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Ponte Rio Niterói (1)

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA
PONTE RIO- NITERÓI – ESTUDO DE CASO
Autores: Amanda Marcela de Oliveira, Daniele Cristina Alves Fernandes, Fernanda Lucia de Souza Silva, Janaina Natalia Alves Rocha, Lucas Henrique Faria, Rafael Sabino Rocha Santos, Thainara Nubia Hipolito
Professora: Luana Maris
Belo Horizonte, 2018
Introdução
Ponte é uma estrutura construída para estabelecer comunicação entre dois pontos separados por um curso de água ou qualquer depressão do terreno que atravessem um espaço entre duas elevações. As pontes servem para unir trechos de estradas, bem como para ligar as duas margens de um corpo de água (como um lago ou rio) ou de um vão profundo (como um vale).
A ponte Rio Niterói, batizada como Ponte Presidente Costa e Silva teve uma inauguração simbólica da obra no dia 09 de novembro de 1968 com a participação da rainha Elizabeth II, e de sua alteza real, o Príncipe Filipe, Duque de Edimburgo. A apresentação oficial do projeto da ponte aconteceu no dia 14 de novembro de 1968, na Escola de Engenharia da Universidade Católica de Petrópolis (UCP). As obras tiveram início em janeiro de 1969 e foi inaugurada em 1974. Foi construída para unir a Ponta do Caju, no Rio de Janeiro a Avenida do Contorno, em Niterói, sobre a Baía de Guanabara. A ponte possui 13 quilômetros de extensão, 9 deles sobre a água. Seu ponto mais alto fica a 72 metros do nível do mar. 
Foi projetada para receber 50 mil veículos por dia, mas hoje, esse número representa só um terço do movimento normal. Setenta e dois trabalhadores, entre engenheiros e operários morreram durante as obras, segundo levantamento da imprensa na época. Muitas pessoas dizem que alguns desses trabalhadores que morreram durante as obras, ficaram concretados junto com os pilares que sustentam a ponte. 
Objetivo Geral
Este estudo de caso tem como objetivo a apresentação de estruturas de pontes mais encontradas, tendo como foco principal o estudo quanto ao projeto e execução da Ponte Rio- Niterói, desde o início do projeto até a execução. 
Objetivos específicos
Identificar o sistema construtivo da ponte;
Descrever sobre os materiais envolvidos durante o projeto de execução;
Demonstrar a viabilidade do emprego da estrutura utilizada;
Explicar sobre os impactos positivos e negativos sobre.
Referencial Teórico
A estrutura da ponte é constituída por superestrutura, que corresponde a laje e as vigas; a mesoestrutura, que são os pilares, aparelhos de apoio e encontros; e a infraestrutura, que representa a fundação. Longitudinalmente, a estrutura é composta por vigas contínuas metálicas de alma cheia. A seção transversal é formada por duas vigas-caixão, cada uma com largura de 6,86m e altura variável, com afastamento livre de 6,34 m. A altura máxima dessas vigas é de 13 m, sobre os pilares principais. 
Estruturas de pontes :
Viga
Esse tipo de ponte é o mais simples e barato. Consiste em uma viga horizontal atravessando dois pilares verticais. Desta forma, são utilizadas apenas para pequenas distâncias ou quando não será preciso suportar muito peso. Sua construção, geralmente, começa com a escavação para colocar os pilares, pois enterrá-los dá mais força à estrutura.
