Buscar

PROCESSO DE CONHECIMENTO NPC convertido

Prévia do material em texto

RESUMO EXTRAÍDO DAS OBRAS DE: CÁSSIO SCARPINELLA BUENO e MARCUS VINÍCIUS 
RIOS GONÇALVES. 
PROCESSO CIVIL II – NCPC – PROCEDIMENTO COMUM – PARÁGRAFO ÚNICO 318 CPC. 
PROCESSO DE CONHECIMENTO 
• O PROCESSO DE CONHECIMENTO TRANFORMA OS FATOS EM DIREITO. 
• O PROCESSO DE CONHECIMENTO POSSUI 4 FASES DISTINTAS: 
• FASE POSTULATÓRIA, ORDINATÓRIA, INSTRUTÓRIA E DECISÓRIA. 
• FASE POSTULATÓRIA: AUTOR E RÉU EXPÕE SUAS ALEGAÇÕES E FORMULAM SEUS 
PEDIDOS. 
• FASE ORDINATÓRIA: ORGANIZAÇÃO DO PROCESSO PARA A FASE INSTRUTÓRIA. 
• FASE INSTRUTÓRIA: PRODUÇÃO DE PROVAS. 
• FASE DECISÓRIA: O MAGISTRADO PROFERE SENTENÇA. 
I – FASE POSTULATÓRIA 
• A FASE POSTULATÓRIA INICIA COM A PETIÇÃO INICIAL -319 CPC. 
• PETIÇÃO INICIAL - É O ATO PROCESSUAL PELO QUAL O AUTOR ROMPE COM A 
INÉRCIA DO PODER JUDICIÁRIO. 
REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL – ART. 319 CPC. 
A PETIÇÃO INICIAL DEVE INDICAR: 
I) O JUÍZO A QUE É DIRIGIDA 
• IDENTIFICAÇÃO DO ÓRGÃO JURISDICIONAL COMPETENTE. 
I- QUALIFICAÇÃO DAS PARTES 
• NOMES, PRENOMES, ESTADO CIVIL, A PROFISSÃO, CPF OU CNPJ, ENDEREÇO 
ELETRÔNICO, O DOMICÍLIO E A RESIDÊNCIA DO AUTOR E DO RÉU. 
• CABE A AUTOR REQUERER AO MAGISTRADO DILIGÊNCIAS PARA OBTER AS 
INFORMAÇÕES CONTIDAS NO INCISO II. 
III – O FATO E OS FUNDAMENTOS JURÍDICOS DO PEDIDO (CAUSA DE PEDIR –AS 
RAZÕES). 
IV) O PEDIDO COM SUAS ESPECIFICAÇÕES. 
• PEDIDO: É A PRETENSÃO QUE O AUTOR LEVA À APRECIAÇÃO DO JUIZ. 
• pedido imediato (provimento jurisdicional) - é a tutela jurisdicional pretendida. 
Exemplos: condenação, declaração, constituição. 
 
* pedido mediato - é o bem da vida sobre o qual recai a providência. Exemplos: 
imóvel, móvel. 
• O PEDIDO DEVE SER CERTO – O AUTOR DEVE INDICAR COM PRECISÃO O QUE 
PRETENDE COM A TUTELA JURISDICIONAL. 
• O MAGISTRADO NÃO PODERÁ CONCEDER NADA ALÉM E NEM DIFERENTE DO QUE 
FOI PEDIDO – ART. 492 CPC – PRINCÍPIO DA VINCULAÇÃO DO JUIZ AO PEDIDO 
PEDIDO. 
• A INTERPRETAÇÃO DO PEDIDO DEVE LEVAR EM CONTA O “CONJUNTO DA 
POSTULAÇÃO”, OBSERVANDO O PRINCÍPIO DA BOA-FÉ - §2º 322 CPC. 
PEDIDOS IMPLÍCITOS §1º 322 CPC – -- JUROS, CORREÇÃO MONETÁRIA E VERBAS DA 
SUCUMBÊNCIA. 
. VERBAS DA SUCUMBÊNCIA (PAGAMENTO DAS CUSTAS, DESPESAS ADIANTADAS 
AO LONGO DO PROCESSO E HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS). 
• OBRIGAÇÕES SUCESSIVAS- 323 CPC –BASTA O RÉU FORMULAR PEDIDO COM 
RELAÇÃO A UMA DAS PRESTAÇÕES. EX: INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE E 
ALIMENTOS. 
• O PEDIDO DEVE SER DETERMINADO – 324, CAPUT, CPC. – DEVE INDICAR A 
QUANTIDADE do que PRETENDE O AUTOR. 
- PEDIDO GENÉRICO - §1º, 324 CPC. i) AÇÕES UNIVERSAIS; 
 ii) QUANDO NÃO FOR POSSÍVEL DETERMINAR AS CONSEQUENCIAS DO ATO ILÍCITO; 
iii) QUANDO A DETERMINAÇÃO DO OBJETO OU DO VALOR DA OBRIGAÇÃO 
DEPENDER DE ATO A SER PRATICADO PELO RÉU. 
CUMULAÇÃO DE PEDIDOS – 326 – 327. 
A) PEDIDO SUBSIDIÁRIO ou eventual – 326 CPC - o magistrado concederá um 
segundo pedido quando não conceder o primeiro (o autor manifesta 
preferência por um pedido – pedido principal). 
B) PEDIDOS ALTERNATIVOS – 325 CPC. 
• CUMULAÇÃO ALTERNATIVA – É AQUELA EM QUE O AUTOR FORMULA MAIS DE UM 
PEDIDO, MAS PEDE AO JUIZ O ACOLHIMENTO DE APENAS UM, SEM MANIFESTAR 
PREFERENCIA POR ESTE OU AQUELE. 
EX: DEVOLUÇÃO DO VALOR DO BEM OU O ABATIMENTO NO PREÇO. 
C) CUMULAÇÃO SIMPLES – parágrafo único art, 326 CPC - O AUTOR FORMULA 
VÁRIOS PEDIDOS, POSTULANDO QUE TODOS SEJAM ACOLHIDOS PELO JUIZ 
(CUMULAÇÃO PRÓPRIA). 
Ex: cobrança de aluguel cumulado com despejo; dano emergente e lucro 
cessante; dano moral e material. 
- NÃO HÁ NECESSIDADE QUE OS PEDIDOS SEJAM CONEXOS. 
 
REGRAS PARA A CUMULAÇÃO DE PEDIDOS – 327 CPC 
I) A CUMULAÇÃO É POSÍVEL MESMO QUE ENTRE OS PEDIDOS NÃO HAJA 
CONEXÃO. 
II) OS PEDIDOS DEVEM SER COMPATÍVEIS ENTRE SI, A NÃO SER QUE SE TRATE 
DE ACUMULAÇÃO IMPRÓPRIA (§3º ART. 327 CPC). 
III) O JUÍZO DEVE SER COMPETENTE PARA APRECIAR TODOS OS PEDIDOS. 
IV) O PROCEDIMENTO DEVE SER ADEQUADO PARA TODOS OS PEDIDOS (§2º 327). 
 
ADITAMENTO DO PEDIDO E DA CAUSA DE PEDIR – 329 CPC. 
• I - O pedido e a causa de pedir podem ser aditados até a citação do réu, sem sua 
concordância. 
• Desde a citação até a o saneamento do processo, somente com a concordância do 
réu, II do art. 329. 
V - VALOR DA CAUSA 
• A PETIÇÃO INICIAL DEVERÁ INDICAR O VALOR DA CAUSA, AINDA QUE ELA NÃO 
TENHA EXPRESSÃO ECONÔMICA, OU QUANDO NÃO FOR POSSÍVEL PRECISAR O 
VALOR DO DANO – 291 CPC. 
• O RÉU PODERÁ IMPUGNAR O VALOR DA CAUSA – ART. 293 CPC. 
• O JUIZ TAMBÉM PODERÁ CORRIGIR O VALOR DA CAUSA - §3º 292 CPC. 
 
ALGUNS CRITÉRIOS PARA INDICAR O VALOR DA CAUSA – ART. 292 CPC. 
• O VALOR DA CAUSA CORESPONDE AO VALOR ECONÔMICO RECLAMADO PELO 
AUTOR. 
• QUANDO NÃO FOR POSSÍVEL O AUTOR PRECISAR AS CONSEQUENCIAS DO DANO, 
DEVE O AUTOR ESTIMAR O VALOR DA CAUSA. 
ART. 292 CPC 
I – NA COBRANÇA DE DÍVIDA, A SOMA MONETARIAMENTE CORRIGIDA DO 
PRINCIPAL, JUROS, CORREÇÃO MONETÁRIA E OUTROS ATÉ A DATA DA 
PROPOSITURA DA AÇÃO. 
II – QUANDO SE TRATAR DE DISCUTIR A EXISTENCIA, A VALIDADE O CUMPRIMENTO, 
MODIFICAÇÃO, A RESOLUÇÃO OU A RESILIÇÃO OU RESCISÃO DE ATO JURÍDICO, O 
VALOR DO ATO OU DE SUA PARTE CONTROVERTIDA. 
III) NA COBRANÇA DE ALIMENTOS, A SOMA DE 12 PRESTAÇÕES MENSAIS 
PEDIDA PELO AUTOR. 
IV) NA DIVISÃO, DEMARCAÇAO E NA REIVINDICAÇÃO, O VALOR DA ÁREA OU 
BEM OBJETO DO PEDIDO. 
V) O VALOR PRETENDIDO A TÍTULO DE INDENIZAÇÃO. 
VI) O VALOR CORRESPONDENTE A SOMA DE TODOS OS PEDIDOS QUANDO 
HOUVER CUMULAÇÃO DE PEDIDOS. 
VII) QUANDO OS PEDIDOS FOREM ALTERNATIVOS, O VALOR DA CAUSA DEVE 
CORRESPONDER AO DE MAIOR VALOR. 
VIII) HAVENDO PEDIDO SUBSIDIÁRIO, O VALOR DA CAUSA É O DO PEDIDO 
PRINCIPAL. 
IX) EM SE TRATANDO DE PRESTAÇÕES VENCIDAS E VINCENDAS, O VALOR DA 
CAUSA SERÁ IGUAL AO VALOR DAS PRESTAÇÕES VENCIDAS MAIS O VALOR 
DAS PRESTAÇÕES VINCENDAS IGUAL A UMA PRESTAÇÃO ANUAL §§1º e 2º 
292 CPC 
• SE A OBRIGAÇÃO FOR POR TEMPO INDETERMINADO, SE POR TEMPO SUPERIOR A 1 
ANO, E, SE POR TEMPO INFERIOR, E, SERÁ IGUAL A SOMA DAS PRESTAÇÕES - §2º 
292 CPC. 
 
IMPORTÂNCIA DO VALOR DA CAUSA. 
• SERVE COMO BASE PARA O RECOLHIMENTO DE CUSTAS PROCESSUAIS. 
• MULTA DE LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. 
• ARBITRAMENTO DOS HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS. 
• O VALOR DA CAUSA SERVE TAMBÉM PARA IDENTIFICAR A COMPETENCIA E O 
PROCEDIMENTO. 
 
VI – AS PROVAS COM QUE O AUTOR PRETENDE DEMONSTRAR A VERDADE DOS 
FATOS. 
• O autor deve juntar desde logo todos os documentos tidos como indispensáveis a 
propositura da ação – 320 e 434 CPC. 
VII – A OPÇÃO DO AUTOR PELA REALIZAÇÃO OU NÃO DE AUDIÊNCIA DE 
CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO 
• O autor deve optar na petição inicial sobre a realização ou não da audiência de 
conciliação ou mediação. 
• Se o autor manifestar logo seu desinteresse naquela audiência, o réu será citado 
para apresentar contestação. 
• A ausência do autor à audiência de conciliação, é considerado ato atentatória à 
dignidade da justiça - §8º, art. 334 CPC. 
OUTRAS EXIGENCIAS – ART. 77 
• GRATUIDADE DA JUSTIÇA- 99 CPC. 
• A PETIÇÃO DEVERÁ SER ACOMPANHADA DE PROCURAÇÃO OUTORGADA PELA 
PARTE AO ADVOGADO – 287 CPC (exceções: parágrafo único 287 CPC). 
• Endereço do advogado (eletrônico e do escritório profissional – 77, V CPC 
• SE A PETIÇÃO VEICULAR PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA CABE AO AUTOR INDICAR 
A OCORRÊNCIA DE SEUS RESPECTIVOS PRESSUPOSTOS (ART. 300 CPC). 
• SE FOR O CASO DE DENUNCIAÇÃO DA LIDE PELO AUTOR, A INICIAL DEVERÁ 
JUSTIFICAR A RAZÃO PELA QUAL O AUTOR PRETENDE TRAZER AO PROCESSO 
AQUELE QUE ENTENDE POSSUIR DIREITO DE REGRESSO. 
• O §2º, ART. 134 PERMITE AO AUTOR QUE REQUEIRA, JÁ COM A INICIAL, A 
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA. 
 
JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE DA PETIÇÃO INICIAL 
I – DISTRIBUIÇÃOONDE HOUVER MAIS DE UM JUIZ – 284 CPC 
II – HIPÓTESES: 
A) A PETIÇÃO INICIAL PREENCHE ADEQUADAMENTE OS REQUISITOS DO ART. 
319; 
• CITAÇÃO DO RÉU 
B) A PETIÇÃO INICIAL NÃO PREENCHE SEUS REQUISITOS; 
• EMENDA A INICIAL 
C) INDEFERIMENTO LIMINAR DA PETIÇÃO INICIAL. 
Obs: AS ALTERNIVAS SUPRA SÃO CHAMADAS, RESPECTIVAMENTE, DE: 
• Juízo de admissibilidade positivo (334, caput e 334, 3º); 
• Juízo de admissibilidade neutro – art. 321 e parágrafo único CPC – dilação do prazo 
– 139, VI e parágrafo único; e 
• Juízo de admissibilidade negativo. 
- de cunho processual – 330 CPC 
- de razões de mérito – 331 e 332 CPC. 
HIPÓTESES DE INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL – 330 CPC. 
I – INÉPCIA DA INICIAL - §1º art. 330 CPC 
i) Falta pedido ou causa de pedir; 
ii) Quando o pedido for indeterminado; 
iii) Quando da narração dos fatos não conduzir logicamente ao pedido; 
iv) Quando tiver pedidos incompatíveis. 
v) Quando contiver pedidos (cumulados) incompatíveis. 
vi) E também nos casos dos §§2º e 3º do art. 330. 
 II – REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE DO JULGAMENTO DO MÉRITO, incisos II e III, 
330. 
• A parte for manifestamente ilegítima; 
• Quando o autor carecer de interesse processual. 
IV – QUANDO O AUTOR NÃO ATENDER AS EXIGÊNCIAS DO ART. 106 E 321 CPC. 
Obs. Importa salientar que mesmo sendo caso de indeferimento, o magistrado 
deve, usando o bom senso, ouvir o autor – 139, IX CPC. 
• Indeferida a petição inicial: 
a) O autor pode apresentar recurso contra sentença; 
b) Poderá o juiz se retratar no prazo de 5 dias – efeito regressivo do recurso. 
c) Se o magistrado retratar-se, determinará a citação do réu. 
d) Caso a sentença seja mantida, o juiz citará o réu para responder o recurso; 
e) Após as contrarrazões os autos serão remetidos ao tribunal. 
f) O tribunal pode reformar ou manter a sentença; 
g) Se o tribunal reformar a sentença, o réu será notificado do retorno dos autos 
e será intimado para (a audiência de conciliação) contestar a ação. 
h) Se o autor não apelar da sentença que indeferiu liminarmente sua inicial, o 
réu será intimado do trânsito em julgado da sentença (331,§3º) – ver §1º 486 
CPC. 
i) Em todos os casos de indeferimento, o processo será extinto sem julgamento 
do mérito – 485, I CPC. 
 
IMPROCEDENCIA LIMINAR DO PEDIDO – 332 CPC. 
• O magistrado prefere sentença de mérito desde logo, antes mesmo de citar o réu. 
CABIMENTO: 
I) QUANDO A FASE INSTRUTÓRIA FOR DISPENSÁVEL E DESDE QUE O PEDIDO 
CONTRARIE: 
i – súmula do STF ou STJ. 
ii – Acórdão proferido pelo STF ou STJ em recurso repetitivo. 
iii – entendimento firmado em incidente de resolução de demandas 
repetitivas ou de assunção de competência. 
iv – enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local. 
OBS: I – Além dos casos mencionados, autoriza a rejeição liminar da inicial 
com resolução de mérito, os casos em que o magistrado pronuncia a 
decadência ou a prescrição ( §1º, 332) – 487, II CPC. 
II - Se o autor apelar é facultado ao juiz se retratar no prazo de 5 dias; 
Se houver retratação o réu será citado para comparecer a audiência de 
conciliação; 
Caso não haja retração, o réu será citado para apresentar contrarrazões no 
prazo de 15 dias. 
Se o autor não apelar, o réu será intimado do trânsito em julgado da decisão. 
 
AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO – 334 CPC 
 
• Presentes os requisitos da petição inicial, réu será citado para comparecer à 
audiência de conciliação ou mediação (30 dias). 
• A citação deverá ocorrer 20 dias antes da audiência. 
• O conciliador – atuará (preferencialmente) casos em que não houver vínculo 
anterior entre as partes - §2º 165 CPC. 
• O mediador – atuará (preferencialmente) nos casos em que houver vínculo anterior 
entre as partes - §3º 165 CPC. 
• Poderá haver mais de uma sessão de conciliação, não podendo exceder 2 meses. 
• A intimação do autor deverá ser feita na pessoa de seu advogado. 
• A audiência não será realizada se as partes manifestarem, expressamente, 
desinteresse na composição judicial - §4º. 
• O autor deverá manifestar seu desinteresse na petição inicial (319, VII), o réu 
deverá manifestar-se em petição simples com até dez dias que antecede a 
audiência - §5º - penalidade. 
• Se o autor manifestar desinteresse pela realização da audiência, o réu será citado 
para contestar. 
• Havendo litisconsórcio, o desinteresse na realização da audiência deve ser 
manifestado por todos os litisconsortes -§6º. 
• As partes devem estar acompanhada de seus advogados ou defensores públicos. 
• O não comparecimento injustificado do autor ou réu, incide a multa de 2% da 
vantagem econômica ou do valor da causa, revestida em favor da União ou do 
Estado (ato atentatório à dignidade da justiça) - §8º 
• A parte poderá constituir representante, por meio de procuração, com poderes 
para negociar ou transigir. 
• Obtida a autocomposição, esta será reduzida a termo e homologada por sentença 
de mérito. 
 
TUTELA PROVISÓRIA – 294 a 311 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
I – TUTELA PROVISÓRIA E SUAS ESPÉCIES 
• O magistrado pode, presentes determinados pressupostos, em caso de urgência ou 
evidência prestar a tutela jurisdicional, antecedentes ou incidentalmente, com 
base em decisão instável (provisória) apta a assegurar e/ou satisfazer a pretensão 
do autor. 
• Quanto ao fundamento, a tutela provisória pode ser de urgência ou evidência- art. 
294, caput. 
• Tutela provisória de urgência cautelar ou antecipada, pode ser concedida em 
caráter antecedente ou incidental– parágrafo único 294. 
• Tutela provisória de urgência (cautelar ou antecipada) ocupa a maior parte dos 
dispositivos – arts. 300 a 310 CPC. 
• A tutela de evidência limita-se somente ao 311 CPC. 
• A distinção entre antecedente e incidente (se antes ou durante o processo). 
• Tutela provisória antecedente (antecipada ou cautelar) é aquela que ainda não há 
processo em curso. 
• A tutela antecedente é pedida antes da tutela principal (ou final). 
• Tutela provisória antecipada: permite satisfazer, desde logo, a pretensão do autor; 
• Tutela provisória cautelar = assegura o direito material. 
 
II – COMPETÊNCIA – 299 CPC 
 
• Tratando-se de pedido incidental provisório, o juízo competente é o mesmo do 
processo que está em curso. 
• Tratando-se de tutela provisória antecedente, o juízo é o que será competente para 
conhecer do pedido principal (ver arts. 44 a 53 CPC). 
• Tutela provisória antecedente (antecipada ou cautelar) é aquela que ainda não há 
processo em curso. 
• Tutela provisória requerida aos tribunais em competência originária será este 
competente, uma vez que julgado o mérito – parágrafo único, 299 CPC. 
III – DEVER DE MOTIVAÇÃO – art. 298 CPC 
• A decisão que conceder, negar, modificar ou revogar, a tutela provisória precisa ser 
fundamentada. 
IV – DURAÇÃO DA TUTELA PROVISÓRIA – 296 CPC. 
• A tutela provisória (antecipada ou cautelar) preserva seus efeitos na pendência do 
processo, enquanto não revogada ou modificada (prévio contraditório – arts 9º e 
10º CPC). 
• Os efeitos da tutela provisória devem ser mantidos mesmo durante a suspenção do 
processo, salvo decisão em contrário (ver art. 314 CPC). 
V – DEVER-PODER GERAL DE ASSEGURAMENTO (CAUTELA) E DE SATISFAÇÃO 
(ANTECIPAÇÃO) – 297 CPC. 
• O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para a efetivação 
da tutela provisória. 
Ex: arresto, sequestro, arrolamento, art. 301 parte final. 
VI – TUTELA PROVISÓRIA REQUERIDA EM CARÁTER INCIDENTAL – 295 CPC 
• Tutela provisória requerida durante o processo independe de pagamento de custas. 
VII – RECORRIBILIDADE DAS INTERLOCUTÓRIAS RELATIVAS A TUTELA PROVISÓRIA• Das decisões que concedem ou negam são recorríveis por agravo de instrumento – 
1.015, I, CPC. 
I - DAS TUTELAS DE URGÊNCIAS 
 
• Em regra, a tutela de urgência deve requerida. 
• Se a tutela versar sobre interesses disponíveis, é vedado o juiz conhecer de ofício; 
• Tratando-se de interesse indisponíveis, havendo periculum in mora, poderá o juiz 
excepcionalmente conhece-la de ofício. 
• Em princípios, as tutelas podem ser deferidas em qualquer tipo de processo, seja 
ele de conhecimento, seja de execução. 
II – ELEMENTOS QUE EVIDENCIEM A PROBABILIDADE DO DIREITO (fumus boni 
iuris). 
• Para a concessão da medida, seja satisfativa ou cautelar, se convença o juiz de que 
as alegações são plausíveis, verossímeis, prováveis. 
• É preciso que o requerente aparente ser o titular do direito que está sob ameaça, e 
que esse direito aparente mereça proteção. 
• O que se exige sempre é que haja a “fumaça do bom direito”, o fumus boni iuris. 
Por que a cognição é superficial (cognição sumária). 
• A cognição sumária é feita com base em mera probabilidade e plausibilidade. 
• A efetiva existência do direito sob ameaça será decidida ao final, em cognição 
exauriente. 
• Em caso extremo, pode o juiz conceder a medida o réu, antes mesmo que ele seja 
citado (liminarmente). 
III- O PERIGO DE DANO OU RESULTADO ÚTIL DO PROCESSO (PERICULUM IN MORA). 
• PERICULUM IN MORA (perigo da demora) – é o requisito que caracteriza as tutelas 
de urgência. 
• As tutelas de urgência só poderão ser deferidas se houver perigo de dano ou risco 
ao resultado útil do processo. 
• É bom ter sempre em vista que a cognição é superficial, exatamente por conta da 
urgência. 
• Não precisa que tenha absoluta certeza da ameaça do perigo, bastando que sejam 
possíveis. 
• O perigo pode resultar de ação ou omissão do réu. 
IV – A IRREVERSSIBILIDADE DOS EFEITOS DA TUTELA DE URGÊNCIA ANTECIPADA. 
• Um dos requisitos para a concessão da tutela de urgência antecipada é que os seus 
efeitos não sejam irreversíveis (300, §3º). 
• Aquilo que é decidido em cognição sumária não pode ser revestido de 
imutabilidade. 
• O provimento sempre pode ser alterado, seja por decisão posterior do próprio 
juízo, seja por recurso interposto. 
 
V - TUTELA DE URGÊNCIA E PROPORCIONALIDADE 
• Ao deferir a tutela provisória de urgência, o juiz objetiva afastar um perigo de dano 
iminente ou risco ao resultado útil do processo. 
• Ao fazê-lo, pode ocasionar um dano ao réu, que será obrigado a cumprir a 
determinação antes que se torne definitiva. 
• Deve, o juiz, comparar os danos que poderão ocorrer caso ele conceda a tutela e 
caso não a faça. 
• Deve também cotejar ainda os valores que estão em risco, caso ou noutro. 
• Exemplo: se o deferimento pode afastar um risco à vida do autor, embora seja 
capaz de trazer prejuízo patrimonial ao réu. 
VI – CAUÇÃO – 300, §1º CPC 
• Cabe caução, caso a medida venha a ser revogada ou perca à eficácia. 
• A caução servirá para garantir o ressarcimento de eventuais danos ao réu. 
• O juiz poderá fixa caução em caso de deferimento de tutela de urgência e em 
qualquer fase do processo. 
• Se a parte não apresentar condições de prestar caução, por ser economicamente 
hipossuficiente, o juiz não a exigirá. 
 
