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REsponsabilidade tributáriacomentada

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Responsabilidade tributária
Conceito
A relação jurídico-tributária pode ter como elemento subjetivo passivo o contribuinte e/ou responsável.
O contribuinte, nos dizeres do artigo 121 do CTN, é a pessoa física ou jurídica que tem relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador, já o responsável é a pessoa obrigada por lei a pagar o tributo, mas não possui uma relação direta e pessoal com a situação em que ocorreu o fato gerador
A responsabilidade tributária está disciplinada no artigo 128 do CTN. É uma opção do legislador para que, em determinados casos haja uma modificação subjetiva no polo passivo da obrigação, para a fim de preservar interesses do fisco ou por conveniência para facilitar a fiscalização e arrecadação. 
Como regra o tributo deve ser cobrado de quem pratica o fato gerador (contribuinte), entretanto nos casos em que o legislador optou, pode o Estado cobrar de uma terceira pessoa, que não é o contribuinte,o qual será o sujeito passivo indireto ou responsável tributária e deve possuir uma vinculação, ainda que mínima, com o fato gerador e a pessoa.
Há a possibilidade de o responsável ser o único obrigado pelo cumprimento da obrigação e também a possibilidade do contribuinte ser colocado na posição subsidiária ou o responsável ser colocado de forma subsidiária.
Modalidades de responsabilidade
Quando o vínculo jurídico do responsável surge antes da prática do fato gerador, temos a responsabilidade por substituição, todavia pode acontecer de se tornar responsável após á ocorrência do fato gerador. Nesse caso tem-se a responsabilidade por transferência, que se subdividida, temos; responsabilidade solidária, por sucessão e por terceiros. 
Veja o esquema;
Note como o tema jáfoi cobrado em provas:
(2019, CESPE, Juiz de Direito) Por expressa previsão legal do CTN, entende-se por responsável tributário a pessoa que:
Figure como sujeito ativo de uma obrigação tributária acessória em razão da solidariedade, substituição ou sucessão
Figure como sujeito ativo de uma obrigação tributária sem que tenha a obrigação de efetuar o pagamento do crédito tributário.
Tenha relação pessoal direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador e seja obrigada ao pagamento de uma penalidade pecuniária.
Esteja obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária sem ter relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador.
Esteja obrigada a prestação que constituam o objeto de uma obrigação acessória.
Gabarito: D. Segundo o artigo 121, II do CTN, é responsável quando, sem revestir na condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa em lei. 
(2015, CESPE, TRF – 5 regiões, Juiz federal substituto) A respeito de responsabilidade tributária, assinale a opção correta.
A responsabilidade tributária derivada é aquela que é transferida a terceiro que tenha ligação direta e pessoal com o fato gerador da obrigação, sem que decorra de expressa previsão legal.
A responsabilidade tributária originária é aquela que ocorre com o inadimplemento da obrigação tributária por parte do contribuinte.
A responsabilidade tributária por infração a lei tributária praticada por pessoa na gestão de sociedade limitada ficará adstrita ao capital social devidamente integralizado.
A responsabilidade tributária por infração implica solidariedade da sociedade com o gestor que cometer infração no pagamento dos tributos.
A sujeição passiva indireta pode ser fruto de uma responsabilidade por sucessão, o que caracteriza uma das modalidades de responsabilidade por transferência.
Gabarito: E. A responsabilidade por sucessão caracteriza-se como uma modalidade de responsabilidade por transferência.
Responsabilidade por Substituição
Ocorre quando a lei determina que o responsável (substituto) ocupe o lugar do contribuinte (substituído), desde a ocorrência do fato gerador, sendo o sujeito passivo desde o nascimento da obrigação tributária. O terceiro não pratica o fato gerador, mas tem uma vinculação indireta com o real contribuinte.
Um exemplo de responsabilidade por substituição é o imposto de renda retido na fonte, pois a fonte pagadora é obrigada a reter e recolher aos cofres públicos o montante descontado de quem prestou serviços; assim, a obrigação de quem prestou serviços fica excluída, ficando responsável de forma exclusiva aquele que pagou pelo trabalho.
