria suficiente ao
autor exprimir, na inicial da demanda, o conteúdo do direito
deduzido, ou seja, os fundamentos jurídicos de seu pleito,
sem a necessidade de menção aos fatos que teriam dado
origem a este direito.
Já, pela teoria da substanciação, além da dedução do
conteúdo do direito, ou seja, dos fundamentos jurídicos da
pretensão, seria imprescindível a indicação, quando da
propositura da ação, dos fatos originários da relação
substancial trazida a juízo, a causa de pedir remota. 
Os processualistas brasileiros, em sua maioria, sustentam
que o Código de Processo Civil adotou teoria da
substanciação quanto à causa de pedir e, sequer faz
diferença entre direito absoluto e direito relativo a fim de
estabelecer a necessidade da explicitação da causa de pedir
remota, visto que, para o processo brasileiro a inicial deve,
sempre, conter fatos e fundamentos jurídicos do pedido,
sob pena de inépcia.
Não basta, portanto, no direito processual brasileiro, a
exposição da causa próxima – os fundamentos jurídicos, a
natureza do direito controvertido – é necessário a exposição
da causa remota – o fato gerador do direito. 
CAUSA DE PEDIR
É o porquê se pede, o motivo, a razão o fundamento do
pedido.
Fundamentação de fato
- fato constitutivo do direito do autor
- fato violador do direito do autor
Fundamentação de direito
PEDIDO
Grande importância possui o pedido na ação, uma vez que
irá fixar os parâmetros da própria decisão do juiz (princípio
da congruência).
 Causa de pedir:
 Existem dois tipos:
Causa de pedir próxima- identifica os fundamentos jurídicos
que justificam o pedido.
Causa de pedir remota- são os fatos que constituem o pedido.
▪Ocorre o princípio do “mihi factum, dabo tibi ius” ou seja, dame os fatos que te darei o direito.
 O pedido deve ser observado sob dois aspectos:
•Pedido imediato: poderá ter natureza cognitiva,
executiva ou cautelar;
•Pedido mediato:este se referirá ao bem jurídico, objeto
que pretende o autor com a demanda
 Quanto á natureza o pedido imediato poderá ser:
Cognitiva- processo de conhecimento, a sentença poderá ser
declaratória, constitutiva ou condenatória;
Executiva – verifica-se no processo de execução;
Cautelar- visa resguardar eventual direito da parte.
CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES
A natureza do provimento jurisdicional é também utilizada
pela doutrina como ponto de referência para classificar as
ações.
- é de acordo com o tipo de tutela jurisdicional buscada que
se classificam as ações.
Tutelas jurisdicionais:
- tutela cautelar
- tutela de conhecimento
- tutela de execução
Tutela cautelar
Calamandrei diz que a cautelar caracteriza-se como uma
instrumentalidade ao quadrado. Seria, portanto, o instrumento do
instrumento, pois a tutela cautelar seria um instrumento para o
processo porque garantiria um resultado útil do processo.
Tutela de conhecimento
Será conhecido com segurança não só a pretensão do autor como
a resistência que lhe opõe o réu, isto é, a lide posta em juízo.
Classificação: Trinaria
- tutela declaratória
- tutela constitutiva
- tutela condenatória
Tutela declaratória: o juiz declara a existência ou
inexistência de uma relação jurídica (direito) ou a
autenticidade/falsidade de documento (art. 4º CPC).
Tutela constitutiva: o juiz constitui, desconstitui, conserva
ou modifica uma relação jurídica.
Tutela condenatória: o juiz constitui um título executivo.
Sua característica é a formação de um título executivo.
A REFORMA DO CPC
A Lei 11.232/2005 deu uma nova roupagem à execução de
título judicial
Liquidação de sentença e execução de título judicial
deixaram de ser processos autônomos. Transformaram-se
em fases, etapas seguintes à sentença. Portanto, não há
citação para o executado pagar, e sim intimação.
CONDIÇÕES DA AÇÃO 
 Se faz necessária a toda ação a realização de
3 condições
 A possibilidade jurídica do pedido, o interesse
de agir e a legitimidade, embora, no CPC de
2015, a primeira condição não esteja mais
prevista expressamente
 O interesse de agir é a condição da ação
referente à necessidade de valer-se do
exercício da jurisdição para a realização da
pretensão do autor.
 sempre que o autor só puder obter a
concretização de sua pretensão pela via
do judiciário, ele teria interesse de agir.
 Deve estar presente a utilidade:
 somente há interesse se o processo é útil para o fim
almejado.
 Essa necessidade caracteriza-se pela impossibilidade de
obtenção ou realização da pretensão do autor por outro
meio licito, pela necessidade de maior segurança em relação
a um determinado ato ou ainda por determinação legal no
caso de ações declaratórias que por vezes tem como fato
pretendido já realizado e o que se deseja é a segurança
jurídica que uma decisão judicial daria a esse fato.
 A ultima condição da ação é a legitimidade das partes para
estar em juízo, legitimidade ad causam, compreendida
como relação subjetiva da parte com a lide objeto do
processo.
 Isso significa que as partes devem, em regra, ser os
mesmos sujeitos da relação de direito material discutida.
 Logo, somente alguém presente na relação de direito
material pode propor ação e indicar o réu da mesma
relação jurídica.
 Essa condição possibilita algumas exceções
legais, denominadas legitimidade
extraordinária, previstos no Art.18 do CPC de
2015.
TEORIA DA ASSERÇÃO
 A teoria da asserção, criada para lidar com
dificuldades geradas pela teoria eclética de
Liebman, defende que o juiz deve realizar o
exame das condições de ação pelas assertivas
(afirmações) apresentadas pelo autor em sua
petição inicial.
 Passado esse momento inicial e percebendo
juiz a ausência das condições da ação, ele
deve julgar o mérito, rejeitando o pedido do
autor.
 Há quem entenda, no entanto, que a asserção não é
suficiente para demonstrar a presença das condições da
ação.
 Para esse entendimento, é necessário um mínimo de provas
que demonstrem a veracidade das asserções do autor.
 Segundo o CPC atual, pode-se dizer que tal risco é reduzido,
pois, ao longo do processo de produção de provas, o juiz
poderia declarar a carência de ação.
 A posição predominante na direito processual
brasileiro é a do exame das condições
conformedispostas na inicial sem extensão
probatória, pois, a partir do momento em que
o juiz autoriza a produção de provas, já estará
ingressando no mérito da causa.
 Entende-se que a carência de ação não se confunde com a
improcedência do pedido, já que não há exame de mérito,
constituindo apenas coisa julgada formal.
 Assim, uma vez reconhecida, não obsta a que o autor
renove seu pedido por meio de um novo processo que, por
sua vez, preencha tais condições.
 JURISDIÇÃO
OBJETIVO
A jurisdição pode ser entendida como peça fundamental para a atuação estatal, dentro do
objetivo de aplicar o direito material ao caso concreto apresentado, resolvendo situação de crise jurídica e obtendo, por conseguinte, a pacificação
social.
CONCEITO
 Palavra que vem do latim jurisdictio (que etimologicamente significa “dizer o direito”), a
jurisdição tem como fim último a pacificação social e consiste em um poder-dever do Estado, pois, se por um lado corresponde a uma manifestação do poder soberano do Estado, impondo suas decisões de forma imperativa, por outro corresponde a um dever que o Estado assume de dirimir qualquer conflito que lhe venha a ser apresentado.
JURISDIÇÃO X LEGISLAÇÃO 
 Com relação à atividade jurisdicional, Chiovenda a distinguiu da atividade legislativa mediante a utilização do critério criação-aplicação do direito.
 Nessa perspectiva, a jurisdição seria uma atividade declaratória de direitos preexistentes. Segundo os adeptos desse entendimento, o direito, criado pelo legislador, seria declarado pelo magistrado ao julgar a pretensão que lhe foi submetida.
DEFINIÇÃO
 Chiovenda definiu a jurisdição como “a função do Estado que tem por escopo a atuação da vontade concreta da lei por meio da substituição, pela atividade de órgãos públicos, da atividade de particulares ou de outros órgãos públicos, já no afirmar a existência da vontade da lei, já no torná-la, praticamente, efetiva.
FUNÇÃO
 Francesco Carnelutti, entende a jurisdição como a função estatal de justa composição da lide, entendida esta última como o conflito de Interesses qualificado pela pretensão de uma parte e resistência de outra.
SATISFAÇÃO
 Jaime Guasp, por sua vez, entende a jurisdição como uma função de satisfação das pretensões das partes, desse modo, a lide não seria imprescindível, podendo uma demanda individual e não resistida ocasionar o exercício da jurisdição.
