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PI BIOSSEGURANÇA ESTÉTICA

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A IMPORTÂNCIA DA BIOSSEGURANÇA EM CLÍNICAS DE ESTÉTICA 
 
Alanna Santana moreira¹, Bruno Oliveira Gualberto¹, Camila Alves de Souza¹, Fabíola 
Rodrigues Firmino​1​, Rodrigo Dias da Silva¹, Solange Scalabrini¹, Sonia Ferreira da Silva¹, 
Daniela Quadros de Azevedo² 
 
RESUMO 
 
 O presente artigo faz um breve relato sobre o histórico do biossegurança no Brasil, além de citar 
todas as boas práticas de preconizadas nas NRs (normas regulamentadoras de trabalho), que 
regulamentam a atividade das clínicas de estética ressaltando neste contexto o papel do 
biomédico. 
 
 
This article gives a brief account of the history of biosafety in Brazil, in addition to citing all the 
good practices recommended in the NRs (regulatory labor standards), which regulate the activity 
of aesthetic clinics, highlighting in this context the role of biomedical. 
 
Palavras chave: Biossegurança, estética. 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Biossegurança é um termo com definições variadas, mas sempre voltadas ao mesmo 
tema. Dentre todas as definições é possível dizer que o termo biossegurança se relaciona com o 
manuseio de riscos utilizando-se de conhecimento técnico-científico. Esta abordagem envolve 
principalmente a prevenção, redução ou eliminação de tais riscos (NEVES; CORTEZ; 
MOREIRA, 2006). A prática da biossegurança está relacionada à preservação da vida humana, 
animal e do meio ambiente; decorrente de riscos presentes em atividades como pesquisa, ensino 
e ambientes ocupacionais (COSTA, 2005). O tema abrange ainda a segurança no uso de técnicas 
1 Graduandos do Curso de Biomedicina – ICBS – UNA 
2 Professora do Curso de Biomedicina – ICBS – UNA (daniela.azevedo@prof.una.br) 
 
 
 
de engenharia genética e as possibilidades de controles capazes de definir segurança e risco para 
o ambiente e para a saúde humana, associados à liberação no ambiente dos organismos 
geneticamente modificados (OGMs) (ALBUQUERQUE, 2001). 
 
A biossegurança envolve a análise dos riscos a que os profissionais de saúde e de 
laboratórios estão constantemente expostos em suas atividades e ambientes de trabalho. A 
avaliação de tais riscos engloba vários aspectos, sejam relacionados aos procedimentos adotados, 
as chamadas boas práticas em laboratório (BPLs), aos agentes biológicos manipulados, à 
infraestrutura dos laboratórios ou informacionais, como a qualificação das equipes (BRASIL, 
2006). 
 
Os profissionais formados geralmente tem pouco conhecimento acerca da biossegurança, 
necessitando buscar cursos, como pós graduações, para suprir a demanda deste conhecimento 
pelo mercado (COSTA, 2005). 
 
A discussão, implantação e implementação de normas de Biossegurança são também 
imprescindíveis às clínicas de estética. As clínicas utilizam em seus procedimentos diversos 
materiais perfurocortantes, produtos químicos e lidam com materiais biológicos, proporcionando 
risco direto ao paciente e aos profissionais, além do risco ambiental e à sociedade relacionados 
ao descarte dos materiais utilizados. Além de que, a infraestrutura de uma clínica também é um 
fator que afeta a presença de riscos aos indivíduos ali presentes. 
 
Tendo isto em mente é sempre necessário que os profissionais da saúde estejam em 
contato e sempre atualizados sobre questões de biossegurança, para que se reverta o quadro de 
desinformação. A seguinte revisão literária tem como objetivo geral a elaboração de um 
mapeamento de risco para uma hipotética clínica de estética, demonstrando como o projeto 
arquitetônico afeta suas características em relação a biossegurança. E como objetivos 
específicos: 
 
- Realizar um levantamento bibliográfico acerca da biossegurança para servir de base teórica 
para a realização do mapeamento de risco. 
 