Importante destacar que o substituto legal tem responsabilidade tributária não só pela obrigação principal, mas também pelas acessórias, tendo que praticar todos os deveres instrumentais. Assume com exclusividade, nesse caso, se o substituto deixar de recolher, o substituído não terá nenhuma responsabilidade. 
2.2.1.Substituição tributária regressiva
Também denominada de substituição “para trás” consiste na substituição das pessoas que estão para trás no ciclo produtivo. 
Ocorre o adiamento do pagamento com relação ao momento em que ocorre o fato gerador. O substituto recolhe o tributo no lugar do substituído, ou seja, o fato gerador já ocorreu, entretanto, por conveniência da Administração Fiscal, a lei determina que outra pessoa recolha o tributo, pois facilita a fiscalização e arrecadação.
O pagamento do tributo é diferido, posterior ao fato gerador. Veja a linha do tempo:
Fato gerador pagamento
Vamos exemplificar: 
Um grande laticínio tem como fonte de insumos vários pequenos produtores de leite. Como esses produtores não possuem instrumentos fiscal ou contábil, a lei pode estipular que o laticínio(adquirente) venha a se tornar responsável tributário por substituição regressiva, pagando , assim ,o tributo cujo fato gerador ocorreu antes.
2.2.2. Substituição tributária progressiva
Também denominada de substituição “para frente”. Aqui, as pessoas que estão nas etapas posteriores do sistema produtivo substituem quem está antes
Ocorre a antecipação de pagamento de fato gerador que ainda ocorrerá, com base na presunção de base de cálculo e fato gerador que ainda irá ocorrer. Veja a linha do tempo:
pagamento fato gerador
Memorize: A única hipótese de substituição que encontra previsão constitucional é a progressiva, reguladano artigo 150, 7 § da CF. Cabendo à lei complementar regular as hipóteses que insidira o instituto da substituição. Em se tratando de substituição de ICMS,por exemplo, temos a LC 87/96.
Ainda, o entendimento do STF (RE 213.396) e do STJ ( REsp 89.630) é no sentido da constitucionalidade da substituição progressiva, decidindo também que o pagamento antecipado não se confunde com o recolhimento do tributo, ocorrendo apenas antecipação do pagamento. O recolhimento se confirma com a ocorrência do fato gerador. 
Ainda, o parágrafo 7 do artigo 150 da CF restringiu a substituição apenas aos impostos e contribuições.
Restituição: Só é possível caso o fato gerador presumido não ocorra.
 O STJ no Resp 1.318.162/PR entendeu que a pessoa jurídica que retém o IRPJ na fonte não tem legitimidade para pleitear a restituição do indébito relativo aos valores pagos a outra pessoa pela prestação de serviços profissionais. Dando, assim, preferência a quem assumiu, de fato, o ônus financeiro do tributo. 
Importante salientar que, a entidade retentora não realiza propriamente o pagamento, pois o ônus é suportado direta e exclusivamente pelo contribuinte.
Em caso de substituição tributária progressiva, nos tributos indiretos, o STJ vem defendendo que a legitimidade ativa para a restituição é daquele que realiza o fato gerador.
Para exemplificar: uma fábrica de refrigerantes recolhe IPI a maior na venda para suas distribuidora. Nesse caso, a fábrica tem legitimidade para restituição, por força do artigo 166 do CTN combinado com a Súmula 546 do STF.
E se a base de cálculo real for diferente da presumida? 
O STF já teve oportunidade de se manifestarsobre a questão na ADI 1.851/AL e decidiu que a base de cálculo presumida é definitiva, ou seja, se a base de cálculo for distinta, não há complementação.
Responsabilidade por transferência
Ocorre quando terceira pessoa ocupa o lugar do contribuinte após a ocorrência do fato gerador, em razão do acontecimento de algum evento a partir do qual se desloca o ônus tributário para um terceiro escolhido por lei.