VONTADE DA LEI 
 Face ao declínio do pensamento positivista e a evolução do pós-positivismo, o entendimento da jurisdição como mera atuação da vontade da lei demonstra-se incompleto, vez que o Estado por meio da jurisdição, ao exercer a vontade da lei, deve levar em conta a justiça social como finalidade.
VONTADE OBJETIVA DA LEI
 Desse modo, a jurisdição pode ser definida de acordo com a posição adotada pela doutrina brasileira, que procura relacionar os conceitos supracitados, como sendo a função de atuar a vontade objetiva da lei, com a finalidade de obter a justa composição da lide.
NORMA PROCESSUAL 
 O direito processual, por sua vez, cuidará de estabelecer as regras destinadas a reger como se operará o exercício da jurisdição na solução dos conflitos sociais.
 Os três elementos estruturais do direito Processual: são os institutos jurídicos Da jurisdição,
 Da ação
 E Do processo.
 A jurisdição ocupa o centro da teoria processual e por intermédio dela se manifesta uma das formas do poder estatal soberano, configurando uma função estatal.
NECESSIDADE 
 Para melhor entender os modos pelos quais os conflitos sociais surgem, e são resolvidos, é de bom alvitre recorrer à lição de Carnelutti.
 Segundo esse consagrado autor, existem no mundo pessoas e bens (capazes de satisfazer às
necessidades do homem) e, obviamente, há constante interesse do ser humano em se apropriar dos bens para satisfazer suas necessidades.
INTERESSE 
 Segundo o renomado jurista, “interesse” seria uma posição favorável à satisfação de uma necessidade que se verifica em relação a um bem.
 No entanto,como os bens são limitados (diferentemente do que ocorre em relação às ilimitadas necessidades humanas), irão surgir no convívio social conflitos de interesses.
PRETENSÃO 
 Caso este conflito não se dilua no meio social, determinado membro da sociedade irá desejar que o interesse do outro seja subordinado ao seu
 (esse fenômeno Carnelutti chamou de pretensão)
LIDE 
 Havendo resistência à “pretensão” do titular de um dos interesses por parte de outrem, surgirá a denominada “lide” (conflito de interesses).
PROCESSO 
 Poderia considerar-se, então, o processo (instrumento da jurisdição) como o método mais eficiente para composição de litígios, sendo este o meio através do qual o Estado moderno presta a função jurisdicional.
 Esta conclusão, porém, vem sendo gradativamente questionada, havia vista a morosidade existente na atual estatal, dada a sobrecarga de demandas
CARACTERISTICAS DA JURISDIÇÃO 
 São características da jurisdição:
CARACTERÍSTICAS CONTEÚDO
Inevitabilidade Para o exercício da jurisdição o Estado
 dispensa a anuência do demandado.
Imperatividade Os resultados do processo serão impostos
 às partes, independentemente de aceitação.
Definitividade Imunização dos efeitos das decisões
 proferidas, isto é, possui aptidão para a
 produção da coisa julgada material.
Atividade criativa Através da jurisdição se cria a norma
 jurídica do caso concreto.
NOVO CONCEITO DE JURISDIÇÃO 
 Entre os principais juristas opositores dessa tradicional concepção, é pertinente destacar a doutrina de Mauro Cappelletti.
 Cappelletti , apresenta uma nova visão da jurisdição, não mais caracterizada como atividade meramente declaratória de direitos.
 Cappelletti desenvolve seu pensamento partindo da constatação de que interpretação e criação do direito não seriam conceitos opostos, pois ao menos um mínimo de criatividade se mostra inerente a toda
atividade interpretativa:
INTERPRETAÇÃO 
 Em realidade, interpretação significa penetrar os pensamentos, inspirações e linguagem de outras pessoas com vistas a compreendê-los e — no caso do juiz, não menos que no do musicista, por exemplo — reproduzi-los, “aplicá-los” e “realizá-los” em novo e diverso contexto de tempo e lugar.
PRECEDENTE 
 Esta última concepção se mostra mais compatível com o Direito brasileiro, principalmente nos dias atuais, quando a elaboração de súmulas, vinculantes ou não, a repercussão geral e a reiteração de entendimentos jurisprudenciais criam norma para os casos concretos, criando um sistema próximo do sistema de precedentes, visto que afetam outros casos diversos do paradigma.
 Nos dias de hoje, parece claro que o problema se concentra não mais na existência da discricionariedade do magistrado na solução de determinado caso, mas sim nos modos, limites e legitimidade da criatividade judicial.
ATO JURISDICIONAL 
 Em regra, o ato jurisdicional é dotado de imparcialidade, definitividade e substitutividade,
bem como é direcionado para o interesse público.
 O ato administrativo, por sua vez, é caracterizado pela parcialidade e revogabilidade, sendo Atividade própria e voltada para o interesse particular.
 Um exemplo de difícil classificação é a jurisdição voluntária, na qual não há pretensões
contrapostas, mas se provê tutela a uma parte.
PODERES INERENTES A JURISDIÇÃO 
 São poderes inerentes à jurisdição:
 Poder de decisão— poder de resolver as questões que lhe sejam submetidas (art. 203
do CPC).
 Poder de coerção — poder de impor aos Sujeitos do processo ou terceiros o respeito a
obediência às suas ordens e decisões. Esse poder faculta inclusive emprego da forçafísica ou policial, e de sanções e restrições à liberdade individual, pessoal e patrimonial (art. 139, inciso IV do CPC).
 Poder de documentação — poder de registrar de modo permanente e inalterável
o conteúdo de determinados fatos e atos (arts. 209 e 367 do CPC).
 Poder de conciliação — Cabe ao juiz a qualquer tempo tentar promover a conciliação das partes (art. 139, inciso V do CPC).
 Poder de impulso — cabe ao juiz, uma vez instaurado o processo, impulsioná-lo de ofício com despachos e atos de expediente (art. 2º do CPC).
 Por último, importante declinar os princípios que informam a jurisdição:
 Princípios Conteúdo
 Investidura Jurisdição só pode ser exercida por juízes regularmente
 investidos,providos em cargos de magistrados e
 Que se encontrem no efetivo exercício desses cargos.
 Indelegabilidade Cada órgão exerce a função jurisdicional nos limites
 da competência que a lei lhe conferiu. É a impossibilidade de qualquer órgão jurisdicional transferir esse poder,
 Outorgado pela lei, para outro juiz ou para outro órgão
 Jurisdicional. Exceções: carta precatória, rogatória e de
 Ordem.
 Aderência ao território Todos os órgãos jurisdicionais possuem uma base
 geográfica dentro da qual exercem sua jurisdição.
 Inércia Jurisdição é um poder inerte, ou seja, os órgãos
 jurisdicionais só devem atuar quando provocados por algum
 interessado. Existem exceções. Por exemplo: juiz pode
 Instaurar, de ofício, procedimento para retirada do tutor de
 um menor (art. 1.197 do CPC).
 Princípios Conteúdo
 Indeclinabilidade Nenhum juiz pode recusar-se a exercer jurisdição quando solicitado.
 Unidade da jurisdição Jurisdição é um poder único Do estado soberano; 
 e, apesar de distribuída, pelas regras de
 competência, entre todos os juízes,
 cada um deles age em nome do
 Estado soberano e representa a
 sua vontade única.
CLASSIFICAÇÃO DA JURISDIÇÃO 
 A jurisdição pode ser classificada conforme:
 a natureza dos interesses tutelados, em civil ou penal;
 o tipo de provimento pleiteado, em cautelar, de conhecimento ou de execução;
 o tipo de atividade desempenhada pelo juiz, em contenciosa ou voluntária.
FUNÇÃO DO ESTADO
 Ao Estado, no exercício da atividade jurisdicional, cabe promover a prestação jurisdicional e a tutela jurisdicional.
 A primeira consiste na atuação estatal efetiva para solucionar a lide, enquanto a última se refere ao provimento da pretensão de uma das partes.
 Humberto Theodoro Junior diferencia a tutela jurisdicional da prestação jurisdicional nos seguintes termos:
TUTELA JURISDICIONAL X PRESTAÇÃO JURIDISCIONAL 
 Na satisfação do direito à composição do litígio (definição ou atuação da vontade concreta da lei diante do conflito instalado entre as partes) consiste a prestação jurisdicional.
 quando o provimento judicial reconhece e resguarda in concreto o direito subjetivo da parte, vai além da simples prestação jurisdicional e, pois, realiza a tutela Jurisdicional.