 
 
- Apresentar aspectos da biossegurança voltados tanto em nível geral quanto para as clínicas de 
estética especificamente, demonstrando os diversos tipos de risco, níveis de biossegurança, 
Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs). 
 
2 METODOLOGIA 
 
Este levantamento bibliográfico foi realizado nas bases de dados virtuais BVS e Data 
SUS. Essas bases de dados foram escolhidas por serem bases nacionais. Os artigos pesquisados 
foram selecionados com data limite a partir de 2008, sendo excluídas publicações anteriores. 
Foram utilizados também, livros do acervo da biblioteca da faculdade UNA Guajajaras e artigos 
periódicos da área necessários para o embasamento teórico. 
Como critério de pesquisa foram utilizadas as seguintes palavras chaves: Biossegurança, 
Clínicas de Estética, Profissionais da Estética, Equipamentos de segurança individual, 
Equipamentos de segurança coletivo e Mapa de risco. As mesmas foram inseridas no campo de 
busca das próprias bases e ao retornar os resultados foram excluídos os artigos que se 
encontravam em outro idioma, publicações sem resultados ou com resultados inconclusivos, e 
artigos com data inferior a mencionada. 
Para análises feitas na biblioteca, foram selecionados os autores disponíveis, que tratavam do 
tema Biossegurança. 
 
O período de buscas se estendeu de março a junho de 2018 
 
3 DESENVOLVIMENTO 
 
3.1 Histórico da biossegurança 
 
Mastroeni (2005) relata que no Brasil a primeira legislação que poderia ser considerada 
como Lei de Biossegurança foi a Resolução n° 01 do Conselho Nacional de Saúde, de 13 de 
junho de 1988 a qual aprovou as Normas de Pesquisa e Saúde, mas a Biossegurança somente 
surgiria em uma lei em 1995. 
 
 
 
Em 1989 um projeto de Lei de Biossegurança foi submetido à aprovação do Congresso 
Nacional, ​por iniciativa do então Senador Dr. Marco Antônio Maciel, ​mas o conhecimento e o 
interesse pela área da biossegurança só foram fortalecidos em 1992, com a Convenção sobre a 
Diversidade Biológica, durante a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente, 
popularmente conhecida como Eco 92 ou Rio 92 (COSTA; COSTA, 2009). 
 
Um maior interesse por normas definidas para o manuseio e uso de Organismos 
Geneticamente Modificados (OGM), mais conhecidos como organismos transgênicos, partiu de 
instituições de pesquisa que desenvolviam atividades de engenharia genética. Em maio de 1994, 
a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Cenargen), com apoio da UNIDO/ICGEB 
organizou o primeiro workshop internacional sobre organismos transgênicos no Brasil 
(MASTROENI, 2005). 
A Embrapa, a Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) e a Associação Brasileira de Empresas 
de Biotecnologia (ABRABI) participaram das discussões do Projeto de Lei de Biossegurança, o 
resultado deste trabalho, que também contou com o apoio de empresas privadas, culminou com a 
aprovação da Lei de Biossegurança em Dezembro de 1994, a qual veio a ser a primeira Lei 
sancionada acerca desse tema, Lei No. 8.794 de 06 de Janeiro de 1995. O decreto 
regulamentador da Lei, Decreto No. 1.974, elaborado por uma comissão interministerial 
presidida pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, foi publicado em dezembro de1995. 
A Lei de Biossegurança regula todos os aspectos da manipulação e uso de OGM no 
Brasil, incluindo pesquisa em contenção, experimentação em campo, transporte, importação, 
produção, armazenamento e comercialização. Seu escopo limita-se ao uso da engenharia 
genética, ou uso da técnica do DNA/RNA recombinante, para a troca de material genético entre 
organismos vivos (BRASIL 2005). 
 
3.2 Princípios da biossegurança 
 
A Biossegurança (Bio=Vida e Segurança= Aquele que segura) é um termo utilizado para 
caracterizar sua finalidade no ramo de áreas como pesquisa, prestação de serviços, 
desenvolvimento tecnológico e produção na qual é a realização de conjuntos de 
 
 
procedimentos/boas práticas laboratoriais que visam prevenção, eliminação ou diminuição dos 
riscos perante o manuseio de compostos químicos ou biológicos (TEIXEIRA; VALE, 2010). 
 
