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Aula 12

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CONTABILIDADE GERENCIAL 
AULA 12: RESTRIÇÃO DA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO 
Contabilidade Gerencial 
AULA 12: RESTRIÇÃO DA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO 
Conteúdo desta Aula 
RESTRIÇÃO DA CAPACIDADE 
DE PRODUÇÃO 
1 
MODELO DE RESTRIÇÃO 
DE CAPACIDADE PRODUTIVA 
3 
CAPACIDADE 
PRÁTICA REAL 
ASPECTOS IMPORTANTES 
2 
PLANEJAMENTO E CONTROLE 
4 
EXEMPLO DE ANÁLIDE DE 
CAPACIDADE PRODUTIVA 
5 
Contabilidade Gerencial 
AULA 12: RESTRIÇÃO DA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO 
Objetivos Desta Aula 
• Analisar os conceitos de capacidade de produção; 
 
• Analisar a capacidade produtiva; 
 
• Identificar a restrição na capacidade produtiva. 
Contabilidade Gerencial 
AULA 12: RESTRIÇÃO DA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO 
Restrição da Capacidade de Produção 
Moreira (1998) chama de capacidade a quantidade máxima de produtos e serviços que podem 
ser produzidos em uma unidade produtiva, num dado intervalo de tempo. 
Capacidade de produção é a cadência máxima de produção de uma organização. Diversos fatores 
subjacentes ao conceito de capacidade tornam o seu entendimento um tanto complexo. 
Stevenson (2001) considera que a capacidade se refere a um limite superior ou teto de carga que 
uma unidade operacional pode suportar. 
A unidade operacional pode ser uma fábrica, um departamento, uma loja ou um funcionário. 
Contabilidade Gerencial 
AULA 12: RESTRIÇÃO DA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO 
Restrição da Capacidade de Produção 
Em segundo lugar, os ritmos de produção de diferentes produtos e serviços não são os mesmos. 
Primeiro, variações diárias, como ausência e férias de empregados, quebra de equipamentos e 
atrasos na entrega de materiais se combinam para tornar incerta a capacidade de produção. 
A função principal de uma unidade produtiva é atender satisfatoriamente a sua demanda. Para 
tanto, é necessário que haja capacidade. 
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• Envolvem grandes somas de capital; 
• Requerem grande antecedência; 
• Impacto direto no desempenho operacional da unidade produtiva; 
• É difícil, caro e demorado reverter uma decisão de capacidade; 
Aspectos Importantes 
Contabilidade Gerencial 
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• Os motivos são diversos, como o fato de que a procura é insuficiente para ocupar 
completamente sua capacidade ou devido a uma política deliberada, de forma que a 
operação possa prontamente responder a novos pedidos; 
• Muitas organizações operam em níveis abaixo da capacidade máxima de produção; 
Aspectos Importantes 
• Frequentemente, algumas partes da operação estão funcionando abaixo de sua capacidade 
máxima, enquanto outras estão em sua plenitude; 
• Existem curvas de possibilidades no acompanhamento da produção que evidenciam a 
escassez de fatores de produção que, em alguns momentos, criam um limite para a 
capacidade de produção; 
• São as partes que estão trabalhando na sua capacidade máxima que restringirão a 
capacidade de toda a operação. 
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 Modelo de Restrição de Capacidade Produtiva 
Restrição de 
capacidade 
B 
35 Unid./hora 
A 
40 Unid./hora 
C 
50 Unid./hora 
D 
35 Unid./hora 
E 
55 Unid./hora 
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Essas decisões deverão ser tomadas dentro dos limites (restrições) de capacidade estabelecidos 
pela estratégia de capacidade de produção da operação de longo prazo. 
O planejamento e controle da capacidade determinará a capacidade efetiva da operação, de 
forma que ela possa responder à demanda. Isso envolve escolhas de como a operação deve 
reagir às flutuações de demanda. 
Modelo de Restrição de Capacidade Produtiva 
Contabilidade Gerencial 
AULA 12: RESTRIÇÃO DA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO 
No curto prazo, as demandas apresentam variações, muitas vezes aleatórias, que exigirão do 
gerente de produção a necessidade de promover ajustes de forma a flexibilizar o volume 
produzido face à procura. 
Tendo definido a capacidade de longo prazo, os gerentes de produção devem decidir como 
ajustar a capacidade da operação no médio prazo. 
Modelo de Restrição de Capacidade Produtiva 
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Resposta: Capacidade instalada = 30 dias x 24 horas x 2 toneladas por hora = 1.440 toneladas de 
biscoitos por mês. 
Uma empresa do ramo alimentício tem capacidade de produzir, em um forno contínuo, duas 
toneladas de biscoito por hora. Qual é a capacidade mensal dessa empresa? 
Exemplo de Análise da Capacidade Produtiva 
Nesse caso, a unidade de medida da capacidade pode ser em tempo (horas de forno disponíveis) 
ou em quantidade (toneladas de biscoito produzidas). 
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Exemplo de Análise da Capacidade Produtiva 
A capacidade disponível, via de regra, é considerada em função da jornada de trabalho que a 
empresa adota. 
A capacidade disponível ou capacidade de um projeto é a quantidade máxima que uma unidade 
produtiva pode produzir durante a jornada de trabalho disponível, sem levar em consideração 
qualquer tipo de perda. 
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Exemplo de Análise da Capacidade Produtiva 
Dois turnos: 
Dois turnos diários, com oito horas de duração cada um, cinco dias por semana. Nesse caso, a 
capacidade disponível será de 2 x (8 x 5 x 4) = 320 horas mensais. 
Um turno: 
Um turno diário, com oito horas de duração, cinco dias por semana. Nesse caso, a capacidade 
 disponível será de 8 x 5 x 4 = 160 horas mensais. 
Suponha que a fábrica de biscoito, do exemplo anterior, com 720 horas mensais de capacidade 
instalada, pode trabalhar: 
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Exemplo de Análise da Capacidade Produtiva 
Quatro turnos: 
Três turnos diários, com oito horas de duração cada um, sete dias por semana (há quatro equipes 
que se intercalam para garantir o funcionamento ininterrupto, respeitando o descanso semanal 
de todos os funcionários). 
Três turnos: 
Três turnos diários, com oito horas de duração cada um, cinco dias por semana. Nesse caso, a 
capacidade disponível será de 3 x (8 x 5 x 4) = 480 horas mensais 
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Exemplo de Análise da Capacidade Produtiva 
Realização de horas extras: qualquer hora trabalhada além da jornada normal de trabalho é 
considerada hora extra e é somada à capacidade disponível. 
Observe que o valor não atingiu 720 horas, pois estamos considerando um mês composto por 
quatro semanas, o que representa 28 dias, por facilidade de cálculo. 
Nesse caso, a capacidade disponível será de 3 x (8 x 7 x 4) = 672 horas mensais. 
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Capacidade Prática Real 
Para Atkinson et al (2015): 
 