Suspensão 
Sua origem se deu em florestas e selvas, feitas com vinhas e trepadeiras. Agora, são feitas de cabos entre torres para suspender rodovias, há duas formas: compressão ou tração. Na primeira, a força de compressão é exercida para baixo sobre a plataforma da ponte e transferida para as torres, que dissipam essa força diretamente sobre o solo em que são fixadas. Na segunda, os cabos de sustentação são esticados para suportar o peso da ponte e aguentar as forças de tração
Arco
É um dos prodígios da engenharia, pode ser projetada de forma que nenhuma de suas partes tenha que suportar a pressão. A força do arco consiste na sua habilidade de transmitir carga ao longo de sua curvatura até os suportes, pode ser feita em arcos ou ter seus pilares em arcos.É feita desde a antiguidade e hoje são construídas com materiais dos mais tradicionais aos mais modernos
Treliça
Tem a rodovia suportada por uma estrutura de escoras e suportes. As treliças, normalmente, têm formatos de triângulos para fortalecer a estrutura. Contam com cinco ou mais estruturas triangulares, construídas com elementos retos, cujas extremidades são ligadas em pontos conhecidos como nós. Os materiais mais utilizados são madeira ou metal e são muito comuns para prosseguir ferrovias.
No elevado da Av. Rio de Janeiro e nas rampas dos acessos Rio e Niterói,
foram utilizadas vigas pré-moldadas de concreto protendido, chamadas longarinas, que se apoiam nas travessas de dois pilares consecutivos e cujo número varia em função da largura do seu tabuleiro. Sobre a Baía de Guanabara, foram utilizadas peças de concreto pré-moldadas denominadas aduelas, alçadas por equipamentos denominados vigas de lançamento. As aduelas, no topo dos pilares, são denominadas aduelas de apoio. A partir dessas, sucedem-se aduelas correntes, simetricamente dispostas de um e
do outro lado do pilar. As aduelas de apoio são ligadas às aduelas correntes
por meio de cabos de protensão.
 A montagem completa do caixão de um vão inclui uma aduela de apoio com 2,8m e 16 aduelas correntes. Assim, o vão usual, de 80 metros, comporta 17 aduelas para cada caixão, ou seja, 34 aduelas no total.
A protensão longitudinal juntamente com resina epóxi são as
responsáveis pela união das aduelas, que apresentam peso individual de 110 toneladas, comprimento de 4,8m e largura de 12,9m. Para a preparação dessas aduelas, montou-se uma fábrica na Ilha do Fundão.
A década de 1970 foi um divisor de águas para a cidade de Niterói, seja no viés econômico, social, político ou urbano. Debruçar-se sobre esta década significa entender melhor diversos aspectos atuais da cidade, como sua ocupação, disparidades sociais, econômicas e sua morfologia urbana. Mas a trajetória desta década começa a ser delimitada já em 1968, com a aprovação da construção da Ponte Rio-Niterói (Lei 5.512 de 17 de outubro de 1968). 
Apesar da ideia não ser original dos militares - D. Pedro II, por exemplo, consultara a possibilidade da abertura de um túnel no fundo da Baía de Guanabara durante o Império - estes foram os responsáveis pela sua execução final. Porém, antes disso, muito se discutia qual seria a natureza desta ligação: se por meio de ponte ou túnel, local de construção, traçado, meios de transporte possíveis, ou mesmo o uso por pedestres. (ONOFRE, 2014).
Em 1967, ao assumir a Pasta dosTransportes, o ministro Mário Andreazza trazia em suas diretrizes a firme decisão de construir a Ponte Rio-Niterói .Determinou, então, cuidadosa análise de toda a documentação disponível sobre a ligação entre as cidades, de modo a obter respostas a todos os quesitos relevantes a obra de tamanha envergadura, tendo o DNER contratado, para tal, a elaboração de estudo de viabilidade técnica e econômica
a um consórcio constituído por empresas nacionais e internacionais. Obtida a concepção estrutural e elaborado um anteprojeto técnico, o estudo de viabilidade apresentou estimativa inicial de custos e quantificou benefícios decorrentes da obra.
 Em 21 de agosto de 1968, equacionado o problema atinente ao pagamento do
investimento, o Presidente da República aprovou Exposição de Motivos conjunta dos Ministros de Estado do Planejamento, da Fazenda e dos Transportes e encaminhou ao Legislativo projeto de lei que autorizava a
construção.
A ponte, posteriormente batizada de Ponte Presidente Costa e Silva, viria, em
futuro muito breve, fazer parte de importante conjunto de obras viárias realizadas à época pelo Ministério dos Transportes e concretizar secular aspiração dos habitantes do Rio de Janeiro e de Niterói, constituindo-se, ademais, em importante elo na continuidade da BR-101, rodovia que estabelece ligação do saliente nordestino com o extremo sul do país.