VII – RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO AUTOR – 302 CPC. 
• O autor responderá objetivamente pelos danos causados ao réu, no caso de 
revogação ou perda da eficácia da tutela cautelar ou satisfativa. 
• O autor assume o risco de obter uma medida em cognição sumária, que possa trazer 
danos ao réu. 
• O art. 302 ressalva a possibilidade de incidência cumulativa de indenização por dano 
processual, em caso de litigância de má-fé, como previsto no art. 79 CPC. 
TUTELAS DE URGENCIAS, ART. 300. (DISPOSIÇÕES GERAIS) – Cassio Scarpinella 
• A CONCESSÃO DE TUTELA DE URGÊNCIA PRESSUPÕE: 
A) Probabilidade do direito (fumus boni iuris); 
B) Perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo (periculum in mora). 
• Prestação de caução – 300, §1º CPC. 
• A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente (no início do processo e sem 
a oitiva da parte contrária) ou após justificação prévia - §3º art. 300. 
• Liminar é tudo que será concedido no início da demanda sem ouvir a outra parte. 
I – TUTELA ANTECIPADA EM CARÁTER ANTECEDENTE – 303 CPC (procedimento da 
tutela antecipada antecedente). 
• Tutela antecedente é a aquela requerida antes do processo. 
• Quando a urgência for contemporânea à propositura da ação, ou seja à época do 
protocolo da petição inicial (art. 312). 
PETIÇÃO INICIAL – 303 
• A petição inicial deverá conter: 
a) Requerimento da tutela antecipada; 
b) A indicação do pedido de tutela final (pretensão do autor); 
c) A exposição da lide (a controversa com a parte contrária que justifica o 
pedido) 
d) A probabilidade do direito que se busca realizar (fumus boni iuris); 
e) Perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo (periculum in mora) 
f) Deverá também indicar o valor da causa (levando em consideração o pedido 
final – 303, §4º) 
ADITAMENTO DA PETIÇÃO INICIAL – §1º, incisos I, II e III, art. 303 
 
SE A TUTELA ANTECIPADA FOR CONCEDIDA: 
a) O autor deve aditar a petição inicial, complementando sua argumentação; 
b) juntando, se for o caso, novos documentos; 
c) Confirmar o pedido de tutela final 
d) Prazo 15 dias ou outro fixado pelo juiz. 
• O aditamento será feito nos mesmos autos (sem incidência novas custas – 303 §3º) 
• O réu será citado (para o processo que teve início com a petição inicial 
antecedente) para comparecer à audiência de conciliação ou mediação nos termos 
do art. 334 CPC. 
• E intimado (da concessão da tutela antecipada). 
• Não havendo composição, o prazo para contestação observará o disposto no art. 
335 – Inciso do §1º do art. 303. 
SE A TUTELA ANTECIPADA NÃO FOR CONCEDIDA - §6º, ART. 303 
• O juiz determinará a emenda à inicial no prazo 5 dias, sob pena de indeferimento e 
o processo ser extinto sem resolução do mérito. 
SE NÃO HOUVER ADITAMENTO DA PETIÇÃO INICIAL 
• Não realizado o aditamento o processo será extinto sem resolução do mérito - §2º 
do art. 303. 
 
III – ESTABILIZAÇÃO DA TUTELA PROVISÓRIA ANTECIPADA 
• A decisão concessiva da tutela antecipada antecedente nos termos do art. 303 
torna-se estável se não houver interposição do respectivo recurso (art. 304, caput); 
• Nesta hipótese o processo será extinto (304, §1º). 
• Qualquer das partes poderá demandar a outra com o fim de rever, reformar ou 
invalidar a tutela antecipada estabilizada art. 304, §2º, 
• A tutela antecipada antecedente manterá seus efeitos enquanto não revista, 
reformada ou invalidada em decisão de mérito; 
• Qualquer das partes poderá requerer o desarquivamento dos autos em 
que foi concedida a medida para instruir a ação que se refere o §2º, 
prevento o juízo em que a tutela antecipada foi concedida. 
• O direito de rever, reformar ou invalidar extungue-se em 2 (dois anos) contados da 
ciência da decisão que extinguiu o processo ( 304, §5º) 
• Enquanto a tutela antecipada não revista ficam seus efeitos preservados e só 
cederão espaço se ela for revista, reformada ou invalidada por decisão de mérito 
(304, §3º). 
• Não faz coisa julgada material a decisão de tutela antecipada estabilizada (§6º, 
304). 
• Somente a tutela antecipada tem aptidão a estabilizar-se. 
 
TUTELA CAUTELAR ANTECEDENTE 305 a 310 CPC 
I – PETIÇÃO INICIAL – 305 CPC 
a) O autor deve indica a lide; 
b) Seu fundamento e exposição sumária do direito que objetiva assegurar 
(fumus boni iuris); 
c) Perigo do dano e o risco ao resultado útil do processo deve ser demonstrado 
(fumus boniiuris); 
II - FUNGIBILIDADE – PARÁGRAFO ÚNICO 305 CPC 
III – CITAÇÃO DO RÉU E SUAS ATITUDES 
• Recebida a inicial da tutela cautelar antecedente, o magistrado determinará a 
citação do réu para contestar o pedido e apresentar provas em cinco dias (306 
CPC). 
• O prazo pra contestar fluirá de acordo com as hipóteses previstas no art. 231 CPC. 
• Hipótese de o réu não apresentar contestação - revelia – art. 307 (ver art. 348 CPC. 
• Havendo contestação, observará o procedimento comum. 
IV – APRESENTAÇÃO DO PEDIDO PRINCIPAL 
• Efetivada a tutela cautelar, o pedido principal deve ser formulado pelo autor no 
prazo de trinta dias nos mesmos autos – 308 CPC. 
• A causa de pedir pode ser aditada quando da formulação do pedido do pedido 
principal - §2º, 308. 
• Apresentado o pedido principal as partes serão intimadas para a audiência de 
conciliação ou mediação (334) - §3º, 308. 
• Se não houver acordo, terá início para que o conteste (335). 
• O pedido principal pode ser feito juntamente com o pedido de tutela cautelar - §1º, 
308 (deve-se logo observar o procedimento comum). 
• No caso do §1º do art. 308, deve o réu ser citado para a audiência de conciliação ou 
mediação. 
V – CESSAÇÃO DA EFICÁCIA DA TUTELA CAUTELAR ANTECEDENTE – 309 CPC. 
A eficácia da tutela cautelar antecedente cessa: 
a) Quando o autor não deduzir o pedido principal no prazo de 30 dias; 
b) Quando a tutela concedida não for efetivada não for efetivada dentro de trinta 
dias; 
c) Quando o juiz julgar improcedente o pedido principal formulado pelo autor; 
d) Ou extinguir o processo sem resolução do mérito. 
 
• O pedido cautelar pode ser reformulado, desde que com nova causa de pedir 
(parágrafo único, art. 309). 
VI – INDEFERIMENTO DA CAUTELAR E PEDIDO PRINCIPAL – 310 CPC. 
• Mesmo com indeferimento da tutela cautelar a parte poderá formular o pedido 
principal, observando o art. 308. 
 
TUTELA DE EVIDÊNCIA –ART. 311 CPC 
Introdução 
• A tutela provisória pode ser concedida por outros fundamentos que não a urgência. 
• A tutela de evidência dispensa a urgência. 
• A tutela provisória de evidência permite ao juiz que antecipe uma medida 
satisfativa ou cautelar, transferindo para o réu os ônus da demora. 
 
Exemplos: numa ação de cobrança, o juiz verifique que o réu abusa do direito de 
defesa ou revela manifesto intuito protelatório. Ele poderá conforme o caso 
concreto, deferir tutela satisfativa, já determinando que o faça o pagamento e 
permitindo o cumprimento provisório da decisão; ou entender que o mais 
adequado é determinar uma providência cautelar, como arresto de bens para 
garantia de futura execução. 
• A tutela de evidência é sempre deferida em cognição sumária e em caráter 
provisório, podendo ser modificada ou revogada a qualquer tempo. 
II – HIPÓTESES DE CABIMENTO – 311 CPC 
I) ABUSO DE DEFESA OU O MANIFESTO PROPÓSITO PROTELATÓRIO DA PARTE. 
• A tutela tem caráter repressivo: visa sancionar a atitude abusiva, de má-fé, de 
abuso da parte. 
• Se o juiz constata que o réu se aproveita para fazer recair o ônus da demora do 
processo exclusivamente sobre o autor, pode conceder a tutela. 
• Concedida a tutela em favor do autor, por exemplo, passará a ser do interesse do 
réu que o processo tenha rápida solução. 
• Exemplo: o réu suscita defesas ou argumentos inconsistentes apenas para ganhar 
tempo, ou incidentes protelatórios, para retardar o julgamento. 
 
II – Alegações de fato que podem ser comprovadas documentalmente havendo 
tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante. 
• Os autos, há probabilidade que evidenciam ser o direito do autor. 
• Requisitos cumulativos: 
a) Havendo questão de fato: já possa ser comprovada apenas por documentos; 
b) E a questão de direito seja objeto de tese firmada em julgamento repetitivo 
ou súmula vinculante. 
Se verificada tais circunstâncias darão ao juiz forte convicção de procedência 
do pedido do autor. 
 
III – PEDIDO REIPERSECUTÓRIO FUNDADO EM PROVA DOCUMENTAL 
ADEQUADA DO CONTRATO DE DEPÓSITO 
• Sendo a inicial instruída com prova documental adequada do contrato de depósito, 
o juiz deferirá a tutela de evidência determinando a entrega do objeto custodiado, 
sob cominação de multa. 
IV – PETIÇÃO INICIAL INSTRUÍDA COM PROVA DOCUMENTAL SUFICIENTE DOS 
FATOS CONSTITUTIVOS DO DIREITO DO AUTOR, A QUE O RÉU NÃO OPONHA 
PROVA CAPAZ DE GERAR DÚVIDA RAZOÁVEL. 
• As hipóteses contidas nos incisos II e III podem ser concedidas liminarmente 
(parágrafo único 311 CPC) – ver inciso II do parágrafo único do art. 9º CPC. 
RESPONSABILIDADE CIVIL NOS CASOS DE TUTELA DE EVIDÊNCIA 
O autor poderá ser responsabilizado por danos causados ao réu no caso de improcedência 
do pedido, nos termo do artigo 302 CPC. 
RESTRIÇÕES À TUTELA PROVISÓRIA – ART. 1.059 CPC 
• ART. 1º AO 4º DA LEI 8. 437/1992 E O NO ART. 7º, §2º DA LEI 12.016/2009 (LEI DO 
MANDADO DE SEGURANÇA). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESPOSTAS DO RÉU 
 
 
CONTESTAÇÃO 
• A contestação é forma mais ampla de defesa do réu. 
• O réu na contestação arguir todas alegações de ordem processual (3 CPC) e 
material. 
• Ela é regida pelos princípios da concentração da defesa, da eventualidade e da 
impugnação específica – arts. 336, e 341 CPC. 
I – PRINCÍPIO DA CONCENTRAÇÃO DA DEFESA – 336 CPC. 
• Tal princípio significa que o réu, NA CONTESTAÇÃO, deve alegar toda matéria de 
defesa, seja de cunho processual ou substancial (336 CPC). 
• É vedado ao réu arguir alegações novas após a contestação, salvo se houver fatos 
supervenientes – 342 CPC. 
II – PRINCÍPIO DA EVENTUALIDADE 
• O princípio da eventualidade significa a possibilidade de o réu arguir toda as teses 
de defesas possíveis, ainda que contraditórias. 
III – PRINCÍPIO DA IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA 
• Relaciona-se com a defesa de mérito 
• Tal princípio exige do réu que se manifeste precisamente sobre os fatos alegados 
pelo autor na petição inicial – 341, caput. 
• Fato não controvertido, é fato passível de ser reputado verdadeiro 374, III). 
• Podem impugnar por negativa geral o defensor público, o advogado dativo e o 
curador especial. 
 