A responsabilidade por transferência pode ser de acordo com o CTN:
Por Solidariedade Passiva ( artigos 124 e 125)
Dos Sucessores ou por Sucessão (artigos 130 a 133)
De Terceiros (artigo 134)
 Responsabilidade Solidária
Está disciplinada nos artigos 124 e 125 do CTN e ocorre quando há mais de um devedor e cada um deles responde por toda a obrigação tributária; no entanto, não se admite pluralidade de credores
Há pluralidade de contribuintes, podendo o fisco exigir a dívida integralmente de qualquer um deles.
Vejamos um exemplo: 
A, B e C são proprietários de um imóvel, cujo IPTU é de R$ 1.000,00. Cada um dos co-proprietários é contribuinte e o fisco pode cobrar o valor integralmente de qualquer um deles. Pode quem pagou exercer o direito de regresso contra os demais.
O contribuinte solidário que paga a dívida, paga a sua parte como contribuinte, e a dos demais como responsável solidário.
São Solidariamente obrigados:
As pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua fato gerador da obrigação principal.
As pessoas expressamente designadas por lei.
Efeito da responsabilidade solidaria;
Pagamento de um estende-se aos demais: O pagamento feito por um dos devedores extingue o crédito, podendo o devedor exercer o direito de regresso. Exemplo: duas pessoas possuem um mesmo imóvel; por isso, são responsáveis solidárias pelo IPTU. Se uma pagar, tem direito de regresso na parte do outro devedor.
A isenção ou remissão, se não outorgadas pessoalmente, estendem-se aos coobrigados: A, B e C são coproprietários de uma área, devendo pagar R$ 300,00 de IPTU. Caso haja isenção pessoal a B, A e C continuarão devedores solidários pelos R$ 200,00 restantes.
A interrupção da prescrição também se estende a todos, em benefício ou em prejuízo: se houver a interrupção da prescrição aproveita a todos ou se prejudicar um, prejudica todos. 
Responsabilidade por Sucessão
Está disciplinada nos artigos 129 a 133 do CTN. Ocorre quando a obrigação se transfere para outra pessoa por razão do desaparecimento do devedor original. Pode ocorrer por morte do devedor original, recaindo os ônus sobre os herdeiros ou por venda, incidindo o ônus sobre o comprador.
O sucessor assume todas as obrigações tributárias até a data do ato ou fato que demarcou a sucessão. Em relação as obrigações tributárias surgidas após a data do evento que demarcou a sucessão, o responsável é na verdade contribuinte.
O que define o começo da responsabilidade é a data da ocorrência do fato gerador. 
A responsabilidade dos devedores sucessores atinge os créditos já constituídos, créditos em procedimento de constituição, na data da ocorrência dos atos ou fatos determinantes da sucessão e créditos ainda não constituídos, porém correspondentes a fatos geradores ocorridos antes da realização dos atos ou fatos determinantes da sucessão.
Em síntese, o sucessor assume todos os débitos do sucedido, relativos a fatos geradores ocorridos antes da data do ato ou fato que demarcou a sucessão. 
A substituição por sucessão pode ser por:
Transmissão de bens imóveis, artigo 130 do CTN.
Transmissão de bens móveis, artigo 131, I do CTN.
Transmissão por causa da morte, artigo 131, II e III do CTN
Sucessão empresarial, artigo 132 e 133 do CTN.
 Sucessão na transmissão de bens imóveis
O adquirente assume a responsabilidade pelo pagamento dos impostos, taxas e contribuições de melhoria relativo ao imóvel adquirido, salvo quando conste título da prova de sua quitação. Nesse caso ocorre a sub-rogação pessoal.
Antes de continuarmos no aprofundamento da matéria, é importante destacar a diferença entre Sub-rogação real e Sub-rogação pessoal:
Sub-rogação real: O imóvel responde pela dívida tributária, sendo a responsabilidade limitada ao valor do bem
Sub-rogação pessoal: O adquirente assume a responsabilidade sobre os tributos, respondendo por todo o crédito tributário, mesmo que ultrapasse o valor do imóvel.