PRESTAÇÃO JURISDICIONAL 
 Todo litigante que ingressa em juízo, observando os pressupostos Processuais e as condições da ação, tem direito à prestação jurisdicional (sentença de mérito ou prática de certo ato executivo);
 Mas nem todo litigante faz jus à tutela jurisdicional
CLASSIFICAÇÃO DA TUTELA JURISDICIONAL 
 A tutela jurisdicional pode ser classificada de acordo com:
 a natureza da atividade do juiz, em cautelar,
cognitiva ou executiva;
 a perspectiva do dano, em preventiva ou
repressiva;
 o momento de sua prestação, em antecipada ou
ulterior;
 a necessidade de confirmação, em provisória ou
definitiva.
CASE 
1) Vitória propõe ação de execução de alimentos, sob o rito previsto no
art. 911 do CPC, com base em título judicial proferido nos autos de ação
de separação judicial litigiosa cumulada com pedido de guarda de
filhos, fixação de alimentos provisionais, partilha de bens,
regulamentação de visitas e medida de separação de corpos com
pedido liminar. Em decisão interlocutória naqueles autos, foi fixada, em
favor da exequente, verba qualificada como não alimentar, em
decorrência de frutos que lhe cabem dentro do patrimônio do casal,
uma vez que o executado estava na posse e administração dos bens.
Afirmou a exequente, que, a fim de privá-la de receber os valores, o
executado tem efetuado suas movimentações financeiras por meio de
conta-corrente de titularidade de sua mãe, motivo pelo qual não foi
encontrado saldo suficiente na conta. Foi expedido alvará para a
retirada de quantia da conta bancária da mãe do executado, bem como
o bloqueio de contas de sua titularidade. Por fim, não, havendo o
pagamento, decretou o juiz, de ofício, a prisão do Executado pelo prazo
de trinta dias, ao reconhecer o não pagamento e não acatar a
justificativa apresentada. Por fim, este impetrou habeas corpus. 
 Em quais casos é permitida a prisão civil?
 A prisão leva em conta a liberdade, enquanto os alimentos levam em consideração a
subsistência do alimentando. Sendo estes dois valores fundamentais contrapostos, como
deve ser feita a ponderação no caso concreto?
 Poderia o juiz ter decretado a prisão civil do executado de ofício?
 Houve imparcialidade? Justifique.
 Houve Inércia ? Justifique
 Como se classifica a jurisdição no caso em tela?
 Que poderes da jurisdição foram aplicados no caso em tela?
 Apresente no caso concreto a Causa de pedir próxima e remota
 Apresente no caso concreto o pedido imediato e o pedido mediato
 Indique no caso concreto os elementos de CAPACIDADE PARA SER PARTE, CAPACIDADE
PROCESSUAL , CAPACIDADE POSTULATÓRIA .
 O caso trata de dívida de natureza alimentar ou não alimentar?
 No último caso, seria possível a prisão do executado pelo não pagamento da dívida?
 Indique quando foi concedida a prestação jurisdicional?
 Indique quando e se foi concedida a tutela jurisdicional?
 As condições da ação estão presentes no exemplo dado?
COMPETÊNCIA 
INTRODUÇÃO
 A jurisdição, enquanto função estatal, é essencialmente
una. Contudo, seu exercício exige que, na prática,
ocorra uma divisão de trabalho entre os diversos órgãos
que compõem nosso Poder Judiciário.
 Todos os órgãos do Poder Judiciário exercem jurisdição,
mas, obviamente, nem todos serão competentes
para examinar determinado litígio.
 Seria, aliás, um contrassenso que se criassem
numerosos órgãos distribuídos por todo esse vasto e
complexo sistema, que é o aparelho judiciário, e em
seguida a lei facultasse a qualquer deles exercer,
indistintamente, a jurisdição.
 Essadivisão de competência entre diferentes
órgãos do Judiciário é realizada por
intermédio de um critério racional, que busca
estabelecer regras para facilitar o exercício
da jurisdição.
 Em termos técnicos, quando nos referimos à
competência, estamos tratando do “conjunto
de limites dentro dos quais cada órgão do
Judiciário pode exercer legitimamente a
função jurisdicional.
 a noção de competência resulta de uma
distribuição de funções, ou melhor, de uma
limitação de funções.
 Isso ocorre não porque lhe falta jurisdição, mas
sim porque lhe falta competência. Poderíamos,
então, dizer que a jurisdição é genérica e a
competência é específica. Na medida em que o
legislador delimita as atribuições de
determinado órgão do Judiciário, ele está
definindo a competência daquele órgão
 Será visto, mais à frente, que o processo tem
como um de seus pressupostos de existência a
presença de um órgão investido de jurisdição.
 De fato, isso é o bastante para que o processo
exista, mas não para que se desenvolva
validamente. Entre outros pressupostos
processuais de validade, é necessário que o
órgão investido de jurisdição, perante o qual se
propõe determinada demanda, tenha
competência para examiná-la.
 a qual órgão de nosso imenso Poder Judiciário
deve ser direcionada a nossa petição?
 Não basta ao advogado conhecer a
Constituição da República e a legislação
processual. Inúmeras vezes é preciso ter em
mãos o regimento interno e o código de
organização judiciária do tribunal onde a
demanda será proposta e, em outras, saber
como a jurisprudência se posiciona sobre
determinado assunto.
 Diversos critérios de fixação de competência
são utilizados pelo legislador ao estabelecer
regras genéricas de divisão de competência:
em razão da matéria, do valor da causa, da
qualidade de uma das partes, critério
funcional, territorial.
 Mas será que há um processo lógico para que,
praticamente, seja determinada a
competência para julgar determinada causa,
ou melhor, para realizar determinado ato
processual?
COMPETÊNCIA INTERNACIONAL 
 O primeiro questionamento que se faz é no
plano internacional.
 Em respeito à soberania das diferentes
nações, cabe indagar se cabe à Justiça
brasileira conhecer a causa. No processo civil
brasileiro, a competência internacional é
determinada pelos artigos 21 a 24 do CPC.
COMPETÊNCIA INTERNACIONAL
 Nas hipóteses dos artigos 21 e 22, temos a
chamada competência internacional
concorrente.
 Por meio dela existe a possibilidade de, se for
o caso, a Justiça de outro país poder,
também, se considerar competente, desde
que a sentença estrangeira seja homologada
pelo STJ
COMPETÊNCIA INTERNA 
 Já nos casos do art. 23, a competência da Justiça
brasileira é exclusiva e, então, nosso ordenamento
jurídico só reconhece a competência do juiz brasileiro
para conhecer a causa.
 Nessas situações do art. 24, se a causa for julgada em
outro país, não será possível que ocorra a
homologação da sentença estrangeira no momento
em que a pessoa pretender dar efeitos dessa sentença
no território brasileiro, salvo se houver disposição em
contrário de tratados internacionais e de acordos
bilaterais que estejam em vigor no Brasil.
 Além disso, o parágrafo único desse mesmo
dispositivo traz que a pendência de causa em
nossa jurisdição não obsta a homologação da
sentença estrangeira pelo STJ, notadamente nas
hipóteses de competência internacional
concorrente.
 Por fim, o art. 25 introduziu a possibilidade de
cláusula de eleição de foro em contratos
internacionais, nos casos dos artigos 21 e 22, e
respeitados os pressupostos gerais de cláusulas
de eleição de foro previstos no art. 63.
 Uma vez reconhecida a competência da
Justiça brasileira, será necessário definir a
competência constitucional interna.
 Consultando a Constituição, que indica as
atribuições das Justiças Especiais, será então
verificado se estamos diante de hipótese de
julgamento de alguma das Justiças Especiais
(Eleitoral, Militar e Trabalhista) ou da Justiça
Comum (Federal ou Estadual).
Do poder judiciário e das funções essenciais á justiça 
CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES 
➢ Divisão dos Poderes: critério funcional:
“Tripartição dos Poderes”-Aristóteles -John
Locke-Montesquieu.
➢ Estado democrático de direito: Poderes de
Estado e Instituições, independentes e
harmônicos entre si.
➢ Estado democrático de direito: Poder Judiciário
autônomo e independente que exerça sua
função de guardião das leis e da Constituição e
dê efetividade aos direitos fundamentais.
➢ Poder Judiciário “muro das lamentações do
mundo moderno” A. Garapon.
➢ Independência- Imparcialidade – Politização
FUNÇÕES DO PODER JUDICIÁRIO
 FUNÇÃO TÍPICA: Jurisdicional - é aquela realizada pelo
Poder Judiciário, tendo em vista aplicar a lei a uma
hipótese controvertida mediante processo regular,
produzindo, ao final, coisa julgada com o que substitui,
definitivamente a atividade e vontade das partes.
