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Resenha sobre Fragmentado

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LORENA DANIEL DOS SANTOS
RESENHA DO FILME FRAGMENTADO 
Trabalho apresentado à professora Fabiana Almeida, da disciplina de comunicação e informação como requisito parcial para aprovação na disciplina. 
NILÓPOLIS
2018/2
RESENHA
FRAGMENTADO. Direção de M. Night Shyamalan. Estados Unidos, 2016. Terror psicológico.
Diretor e roteirista muito conhecido por suas obras compostas por surpreendentes reviravoltas, o famoso “plot – Twist”, Manoj Nelliyatty Shyamalan (M. Night Shyamalan), após obras renomadas como “O sexto sentido”, “corpo fechado”, “A vila”, e alguns títulos que não fizeram jus ao seu nome, chega em 2016 com Fragmentado. 
Split em seu título original), conta a história de Kevin, interpretado com mérito por James McAvoy, que sofre de transtorno dissociativo de identidade, possuindo 23 personalidades distintas, que são ou foram consequência de abusos sofridos ou cometidos. 
Um dia, uma das personalidades sequestras três meninas adolescentes, Casey ( Any Taylor –Joy), que interpreta Thomasin em “a bruxa”, Claire ( Haley Lu Richardson), presente em “quase 18” e Marcia (Jessica Sula) e as mantém em cativeiro, revelando todo o ambiente claustrofóbico que se passa o filme. 
Entre as marcas do diretor está mostrar repetidas vezes a mesma informação, que fica extremamente claro que esta servirá de algo na trama. Isso pode ser observado no filme “Sinais “, em que Shyamalan extrapola mostrando a necessidade do personagem Morgan Hess, interpretado por Roy Culkin, de deixar copos com água pela casa. Em fragmentado, quem é agraciada pelas características peculiares é Casey, uma das meninas sequestradas.
 Durante o filme diversas cenas da vida de Casey são passadas para mostrar sua relação com pessoas do colégio, até sua família, que refletem seu comportamento. A fixação pelos relances de cena da menina na floresta, ou como ela sabe se defender em determinadas situações, sendo a mais calma durante toda a situação, mais observadora evidencia para o leitor que a jovem é uma das chaves para o melhor entendimento do enredo. 
	Além do que se passa no ambiente que pode causar certo tipo de aflição a quem assiste, as personalidades de Kelvin são também explicitadas na consulta com a Dr. Karen Fletcher, interpretada por Betty Buckley, que é a psiquiatra/ terapeuta de Kevin. Entretanto a personagem sofre oscilações uma hora percebendo com clareza a mudança de personalidade, outrora deixando passar despercebido, estando bem claro para quem assiste, podendo ser esta uma espécie de falha no roteiro. 
	Cada vez que uma das personalidades faz algo de errado, existe a ida até a Dr. Fletcher, e no “hospedeiro” Kevin acredita-se que as personalidades estão em cadeiras esperando por sua vez de ‘aparecer”, tendo duas dominantes Patrícia e Dennis, que segundo uma outra personalidade Hedwig, cultuam uma 24° personalidade. A personagem de Betty Buckley tenta entender e evitar que algo saia de controle, fugindo muitas vezes do senso profissional. 
	Todas essas reviravoltas, são possíveis também através da narrativa inteligente criada pelo diretor. Mas James McAvoy incorpora com louvor todos os personagens e incrivelmente suas personalidades, sem utilizar recursos exagerados e passa de forma nítida para quem está assistindo qual faceta de Kevin está li presente. Sendo possível identificar de uma criança à um psicopata apenas por uma mudança de postura ou ajuste na voz. 
	
	O filme com suas cenas de suspense bem conduzidas prende o espectador. A utilização de músicas clichês de filmes de terror, que antecedem sustos gratuitos não faz com que o filme perca sua narrativa ímpar e inteligente, e mostra a convicção do diretor em sua história, deixando claro que tais artifícios ajudam a levar a trama, mas não são exclusivamente para criar ansiedade em quem assiste. 
	Sequencias movidas com calma e com closes intensos em objetos e faces faz com que o espectador se sinta provocado para tentar adivinhar e ser surpreendido. Isso acontece na volta à infância de Casey quando ela pega uma arma para atirar no tio, que a violentava, em algumas cenas para tentativa de fuga das meninas aumentando a tensão de quem assiste.
	Após a aparição 24° personalidade, apenas Casey é poupada da morte por “ser marcada”. A menina possuía cicatrizes, assim como o hospedeiro, assim como as personalidades, vista dessa maneira, ele (eles) e Casey seriam iguais, ambos já sofreram. Assim que ela foge quem chega para recebe-la é seu tio, e está explicito em seu rosto infelicidade, e todas as cenas passadas no filme se resumem naquela cena de tristeza. Uma policial percebe a situação desconfortável, mas o diretor deixa em aberto, deixando aberta a interpretação de cada um se a menina voltou para o tio ou recebeu algum tipo de ajuda.
	 No final do filme se passa a reportagem contando todo o caso na TV, nisso a câmera corta para uma mulher que questiona: “ A um tempo atrás não teve um cara na cadeira de rodas que fez algo parecido?”, esta fazia menção ao fime corpo fechado. A câmera lentamente passa para Bruce Willis, que interpreta David Dunn “herói” em corpo fechado e ele diz; “ Sim, o nome dele era Homem de Vidro”, interpretado por Samuel L. Jackson no filme citado. 
	Essa citação mostrou que haveria uma continuação, sendo uma trilogia. Corpo fechado, fragmentado e o terceiro que lançará em 2019 e recebeu o título de Vidro, onde Kevin e suas personalidades encontrará homem de vidro e David. 
	A trilogia mostra o universo de heróis antes da existência efetiva desse, no lançamento do primeiro filme não havia esse abraço a tal universo, para aquelas que gostam de obras do mundo dos quadrinhos, o filme é bem abrangente e dá um novo ar. E para quem gosta do gênero suspense, terror psicológico vai se identificar com os mistérios no enredo 
	
 
	
	
rEFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 	
A BRUXA. Direção de Robert Eggers. Produção de Pulse Films,. canadá , 2016. terror.
A VILA. Direção de M. Night Shyamalan. Brooklyn, 2004. drama .
CORPO fechado . Direção de M. Night Shyamalan. Estados Unidos, 2000. Drama.
O SEXTO sentido . Direção de M. Night Shyamalan. 1999. terror.
SINAIS. Direção de M. Night Shyamalan. 2002. drama.

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