PRAZO 
• O prazo para o réu contestar é de 15 dias úteis – 335 CPC. 
Termo inicial do prazo pra contestar ocorrerá : 
I – da data da audiência se houver autocomposição ou se uma das partes não 
comparecer; 
II – data do protocolo da petição de desinteresse da audiência; 
III – havendo litisconsórcio, e todos e se todos manifestarem desinteresse na 
realização da audiência, o prazo fluirá para cada um da data de sua respectiva 
petição – 334,§1º. 
IV - não tendo sido realizada a audiência de conciliação ou mediação, o prazo 
começa correr de acordo com as variantes do art. 231 CPC: 
a) Citação pelo correio, da data da juntada, nos autos, do AR; 
b) Oficial de justiça (inclusive por hora certa), da data do mandado cumprido nos 
autos; 
c) Citação por ato do escrivão ou chefe de secretaria, da data em que o réu 
compareceu ao cartório ou secretaria; 
d) Citação por edital, do dia útil seguinte ao fim do prazo de sua duração; 
e) Citação por meios eletrônicos, do dia útil à consulta ao seu teor ou ao término 
do prazo para que a consulta se dê; 
f) Citação por carta precatória ou rogatória, da data da juntada da comunicação 
eletrônica nos autos do processo em que a carta foi expedida, não havendo 
da data da juntada da carta cumprida nos autos de origem; 
g) Havendo mais de um réu, o prazo inicia da juntada do AR, MANDADO, ETC. – 
231,§1º. 
h) Não realizada a audiência de conciliação ou mediação por inadmissibilidade 
de autocomposição e o autor desistir da ação emrelação a litisconsórcio 
passivo ainda não citado, o prazo para a contestação correrá da data de 
intimação da decisão que homologar a desistência. 
 CITAÇÃO 
• Citação – é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado 
para integrar a relação processual – 239 CPC. 
• Intimação – é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e dos termos do 
processo – 269 CPC. (VER arts. 270 e 272) 
• A citação será pessoal, podendo ser feita na pessoa do representante legal, ou do 
procurador do réu, executado ou do interessado. 
• Para a validade do processo é indispensável a citação do réu – 239 CPC. 
• O comparecimento espontâneo do réu supre a falta ou a nulidade de citação - §1º, 
239 CPC. 
• Rejeitada a alegação de nulidade de citação, o réu será considerado revel – Inciso I, 
§2º, art. 239. 
• Citação direta – é feita na pessoa do réu ou de seu representante legal. 
• Indireta – é a feita na pessoa de um terceiro (advogado), que tem poderes de 
recebe-la com efeito vinculante ao réu. 
• A citação da fazenda pública e suas autarquias, fundações de direito público será 
realizada perante o órgão da advocacia pública. 
• O militar em serviço será citado na unidade em que estiver servindo, se não for 
conhecida sua residência ou não for encontrado – parágrafo único, art. 243 CPC. 
• Não se fará citação – 244 e 245 CPC. 
Citação por mandado (por oficial de justiça ) – arts. 249, 250 CPC. 
• A citação por mandado é feita quando for frustrada a citação pelo correio. 
• Requisitos do mandado – 250 CPC. 
• Citação por hora certa (citação ficta) – 252 e 253 CPC 
 - o oficial for por 2 vezes à residência do réu. 
 - o oficial tem que suspeitar que o réu está se ocultado para não ser citado. 
 - o oficial poderá citar qualquer pessoa da família ou vizinho na hora designada. 
 - carta de ciência no prazo de 10 dias. 
 - ocorrendo a citação por hora certa, será nomeado curador especial ao réu. 
* nos condomínios com controle de acesso, a citação ou intimação será feita a 
funcionário da portaria. 
CITAÇÃO POR EDITAL (citação ficta). 
• Citação por edital – será feita quando: 
- Desconhecido ou incerto o citando. 
- ignorado, incerto ou inacessível em que se encontra o citando ( ver inciso III, §1º e 3º, 
art. 256). 
* requisitos da citação por edital – art. 257 CPC. 
I – a firmação do autor ou certidão do oficial informando de circunstancias 
autorizadoras – (ver art. 258 CPC). 
II - o edital será publicado nas páginas eletrônicas do CJN e dos tribunais e , 
subsidiariamente, nos jornais. 
III – Prazo varia de 20 a 60 dias, fluindo da data da publicação única, havendo mais de 
uma, da data da primeira. 
 
IV - Na revelia será nomeado curador especial – IV, art. 257. 
• Nas comarcas contíguas, o oficil poderá efetuar nela citação, intimação – 255 CPC. 
 
PRELIMINARES – ART 337 CPC. 
• O réu deverá apresentar, na contestação, toda matéria de defesa, expondo as 
razões de fato e de direito pelas quais impugna o (os) pedido (os) do autor 
(PRINCÍPIO DA CONCENTRAÇÃO DA DEFESA E DA EVENTUALIDADE. 
• Deverá também especificar as provas que pretende produzir -336 CPC. 
• Poderá também requerer antecipação de provas justificando sua inciativa 
TIPOS DE DEFESAS 
• defesas relativas ao plano do processo – PRELIMINARES. 
• Defesas relativas ao direito material pleiteado pelo autor (defesa de mérito). 
 
- as preliminares dizem respeito a higidez do processo e ao escorreito exercício do 
direito de ação. 
- as preliminares devem ser arguidas antes da defesa de mérito. 
 Art. 337, 
I – inexistência ou nulidade da citação. 
• A citação é indispensável para a formação e o desenvolvimento válido do processo 
(contraditório e ampla defesa – art. 5º, inciso LV, CF). 
• A citação não pode ser dispensada e nem realizada de maneira irregular. 
• O réu pode arguir a falta ou a irregularidade da citação em preliminar de 
contestação (ver §§1º e 2º, art. 239) 
• Acolhida a preliminar, o réu poderá apresentar contestação fora do prazo. 
II – incompetência absoluta e relativa 
• É vedado o conhecimento de ofício da incompetência relativa. 
• A incompetência relativa deve ser arguida pelo réu em preliminar, sob pena de 
prorrogar-se. ( VER E 340 CPC). 
• Sendo acolhida a preliminar, os autos serão remetidos ao juízo competente – (ver 
§4º, 64). 
III – incorreção do valor da causa 
• O réu alega que o valor da causa é incorreto – (ver art. 292). 
• Acolhida essa preliminar, o será determinada sua correção. 
IV – Inépcia da petição inicial 
• Será considerada inepta, nos termos dos §1º e 2º art. 330 CPC. 
• O acolhimento desta preliminar conduzirá o processo a sua extinção sem resolução 
de mérito – (art. 485, I). 
V – PEREMPÇÃO 
• Perempção - é a hipótese de o autor ter formulado o mesmo pedido, com base na 
mesma causa de pedir em face do réu três vezes anteriores e ter dado ensejo à 
extinção do processo sem resolução do mérito por abandono de causa em cada 
uma delas. 
• Cabe ao réu arguir em preliminar de contestação. 
• Se a preliminar for acolhida , o processo será extinto sem resolução de mérito, art. 
485, V CPC. 
VI e VII – LITISPENDÊNCIA E COISA JULGADA §§§§- 1º, 2º, 3º e 4º, art. 337. 
• Ambas representam a mesma consequência jurídica, mas ocorrem em momentos 
diferentes. 
• Litispendência– duas ações idênticas em curso concomitantemente. 
• Coisa julgada – duas ações idênticas, sendo que uma já transitou em julgado. 
• Acolhida a preliminar, o processo será extinto sem resolução do mérito – 485, V 
CPC. 
 
VIII – CONEXÃO 
• Conexão – é fator que modifica a competência de um juízo para outro (art. 54 e 55 
CPC). 
• O objetivo da conexão é evitar decisões conflitantes ou incompatíveis. 
• Prevenção – é a fixação da competência entre dois juízes igualmente competente 
para decidir causas conexas. 
• A prevenção pode ser determinada de duas meneiras: 
a) Juizos de comarca diversas – pela citação válida. 
b) Juízos de mesma comarca – por aquele que despachou em primeiro lugar. 
• A colhida a conexão, os autos serão enviados ao juízo competente (juízo prevento – 
art. 58). 
IX – INCAPACIDADE DA PARTE DEFEITO DE REPRESENTAÇÃO 
• Hipótese de menor não está devidamente representado ou assistido. 
• Cônjuge não apresentou autorização do outro – art. 73. 
• Falta de procuração de advogado (art. 104). 
• Acolhida a preliminar, o juiz permitirá o autor que sane o vício. Se isto não ocorrer o 
processo será extinto sem resolução de mérito -76, §1º, I e 485, IV CPC. 
X – CONVENÇÃO DE ARBITRAGEM 
• Cláusula compromissória (ver §6º, 337). 
• Não é matéria de ordem pública - §5º, 337. 
• Acolhida a preliminar as partes serão conduzidas a arbitragem. 
XI – AUSENCIA DE LEGITIMIDADE OU INTERESSE PROCESSUAL 
• O réu poderá arguir a ausência de legitimidade ativa ou passiva (338 e 339, caput e 
§2º CPC) ou ainda, falta de interesse processual por parte do autor. 
XII – FALTA DE CAUÇÃO 
• A lei, por vezes, exige prestação de caução para o exercício do direito de ação – 
exemplo: estrangeiro que reside no brasil e aqui não tem bens. art. 83 CPC. 
• Acolhida a ausência de caução, o processo será extinto sem resolução de mérito 
(485, X) – ver súmula 28 STF. 
XIII – INDEVIDA CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA. 
- O réu poderá questionar a gratuidade da justiça concedida ao autor – 100, caput. 
 
DEFESAS DE MÉRITO 
• Defesas de mérito ou substanciais. 
• Tais defesas se voltam ao direito material, ao conflito de interesse. 
• Devem ser arguidas depois das preliminares na mesma contestação. 
• A defesa de mérito pode ser: DIRETA ou INDIRETA. 
• DIRETA: O réu nega os fatos descritos pelo autor napetição inicial, ou os efeitos 
que dele pretende retirar. 
• INDIRETA: O réu reconhece os fatos postulados pelo autor, porém apresenta outros 
modificativos, impeditivos e extintivos do direito do autor. 
Exemplo: i) em ação de acidente de trânsito, haverá defesa de mérito direita se o 
réu negar que houve o acidente; ii) haverá defesa indireta se o réu reconhecer o 
fato na forma narrada, mas alega que já pagou, que houve prescrição, que as partes 
já transigiram. 
Obs. A prescrição e a decadência constituem defesas substanciais indireta, podendo 
ser arguidas em preliminar – são denominadas preliminares de mérito – 487, II CPC 
I – PRINCÍPIO DA CONCENTRAÇÃO DA DEFESA ou da EVENTUALIDADE – 336 CPC. 
• Tal princípio significa que o réu, NA CONTESTAÇÃO, deve alegar toda matéria de 
defesa, seja de cunho processual ou substancial, ainda que contraditórias (336 
CPC). 
• É vedado ao réu arguir alegações novas após a contestação, salvo se houver fatos 
supervenientes ou se tratar de matéria de ordem pública – 342 CPC. 
• O réu, na contestação, deve instruir a contestação com as provas que pretende 
produzir – 434 CPC. 
II – PRINCÍPIO DA IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA 
• Relaciona-se com a defesa de mérito 
• Tal princípio exige do réu que se manifeste precisamente sobre os fatos alegados 
pelo autor na petição inicial – 341, caput. 
• Fato não controvertido, é fato passível de ser reputado verdadeiro 374, III). 
• Podem impugnar por negativa geral o defensor público, o advogado dativo e o 
curador especial. 
• Não se admite confissão: direitos indisponíveis; e se a petição inicial não estiver 
acompanhada de instrumento público que a lei considerar substancia do ato. 
(presunção juris tantum). 
 
RECONVENÇÃO 
• Reconvenção – é a ação do réu contra o autor no mesmo processo (contra-ataque 
do réu em face do autor). 
• O réu reconvirá na própria contestação – 343 CPC. 
• Proposta a reconvenção o autor será intimado por intermédio de seu advogado 
para responder em 15 dias (§1º, 343). 
• A reconvenção poderá ser proposta em face do autor e de terceiro - §3º, 343). 
• O réu listiconsortes poderá também reconvir - §4º, 343 CPC. 
• O réu poderá apresentar reconvenção independentemente de contestação - §6º, 
343. 
• Se o autor estiver agindo como substituto processual (art. 18 CPC), a reconvenção 
deve ter como fundamento o direito do substituído -343, §5º. 
• A desistência da ação principal não obsta o prosseguimento do processo quanto a 
reconvenção – 343, §2º 
Requisitos: i) conexão – reconvenção tem que ser conexa com a ação principal ou 
com os fundamentos da defesa. 
 