 Jurisdição:"uma das funções do Estado, mediante a
qual este se substitui aos titulares dos interesses em
conflito para, imparcialmente, buscar a pacificação do
conflito que os envolve, com justiça" (CINTRA,
GRINOVER E DINAMARCO: 1996, p. 129).
 FUNÇÕES ATÍPICAS:
▪1) executiva: organização de suas
secretarias (art.96), concessão de licença
e férias aos seus membros, etc.
▪2) legislativa: elaboração do regimento
interno (art. 96, I, “a”)
ORGANOGRAMA DO PODER
JUDICIÁRIO
GARANTIAS DO PODER JUDICIARIO 
 GARANTIAS: Não se caracterizam como privilégios
do magistrado, pois visam conferir à instituição a
necessária independência ao exercício da
jurisdição.
GARANTIAS: 1) INSTITUCIONAIS
GARANTIAS INSTITUCIONAIS 
 Autonomia funcional, administrativa e
financeira:
❖ Os tribunais têm autogoverno e elaboram suas propostas
orçamentárias dentro dos limites da LDO.
❖ O processo de provimento dos cargos de desembargador
por juizes de carreira deve ser iniciado e completado no
âmbito do próprio Judiciário não admitindo a participação de
qualquer outro Poder.
INTERVENÇÃO ESTATAL VEDADA
 O STF considerou inconstitucionais dispositivos da Constituição do
Estado da Bahia que atribuía ao Governador a nomeação de
desembargadores c/ aprovação da Assembléia.
 É o próprio Judiciário que:
 a) organiza secretarias e serviços auxiliares;
 b) dá provimentos aos cargos de juiz de carreira e demais
servidores;
 c) propõe a criação de novas varas;
 d) concede licença, férias e outros afastamentos.
 A composição do STF reveste-se da natureza de cláusula de
independência do Judiciário sendo inconstitucional – art. 60, § 4º,
III, Separação dos Poderes - e crime de responsabilidade a sua
violação.
ESCOLHA DOS DIRIGENTES DOS TRIBUNAIS
▪ Compete aos tribunais à eleição dos seus
órgãos diretivos.
▪ Os tribunais com mais de 25 membros podem
criar um órgão especial, com no mínimo 11 e no
máximo de 25 membros, para o exercício das
atribuições administrativas e jurisdicionais de
competência do Tribunal Pleno.
GARANTIA AOS MENBROS 
▪ Garantias de liberdade:

▪ a) Vitaliciedade : 1ª grau após dois anos (Art. 95,I). Os
magistrados dos Tribunais Superiores, os advogados e
membros do Ministério Publico que ingressam nos Tribunais
pelo quinto constituicional adquirem vitaliciedade no
momento da posse.
▪ b) Inamovibilidade (Art. 95,II): o juiz só poderá ser removido
ou promovido a pedido, nunca ex officio, exceto por única
exceção constitucional que é por motivo de interesse público,
mediante voto da maioria do Tribunal ou do CNJ);
▪ c) irredutibilidade de subsídio (Art. 95,III)
GARANTIAS DE IMPARCIALIDADE
▪ : Aos juizes é vedado:
▪ a) exercer ainda que em disponibilidade outro cargo ou função,
exceto uma de magistério;
▪ b) receber, a qualquer título ou pretexto custas ou participação
em processo,
▪ c) dedicar-se à atividade político-partidária.
▪ d) receber a qualquer título oupretexto, auxílios ou
contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privada.
▪ e) exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou,
antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por
aposentadoria ou exoneração.
CONTROLE EXTERNO
▪ Impossibilidade de criação nos Estados. (Súmula 649, do STF: “é
inconstitucional a criação, por Constituição estadual, de órgão de
controle administrativo do Poder Judiciário do qual participem
representantes de outros Poderes ou entidades.”)
▪ Constitucionalidade da instituição do CNJ (EC nº 45/04)
“Poder Judiciário. Conselho Nacional de Justiça. Instituição e disciplina.
Natureza meramente administrativa. Órgão interno de controle
administrativo, financeiro e disciplinar da magistratura.
Constitucionalidade reconhecida. Separação e independência dos Poderes.
História, significado e alcance concreto do princípio. Ofensa a cláusula
constitucional imutável (cláusula pétrea). Inexistência. Subsistência do
núcleo político do princípio, mediante preservação da função jurisdicional,
típica do Judiciário, e das condições materiais do seu exercício imparcial e
independente. Precedente e súmula 649. Inaplicabilidade ao caso.
Interpretação dos arts. 2º e 60, § 4º, III, da CF”. (ADI 3.367, Rel. Min. Cezar
Peluso, julgamento em 13-4-05, Plenário,DJ de 22-9-06)
Controle externo
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA
 Composição heterogênea.
 Natureza jurídica: órgão do PoderJudiciário (art.92, I-A)
 Atribuições de fiscalizar a gestão administrativa, financeira e correicional
dos Tribunais, ressalvada a possibilidade de decretação da perda do
cargo.
▪ Incompetência para fiscalizaro STF:
▪ Poder Judiciário. Conselho Nacional de Justiça. (...) Competência relativa apenas
aos órgãos e juízes situados, hierarquicamente, abaixo do Supremo Tribunal
Federal. Preeminência deste, como órgão máximo do Poder Judiciário, sobre o
Conselho, cujos atos e decisões estão sujeitos a seu controle jurisdicional.
Inteligência dos arts. 102, caput, inc. I, letra r, e 103-B, § 4º, da CF. O Conselho
Nacional de Justiça não tem nenhuma competência sobre o Supremo Tribunal
Federal e seus ministros, sendo esse o órgão máximo do Poder Judiciário
nacional, a que aquele está sujeito.” (ADI 3.367, Rel. Min. Cezar Peluso,
julgamento em 13-4-05, Plenário, DJ de 22-9-06)
COMPOSIÇÃO DO CNJ
 Art. 103-B da CF: 15 membros
 Mandato de dois anos admitindo-se uma recondução
▪ O presidente do SupremoTribunal Federal;
▪ um Ministro do Superior Tribunal de Justiça, indicado pelo
respectivo tribunal;
▪ um Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, indicado
pelo respectivo tribunal;
▪ um desembargador de Tribunal de Justiça, indicado pelo
SupremoTribunal Federal;
▪ um juiz estadual, indicado pelo SupremoTribunal Federal;
▪ um desembargador federal de Tribunal Regional Federal,
indicado pelo SuperiorTribunal de Justiça;
▪ um juiz federal, indicado pelo SuperiorTribunal de Justiça;
▪ um desembargador federal do trabalho de Tribunal
Regional do Trabalho,indicado pelo Tribunal Superior do
Trabalho;
▪ um juiz do trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do
Trabalho;
▪ um membro do Ministério Público da União, indicado pelo
Procurador-Geral da República;
▪ um membro do Ministério Público estadual, escolhido pelo
Procurador-Geral da República dentre os nomes indicados
pelo órgão competente de cada instituição estadual;
▪ dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da
Ordem dosAdvogados do Brasil;
▪ dois cidadãos, de notável saber jurídico e reputação
ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e outro
pelo Senado Federal.
 O Conselho será presidido pelo Presidente do Supremo
Tribunal Federal e, nas suas ausências e impedimentos, pelo
Vice-Presidente do Supremo Tribunal Federal.
 Os demais membros do Conselho serão nomeados pelo
Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela
maioria absoluta do Senado Federal. 
 Compete ao Conselho (art. 103-B, §4º):
▪ Planejamento: o planejamento e a padronização das
atividades do Poder Judiciário, em âmbito nacional, e
gerenciar banco estatístico de dados;
▪ Fiscalização de atos: apreciar a legalidade dos atos
administrativos praticados por membros ou órgãos do
Poder Judiciário, podendo desconstituí-los, revê-los ou
fixar prazo para que se adotem as providências necessárias
ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da
competência doTribunal de Contas da União;
▪ Controle disciplinar: receber e conhecer das reclamações
contra membros ou órgãos do Poder Judiciário, inclusive
contra seus serviços auxiliares, serventias e órgãos
prestadores de serviços notariais e de registro, sem
prejuízo da competência disciplinar e correicional dos
tribunais, podendo avocar processos disciplinares em
curso e determinar a remoção, a disponibilidade ou a
aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais
ao tempo de serviço e aplicar outras sanções
administrativas, assegurada ampla defesa.