O adquirente não assume a responsabilidade pelos tributos se constar da escritura pública a prova de quitação dos débitos ou quando o imóvel for adquirido por hasta pública, sendo a prova feita pela emissão de Certidão Negativa de Débitos.
O adquirente fica livre dos créditos tributários já lançados. Nesse caso, o adquirente não assume a responsabilidade pelos tributos cujo fato gerador ocorreu antes, mas não tinham sido lançados, pois é responsável o antigo proprietário.
Quanto aos imóveis adquiridos por hasta pública, a sub-rogação ocorre no respectivo preço, ou seja, adquire-se livre de qualquer tributo, porquanto os débitos tributários são quitados pelo próprio valor de arrematação. 
 Sucessão na transmissão de bens móveis
Na transmissão de bens móveis, quem adquire o bem fica responsável pelos débitos tributários passados. Não havendo, aqui, a exceção da exclusão da responsabilidade por apresentação de Certidão Negativa de Débitos.
Sucessão na transmissão causa mortis 
Os herdeiros substituem o falecido, arcam com as dividas tributárias do de cujus, na condição de responsáveis.
A responsabilidade por sucessão causa mortis inicia com a abertura da sucessão (morte) e dura até a decisão que homologa a partilha. O ente responsável pelas dívidas até a partilha é o espólio, assim considerado o conjunto de coisas e direitos que faziam parte do patrimônio do falecido.
Vejamos a tabela abaixo;
	Responsabilidade antes da sucessão
	Fatos geradores até esse momento têm como contribuinte o de cujus e como responsáveis o espólio e os sucessores
	A partir da abertura da sucessão até a partilha
	Fatos geradores nesse período têm como contribuinte o espólio e como responsáveis os sucessores.
	Após a homologação da partilha
	Os Sucessores são os contribuintes
 Sucessão empresarial
Estabelece o artigo 132 do CTN que a empresa resultante de operações societárias, fusão, transformação ou incorporação é responsável pelos tributos devidos até a data do ato.
Vamos entender cada operação;
Fusão: Duas empresas se unem para formar uma só, as empresas fusionadas deixam de existir.
Incorporação: Uma mais sociedade é absorvida por outra, a incorporada deixa de existir.
Transformação: A sociedade muda de forma.
Cisão: total, quando uma empresa transfere todo seu patrimônio para outra, deixando de existir; parcial, quando um empresa transfere parte de seu patrimônio para outra, continuando a existir.
Se uma sociedade foi extinta, mas o sócio continuar explorando a atividade, sob mesma razão social, ou sob firma individual, o sócio será considerado responsável
Importante destacar que a responsabilidade também se estenderá ao caso de extinção de uma pessoa jurídica, quando a exploração da respectiva atividade continue sendo explorada por sócio remanescente, seu espólio, sob a mesma razão social, ou sob firma individual.
Responsabilidade do adquirente de fundo de comércio ou estabelecimento profissional
Estabelecida no artigo 133 do CTN, é a responsabilidade decorrente da alienação de fundo de comércio (conjunto de bens tanto materiais como imateriais, podendo ser composto por mais de um estabelecimento) ou estabelecimento comercial (parcela do fundo de comércio), caso o adquirente continue a exploração sob mesma razão social ou sob firma ou nome individual, respondendo pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até a data do ato.
Para ser considerado responsável, o adquirente: deve continuar explorando a mesma atividade, podendo mudar a razão social.
Vamos esquematizar;
Aqui há benefício de ordem, oadquirente só cumprirá a obrigação, caso o alienante não cumpra.
A LC 118/05 alterou o ponto da responsabilidade tributária por sucessão criando uma hipótese de exclusão da responsabilidade do adquirente dos fundos de comércio e dos estabelecimentos, Não há,porém , direito a essa exceção se o adquirente for:
O sócio da sociedade falida ou em recuperação, ou sociedade controlada pelo devedor.
Parente, em linha reta ou colateral até o 4º grau, consangüíneo ou afim, do devedor falido ou em recuperação ou de qualquer sócio.