Na área de Clínicas de Estética, a Biossegurança atua na proteção da vida através de boas 
práticas pelos profissionais, a fim de evitar contaminação por agentes patógenos, sejam 
bactérias, fungos, helmintos e vírus, com a utilização e uso correto de Biomateriais como os 
EPI’s e EPC’s (VIEIRA; ANDRADE, 2017) (SHIMIDLIN, 2006). 
 
3.2.1 Atribuições do profissional biomédico na estética 
 
Segundo o Artigo 4° do Conselho Regional de Biomedicina - 1ª Região (CRBM1) 
pode-se considerar um Biomédico habilitado legalmente em Biomedicina estética àquele que: 
Comprovar a conclusão de curso de pós graduação na área, levando em consideração disciplinas 
ou conteúdos de semiologia e farmacologia, demais recursos terapêuticos e farmacológicos 
utilizados na área da estética ou que certifique conclusão de estágio supervisionado em 
biomedicina estética com a carga horária mínima de 500 horas/aula durante a graduação ou título 
de especialista em biomedicina estética de acordo com normas vigentes da Associação Brasileira 
de Biomedicina (ABBM) ou por meio de residência biomédica de acordo com normas e 
Resoluções nºs 169 e 174, do Conselho Federal de Biomedicina (CRBM1, 2016). 
 
 O Biomédico Esteta pode realizar administração e prescrição de substâncias somente 
para esse fim, incluindo substâncias biológicas (Toxina Botulínica tipo A), substâncias 
Intradermoterápicas, de preenchimentos faciais, fitoterápicos e alguns nutrientes, e prescrição de 
formulações magistrais ou de referência de cosméticos seguindo normatizações da ANVISA 
(CRBM1, 2016) (BORGES;SCORZA, 2016). 
 
Cabe ainda ao profissional, prescrição e realização de procedimentos que envolvam utilização 
de Recursos Tecnológicos. Como exemplo temos o Laser fracionado (FP) que atua estimulando 
a neocolagênese por meio da emissão de energia através de determinado comprimento de onda 
específico; Luz intensa pulsada (IPL) que, com sua diferente frequência possui aplicações em 
fotodepilação, lesões pigmentadas, acne rejuvenescimento e lesões vasculares; e a 
 
 
Radiofrequência que atua na produção de calor em nível cutâneo e subcutâneo, transformando 
energia elétrica em eletromagnética que promove a remodelação das fibras de colágeno, 
diminuindo flacidez e deformidades na pele, entre outros benefícios (CRBM1, 2016) (BORGES; 
SCORZA, 2016). 
 
3.2.2 Métodos de prevenção na estética 
 
De acordo com Pinheiro e Zeitoune (2008), com o intuito de promover saúde aos 
trabalhadores da área da saúde, foi aprovada a Norma Regulamentadora 32 (NR32), que tem por 
finalidade implementação de medidas que promovam proteção à saúde dos trabalhadores. O item 
de nº 32.2.4.9.1 da NR32 (2011) diz: 
 
A capacitação deve ser adaptada à evolução do conhecimento e à identificação de novos 
riscos biológicos e deve incluir: os dados disponíveis sobre riscos potenciais para a 
saúde; medidas de controle que minimizem a exposição aos agentes; normas e 
procedimentos de higiene; utilização de equipamentos de proteção coletiva, individual e 
vestimentas de trabalho; medidas para a prevenção de acidentes e incidentes; medidas a 
serem adotadas pelos trabalhadores no caso de ocorrência de incidentes e acidentes. 
 
Os profissionais que atuam em clínicas de estética estão regulados pela NR 32. Vasto é o 
campo de atuação que predispõe estes profissionais a riscos. Observa-se a seguir os principais 
tratamentos invasivos não cirúrgicos oferecidos pelas Clínicas considerando a região corporal 
evidenciada (Quadro 1). 
 