ORGANIZAÇÃO DO PODER JUDICIARIO 
 A CF dispõe que Lei Complementar de iniciativa do STF
disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observadas dentre
outras as seguintes regras:
▪ Ingresso na carreira : Para o ingresso na carreira da
magistratura (93, I) e do Ministério Público (129, §3º), exige-se
que o candidato tenha, no mínimo, três anos de atividade
jurídica e obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de
classificação.(A Resolução n. 75 do CNJ regulamenta esse
requisito temporal)
▪ Promoção de entrância para entrância, alternadamente, por
antiguidade e merecimento
▪ Regras para promoção de magistrados: critério de
merecimento:
▪ Aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos
critérios objetivos de produtividade e presteza no exercício
da jurisdição e pela freqüência e aproveitamento em cursos
oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento(Art.93, II, c)
▪ Regras para promoção de magistrados : Não será promovido
o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além
do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o
devido despacho ou decisão (93, II, e)
▪ O acesso aos tribunais de segundo grau far-se-á por
antiguidade e merecimento, alternadamente, apurados na
última entrância.
▪ Regras para vitaliciamento: Passa a ser etapa obrigatória do
processo de vitaliciamento a participação em curso oficial ou
reconhecido por escola nacional de formação e
aperfeiçoamento de magistrados (93, IV).
▪ O juiz titular residirá na respectiva Comarca, salvo autorização
do tribunal.
▪ Todos os julgamentos serão públicos e fundamentadas todas
decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença
às partes e seus advogados.
▪ Todas as decisões administrativas serão motivadas e as
disciplinares serão tomadas por voto da maioria absoluta de
seus membros.
▪ Qualificação : Funcionará junto ao Superior Tribunal de Justiça
(105, par. um. I) a Escola Nacional de Formação e
Aperfeiçoamento de Magistrados, e junto ao Tribunal Superior
do Trabalho (111-A, §2º, I) a Escola Nacional de Formação e
Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, cabendo-lhes,
dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o
ingresso e promoção na carreira (105, par. un., I).
 Quinto constitucional (art. 94): Um quinto dos lugares
dos:Tribunais Regionais Federais / Tribunais dos Estados e do
DF:
▪ Será composto de membros do Ministério Público, com
mais de dez anos de carreira e advogados de notório
saber jurídico e reputação ilibada.
▪ Indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de
representação das respectivas classes.
▪ Recebidas as indicações o Tribunal forma lista tripla e
envia ao Poder Executivo que escolhe.
COMPOSIÇÃO DOS TRIBUNAIS SUPERIORES –STF
 SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL: Não existe divisão
estabelecida para a determinação dos 11 Ministros. São de
livre nomeação do Presidente, após aprovação da maioria
absoluta dos membros do Senado (haverá sabatina).
▪ Requisitos:
▪ ser brasileiro nato;
▪ idade: 35 a 65 anos;
▪ sercidadão;
▪ notável saber jurídico e reputação ilibada.
COMPOSIÇÃO DOS TRIBUNAIS SUPERIORES –STJ
 SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA: É composto de 33 Ministros,
nomeados pelo Presidente, após a aprovação da maioria simples
do Senado, oriundos:
▪ 1/3 de juizes dos TRFs;
▪ 1/3 de Desembargadores dos TJs;
▪ 1/3, entre advogados e membros do MP Federal e Estadual e
Distrital.
▪ Requisitos:
▪ Idade: 35 a 65 anos;
▪ brasileiro nato ou naturalizado;
▪ notável saber jurídico e reputação ilibada.
 TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL: Composto de, no
mínimo, sete membros, escolhidos mediante eleição,
oriundos:
▪ 3 entre Ministros do STF;
▪ 2 entre Ministros do STJ;
▪ 2 entre advogados.
▪ No caso dos Ministros a eleição se dá por voto secreto dos
próprios tribunais e no caso dos advogados o STF
elaborará lista sêxtupla e a encaminhará ao Presidente,
não havendo necessidade de aprovação pelo Senado.
Obrigatoriamente, o Presidente e o Vice do TSE serão os
Ministros do STF.
COMPOSIÇÃO DOS TRIBUNAIS SUPERIORES DO TRABALHO –TST
 TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO: Compõe-se de 27
Ministros, nomeados pelo Presidente, após aprovação do
Senado por maioria absoluta, oriundos:
▪ 1/5 entre advogados, com mais de dez anos de efetiva
ativiadde profissional e membros do Ministério Público,
com mais de dez anos de efetivo exercício na carreira.
▪ Os demais entre juízes dos TRT’s, oriundos da
magistratura da carreira, indicaods pleo próprioTST.
COMPOSIÇÃO DOS TRIBUNAIS SUPERIORES – STM
 SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR : Composto de 15
Ministros, sendo 10 militares (4 do Exército, 3 da Marinha e 3
da Aeronáutica) e 5 civis (3 advogados, 1 juiz auditor e 1 do
MP Militar).
▪ O Presidente nomeia os Ministros do STM livremente
(sem listas), desde que haja aprovação por maioria simples
do Senado.
▪ Requisitos:
▪ a) mais de 35 anos;
▪ b) brasileiro nato ou naturalizado;
▪ c) no caso dos advogados, notório saber jurídico, conduta
ilibada e 10 anos de efetiva experiência profissional.
DISTRIBUIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
 Supremo Tribunal Federal
▪ COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA (ART. 102, I “A” ATÉ “R”):
▪ a) processar e julgar habeas corpus, sendo paciente o Presidente,
Vice, Membros do Congresso, Ministros do STF, Procurador Geral
da República, Ministros de Estado, Membros dos Tribunais
Superiores, Membros do TCU, Chefes de Missão Diplomática;
▪ b) Mandado de Segurança e habeas data contra atos do presidente,
mesas do Congresso, TCU, Procurador Geral da República e do
Próprio STF;
▪ c) habeas corpus, sendo coator tribunal superior, ou atos sujeitos a
jurisdição do STF; 
CONFLITO DE COMPETENCIA:
▪ compete-lhe julgar os conflitos entre o STJ e
quaisquer tribunais, entre tribunais superiores,
ou entre estes e qualquer outro tribunal.
▪ Não há conflito de competência entre o STF e
qualquer outro tribunal (o que pode haver são as
chamadas reclamações que se destinam a
preservar a competência e a garantia da
autoridade das decisões do STF).
COMPETÊNCIA RECURSAL:
▪ Recurso Ordinário Constitucional: ( art.
102, II)
 a) Crime Político;
 b) Habeas corpus, mandado de segurança, habeas
data e o mandado de injunção decididos em única
instância (originariamente) pelos Tribunais
Superiores, se denegatória a decisão. Por exemplo,
se o STJ denega ordem de habeas corpus cujo
paciente for Governador de Estado (competência
originária do STJ, art. 105, I, c) caberá Recurso
Ordinário Constituicional ao STF. 
 Recurso Extraordinário Constitucional:
( art. 102, III)
▪ Causas decididas em única ou última instância,
quando a decisão recorrida:
 a) contrariar dispositivo desta Constituição;
 b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei
federal;
 c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado
em face da Constituição.
 d) julgar válida lei local contestada em face de lei
federal.
Competência Recursal:
 No Recurso extraordinário o recorrente
deverá demonstrar a repercussão geral
das questões constitucionais
discutidas no caso, a fim de que o
Tribunal examine a admissão do recurso
(art. 102. § 3º)
SÚMULA VINCULANTE 
O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por
provocação, mediante decisão de dois terços dos seus
membros, após reiteradas decisões sobre matéria
constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua
publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em
relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à
administração pública direta e indireta, nas esferas
federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua
revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei
(103-A). (Regulamento: Lei 11.417/2006)
▪ Objetivo: declarar a validade, a interpretação e a
eficácia de normas determinadas, acerca das quais
haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou
entre esses e a administração pública que acarrete
grave insegurança jurídica e relevante multiplicação
de processos sobre questão idêntica.
▪ Competência: exclusiva do STF.
▪ Requisitos: reiteradas decisões sobre matéria
constitucional em relação a normas acerca das quais
exista controvérsia.
▪ Legitimados:STF(de ofício) aqueles do art. 103-A,
da CF, o Defensor Público-Geral da União e os
Tribunais Superiores, os TJ’s dos Estados ou DF, os
TRF’s, TRT’s, TRE’s e os Tribunais militares ( sem
necessidade de ter processo em andamento – forma
autônoma). De forma incidental: os Municípios.
▪ Efeitos da Súmula: a partir da publicação: efeito
vinculante em relação ao Poder Judiciário e à
Administração pública direta e indireta nas esferas
federal, estadual e municipal.
▪ Modulação dos efeitos: Em regra a SV tem eficácia
imediata, porém, o STF (por decisão de 2/3) pode
restringir os efeitos ou decidir que só terão eficácia a
partir de determinado momento.