REVELIA 
• Revelia é ausência de contestação ou contesta intempestivamente. 
• O réu que não contesta é chamado de revel. 
• Ocorrendo a revelia, os fatos alegados pelo autor são presumidos verdadeiros 
(presunção Juris tantum). 
• Não ocorre a revelia nas hipóteses contidas no art. 345 CPC. 
• Sendo o réu revel, os prazos processuais fluirão da publicação das decisões ou 
despachos do Diário oficial. 
• Havendo procurador constituído nos autos, as intimações serão dirigidas 
normalmente a ele ( 346, caput). 
• A revelia não impede que o réu, querendo, intervenha a qualquer tempo, estando 
sujeito, contudo, a todos os acontecimentos já consumados antes de seu ingresso- 
346, parágrafo único. 
• Salvo se não foi citado regularmente – ver art. 239 CPC. 
 
OUTRO COMPORTAMENTOS DO RÉU 
• É facultado ao réu: requerer o desmembramento do litisconsórcio – 113, §2º; 
denunciar a lide – 126; chamar ao processo – 131; requerer a falsidade de 
documento apresentado pelo autor – 430; requerer a exibição de documento ou 
coisa em face do autor ou terceiro – 397 e 401 e por último reconhecer a 
procedência do pedido - §4º, art. 90. 
 FASE ORDINATÓRIA – ARTS. 347 a 353 CPC. 
• FASE ORDINATÓRIA – É A FASE PROCESSUAL QUE PERMITE AO MAGISTRADO, 
CONFORME CADA CASO CONCRETO, IDENTIFICAR QUAIS ATIVIDADES PROCESSUAIS 
QUE DEVEM SER PRATICADAS APÓS O DECURSO DO PRAZO PARA A MANIFESTAÇÃO 
DO RÉU –ART. 347 CPC. (PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES). 
PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES 
FINDO O PRAZO PARA CONTESTAÇÃO, O JUIZ TOMARÁ, CONFORME O CASO, AS 
PROVIDENCIAS PRELIMINARES (347 CPC) A SEGUIR: 
I) SE O RÉU NÃO CONTESTAR (RÉU REVEL), E A REVELIA PRODUZIR OS SEUS 
EFEITOS (ART. 344), DEVERÁ O MAGISTRADO, JULGAR ANTECIPADAMENTE 
O MÉRITO, FORMA DO ART. 355 CPC. 
II) SE O RÉU NÃO CONTESTAR, E A REVELIA NÃO PRODUZIR OS SEUS EFEITOS 
(ART. 345 CPC), O JUIZ DETERMINARÁ QUE O AUTOR ESPECIFIQUE AS 
PROVAS QUE PRETENDA PRODUZIR, SE AINDA NÃO TENHA FEITO – 348 
CPC. 
III) SE O RÉU CONTESTAR, ALEGANDO FATOS IMPEDIDITIVOS, EXTINTIVOS OU 
MODIFICATIVOS DO DIREITO DO AUTOR (DEFESA DE MÉRITO INDIRETA), 
ESTE TERÁ PRAZO DE 15 DIAS PARA RÉPLICA, PERMITIDA A PRODUÇÃO DE 
PROVA- ART. 350 CPC 
• RÉPLICA: É A CONTESTAÇÃO DA CONTESTAÇÃO. 
• NA RÉPLICA SE APLICA TAMBÉM O PRINCÍPIO DA IMPUGNAÇÃO ESPECÍCIFICA DO 
ART. 341 CPC. 
• CABE RÉPLICA QUANDO O RÉU ALEGAR: 
A) ALGUMAS (AS) PRELIMINARES DO ART. 337; 
B) FATO MODIFICATIVO, IMPEDITIVO OU EXTINTIVO DO DIREITO DO AUTOR – 350 
CPC. 
IV – SE O RÉU CONTESTAR, ALEGANDO QUALQUER UMA DAS PRELIMINARES DO ART. 
337 CPC, O AUTOR TERÁ O PRAZO DE 15 DIAS PARA APRESENTAR RÉPLICA, PERMITIDA 
A PRODUÇÃO DE PROVA – ART. 351 CPC. 
• O JUIZ VERIFICANDO A EXISTÊNCIA DE IRREGULARIDADES OU VÍCIOS SANÁVEIS, 
DETERMINARÁ SUA CORREÇÃO NO PRAZO NUNCA SUPERIOR A 30 DIAS – 352 CPC. 
V – NÃO HAVENDO NECESSIDADE DE PRODUÇÃO DE OUTRAS PROVAS (I, ART. 355); OU 
OCORRENDO OS EFEITOS DA REVELIA (344 CPC), E NÃO HOUVER REQUERIMENTO DE 
PRODUÇÃO DE PROVA PELO RÉU REVEL ( 349 E PARÁGRAFO ÚNICO 346 CPC), O JUIZ 
JULGARÁ ANTECIPADAMENTE O PEDIDO. 
VI – CUMPRIDAS AS PRELIMINARES OU NÃO HAVENDO NECESSIDADES DELAS, JUIZ 
PROFERIRÁ JULGAMENTO CONFORME O ESTADO DO PROCESSO. 
 
 
 
 
JULGAMENTO CONFORME O ESTADO DO PROCESSO 
• ATOS PRATICADOS APÓS AS PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES. 
I – EXTINÇÃO DO PROCESSO – 354 CPC 
• OCORRENDO QUALQUER DA HIPÓTESES PREVISTAS NOS ART. 485 (sentença sem 
julgamento do mérito) E 487, II e III (com julgamento do mérito), o juiz proferirá 
sentença. 
• O juiz poderá extinguir o processo sempre que as causas acima se apresentarem. 
II – JULGAMENTO ANTECIPADO DO MÉRITO – 355 CPC. 
O JUIZ JULGARÁ ANTECIPADMANTE O PEDIDO, QUANDO: 
I – NÃO HOUVER NECESSIDADE DE PRODUÇÃO DE OUTRAS PROVAS. 
II – O RÉU FOR REVEL, OCORRER O EFEITO DA REVELIA, ENÃO HOUVER 
REQUERIMENTO DE PROVA PELO RÉU REVEL. 
III - DO JULGAMENTO ANTECIPADO PARCIAL DO MÉRITO 356 
O JUIZ JULGARÁ PARCIALMENTE O MÉRITO, QUANDO O PEDIDO: 
I – MOSTRA-SE INCONTROVERSO; 
II – ESTIVER EM CONDIÇÕES DE IMEDIATO JULGAMENTO, NOS TERMOS DO ART. 355. 
• A liquidação e o cumprimento de sentença poderão ser processados nos próprios 
autos ou em autos suplementares §§1º a 4º 
• Da decisão (decisão interlocutória de mérito), que julgar o mérito parcialmente 
caberá o recurso AGRAVO DE INSTRUMENTO. 
 
DO SANEAMENTO DO PROCESSO – ART. 357 CPC. 
 
NÃO HAVENDO JULGAMENTO ANTECIPADO DO MÉRITO OU JULGAMENTO PARCIAL 
DE MÉRITO, DEVERÁ O JUIZ EM DECISÃO DE SANEAMENTO E DE ORGANIZAÇÃO DO 
PROCESSO: 
I – RESOLVER AS QUESTÕES PROCESSUAIS PRENDENTES, SE HOUVER; 
II – DELIMITAR AS QUESTÕES DE FATO SOBRE AS QUAIS RECAIRÁ A ATIVIDADE 
PROBATÓRIA, ESPECIFICANDO OS MEIOS DE PROVA ADMITIDOS. 
III – DEFINIR A DISTRIBUIÇÃO DO ÔNUS DA PROVA, OBSERVADO O ART. 373, 
IV – DELIMITAR AS QUESTÕES DE DIREITO RELEVANTES PARA A DECISÃO DE 
MÉRITO; 
V – DESIGNAR, SE NECESSÁRIO, AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO. 
§1º AS PARTES TEM O DIREITO DE PEDIR ESCLARECIMENTO, NO PRAZO DE 5 DIAS, 
SOBRE O SANEAMENTO,FINDO O QUAL A DECISÃO SE TORNA ESTÁVEL. 
§2º ..... 
 
 
 
FASE INSTRUTÓRIA 
I- INTRODUÇÃO 
No curso de um processo o conflito pode ser exclusivamente de direito, ou também de 
fato. Quanto a este não necessita ser provado (exceto art. 376 CPC), mas se houver fatos 
controvertidos, estes, por sua vez, devem ser provados. 
II – CONCEITO DE PROVA 
PROVAS: São os meios utilizados para formar o convencimento do juiz a respeito de fatos 
controvertidos que tenham relevância para o processo. 
III – NATUREZ A JURÍDICA DAS PROVAS 
 O CPC considera as provas como forma de convencimento do juiz, a respeito de fatos 
controvertidos. 
IV - OBJETO DA PROVA 
• São os fatos controvertidos relevantes para o julgamento do processo. 
• Não se prova direito, porque o juiz conhece o direito (jura novit curia), exceção art. 
376 CPC. 
V - FATOS QUE NÃO PRECISAM SER COMPROVADOS – 374 CPC 
A) Fatos notórios – são aqueles do conhecimento geral da comunidade em que o 
processo tramita; 
B) Os fatos afirmados por uma das partes e confessados pela outra; 
C) Fatos admitidos no processo como incontroverso (apenas o que há controvérsia se 
exige prova); 
D) Fato, ainda que relevante, em que há presunção legal de veracidade (presunção 
juris et de jure e juris tantum) – exemplo: revelia 344 CPC. 
Exemplo: colisão de carro na traseira de outro (presunção simples – 375 CPC). 
Havendo presunção, dispensam-se a produção de prova. 
Presunção legal: 231 e 232 CCB. 
VI – JUIZ E A PRODUÇÃO DE PROVAS 
• A prova é destinada a convencer o juiz, a respeito dos fatos controvertidos (o juiz é 
o destinatário das provas) 
• O juiz é o diretor do processo (poderes instrutórios - art. 370 CPC). 
• Princípio do livre convencimento motivado do juiz – 371 CPC. 
VII – ÔNUS DA PROVA 
• O juiz não se exime de sentenciar, alegando que os fatos não foram esclarecidos. 
• O ônus da prova ocorre nos termos do art. 373 CPC. 
• As partes não obrigadas a produzir provas a respeito do que alegarem. Quem tem o 
ônus da prova é aquele que sofrerá as consequências desfavorável decorrente de 
sua omissão. 
VIII – HIERARQUIA DAS PROVAS 
• Em princípio, nenhuma prova tem valor superior a outra, devendo ao juiz sopesá-
las ao formar o seu convencimento. 
IX – PROVAS ILÍCITAS 
• A Constituição Federal, no art. 5º, LVI, veda a utilização de provas obtidas por meios 
ilícitos, sem fazer nenhuma ressalva. 
• As partes tem o direito de empregar todos os meios legais, bem como os 
moralmente legítimos ainda que não especificados neste Código, são hábeis para 
provar a verdade dos fatos, em que se funda o pedido da defesa e influi 
eficazmente na convicção do juiz – 369 CPC. 
• A ilicitude da prova pode decorrer de duas causas: 
• da obtenção por meios indevidos (exs. emprego de violência ou grave a meaça; 
tortura, etc); 
• e do meio empregado para a demonstração do fato: exs. interceptação telefônicas, 
violação de sigilo bancário sem autorização judicial, violação de sigilo de 
correspondência. 
• Segundo o STF, a prova obtida por meios ilícitos e as provas delas derivadas não 
podem ser admitidas no processo, salvo razão de legítima defesa. 
• houve a adoção da teoria dos frutos da árvore contaminada: a ilicitude de prova 
impedirá que as provas derivadas delas, sejam utilizadas. 
• a gravação telefônica pode ser utilizada como prova, mesmo sem o consentimento 
do outro participante. 
• A conversa interceptada não pode ser utilizada como prova, porque afronta o 
direito a intimidade, salvo se autorizada pelo juiz para a instrução do processo 
crime (Lei 9. 292/96). 
 