Identificado como agente do falido ou do devedor em recuperação.
Tal restrição tem o objetivo de evitar fraude contra o CTN.
Por último, o dinheiro adquirido com a alienação permanecerá à disposição do juízo, pelo prazo de um ano, só podendo ser utilizado para pagar dívidas contraídas ao longo da falência ou créditos que possuem privilégio em relação ao crédito tributário.
Note como o tema tem sido cobrado em prova:
(2011, CESPE, Juiz Federal, TRF- 5ª região) No que concerne a obrigação tributária, assinale a opção correta.
Na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável, de domicílio tributário, considera-se, na forma da legislação aplicável, como domicílio tributário, preferencialmente, o lugar da situação do bem ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à obrigação.
Considere que Ômega tenha adquirido, a título oneroso, estabelecimento empresarial de Delta Auto Peças Ltda. e, após três meses, Delta tenha iniciado nova atividade empresarial, na área de venda de medicamentos. Nesse caso, Ômega será subsidiariamente responsável pelos débitos tributários devidos por Delta até a data da alienação.
Os tutores respondem solidariamente pelo cumprimento de obrigações principais e acessórias devidas pelos tutelados, nos atos em que intervierem, ou pelas omissões, nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação tributária pelo contribuinte.
A responsabilidade do agente por infrações é excluída pela denúncia espontânea, que deve ser apresentada antes da propositura da ação penal, em relação às conceituadas por lei como crimes.
Estabelece-se, como um dos efeitos da solidariedade, que a isenção ou remissão de crédito outorgada pessoalmente a qualquer dos coobrigados exonera todos os demais.
Gabarito: B. Conforme o artigo 133, II, CTN - o prazo inclusive é de até 6 meses; importante frisar que para caracterizar a subsidiariedade não é necessário que a nova atividade seja no mesmo ramo de comércio do alienado.
 Responsabilidades de terceiros
Em alguns casos terceiros possuem o dever de administrar bens de outras pessoas e caso se omitem, devem ser responsabilizadas.A responsabilidade de terceiros está prevista no artigo 134 do CTN e é dividida em duas: terceiro com atuação regular e com atuação de forma irregular.
Terceiros com atuação regular
Em caso de impossibilidade de cumprimento pelo contribuinte, alguns terceiros podem ser responsáveis por transferência nos atos em que intervierem ou omitirem.
Para que terceiros com atuação regular, existem 2 requisitos, vejamos: 
Quem são os terceiros que podem se tornar responsáveis? 
Os pais
Os tutores e curadores
Os administradores de bens de terceiros
O inventariante
O sindico e o comissário, hoje denominado como administrador judicial
Os tabeliães, escrivães e demais serventuários
Os sócios, no caso de liquidação da sociedade
Terceiros com atuação irregular
Na responsabilidade de terceiros por atuação irregular, o terceiro age com excesso de poderes ou infração a lei, contrato social ou estatutos.
Nesse caso são responsáveis:
Todos do artigo 134.
Mandatários, prepostos e empregados.
Os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas .
Importante destacar que as pessoas mencionadas no artigo 135 do CTN, não foram mencionadas no artigo 134. Dessa forma, as pessoas mencionadas aqui não têm a responsabilidade solidária do artigo 134. Tenha cuidado: Isso cai em prova.
Um exemplo é o caso de um diretor que não tenha poderes para adquirir imóveis sem anuência dos sócios, mas compra uma chácara para os funcionários tenham um local para lazer.Como nesse caso ele agiu com excesso de poderes, ele será pessoalmente responsável pela obrigação resultante do ITBI.
Conforme jurisprudência do STJ, a dissolução irregular de sociedade também é caracterizada como infração penal. Tal entendimento se retira da súmula 435 do STJ.
Nesse caso, é possível ao fisco redirecionar a execução ao sócio, a quem cabe provar ao contrário.