▪ Reclamação: Do ato administrativo ou decisão judicial
que contrariar a súmula aplicável ou que indevidamente
a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal
Federal que, julgando-a procedente, anulará o ato
administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e
determinará que outra seja proferida com ou sem a
aplicação da súmula, conforme o caso.
EXEMPLOS DE SUMULAS 
Súmula Vinculante 11
Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e
de fundado receio de fuga ou de perigo à
integridade física própria ou alheia, por parte do
preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade
por escrito, sob pena de responsabilidade
disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade
e de nulidade da prisão ou do ato processual a que
se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do
Estado. 
 Súmula Vinculante 13
A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha
reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive,
da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa
jurídica investido em cargo de direção, chefia ou
assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou
de confiança ou, ainda, de função gratificada na
administração pública direta e indireta em qualquer dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, compreendido o ajuste mediante designações
recíprocas, viola a Constituição Federal. 
 Súmula Vinculante 22
▪ A Justiça do Trabalho é competente para
processar e julgar as ações de indenização
por danos morais e patrimoniais
decorrentes de acidente de trabalho
propostas por empregado contra 
RECLAMAÇÃO
▪ “Reclamação”: (direito de petição) –
instrumento processual para a garantia da
autoridade da decisão do STF em sede de
controle concentrado de constitucionalidade e
das súmulas vinculantes.
▪ Revogação da Lei: Se a lei em que se baseou a
SV foi revogada ou modificada o STF fará a
revisão ou cancelamento da Súmula,
dependendo do caso.
Reclamação
▪ Competência direcionada para o ordenamento jurídico
federal. Tem a missão de dar pelna efetividade à
aplicação do Direito Federal e sua uniformização.
▪ Competência Originária (art.105, I)
▪ Competência Recursal
▪ Recurso Ordinário Constitucional(art. 105, II). Ex:
Causa julgads pela JF entre Estado EstrangeiroX
Município Brasileiro
▪ Recurso Especial (art. 105, III)
▪ Justiça especializada em função da matéria.
 Compete à Justiça do Trabalho, dente outras,
as ações oriundas da relação de trabalho,
abrangidos os entes de direito público
externo e da administração pública direta e
indireta da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios (Art. 114, da CF).
▪ Compete julgar e processar as ações que versem
sobre direito eleitoral.
 Lei complementar disporá sobre a
organização e competência dos tribunais, dos
juízes de direito e das juntas eleitorais(art.
121, da CF).
▪ Compete julgar e processar os crimes
militares definidos em lei (Art. 124, da
CF)
▪ A lei disporá sobre a organização, o
funcionamento e a competência da
Justiça Militar.
▪ Competência:
 TRFs (Art. 108 da CF) - Compete-lhes processar e julgar
originariamente:
 a) os juizes federais da área de sua jurisdição (incluídos os da
Justiça Militar e Trabalhista) e membros do Ministério Público da
União, nos crimes comuns e de responsabilidade;
 b) revisões criminais e ações rescisórias de seus julgados ou de
seus juizes federais;
 c) mandados de segurança e habeas data contra ato do próprio
tribunal ou juizes federais;
 d) habeas corpus quando a autoridade coatora for juiz federal;
 e) conflitos de competência entre juizes federais do mesmo
tribunal.
Juízes Federais (Art. 109, da CF) - Compete-lhes
processar e julgar:
a) causas em que a União, autarquias ou empresa pública
for interessada, exceto as de falência, acidentes de
trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e do Trabalho;
b) b) causas entre estado estrangeiro ou organismo
internacional e município pessoa residente ou
domiciliada no País;
c) c) causas fundadas em tratado ou contrato entre a
União ou estado estrangeiro;
d) d) crimes políticos e infrações penais praticadas em
detrimento de bens, serviços ou interesse da União;
JUSTIÇA FEDERAL:
e) crimes previsto em tratado ou convenção
internacional e as causas relativas a direitos
humanos f) crimes contra a organização do trabalho
e sistema financeiro; g) crimes de ingresso ou
permanência irregular de estrangeiro; h) a execução
de carta rogatória, após o executor, e de sentença
estrangeira, após homologação; i) causas referentes
a nacionalidade e naturalização; j) direitos
indígenas; l) habeas corpus, m. de segurança e
habeas data contra ato federal.
JUSTIÇA FEDERAL:
▪ Preceitos de observância obrigatória:

▪ a) A competência dos TJs será definida na Constituição Estadual e a
Lei de Organização Judiciária de iniciativa do TJ;
▪ b) instituição de representação de inconstitucionalidade de lei ou
atos normativos estaduais ou municipais em face da Constituição
Estadual, vedada a legitimação para agir a um único órgão:
▪ c) possibilidade de criação em lei estadual, de iniciativa do TJ, da
Justiça Militar estadual, sem qualquer vínculo jurisdicional ou
administrativo com a Justiça Militar federal e o Superior Tribunal
Militar.
▪ d) designação pelo TJ de juizes de entrância especial para questões
agrárias;
▪ e) aplicação do quinto constitucional.
 São funções essenciais à justiça:
▪ O Ministério Público (arts. 127 a 130)
▪ A advocacia Pública (arts. 131 a 132)
▪ A Advocacia (art.133)
▪ A Defensoria Pública (art. 134)
É instituição permanente e essencial
à função jurisdicional do Estado,
incumbindo-lhe a defesa da ordem
jurídica, do regime democrático e
dos interesses sociais e individuais
indisponíveis.
MP DA UNIÃO:
▪ MP FEDERAL
▪ MP DO TRABALAHO
▪ MP MILITAR
▪ MP DF
▪ MP TERRITÓRIOS
MP ESTADUAL:
ORGANIZAÇÃO: MP
 Princípios:
▪ a) Unidade (a unidade existe dentro de cada MP,
nesse âmbito todos os membros integram um só
órgão, sob a direção de um Procurador-Geral. Os
membros não se vinculam nos processos que
atuam, podendo ser substituídos);
▪ b) Indivisibilidade (não pode haver divisão ou
fracionamento em outros MP’s autônomos ou
desvinculados);
ORGANIZAÇÃO: MP
▪ Independência funcional (o MP é um órgão
extrapoder, pois não depende de nenhum dos
poderes do Estado. No âmbito do MP só existe
hierarquia em sentido administrativo e seus
órgãos superiores só podem editar
recomendações sem caráter normativo);
▪ d) Promotor Natural (no MP, não há nomeações
ad doc).
ORGANIZAÇÃO: MP
a) promover, privativamente, a ação penal pública;
b) zelar pelo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de
relevância pública;
c) promover o Inquérito Civil e a Ação Civil Pública (defesa do
patrimônio público, meio ambiente e outros interesses difusos ou
coletivos);
d) promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para
fins de intervenção Federal ou Estadual;
e) direitos e interesses das populações indígenas;
f) expedir notificações e requisitar informações;
g) exercer o controle externo da atividade policial;
h) requisitar diligências investigatórias e instauração de Inquérito
Policial.
▪ Garantias da Instituição
▪ Nomeação e destituição dos Procuradores-Gerais:
▪ Procurador-Geral da República (União): É nomeado pelo
Presidente da República entre integrantes da carreira (MP da
União), maiores de 35 anos, com aprovação do seu nome pela
maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato
de 2 anos, permitida a recondução (sem limite), desde que com
nova aprovação pelo Senado. Os chefes dos MP’s do Trabalho
(PGT) e Militar (PGJM) são nomeados pelo Procurador-Geral da
República. A
▪ destituição do Procurador-Geral (iniciativa do Presidente), deve
se dar por votação secreta da maioria absoluta do Senado.
Procurador-Geral de Justiça (Estados, DF e Territórios):
Os MP’s estaduais formarão lista tríplice entre
integrantes da carreira para nomeação pelo Chefe do
Executivo, com mandato de 2 anos, permitida uma
recondução. A formação da lista tríplice se dará
mediante voto plurinominal de todos os integrantes da
carreira. Caso o Chefe do Executivo não nomeie um dos
três (em 15 dias), será investido o mais votado. É
inconstitucional condicionar a nomeação à autorização
da Assembléia Legislativa. A destituição se dará por
voto secreto da maioria absoluta da Assembléia.
▪Vitaliciedade
▪ Inamovibilidade
▪ Irredutibilidade de subsídio
▪Vedações
Segundo o STF, o MP junto ao TCU encontra-se
consolidado na intimidade estrutural dessa
Corte de Contas. Os Estados deverão
estabelecer na Constituição Estadual a
configuração do parquet que atuará junto às
Corte de Contas Estadual.