QUADRO 1: PRINCIPAIS TRATAMENTOS INVASIVOS NÃO CIRÚRGICOS. 
Procedimentos invasivos não cirúrgicos Região 
Carboxiterapia Facial / Corporal 
Microagulhamento Facial / Corporal 
Botox Facial / Corporal 
Preenchimento Facial 
Escleroterapia com glicose Corporal 
Intradermoterapia Capilar/ Corporal / Facial 
 
 
Fonte:​ GOMES (2016). 
 
Convém salientar o alto risco de contaminação (cliente para profissional e profissional 
para cliente) de algumas doenças. A contaminação pode ocorrer caso haja algum tipo de 
sangramento durante a realização das atividades cujos métodos são agressivos e invasivos. Sua 
transmissão também pode se dar através dos instrumentos utilizados (agulhas, extrator de 
comedões, eletrodos, pincéis, espátulas, entre outros) quando não são descartados e/ou 
esterilizados corretamente (JOHNSON, et al., 2001). 
 
 A seguir serão descritas algumas estratégias para a garantia da Biossegurança em 
Biomedicina Estética. 
 
Higienização das Mãos: A mão é um grande veículo para transporte de agentes infecciosos 
devido ao seu potencial de armazenamento de microbiota resistente e transitória (VIEIRA; 
ANDRADE, sd). As mãos podem ser higienizadas com a utilização de água e sabão (Figura 1), 
preparação alcoólica e antisséptica (ANVISA, 2007). 
 
FIGURA 1​. ​MANUAL TÉCNICO DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS EM SERVIÇOS DE 
SAÚDE 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: (BRASIL, 2007). 
 
Equipamentos de proteção individual (EPIs): são dispositivos de uso individual destinados a 
resguardar a saúde física e integridade do profissional. Sua regulamentação está descrita na 
NR-06 (SANGIONI, et al; 2013). Os principais equipamentos de proteção individual utilizados 
pelo profissional no ramo estética são: 
• Luvas: medida de proteção para o contato. 
• Jalecos e aventais: Prevenção de exposição da pele por contato fluidos corporais e secreções e 
contaminação por produtos químicos. 
• Máscaras: Proteção das mucosas da boca e nariz e evita inalação ou ingestão de partículas e 
aerossóis. 
boca e do nariz 
contra a ingestão 
ou a inalação de 
partículas e 
aerossóis, 
contendo 
micro-organismos 
presentes durante 
fala, tosse ou 
espirro.(VIEIRA; ANDRADE, 2017). 
 
Entretanto, sabe-se que a utilização desses equipamentos que atuam como barreira contra 
micro-organismos não isenta de contaminação do ambiente de trabalho. Sendo necessária a 
aplicação de outros procedimentos educativos, bem como esterilização dos utensílios utilizados 
nos tratamentos (INÁCIO et al; 2010). 
 
Equipamentos de proteção coletiva (EPC’s) são dispositivos presentes no ambientede trabalho 
com a finalidade de reduzir os riscos aos quais os trabalhadores se expõem durante a atividade 
laboral. Caso ocorra algum acidente durante o trabalho, também existirão EPCs para minimizar 
 
 
os danos causados. Os EPCs também são projetados a fim de diminuir riscos expostos ao meio 
ambiente e ao material manipulado (TEIXEIRA; VALE, 2010). 
 
Esterilização: Processo físico ou químico visando exterminar todo tipo de vida microscópica de 
um objeto, pode-se utilizar o calor em condições úmidas ou secas nos materiais utilizados 
diretamente nos pacientes no momento dos tratamentos (FERRAZ; ARAUJO, sd). 
 