 
 
PROVA DOCUMENTAL 
 
CASSIO SCARPINELLA BUENO 
 I - DA FORÇA PROBANTE 
• Autoria material: leva em conta quem confeccionou o documento. 
Autoria intelectual: quem produziu o conteúdo (aquilo que está no documento). 
• Documento público (arts. 405 e 406) são os documentos emanados de qualquer 
autoridade pública, independente da função exercida. 
• Art. 406 – exemplo, certidão de casamento, escritura pública, documento de multa, 
certidão de nascimento etc. 
• Documento particular: são os documentos confeccionados por pessoas 
particulares. 
• Quando o documento público for confeccionado por oficial público incompetente 
ou sem as exigências legais, ele assume o status de documento particular – 407 CPC 
• Marcos de veracidade da autoria do documento particular 410/411 e 436, II 
• Força probante das declarações contidas nos documentos particulares, presumem-
se verdadeiros perante o signatário – 408 CPC. 
• Também são tratados como documentos particulares, o telegrama, o radiograma 
ou qualquer outro meio de transmissão (413 e 414), as cartas, os registros 
doméstico (415), a anotação escrita pelo credor da obrigação mesmo que não 
assinada(416), 
• Os livros empresariais, a escrituração contábil e os documentos de arquivo (arts. 
417 a 421), sendo que em relação a estes, o juiz pode determinar de ofício a sua 
exibição total ou parcial (420 e 421). 
• O documento, público ou particular, pode ser impugnado pela parte contra quem 
ele foi produzido, no que diz respeito à sua constituição, assinatura ou conteúdo 
(427 e 428) (incidente de falsidade de documento). 
• O ônus da prova da falsidade ou do preenchimento abusivo é de quem alega 
(429,I) e da parte que produziu o documento quando se questionar a sua 
autenticidade (429, II). 
II - DOUMENTOS AUTENTICOS E NÃO AUTENTICOS 
AUTÊNTICOS: são os documentos que se tem certeza quanto aquele que o 
confeccionou. 
EXEMPLO: confeccionado pelo tabelião, reconhecido pelo tabelião. Meio eletrônico: 
assinatura eletrônica. 
NÃO AUTENTICOS: SÃO AQUELES EM QUE NÃO HÁ CONDIÇÕES DE INDETIFICAÇÃO DE 
SEU AUTOR. 
EFICÁCIA DAS REPRODUÇÕES – 425 CPC 
 
III - INCIDENTE DE FALSIDADE DE DOCUMENTO 430 A 433 CPC 
IV – REQUISIÇÃO JUDICIAL DE DOCUMENTOS– 438 
• O juiz poder requisitar as repartições públicas e privadas os documentos que estiver 
em poder destas instituições. 
• A requisição poderá ser feita de ofício ou a requerimento da parte interessada no 
documento. 
• Obtenção de documentos ou de informações de endereço do réu, ou testemunha 
ou a existência de bens em contas bancárias. 
VI – DA EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU COISA – 396 CPC (INCIDENTE) 
• PEDIDO PODE SER FORMULADO ANTES DO PROCESSO – PRODUÇÃO ANTECIPADA 
DE PROVA (381 CPC) – PARTE SERÁ CITADA PARA RESPONDER. 
• O juiz pode de ofício determinar a apresentação de documentos em juízo que 
esteja em poder da parte contrária. 
• A PARTE SERÁ INTIMADA PARA RESPONDER NO PRAZO DE 5 DIAS – 398 CAPUT 
 
• PRESUNÇÃO DE VERACIDADE DOS FATOS – 400 CPC 
• DOCUMENTO EM PODER DE TERCEIRO – 403 CAPUT E PARÁGRAFO ÚNICO. 
• O TERCEIRO SERÁ CITADO PARA RESPONDER NO PRAZO DE 15 DIAS. 
 
II – DEPOIMENTO PESSOAL – art. 385 – 388 CPC 
Depoimento pessoal – é um meio de prova, pelo qual o juiz a requerimento de uma das 
partes, colhe as declarações do adversário dela, com a finalidade de obter informações a 
respeito de fatos relevantes para o processo. 
O juiz pode, a qualquer tempo, ouvir, de ofício as partes. Porém, não haverá depoimento 
pessoal, mas interrogatório. 
FINALIDADE DO DEPOIMENTO PESSOAL - É obter a confissão de fatos relevantes para a 
causa. 
• Quem poderá requere-lo ou presta-lo? O depoimento pessoal dependerá sempre 
de requerimento do adversário (385 CPC). 
• Pode o MP, na condição de fiscal da ordem jurídica requerer o depoimento pessoal. 
• Se for pessoa jurídica, o depoimento será prestado por seu representante legal. 
• Tem se admitido que o depoimento pessoal seja feito por procurador com poderes 
especiais para confessar, finalidade precípuado depoimento. 
• Se a parte for absolutamente incapaz, o depoimento será prestado por seu 
representante legal; se relativamente incapaz, por ele mesmo. 
PENA DE CONFISSÃO – 385, §1º CPC 
 
• A parte deverá intimada pessoalmente para a audiência, sob pena de confissão, 
que será aplicada caso ela não compareça ou, comparecendo, se recuse a depor. 
• Presunção é relativa, e deverá ser considerada em conjunto comas demais provas 
dos autos. 
• A parte é dispensada a depor nas hipóteses do art. 388 CPC. 
 
PROCEDIMENTO 
 
• O requerimento pode ser feito na petição inicial ou contestação, ou no momento 
da especificação de provas. 
• O depoimento pessoal é colhido diretamente pelo juiz em audiência de instrução e 
julgamento, salvo nas hipóteses contidas o art. 453 CPC. 
Se forem requeridos os depoimentos de ambas as partes, primeiro será ouvido o 
autor e depois o réu. 
• Aquele que ainda não depôs não pode ouvir o depoimento do outro. 
INTERROGATÓRIO 
• O interrogatório é um meio de prova, de caráter complementar que serve para que 
o juiz esclareça fatos que permaneçam confusos ou obscuros, 139, VIII CPC. 
• NO INTERROGATÓRIO NÃO HAVERÁ PENA DE CONFESSO. 
• OS ADVOGADOS E O MP PODERÃO FAZER PEGUNTAS. 
CONFISSÃO – 389 – 395 CPC 
• Confissão é declaração da parte que reconhece como verdadeiro fatos contrários 
aos seus interesses e favoráveis aos do adversário. 
• A lei considera a confissão um negócio jurídico, permitindo que seja anulada nos 
termos do art. 393 CPC. 
• A CONFISSÃO SÓ PODE TER POR OBJETOS FATOS. 
• A confissão é mais um meio para que o juiz forme sua convicção. 
• A simples confissão não suficiente para uma eventual condenação. 
ESPÉCIES DE CONFISSÃO 
• A confissão pode ser judicial e extrajudicial. 
• A judicial é a confissão feita no curso do processo. 
• Pode ser escrita ou oral. Escrita: contestação, réplica ou petição juntada nos autos. 
• A confissão judicial pode ser: espontânea ou provocada. Espontânea – feita fora do 
depoimento pessoal. Provocada – quando a parte responde as perguntas 
formuladas no depoimento pessoal. 
• CONFISSÃO EXTRAJUDICIAL – É A FEITA FORA DO PROCESSO e precisa ser 
comprovada, seja por documento ou testemunhas. 
• Pode ser escrita ou verbal 
• A CONFISSÃO PODE SER EXPRESSA OU FICTA. Expressa, feita por escrito ou 
verbalmente. A ficta é sempre consequência da omssão da parte, que não 
apresentou contestação, ou pelo não comparecimento da parte ao depoimento 
pessoal, se devidamente intimada, ou se recusou a depor. 
 
CONSEQUENCIAS DA CONFISSÃO – 374, II, CPC. 
• NÃO DEPENDEM DE PROVAS OS FATOS AFIRMADOS POR UMA PARTE E 
CONFESSADOS PELA PARTE CONTRÁRIA. 
• A PRESUNÇÃO DA CONFISSÃO É RELATIVA. 
NÃO SE ADMITE CONFISSÃO: 
A) DE FATOS RELATIVOS A DIREITOS INDISPONÍVEIS (392 E 345 , II , CPC); 
B) A CONFISSÃO NÃO SUPRE A EXIGÊNCIA DA APRESENTAÇÃO DE INSTRUMENTO 
PÚBLICO – 406 CPC. 
C) QUANDO HOUVER LITISCONSÓRCIO, A CONFISSÃO DE UM NÃO PODERÁ 
PREJUDICAR OS DEMAIS. 
D) NAS AÇÕES QUE VERSAREM SOBRE BENS IMÓVEIS,A CONFISSÃO DE UM DOS 
CÔNJUGES OU COMPANHEIROS NÃO VALERÁ SEM A DO OUTRO, SALVO NO REGIME 
DE SEPARAÇÃO ABSOLUTA DE BENS – 391, PARÁGRAFO ÚNICO. 
PERDA DA EFICÁCIA DA CONFISSÃO – 393 CPC 
 
INDIVISIBILIDADE DA CONFISSÃO 
• A confissão é indivisível – 395 CPC 
EXEMPLO: se a parte confessar fatos contrários aos seus interesses e, ao mesmo 
tempo, se pronunciar sobre fatos que lhes são favoráveis. O juiz deve considerar o 
conjunto das declarações. 
• A confissão deve ser considerada como um todo. O que for desfavorável ao 
confitente deve ser apreciado em consonância com suas outras alegações 
• Por exemplo: o réu, em sua contestação, confessa a dívida, mas pode aduzir que 
houve compensação. 
 
PROVA TESTEMUNHAL - 385 
 
• Prova testemunhal - meio de prova pelo qual as testemunhas (terceiros) relatam 
oralmente ao juiz suas lembranças sobre os fatos à medida que são questionadas. 
• a prova testemunhal é dispensada quando os fatos já estiverem sidos provados por 
documentos ou pela confissão, ou quando sua apresentação depender de 
apresentação de documentos ou de prova pericial (443 CPC). 
• Admite-se prova testemunhal quando credor não poder provar por outro meio A 
OBRIGAÇÃO– 445 CPC. 
• ADMITE-SE A PROVA TESTEMUHAL PARA DIRIMIR DIVERGÊNCIA ENTRE A 
VONTADE REAL E A DECLARADA NOS CASOS DE SIMULAÇÃO – 446 CPC. 
QUEM PODE SER TESTEMUNHA? RT. ART. 447 CPC 
 
• TODA PESSOA PODE SER TESTEMUNHA, EXCETO AS INCAPAZES, IMPEDIDAS E 
SUSPEITAS. 
 
A) INCAPAZES - VER LEI 11.146/2015 –– ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA. 
ART. 228 DO CCB. 
• §4º MENORES, IMPEDIDAS OU SUPEITAS PODEM SER OUVIDOS COMO 
INFORMANTE – SEM PRESTAR COMPROMISSO – 458 CPC. 
• HIPOTESES EM QUE A TESTEMUNHA NÃO É OBRIGADA A DEPOR 448 CPC. 
• AS TESTEMUNHAS SÃO OUVIDAS NA AUDIENCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO 
(ARTS 361, CAPUT, E 453 CPC). 
• AS TESTUMNHAS PODEM SER OUVIDAS EM LOCAL DIVERSO – PAÁGRAFO ÚNICO 
ART. 449 CPC. 
• ANTECIPAÇÃO DO DEPOIMENTO DA TESTEMUNHA – 453, I e 381. 
• Inquiração de testemunha por carta precatória, rogatória, de ordem e arbitral – 
453, II. 
• A testemunha pode ser ouvida por vídeo conferencia (453, §1 e §2º 
• Autoridades 454 CPC. 
• São inquiridas na sua residência ou no local onde exercem a função – art. 454 CPC 
 