ADVOCACIA GERAL DA UNIÃO:
PROCURADORIA DA UNIÃO
PROCURADORIA GERAL FEDERAL
PROCURADORIA DA FAZERNDA NACIONAL
▪ O advogado é indispensável à administração da
justiça, sendo inviolável por seus atos e
manifestações no exercício da profissão, nos
limites da lei (art. 133)
▪ A indispensabilidade não é absoluta, a exemplo
de: interposição de habeas corpus, juizados
especiais, justiça do trabalho.
▪ A imunidade também não é absoluta, devendo
obedecer aos limites do Estatuto da OAB – Lei
8.906/94. 
Instituição essencial à função jurisdicional do Estado,
incumbindo-lhe a orientação jurídica e a defesa, em
todos os graus, dos necessitados, na forma do art.
5º, LXXIV : “o Estado prestará assistência jurídica
integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência
de recursos”
 Normalmente temos diversos órgãos
jurisdicionais na mesma comarca ou seção e,
então, consultando o código de organização
judiciária e o regimento interno dos tribunais,
poderá finalmente ser encontrado qual ojuízo
competente (essa divisão pode ser feita em
relação à matéria, qualidade das partes, valor da
causa.
 Havendo mais de um juízo competente para a
mesma matéria, a fixação da competência será
feita por distribuição.
 Quanto a competência, é preciso observar
peculiaridades que podem existir nos diversos
Tribunais.
 Por exemplo, no Rio de Janeiro existe uma
divisão territorial especial.
 Para facilitar o acesso à justiça, a Comarca da
Capital (e agoratambém a Comarca de Niterói) é
subdividida em diversos fóruns regionais.
 Assim, nesta Comarca, temos os fóruns
regionais do Méier, Ilha do Governador, Barra da
Tijuca, Leopoldina entre outros.
 A competência para julgamento de
determinado feito é determinada no momento
de ajuizamento da demanda, pelas regras
existentes nesse momento, nos termos do art.
43 do CPC, que estabelece a regra da
perpetuatio jurisdicionis.
 Esse fenômeno (perpetuatio) não deve ser
confundido com o da “prorrogação de competência”.
 Esta irá aparecer nas hipóteses em que determinado
juízo não é originariamente competente para
determinada causa, mas passa a ser.
 Realmente, isso irá ocorrer nos casos de
incompetência relativa (nunca se a incompetência
for absoluta), quando surgir algumas das hipóteses
de modificação de competência (conexão,
continência, inércia ou vontade das partes).
1- Indisponibilidade da competência: o órgão não
dispõe sobre sua competência, e cabe ao
legislador dar flexibilidade a estas regras;
 • Regra de kompetenzkompetenz: o próprio juiz
ou árbitro é competente para julgar sua
competência, isto é, a ele caberá analisar se é
competente para julgar o caso.
2 -Tipicidade da competência: via de regra, a
competência deve estar prevista em normas
positivadas (típicas).
 Contudo, existem competências implícitas,
especialmente pelo fato de que não pode
haver vácuo de competência (alguém tem
que ser competente).
 Determina-se a competência no momento do
registro ou da distribuição da petição inicial,
sendo irrelevantes as modificações do estado
de fato ou de direito ocorridas posteriormente,
salvo quando suprimirem o órgão judiciário ou
alterarem a competência absoluta.
 Considera-se proposta a ação quando a
petição inicial for protocolada, todavia, a
propositura da ação só produz quanto ao réu
os efeitos mencionados no art. 240 depois
que for validamente citado.
 A segunda parte do artigo 43, CPC, diz que, fixada a
competência, não importam os fatos
supervenientes, pois não alteram a competência já
fixada (regra de estabilidade do processo).
 É a perpetuação da jurisdição.
 Mas a terceira parte do dispositivo excepciona essa
regra da perpetuação em duas hipóteses:
 a) Quando houver supressão do órgão jurisdicional;
 b) Quando houver alteração da competência
absoluta.
 a) Absoluta e relativa
 De grande importância prática é saber
distinguir a competência absoluta da relativa,
cada uma com um regime processual
próprio.
 Vejamos a tabela abaixo:
 Absoluta Relativa
 São regras criadas para
 atender o interesse Público As regras de competência
 elativa são regras criadas
 para atender o interesse
 particular; ela não pode ser
 conhecida de ofício pelo juiz.
 A incompetência absoluta
 determina a remessa dos autos
 para outro juízo e a anulação
 dos atos decisórios. A relativa somente determina
 remessa, não sendo anulados os atos
 decisórios.
 Inderrogável pelas partes Derrogável pelas partes
 A incompetência absoluta e a relativa não
geram a extinção do processo, mas apenas a
remessa dos autos para o juízo competente.
 Exceções:
 Juizados e incompetência internacional.
 Originária é a competência para conhecer e
julgar as causas em primeiro lugar.
 A regra é que os juízos singulares tenham
competência originária.
 Contudo, há casos em que os Tribunais possuem
competência originária, mas são excepcionais.
 Competência derivada é a competência para
julgar os recursos (recebe a causa em um
segundo momento).
 A regra é que a competência derivada seja dos
Tribunais.
 A competência internacional pode ser
concorrente (art. 21 e 22, CPC) ou exclusiva
(art. 23, CPC).
 Competência interna: verificando-se a
competência da Justiça brasileira, resta saber
qual será o órgão do Poder Judiciário
responsável pelo julgamento da causa.
 São três: critérios
 objetivo,
 funcional
 territorial.
 Mostram-se fundamentais na sistematização
da divisão de competências que baseia a nossa
legislação, ainda que haja casos em que algum
dos critérios possa ser irrelevante.
 Objetivo: refere-se aos elementos da
demanda.
 São eles: partes, pedido e causa de pedir.
 Competência em razão da pessoa (elemento
parte):
 Considera uma das partes. Ex: art. 109, I,
CRFB. Competência da Justiça Federal para
julgar as causas de interesse da União.
 Competência em razão do valor da causa
(elemento pedido): o valor da causa é
determinado pelo pedido.
 No Juizado Especial Federal, apesar de ser
competência em razão do valor da causa, a
competência é absoluta (art. 3º, § 3º, Lei nº
10.259/01), assim como nos Juizados
Especiais Estaduais da Fazenda Pública (art.
2º, § 4º, Lei n° 12.153/09).
 Excetuando os casos em que a lei estabelece
expressamente competência absoluta em
razão do valor da causa, o artigo 63 do CPC
traz a possibilidade de celebrar cláusula de
eleição de foro, modificando a competência
em razão do valor da causa e do território,
observados seus requisitos.
 Competência em razão da matéria (elemento
causa de pedir): pela natureza jurídica da
relação de direito material travada no
processo (ex: família — juízo de família).
 competência em razão da matéria e da pessoa
é absoluta. Via de regra, a competência em
razão do valor da causa é relativa.
 Funcional: relaciona-se com as funções
exercidas pelo órgão jurisdicional durante o
processo.
 Por exemplo: funções de sentenciar,
executar, julgar recurso, receber a
reconvenção e ação cautelar.
 Possui duas dimensões:
 I) Vertical: entre instâncias, também
denominada de hierárquica.
 Ex: Tribunal de Justiça do RJ julga os recursos
contra as decisões do juiz de primeira
instância vinculado a ele.
 II) Horizontal: ocorre na mesma instância.
 Ex: Tribunal do Júri, com as figuras do juiz
pronunciante e do júri. No processo civil,o
mesmo juiz competente para o processo
cautelar será competente para o principal,
Embargos de Declaração.
Processo, relação jurídica processual e pressupostos processuais 
Conceito e natureza jurídica do
processo
 O processo pode ser definido como o
instrumento por meio do qual a jurisdição é
exercida, sendo essa última caracterizada por
tutelar as situações jurídicas deduzidas nesse
processo.
 Tais situações correspondem, de modo geral,
ao mérito do processo; logo, afirma-se que
todo processo traz, ao menos, uma situação
de direito material que necessita de tutela
jurisdicional.
Instrumentalismo
 Assim, à abordagem do processo tendo em
vista a relação estabelecida entre o processo e
a relação material que carece de tutela
jurisdicional, dá se o nome de instrumentalismo.
 O processo é, também, um instrumento
viabilizador do exercício, pelo magistrado, da
função jurisdicional, que, por sua vez, só será
legítima na medida em que proporcionar às
partes a participação e a possibilidade de
influência na decisão a ser proferida.
Natureza Jurídica
 Então, pode-se extrair o conceito de
processo como o conjunto de atos que
constitui relação jurídica capaz de gerar
obrigações, ônus, poderes e faculdades às
partes que a compõem.