Essa solução foi adotada, entre outros motivos, para atender a requisitos de autoridades navais
e aeronáuticas. Aquelas exigiam um vão de 300 metros com dois adjacentes de 200 metros e altura mínima de 60m em relação ao nível médio do mar, a Aeronáutica limitou a altura máxima da estrutura a 72m, também em relação ao nível médio do mar, o que restringiu a altura protendido (longarinas), que se apoiam nas travessas dos pilares. Na parte marítima, utilizaram-se as aduelas nos trechos correntes e a estrutura metálica no vão central.
Metodologia
As fundações da ponte foram construídas com a ajuda de ilhas flutuantes, que levavam os equipamentos de perfuração do leito oceânico. As grandes perfuratrizes trabalhavam dentro de tubos que as protegiam da água do mar. As escavações tinham que atingir trechos de rocha sólida, capazes de sustentar as bases da ponte. Nos buracos eram então instaladas longas tubulações metálicas (preenchidas com concreto) que iam do subsolo oceânico até a superfície do mar. Em cima de um grupo formado por cerca de dez dessas tubulações metálicas, foram construídas cada uma das fundações da ponte, uma grande base de concreto maciço com 2,5 metros de altura e 6 toneladas de peso. Sobre essa base eram encaixados os pilares, posicionados em pares para segurar as pistas da ponte. Nos 9 quilômetros sobre o mar foram usados 103 conjuntos de sustentação formados por tubulações, base de concreto e pilares.
Com o uso de guindastes – que se apoiavam na base dos pilares – eram erguidas as estruturas pré-moldadas que formaram as duas pistas da ponte. Essas peças, chamadas de aduelas, que eram de concreto e tinham 5 metros de comprimento e 110 toneladas de peso cada uma, eram encaixadas umas nas outras. Como as aduelas eram de difícil instalação em vãos muito largos, elas não foram utilizadas na parte central da ponte, que precisava ter distância maior entre os pilares para os grandes navios passarem. A saída foi usar gigantescos blocos metálicos que, somados, chegavam a 850 metros. 
Resultados
A Ponte Rio-Niterói estabeleceu ligação continua entre as cidades do Rio de Janeiro e de Niterói, permitindo o uso de inovações construtivas, algumas delas testadas pela primeira vez em todo o mundo. 
A obra é um marco da engenharia nacional e detém recordes importantes, como ter maior vão em viga contínua do mundo e ser uma das maiores pontes do planeta em volume espacial (área construída). Grandioso, o projeto pode ser dividido em três seções principais: a ponte sobre a baía da Guanabara e as vias de acesso nas cidades do Rio e de Niterói. Engenheiros apontam os nove quilômetros erguidos sobre o mar como a parte mais complexa de toda a construção, por ter envolvido perfuração do subsolo oceânico na busca por um terreno rochoso que suportasse a estrutura da ponte.
Para fazer de carro a travessia Rio-Niterói antes da inauguração da ponte, era preciso dar a volta na Baía de Guanabara ou pegar uma grande barca, que transportava 54 veículos por vez, o que poderia levar até duas horas entre esperas e transporte. 
O concreto selecionado para a execução da obra, pelas suas características de composição, trabalhabilidade e manutenção ao longo do tempo, além das especificações mínimas de resistência à compressão e tração, entre outros aspectos, foi o de alto desempenho. Os serviços preliminares à concretagem compreenderam a remoção do asfalto, a limpeza da chapa de aço, a soldagem dos conectores metálicos e o posicionamento das malhas duplas de armadura. O serviço foi finalizado em 2000 e, desde então, o pavimento de concreto da Rio-Niterói mantém-se intacto, recebendo, unicamente, as manutenções programadas.
Conclusão
Referência Bibliográfica
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https://diariodorio.com/historia-da-construcao-da-ponte-rio-niteroi/
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