PRODUÇÃO DE PROVA TESTEMUNHAL 
• O ROL DE TESTMUNHA SERÁ APRESENTADO NA AUDIÊNCIA DE SANEAMENTO E 
ORGANIZAÇÃO DO PROCESSO. 
• SÃO DEZ TESTEMUNHAS , SENDO QUE SERÃO OUVIDAS, NO MÁXIMO 3 PARA CADA 
FATO - §6º, ART. 357 CPC . 
• O ROL DEVE CONTER: NOME , PROFISSÃO, ESTADO CIVIL, IDADE, N. CPF, RG, 
ENDEREÇO COMPLETO E PROFISSÃO – 450 CPC. 
• ADVOGADO PODE INTIMAR A TESTEMUNHA COM AR, DISPENSANDO A 
INTIMAÇÃO DO JUÍZO – 455, CAPUT. 
• CABE AO ADVOGADO JUNTAR NOS AUTOS COM 3 DIAS DE ANTECEDENCIA DA 
DATA DA AUDIÊNCIA COPIA DO AR – 450, §1º 
• A FALTA DE INTIMAÇÃO SIGNIFICA DESISTENCIA DA OITIVA DA TESTEMUNHA – 453, 
§3º. 
• A INTIMAÇÃO PODE SER DISPENSADA QUANDO A PARTE SE COMPROMETER A 
LEVAR A TESTEMUNHA – 455, §2º. 
• INTIMAÇÃO, EXCEPCIONALMENTE, PELO JUÍZO - §4º 455 CPC. 
• CONDUÇÃO COERCITIVA DA TESTEMUNHA - §5º ART. 455 CPC. 
• O ROL SÓ PODERÁ SER ALTERADO SE A TESTUMNHA MORRER, NÃO FOR 
ENCONTRADA OU NÃO PUDER DEPOR POR DOÊNÇA – 451 CPC. 
• TESTEMUNHAS REFERIDAS NOS DEPOIMENTOS DAS TESTEMUNHAS – 461, I CPC. 
• ACAREAÇÃO NO CASO DE DIVERGÊNCIA ENTRE OS FATOS – 461, II CPC. 
• PRIMEIRO SERÃO OUVIDAS AS TESTEMUNHAS DO AUTOR E DEPOIS DO RÉU – 455 
CPC, 
• A TESTEMUNHA ATES DE SER OUVIDA SERÁ QUALIFICADA – 457 CAPUT 
• CONTRADITA DAS TESTEMUNHAS - 447 CPC. 
• A CONTRADITA DA TESTEMUNHA DEVE SER FEITA ANTES DE SEU DEPOIMENTO. 
• SE A CONTRADITA FOR ACEITA A TESTEMUNHA NÃO SERÁ OUVIDA. 
• ADVERTENCIA DA TESTEMUNHA – FALSO TESTEMUNHO – 458 CPB E 458 
PARÁGRAFO ÚNICO CPC. 
• COMPROMISSO DA TESTEMUNHA – 458 CAPUT 
• O ADVOGADO PODE INQUIRIR AS TESTEMUNHAS DIRETAMENTE – 459 CPC. 
• DISPENSA DO TRABALHO DA TESTEMUNHA – 463 E 462 CPC. 
 
PROVA PERICIAL 
A PROVA PERICIAL é o meio de prova em que a matéria necessite de conhecimento 
técnico especializado -§1º, art. 464 CPC. 
I – ESPÉCIES DE PERÍCIAS – 464, caput. 
a) Exame 
b) Vistoria 
c) avaliação 
 
II - HIPÓTESES DE CABIMENTO DA PROVA PERICIAL 464, CAPUT e §1º, I e II, CPC. 
A prova pericial será admitida quando, quando outras provas já produzidas forem 
insuficientes para o convencimento do juiz – 464 §1º, I e II. 
III – PROVA TÉCNICA SIMPLIFICADA – (NOVIDADE NO NCPC) 
• A prova simplificada é exemplo de outras provas que dispensam a prova pericial. 
• C abe a prova técnica simplificada quando o pontocontrovertido for de menor 
complexidade – 464 §2º CPC. 
• O juiz inquirirá especialista sobre o ponto controvertido que requeira 
conhecimento científico ou técnico - §§3º e 4º 
IV – DISPENSA DA PROVA PERICIAL – 472 CPC 
• A prova pericial pode ser dispensada quando as partes na inicial e na contestação 
apresentarem pareceres técnicos ou documentos suficientemente claros e 
elucidativos sobre as questões de fatos. 
V – PERITO, ASSITENTES TÉCNICOS E ATOS PREPARATÓRIOS DA PERÍCIA 
• O perito é considerado auxiliar do juiz – art. 149 CPC. 
• As partes podem nos 15 dias da intimação e nomeação do perito questionar sua 
parcialidade, arguindo seu impedimento ou suspeição (art. 465, § 1º, I e §4º do art. 
156), caso em que será nomeado novo perito – 467, parágrafo único. 
• A atuação do perito independe de qualquer compromisso (157 e 466) 
• Os assistentes técnicos são de confianças da partes e não estão sujeitos a suspeição 
e impedimento – 466, §1º 
• O perito será nomeado pelo juiz a partir dos nomes constantes no cadastro 
formado e mantidos nos termos dos §§1º a 3º , art. 156 CPC. 
• Em se tratando de autenticidade ou falsidade de documento ou natureza medico- 
legal, o perito será escolhido de preferencia, entre assistente os técnicos dos 
estabelecimentos oficiais especializados. 
• Nomeação de mais de um perito, pode as partes nomearem mais de um assistente 
técnico – 475 CPC. 
• Ao nomear o perito, o juiz fixará, desde logo, prazo para entrega do laudo – 465 
CPC. 
• O prazo para a entrega do laudo poderá ser prorrogado , mediante justificativa, 
pela metade do prazo originário – 476 CPC. 
• O perito pode recusar-se a assumir o encargo – 157, caput e §1º. 
• O perito terá o prazo de 5 dias para apresentar proposta de honorários, currículo e 
comprovação de sua especialização e endereço para intimação – 465, §2º. 
• Os honorários periciais podem ser pagos a metade no início dos trabalhos e a outra 
no final, já com o laudo entregue e todos os esclarecimentos prestados – 465, §4º. 
• O perito poderá ouvir testemunhas, obter inforações, solicitar documentos que 
estejam em poder das partes, terceiros ou repartições públicas - §3º, art. 473. 
• As partes poderão nomear no prazo de 15 dias assistentes técnicos e apresentar 
quesitos – 465, §1º. 
• O juiz poderá também formular quesitos pelo perito e pelos assistentes técnicos e 
indeferirá quesitos impertinentes – 470 CPC 
• A perícia poderá ser realizada por carta e a nomeação do perito deve ser feita pelo 
juízo a quem a perícia for requisitada – 465, §6º. 
• Substituição do perito – 468 CPC. 
 
PRODUÇÃO DA PROVA PERICIAL 
 
O LAUDO PERICIAL CONTERÁ (473 CPC): 
I – A identificação do objeto da perícia; 
II – Análise realizada pelo perito; 
 III - Indicação do método utilizado na análise; 
IV- Resposta conclusiva com todos os quesitos apresentados. 
 
• O LAUDO SERÁ JUNTADO NOS AUTOS COM 20 DIAS DE ANTECEDENCIA DA 
AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO (ART. 477, CAPUT). 
• Em seguida, serão intimadas para, querendo, se manifestar sobre o laudo no prazo 
comum de 15 dias. No mesmo prazo os assistentes técnicos podem apresentar seus 
pareceres (§1º do art. 477). 
• Cabe ao perito esclarecer, no prazo de 15 dias, eventual divergência ou dúvida de 
qualquer das partes, do juiz ou MP ou, ainda, suscitados nos pareceres dos 
assistentes técnicos (477, §2º. 
• Se após os esclarecimentos, ainda restarem dúvidas podem cabe a parte requerer o 
comparecimento do perito a audiência de instrução e julgamento, formulando as 
perguntas em forma de quesitos desde logo ( 477, §3º). 
• O perito será intimado dos atos por meio eletrônico no prazo de dez dias – 477, 
§4º. 
 
VI - AVALIAÇÃO DA PERÍCIA 
• O MAGISTRADO AVALIA O LAUDO PERICIAL E OS PARECERES DOS ASSISTENTES 
TÉCNICOS, PORÉM NÃO ESTÁ VINCULADO A ELES. APLICA-SE O PRINCÍPIO DO 
LIVRE CONVENCIMENTO MOTIVADO DO JUIZ – 479/371 CPC. 
• SEGUNDA PERÍCIA – 480 CPC. 
 
VII - PERÍCIA CONSENSUAL (NOVIDADE NO NCPC) – 471/190 CPC 
 
• AS PARTES PODEM DE COMUM ACORDO ESCOLHER O PERITO, OS ASSISTENTES 
TÉCNICOS, A DATA E LOCAL ONDE SERÁ REALIZADA, QUANDO O OBJETO ADMITIR 
AUTOCOMPOSIÇÃO – 471, CAPUT E §1º 
 
I - AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO (358 a 368 CPC). 
• A AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO FAZ-SE NECESSÁRIA QUANDO 
HOUVER A NECESSIDADE DE PROVA ORAL (OUVIR PERITO, TESTEMUNHA E 
DEPOIMENTO PESSOAL) 
• ANTES DE OUVIR O PERITO E OS ASSISTENTES TÉCNICOS, SE FARÁ NOVA TENTATIVA 
DE CONCILIAÇÃO. 
• NÃO HAVENDO ACORDO INICIA A INSTRUÇÃO SENDO OUVIDO PERITO, ASSITENTES 
TÉCNICOS (SE HOUVER REQUERIMENTO), DEPOIMENTO PESSOAL E POR ULTIMO AS 
TESTEMUNHAS ARROLADAS – 361 CPC. 
• ENCERRADA A INSTRUÇÃO, O JUIZ CONCEDERÁ OPORTUNIDADE AS PARTES PARA 
APRESENTAREM AS ALEGAÇÕES FINAIS (PRAZO DE 2º MINUTOS PARA AS PARTES, 
PODENDO SER PRORROGADO POR MAIS DEZ MINUTOS – ART. 364 CPC), E 
PROFERIRÁ SENTENÇA. 
• APRESENTADAS AS ALEGAÇÕES FINAIS ORAIS (NA PRÓPRIA AUDIÊNCIA), O JUIZ 
PODERÁ, NA PRÓPRIA AUDIÊNCIA, PROFERIR SENTENÇ, RAZÃO PELA QUAL É 
DENOMINADA AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO. 
• SE NÃO FOR POSSÍVEL PROFERIR SENTENÇA NA AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E 
JULGAMENTO, DEVERÁ SENTENCIAR NO PRAZO DE TRINTA DIAS (ART. 366 CPC). 
• CASO A SENTENÇA SEJA PROFERIDA NA AUDIÊNCIA, AS PARTES SAIRÃO INTIMADAS, 
PASSANDO A CORRER O PRAZO PARA O RECURSO DE APELAÇÃO. 
• SE A CAUSA APRESENTAR QUESTÕES COMPLEXAS DE FATO OU DE DIREITO, OS 
DEBATES PODERÃO SER SUBSTITUÍDOS POR MEMORIAIS, QUE SERÃO 
APRESENTADOS PELO AUTOR, PELO RÉU E PELO MINISTÉRIO PÚBLICO, NOS CASOS 
EM QUE INTERVENHA, EM PRAZOS SUCESSIVOS DE 15 DIAS. 
• A AUDIÊNCIA PODERÁ SER ADIADA EM TRÊS SITUAÇÕES (ART. 362 CPC): 
I – POR CONVEÇÃO DAS PARTES (ADMISSÍVEL APENAS UMA VEZ); 
II – POR ATRASO INJUSTIFICADO DE SEU INÍCIO EM TEMPO SUPERIOR A 30 
MINUTOS DO HORÁRIO MARCADO. 
III – SE UMA DAS PARTES, O MP, O PERITO, AS TESTEMUNHAS OU ADVOGADOS NÃO 
PUDER COMPARECER, POR MOTIVO JUSTIFICADO. 
• A AUSÊNCIA INJUSTIFICADA DO ADVOGADO A AUDIÊNCIA, PODE FAZER COM QUE 
O JUIZ DISPENSE A PRODUÇÃO DAS PROVAS REQUERIDAS PELA PARTE DEFENDIDA 
POR ELE OU REQUERIDAS PELO MP OU DEFENSOR PÚBLICO (362, §2º CPC). 
• A AUSÊNCIA DO PERITO OU DAS TESTEMUNHAS ENSEJARÁ O ADIAMENTO DA 
AUDIÊNCIA, SE A PARTE QUE REQUEREU INSISTIR NA SUA OITIVA. 
• O IMPEDIDO DEVE SER COMPROVADO ATÉ A ABERTURA DA AUDIÊNCIA E, NÃO O 
SENDO, O JUIZ PROCEDERÁ A INSTRUÇÃO. 
• A AUDIÊNCIA É UNA E CONTÍNUA, PODENDO SER EXCEPCIONAL E 
JUSTIFICADAMENTE CINDIDA NA AUSÊNCIA DE PERITO OU DE TESTEMUNHA, 
DESDE QUE HAJA CONCORDÂNCIA DAS PARTES (ART. 365 CPC). 
 