 Por fim, a natureza jurídica do processo é
reconhecida, atualmente, como de categoria
jurídica autônoma, sendo estabelecida
discussão dentre diversas correntes, que
serão discutidas s seguir.
Teorias sobre a natureza jurídica do
processo:
 a) Teorias privatistas
 i) Processo como um contrato: identifica o processo
como um contrato, por meio do qual as partes se
submetiam à decisão que viesse a ser proferida.
 ii) Processo como um quase-contrato: assim como
a precedente, essa teoria foi construída sobre
fragmentos do direito romano. Baseia-se na
constatação de que, conquanto o processo não
possa ser considerado um contrato, diante das
contundentes críticas formuladas contra a teoria
anterior, dele decorrem obrigações que vinculam as
partes.
Teoria da relação jurídica
processual:
 b)Teoria da relação jurídica processual:
 Com a publicação, na Alemanha, da obra
“Teoria dos pressupostos processuais e das
exceções dilatórias”, de Oskar von Bülow, em
1868, iniciou-se a sistematização da relação
processual, distinta da relação de direito
material, abrindo espaço para que o direito
processual lograsse autonomia científica
Teoria da relação jurídica
processual:
 Destacou-se das demais teorias não só pela
identificação dos dois planos de relações, mas
também pela sistematização ordenadora da
conduta dos sujeitos processuais em suas
relações recíprocas.
Teoria do processo como
situação jurídica
 c) Teoria do processo como situação jurídica:
 Segundo o alemão James Goldschmidt, a única
relação jurídica existente seria a de direito
material, não havendo direitos processuais, mas
meras expectativas de se obter vantagem.
 Assim, o processo constituiria uma série de
situações jurídicas, concretizando para as partes
direitos, deveres, faculdades, poderes,
sujeições, ônus, etc
Teoria do processo como
situação jurídica
 Tal teoria, entretanto, foi esvaziada por não
conseguir afastar a noção de relação jurídica
processual, contribuindo, contudo, para o
enriquecimento da ciência processual a partir
do desenvolvimento e incorporação na
doutrina dos conceitos de :
 faculdades, ônus, sujeições, bem como da
relação funcional de natureza administrativa
entre juiz e Estado.
Teoria do processo como
instituição
 d) Teoria do processo como instituição:
 Segundo essa teoria, o processo seria uma
instituição jurídica.
 A primeira e maior dificuldade que dela decorre
reside em esclarecer, com precisão, o que
significa a expressão instituição jurídica.
 O conceito de instituição possui origem
iminentemente sociológica, e não jurídica, sobre
ele havendo se debruçado mentes brilhantes do
porte de Ihering, Renard e Hauriou, sem que
suas ideias convergissem para um denominador
comum
Teoria do processo como
instituição
 Esta teoria, conquanto engenhosa, não
explica satisfatoriamente a natureza jurídica
do processo.
 O caráter impreciso e elástico do conceito de
instituição, por si, já recomenda que se evite
tal categoria na revelação do que venha a ser
o processo.
Teoria do processo como
procedimento em contraditório
 e) Teoria do processo como procedimento em
contraditório:
 De acordo com essa teoria, o processo seria um
procedimento, isto é, uma sequência de normas
destinadas a regular determinada conduta, em
presença do contraditório.
 Esta teoria defende a superação do conceito de
relação jurídica, o qual considera incapaz de
revelar a natureza jurídica do processo.
 Para ela, o processo é uma espécie do gênero
procedimento
 Mais precisamente, o processo é o
procedimento que se desenvolve em
contraditório.
 O procedimento poderia ser definido como
uma série de atos e de normas que o
disciplinam, regendo a sequência de seu
desenvolvimento.
 Todo procedimento destina-se a preparar um
provimento, que, por sua vez, é um ato do
Estado, de caráter imperativo, produzido
pelos seus órgãos no âmbito de sua
competência, seja um ato administrativo,
legislativo ou jurisdicional.
Teoria do processo como procedimento em contraditório
 O processo seria, portanto, aquela espécie de
procedimento em que os interessados
participariam, em condições de igualdade,
interferindo efetivamente na preparação do
provimento.
 O contraditório seria o elemento que qualifica
o processo, permitindo apartá-lo das demais
espécies de procedimento.
 Esta teoria é criticada por procurar eliminar a
relação jurídica do conceito de processo.
 Afinal, não existe qualquer incompatibilidade
entre contraditório e relação jurídica
Teoria do processo como procedimento em contraditório
 f) Teoria do processo como categoria
complexa:
 A referida teoria, destacada por Cândido
Rangel Dinamarco, complementaria a de Elio
Fazzalari, ao sustentar que o processo é
uma entidade complexa, ou seja, o processo
seria o procedimento realizado em
contraditório e animado pela relação
processual.
 Por se tratar de uma categoria complexa, o
processo seria composto, basicamente, por
dois aspectos
 1- O extrínseco, que seria justamente o
procedimento realizado em contraditório;
 2- O intrínseco, que, por sua vez, seria a relação
 jurídica processual estabelecida entre as partes,
gerando sucessivamente direitos, deveres,
faculdades e ônus.
 Contestando a teoria do processo como relação
jurídica, Dinamarco sustenta sua falha, na
medida em que esta não explica como o
processo poderia ser apenas uma relação
processual, sem incluir um procedimento
Teoria do processo como categoria complexa
Teoria do processo como categoria
complexa
 Ou seja, a teoria partiria da errônea percepção
de que procedimento e relação jurídica
processual não coexistem no conceito e na
realidade do processo, apesar de este não
poder ser o que realmente é na ausência de
um desses elementos.
 Não obstante tal teoria seja bem aceita na
doutrina, as críticas remanescentes apontam
para a contradição existente em dissociar o
processo nos planos interno e externo, pois
todo instituto ou entidade deve ser concebido
como uma unidade.
 g) Teoria do processo como categoria
jurídica autônoma:
 Segundo os defensores da teoria, que
no Brasil recebe a simpatia de Afrânio
Silva Jardim, o processo seria uma
categoria jurídica autônoma, distinta das
demais já consagradas no quadro da
Teoria Geral do Direito.
Teoria do processo como
categoria jurídica autônoma
 As diversas teorias existentes acerca da
natureza jurídica do processo incidem em
equívoco metodológico:
 procuram, em vão e desnecessariamente,
enquadrar o processo em categorias jurídicas
já existentes.
 Consoante essa teoria, “o processo é o
processo”, e simplesmente isso.
Case
a) Teorias privatistas
b) Teoria do processo como categoria
jurídica autônoma
c) Teoria do processo como categoria
complexa:
d) Teoria do processo como procedimento
em contraditório
e) Teoria do processo como instituição
f) Teoria do processo como situação jurídica
g) Teoria da relação jurídica processual:
 1- Apresente a Teoria que você entende
como a mais adequada para conceituar a
natureza jurídica do processo?
 2- conceitue essa teoria a partir de seu
entendimento.
 3- apresente a contribuição de cada uma
dessas teorias para a formação do
conceito de processo? 
Classificação
 O processo admite três classificações,
segundo o NCPC.
 São elas:
 o processo de conhecimento,
 o processo de execução
 a tutela provisória cautelar antecedente.
Processo de Conhecimento
 O processo de conhecimento, de acordo
com Cândido Rangel Dinamarco,
corresponde a “uma série de atos
interligados e coordenados ao objetivo de
produzir tutela jurisdicional mediante o
julgamento da pretensão exposta ao juiz”.
 Trata-se, então, de processo de caráter
declaratório, já que visa à comprovação de
determinado fato ou situação jurídicos.
Objetiva a sentença de mérito.
Procedimento Cautelar
 Por conta do surgimento da necessidade de
tutela efetiva antecipatória em prol de
assegurar a eficácia do processo de
conhecimento, surgiu e foi sendo consolidado
o instituto da tutela provisória cautelar
antecedente.
 Quer dizer que, mediante o preenchimento
dos requisitos de perigo da demora e
probabilidade do direito, há a possibilidade de
concessão de tutela provisória cautelar, que
visa à proteção do objeto do litígio para que
seja possível e eficaz o correto exercício da
fase de conhecimento.
Processo de Execução
 Por fim, o processo de execução é a realização
prática do direito no mundo dos fatos, sendo
utilizado para que seja dado um efeito concreto a
determinado título executivo.
 Cabe, aqui, mencionar a figura do processo
sincrético, que se configura quando as fases de
conhecimento e execução acontecem dentro do
mesmo vínculo jurídico-processual, conferindo à

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