Também conforme jurisprudência do STJ, precisamente conforme a súmula 430, o descumprimento da obrigação tributária, por si só, não gera a responsabilização pessoal do gestor, cabendo a prova de que o gestor agiu com excesso de poder ou infração a lei, contrato social ou estatuto ao fisco.
Note que só é possível responsabilizar pessoalmente os sócios gerentes.
No Resp 276.779/SP, o STJ entendeu que se o sócio gerente tiver se retirado da sociedade antes da ocorrência do fato gerador que deu origem a obrigação, fica excluído de qualquer responsabilidade.
Responsabilidade por infrações
A responsabilidade por infrações está disciplinada nos artigos 136 a 138 do CTN e significa a sujeição de alguém às conseqüências da prática de seus atos ou a responsabilidade pelo pagamento de multas, quando se descumpre uma obrigação. 
A responsabilidade por infrações é como regra objetiva, ou seja, não considera as características pessoais do infrator, contudo, pode haver ressalvas previstas em lei. 
Um bom exemplo é a pessoa que recolhe imposto de renda conforme a legislação, porém não presta a declaração na data correta, Por causa do atraso, ela está sujeita à penalidade relativa à infração à legislação tributária.
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Responsabilidade pessoal do agente
Tratando-se de matéria tributária, a responsabilidade pelas infrações tributárias, cabe a quem praticou o ato ilícito, sendo assim, se foi uma pessoa jurídica, ela será responsabilizada.
O artigo 137 do CTN prescreve exatamente a exceção a essa regra, apontando situações em que a responsabilidade é pessoal do agente quanto à punição, permanecendo a pessoa jurídica na qualidade de sujeito passivo do tributo.
O referido artigo traz três hipóteses:
Quando as infrações forem conceituadas como crimes ou contravenções, salvo se praticada no exercício regular da administração, mandato, função, cargo ou emprego, ou no cumprimento de ordem expressa.
Quando as infrações decorrerem de dolo específico.
As pessoas referidas no artigo 134, mandatários, prepostos ou empregados, diretores, gerentes ou representantes para infrações que decorram de dolo específico.
 Denúncia espontânea
É um instituto criado pelo CTN para que o contribuinte confesse algum ilícito e tenha alguns benefícios com isso, sendoNesse caso, a responsabilidade pela multa é afastada.Conforme entendimento do STJ ( REsp 774.058/PR) a denúncia espontânea afasta tanto as multas moratórias como as punitivas.
Para configurar o instituto, o contribuinte tem que antecipar ao fisco. Por isso, a denúncia deve ser feita antes do procedimento fiscalizatório. No caso da de a espontaneidade ser afastada, a administração deve avisar formalmente o contribuinte. 
Deve ser acompanhada do pagamento do tributo e dos juros de mora. Caso o valor dependa de apuração, para se valer da denúncia espontânea, pode depositar o valor arbitrado pela autoridade administrativa 
Entretanto,o STJ entende que esse instituto não se aplica as obrigações acessórias.
O instituto é aplicável as tributos lançados por homologação, não se aplicando aos tributos sujeitos ao lançamento por homologação, conforme entendimento da súmula 360 do STJ.
Nos casos de tributos sujeitos ao lançamento por declaração, é possível em duas hipóteses:
Quando o fato gerador não tenha sido declarado pelo contribuinte
Quando, após a declaração, o contribuinte faz a sua ratificação,antes da atuação do fisco.
Portanto, é incompatível com os tributos lançados de ofício.
Questões
(2017, CESPE, Juiz de direito/TJ-PR) Uma sociedade limitada, tendo declarado regularmente seus tributos, deixou de pagá-los, sem que houvesse qualquer fraude ou comportamento análogo. No momento da inscrição em dívida ativa, apenas com base no inadimplemento, o sócio-gerente foi incluído como responsável pelo crédito tributário. A respeito dessa situação hipotética e de aspectos diversos a ela pertinentes, assinale a opção correta.
O sócio-gerente não responde por simples inadimplemento, devendo-lhe ser imputado, para que haja a sua responsabilização, excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos, sendo incabível a sua responsabilização no caso em questão.