 
II – PROCEDIMENTO DA AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃOE JULGAMENTO (AIJ) 
• HAVENDO NECESSIDADE DA PROVA ORAL, O JUIZ DESIGNARÁ DATA DA AUDIÊNCIA, 
DETERMINANDO QUE SEJAM INTIMADOS OS ADVOGADOS E TESTEMUNHAS. 
• AS PARTES NÃO SERÃO PESSOALMENTE INTIMADAS, SALVO SE OS ADVERSÁRIOS 
TENHAM REQUERIDO SEU DEPOIMENTO PESSOAL, NA FORMA DO ART. 385, §1º 
CPC. 
• NÃO TENDO SIDO REQUERIDO O DEPOIMENTO PESSOAL, E TENDO OS ADVOGADOS 
PODERES PARA TRANSIGIR, NEM É NECESSÁRIA A PRESENÇA DA PARTE NA 
AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO. 
• A AUDIENCIA É PÚBLICA E DEVERÁ SER REALIZADA DE PORTAS ABERTAS ( 358 CPC). 
• O JUIZ TEM O PODER DE POLÍCIA, CABENDO-LHE MANTER A ORDEM NA 
AUDIÊNCIA. 
 
 
 
FASE DECISÓRIA 
 
I - CONCEITO DE SENTENÇA – ART. 203, §1º CPC 
 
• SENTENÇA - É O PRONUNCIAMENTO POR MEIO DO QUAL O JUIZ, COM 
FUNDAMENTO NOS ARTS. 485 E 487, PÕE FIM À FASE COGNITIVA DO 
PROCEDIMENTO COMUM, BEM COMO EXTINGUE A EXECUÇÃO. 
• A DECISÃO QUE QUE JULGA ANTECIPADO PARCIAL O PEDIDO (MÉRITO) -ART. 356 
CPC. 
• SE O PRONUNCIAMENTO DOJUIZ FOR PROFERIDO NO CURSO DO PROCESSO 
COMUM OU DE EXECUÇÃO, SEM QUE SE LHE COLOQUE FIM, DEVERÁ SER DEFINIDO 
COMO DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. 
 
II – ESPÉCIES DE SENTENÇA 
• SENTENÇA QUE EXTINGUE O PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO – ART. 485 
CPC (SENTENÇA TERMINATIVA). 
• O MÉRITO (PEDIDO) É A PRETENSÃO POSTA EM JUÍZO. 
• HÁ CASOS EM QUE O JUIZ ANALISA O MÉRITO - 487 E INCISOS (SENTENÇA 
DEFINITIVA OU DE MÉRITO). 
• SÓ A SENTENÇA DE MÉRITO SE REVESTE DA COISA JULGADA MATERIAL E PODEM 
SER OBJETO DE AÇÃO RESCISÓRIA. 
• CONTRA SENTENÇA CABE RECURSO DE APELAÇÃO – ART. 1.009 CPC. 
 
HAVERÁ SENTENÇA DE MÉRITO (487 CPC), QUANDO: 
 
I – O JUIZ ACOLHE OU REJEITA O PEDIDO FORMULADO DO AUTOR; 
II – PRONUNCIA A DECADÊNCIA OU A PRESCRIÇÃO (; 
III – HOLOMOLOGA: 
a) O reconhecimento pelo réu do pedido; 
b) A transação; 
c) A renúncia da ação ou da reconvenção. 
III – REQUISITOS ESSENCIAIS DA SENTENÇA 
i – relatório: deve conter – NOMES DAS PARTES, SÍNTESE DA INICIAL E DA CONTESTAÇÃO 
E O REGISTRO DAS PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS HAVIDAS NO PROCESSO. 
ii – MOTIVAÇÃO OU FUNDAMENTAÇÃO: A SENTENÇA DEVE SER FUNDAMENTADA – ART. 
93, IX, CF. O JUIZ DEVE EXPOR AS RAZÕES PELAS QUAIS ACOLHE OU REJEITA O PEDIDO 
FORMUADO NA PETIÇÃO INICIAL, APRECIANDO OS FUNDAMENTOS DA CAUSA DE PEDIR E 
OS DA DEFESA. 
• A FALTA DE FUNDAMENTAÇÃO TORNARÁ NULA A SENTENÇA, CABENDO AO JUIZ 
PRONUNCIAR-SE SOBRE AS QUESTÕES ESSENCAIS QUE POSSAM REPERCUTIR SOBRE 
O RESULTADO, SOB PENA DE SER CITRA PETITA (A sentença que deixa de apreciar 
pedido expressamente formulado, ou que deixa de examinar questão de vital 
importância para a parte). 
 
SEIS HIPÓTESES EM QUE NÃO SE CONSIDERA A DECISÃO FUNDAMENTADA (SEJA 
ELA INTERLOCUTÓRIA, SENTENÇA OU ACÓRDÃO) - §1º DO ART. 489, §1º CPC. 
 
1. A DECISÃO QUE SE LIMITAR À INDICAÇÃO, À REPRODUÇÃO OU À PARÁFRASE DE 
ATO NORMATIVO, SEM EXPLICAR SUA RELAÇÃO COM A CAUSA OU A QUESTÃO 
DECIDIDA. 
2. A DECISÃO QUE EMPREGAR CONCEITOS JURÍDICOS INDETERMINADOS, SEM 
EXPLICAR O MOTIVO CONCRETO DE SUA INCIDÊNCIA NO CASO. 
3. A DECISÃO QUE INVOCAR MOTIVOS QUE SE PRESTARIAM A JUSTIFICAR QUALQUER 
OUTRA DECISÃO. 
• O juiz não pode se valer de um modelo genérico, que possa servir, não apenas para 
aquela situação concreta, mas de forma geral. 
• Fórmulas genéricas do tipo “foram preenchido os requisitos”. 
• Sem a indicação concreta das razões, não são admissíveis. 
4. A DECISÃO QUE NÃO ENFRENTAR TODOS OS ARGUMENTOS DEDUZIDOS NO 
PROCESSO CAPAZES DE, EM TESE, INFIRMAR A CONCLUSÃO ADOTADA PELO 
JULGADOR. 
• O juiz não pode rejeitar a pretensão do autor, sem examinar todos os fundamentos 
de fato e de direito por ele invocados; ou acolher, sem examinar todos os 
fundamentos da defesa. 
• A sentença deve apreciar todas as preliminares (art. 337 CPC) e prejudiciais. 
• A parte dispositiva (conclusão da sentença) deve ser decorrência lógica da 
fundamentação. 
5. A DECISÃO QUE INVOCAR PRECEDENTE OU ENUNCIADO DE SÚMULA SEM 
IDENTIFICAR SEUS FUNDAMENTOS DETERMINANTES NEM DEMONSTRAR QUE O 
CASO SOB JULGAMENTO SE AJUSTA ÀQUELES FUNDAMENTOS; 
• O juiz ao aplicar determinada súmula ou precedente deverá pertinência daquela 
regra em relação ao caso concreto. 
6. A decisão que deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedentes 
invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em 
julgamento ou a superação do entendimentos. 
• A parte pode invocar súmula, jurisprudência ou precedente e se o juiz não os 
aplicar, deve o julgador dizer a razão de não os aplica-los, demonstrando que não 
se ajustam ao caso concreto. 
III – DISPOSITIVO 
• DISPOSITIVO É A PARTE FINAL DA SENTENÇA (CONCLUSÃO), EM QUE O JUIZ 
DECIDE SE ACOLHE, REJEITA O PEDIDO OU SE EXTINGUE O PROCESSO SEM 
JULGAMENTO DO MÉRITO. 
• TODOS OS PEDIDOS FORMULADOS PELO AUTOR NA PETIÇÃ INICIAL (NA 
CONTESTAÇÃO NOS CASOS DE AÇÃO DÚPLICE, OU NA RECONVENÇÃO) DEVE SER 
EXAMNADOS PELO JUIZ, SOB PENA DE SER CITRA PETITA. 
• AO JULGAR O JUIZ DEVE FICAR ADSTRITO AOS ELEMENTOS IDENTIFICADORES DA 
AÇÃO: PARTES, CAUSA DE PEDIR E PEDIDO, SOB PENA DE A SENTENÇA SER EXTRA 
OU ULTRA PETITA. 
• TEM QUE HAVER COERÊNCIA ENTRE A FUNDAMNTAÇÃO E A PARTE DISPOSITIVA. 
• SOMENTE O DISPOSITIVO DA SENTENÇA DE MÉRITO SE REVESTIRÁ DA AUTORIDADE 
DA COISA JULGADA MATERIAL. 
• TAMBÉM SERÁ DECIDIDA NO DISPOSITIVO A QUESTÃO PREJUDICIAL, DESDE QUE 
PREENCHIDOS OS REQUISITOS DO ART. 503, §1º, INCISOS I, II E III, DO CPC. ESSA 
DECISÃO TERÁ FORÇA DE COISA JULGADA MATERIAL. 
• A SENTENÇA TERMINATIVA NÃO SE REVESTE DA COISA JULGADA MATERIAL. 
 
• AS SENTENÇAS DE IMPROCEDÊNCIA LIMINAR – SÃO AQUELAS SENTENÇA DE 
MÉRITO PROFERIDAS ANTES DA CITAÇÃO DO RÉU, NAS HIPÓTESES DO ART. 332 
CPC. 
 
• AS SENTENÇAS TERMINATIVAS PODEM SER PROFERIDAS A QUALQUER TEMPO. 
 
• AS SENTENÇAS DE MÉRITO (ACOLHIMENTO OU REJEIÇÃO DO PEDIDO) PODEM SER 
PROFERIDAS EM 4 OPORTUNIDADES: 
 
I – NO INÍCIO, antes que o réu seja citado, nas hipóteses do artigo 332 CPC; 
II – NOS CASOS DE REVELIA, em que haja presunção de veracidade dos fatos 
alegados na inicial (julgamento antecipado do mérito – 335, II CPC); 
III - APÓS A CONTESTAÇÃO OU A RÉPLICA DO AUTOR, quando não houver 
necessidade de outras provas (julgamento antecipado do mérito – art. 355, I, CPC); 
IV – APÓS A CONCLUSÃO DA FASE DE INSTRUÇÃO, depois das partes apresentarem 
suas alegações finais, na audiência de instrução e julgamento, nos casos em que 
houver necessidade de prova oral a respeito dos fatos controvertidos. 
 
DEFEITOS DA SENTENÇA 
 
• A SENTENÇA É UM DOS ATOS DO PROCESSO, QUE DEVE PREENCHER OS 
REQUISITOS DE VALIDADE E DE EFICÁCIA. 
I – DEFEITOS ESTRUTURAIS, COMO A FALTA DO RELATÓRIO, DA FUDAMENTAÇÃO 
OU DISPOSITIVO (ACARRETA NULIDADE OU INEFICÁCIA PARCIAL). 
 
II - SENTENÇA EXTRA PETITA, ULTRA PETITA OU CITRA PETITA. 
 
a) Sentença “extra petita”- é aquela em que o juiz julga ação diferente da que foi 
proposta. 
b) Sentença ultra petita – é aquela em que juiz julga a pretensão posta em juízo, 
mas condena o réu em quantidade superior à pedida. 
c) Sentença infra ou citra petita – é aquela em que o juiz deixa de apreciar um dos 
pedidos postulado pelo autor, quando houver cumulação. 
 
POSSIBILIDADE DE CORREÇÃO DA SENTENÇA 
 
A SENTENÇA PODERÁ SER ALTERADA QUANDO (art. 494 CPC): 
 
 
I – Quando houver necessidade de lhe corrigir, de ofício ou a requerimento da parte, 
inexatidões materiais ou erro de cálculo; 
II – forem opostos embargos de declaração – recurso utilizado para corrigir erro 
material, omissão, contradição ou obscuridade. 
 
Efeitos da Sentença 
 Denominam-se “efeitos” as consequências jurídicas que da sentença podem advir e que 
dependerão do tipo de tutela postulada pelo autor, pois a sentença deve ficar adstrita a tal 
pretensão. 
 Pode-se dizer que há três tipos de tutela nos processos de conhecimento: a declaratória, a 
constitutiva e a condenatória 
Tutela Declaratória 
I - É aquela em que a pretensão do autor se limita a que o juiz declare a existência ou 
inexistência de uma relação jurídica, ou autenticidade ou falsidade de um documento 
(CPC, art. 19) 
II - A tutela declaratória tem por finalidade afastar uma crise de incerteza. 
III – A Tutela declaratória não produz nenhuma modificação, nem de uma situação fática, 
nem de uma relação jurídica, o que ela faz é solucionar uma incerteza, uma dúvida. 
Tutela Constitutiva 
I – É aquela que tem por objeto a constituição ou desconstituição de relações jurídicas. 
Visam alterar as relações jurídicas indesejadas. Exemplo: divórcio, investigação de 
paternidade. 
II – As sentenças constitutivas têm eficácia ex nunc

Continue navegando