Devemos lembrar que os analistas usam o nível planejado e não o nível real dos custos relacionados à 
capacidade física no cálculo da taxa do direcionador de custo e várias são as razões para que isso ocorra: 
• Usando os custos relacionados à capacidade planejada em vez de real se estabelece um 
marco que serve para comparar os custos relacionados à capacidade real no período contábil; 
• Os custos relacionados à capacidade real anual não são conhecidos até o final do período 
contábil (geralmente um ano) e os analistas de custos desejam calcular os custos para objetos 
de custo como clientes, produtos e tarefas antes do encerramento do ano; 
Contabilidade Gerencial 
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Capacidade PráticaReal 
• Não se deve esquecer de que para estimar a capacidade prática é preciso iniciar com a 
capacidade teórica. 
• É indicado que as organizações busquem usar a capacidade prática para estimar os custos e 
gerar os insights para futuras tomadas de decisão, além de decidir o que fazer com a 
capacidade ociosa; 
Contabilidade Gerencial 
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• Quando se contrata mão de obra para o ano, a capacidade teórica é de 2080 horas, que 
significa 52 semanas, 40 horas por semana; 
• Podemos supor que uma máquina esteja normalmente disponível 100 horas por semana. 
Como dado, estima-se que a capacidade prática é de 80% da capacidade teórica e, dessa 
forma, destina-se 20% da capacidade para atividades de manutenção, setup e conserto; 
Vejamos o exemplo citado por Atkinson et al (2015): 
Capacidade Prática Real 
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Capacidade Prática Real 
• Nessa situação, trabalham 35 horas por semana, o que leva à redução da capacidade prática 
para 1.715 horas (49 semanas , 35 horas por semana); 
• Partindo da hipótese de que os funcionários ficam em média três semanas sem trabalho por 
ano em razão de quebra das máquinas; 
• A conclusão que se chega é que a capacidade prática real é cerca de 82% da capacidade 
teórica (1715/2080). 
Assuntos da próxima aula: CONTEÚDO DA PRÓXIMA AULA 
 
 
Precificação; 
 
Formação do preço de venda; 
 
Considerações de custo; 
 
Planejamento e Controle; 
 
Funções do mercado; 
 
Preço de venda.

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