Os sócios, administradores ou não, só respondem solidariamente no caso de liquidação irregular de pessoa jurídica, sendo incabível a sua responsabilização na situação em apreço.
O sócio-gerente será responsável pelo crédito tributário apenas nos casos em que praticar ilícitos penais ou agir com dolo específico.
No caso de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, os sócios, apenas com base nessa condição, respondem solidariamente pelo crédito tributário da pessoa jurídica, estando correta a responsabilização do sócio-gerente no caso em questão.
Gabarito: A. O STJ entende que o mero inadimplemento da obrigação, não é passível de responsabilidade do sócio, esse entendimento está disposto na súmula 430.
(2017. CESP, Promotor de Justiça Substituto- MPE-RR) A respeito da obrigação tributária, assinale a opção correta conforme o que dispõe o CTN.
A obrigação principal e sua obrigação acessória devem decorrer de um mesmo fato gerador.
Obrigação principal pode ter por objeto o pagamento de penalidade tributária.
A obrigação principal é considerada obrigação tributária, ao passo que as obrigações acessórias são consideradas obrigações de natureza não tributária.
Obrigação acessória não se converte em obrigação principal.
Gabarito: B. Conforme o artigo 113 § 1º, a obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.
(2015, CESPE, Juiz substituto, TJ-PB) Uma empresa foi multada por auditor do estado, em fiscalização que tinha por objeto o ICMS, por não apresentar notas fiscais relativas à circulação de mercadorias. A empresa alegou que não dispunha das notas porque um diretor as havia subtraído para prática de fraude em proveito próprio. Informou ainda que, devido à fraude, esse dirigente havia sido condenado por furto, falsidade ideológica e sonegação, com sentença penal transitada em julgado. 
Acerca da responsabilidade pela multa nessa situação hipotética, assinale a opção correta.
O diretor não poderá ser responsabilizado no âmbito tributário pela não apresentação das notas fiscais, pois a obrigação acessória pela guarda das notas é da empresa.
Há responsabilidade solidária entre o diretor e a empresa no que se refere ao pagamento da multa, uma vez que o fato ilícito beneficiou a ambos.
Por se tratar de infração com dolo específico, a responsabilidade é pessoal do diretor.
Em razão da condenação penal transitada em julgado do diretor, nem ele nem a empresa poderão ser autuados administrativamente,sob pena de ofensa ao princípio do ne bis in idem.
O pagamento da multa deve ser feito pela empresa, que, no entanto, poderá promover ação regressiva contra o ex-diretor.
Gabarito: C. Trata-se de hipótese de responsabilidade por infração prevista no artigo 137, II, do CTN, a responsabilidade se dá pelo dolo específico.
(2014, CESPE, Juiz, TJ-DFT) Foi realizado lançamento de ISS referente a serviço de revitalização predial prestado em conjunto pelos senhores A, B e C, pelo qual os três receberam R$ 10.000,00, pagos pela empresa D Ltda., que não efetuou retenção de tributos. O recibo pelo pagamento do total do serviço foi assinado apenas por A, que, no entanto, repassou a parte correspondente a B e a C. Somente B pagou o imposto devido sobre a sua parte, não tendo sido recolhido o tributo incidente sobre as parcelas de A e C. 
Nessa situação hipotética, 
A, B e C são responsáveis subsidiariamente pelos tributos incidentes sobre as parcelas que os outros receberam.
por ter assinado o recibo e recebido o pagamento da empresa D Ltda., somente A será responsável pelos tributos incidentes sobre as respectivas partes de B e C.
B, que pagou o imposto referente à sua parte, não poderá ser responsabilizado pelos tributos referentes às parcelas que cabiam a A e C.
A, B e C, por serem contribuintes individuais, são responsáveis apenas pelos tributos incidentes sobre as parcelas que lhes cabem.
A, B e C são responsáveis solidariamente pelos tributos incidentes sobre as suas próprias parcelas e sobre as dos outros.
Gabarito: E. Trata-se de responsabilidade tributária solidaria prevista no artigo 124 do CTN.

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