3.2.3 Mapa de Risco 
 
​O mapa de risco tem contribuído para as condições de trabalho, prevenção de acidentes, 
doenças ocupacionais, redução do impacto ambiental, promoção à saúde do trabalhador e 
preservação do meio ambiente (MATTOS; FREITAS,1994). 
Teve sua origem no Modelo Operacional Italiano (MOI), devido ao movimento sindical 
italiano ao final de 1960. Trabalhadores de indústrias do ramo metal mecânico tendo como 
objetivo serem capacitados para as investigações e o controle dos ambientes de trabalho, 
desenvolveram o MOI (MATTOS; SIMONI, 1993). 
O MOI tinha como ideia inicial a criação de grupos de pessoas expostas a fatores de 
risco semelhantes e o conhecimento dos fatores de risco pelo trabalhador. O grupo discutia e 
decidia as condições de trabalho e a melhoria dessas condições não delegando aos técnicos de 
saúde e segurança a decisão das mudanças e com isso conquistava-se uma maior participação 
dos trabalhadores nas ações de planejamento e controle da saúde nos locais de trabalho 
(MATTOS, 1993). 
 O mapa de risco passou a ser adotado pela legislação italiana com a Lei n. 833, de 
23/09/1978 e instituiu o Serviço Sanitário Nacional em seu artigo 20 (ODDONE et al.,1986). 
 Esta metodologia chegou ao Brasil por meio das áreas acadêmica e sindical e se tornou 
obrigatória pela Portaria n. 5, de 808/1992 do Departamento Nacional de Segurança e Saúde do 
Trabalhador (DNSST), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), alterando a norma 
regulamentadora NR-09, que através da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), 
institui a confecção de mapas de riscos ambientais. 
 Atualmente, com mudanças realizadas nas portarias anteriores a construção do mapa de 
risco é realizada com ajuda de outras metodologias como recomenda a NR-05, não impedindo o 
uso das metodologias definidas no antigo texto da NR-05 (MATTOS; SANTOS, 2005). 
 
 
 O mapa de risco possui diversas definições, os primeiros a definirem o mapa de risco 
foram Oddone et al. (1986): 
 
Um critério de abordagem da pesquisa do grupo operário para conhecimento e a 
definição científica das próprias condições de trabalho, um esquema de análise que 
possa enfrentar globalmente os problemas do ambiente e da prevenção do risco em todo 
o contexto social. 
 
Para Albert (1988), o mapa de risco é: 
 
Uma ferramenta que nos permitirá a reunião programada de dados que expressam a 
situação relacionada com fatores de risco presentes nos postos de trabalho (...). Se 
pretende, mediante o mapa de risco, criar um instrumento para poder elaborar uma 
prevenção de riscos no interior da empresa; identificar os fatores nocivos e de riscos 
que estão presentes nas seções e departamentos da empresa; conhecer o número de 
trabalhadores que estão expostos a diferentes riscos, em função dos horários e turnos. 
 
Também pode ser definido como: 
 
Uma representação gráfica de um conjunto de fatores presentes nos locais de trabalho, 
capazes de acarretar prejuízos à saúde dos trabalhadores: acidentes e doenças de 
trabalho. Tais fatores têm origem nos diversos elementos do processo de trabalho 
(materiais, equipamentos, instalações, suprimentos e espaços de trabalho) e na forma de 
organização do trabalho (arranjo físico, ritmo de trabalho, método de trabalho, postura 
de trabalho, jornada de trabalho, turnos de trabalho, treinamento etc.) (MATTOS, 
1993). 
 
Existem duas etapas para elaborar o mapa de risco conforme sugestão de Mattos e 
Simoni (1993). A primeira etapa refere-se ao levantamento e sistematização do processo de 
produção que consiste em: descrição do processo de trabalho, equipamentos, instalações, 
materiais, produtos, resíduos, equipe de trabalho, atividades dos trabalhadores e identificação 
dos fatores de risco. E a segunda a elaboração da representação gráfica que consiste na 
construção de um layout ou uma planta baixa especificando em cada local através de círculos 
com a cor padronizada o grupo a que pertence o risco. 
 
 A segunda etapa que consiste na elaboração da representação gráfica do mapa, deverá 
indicar em cada setor os grupos de risco relacionados, que são classificados em: 
 
 
 
● Grupo 1 - Riscos físicos que são identificados pela cor verde. Exemplos: ruído, calor, 
frio, pressões, umidade, radiações ionizantes e não ionizantes, vibração. 
● Grupo 2 - Riscos químicos que são identificados pela cor vermelha. Exemplo: poeiras, 
fumos, gases, vapores, névoas, neblinas, substâncias compostas, produtos químicos em 
geral. 
● Grupo 3 - Riscos biológicos que são identificados pela cor marrom. Exemplos: Fungos, 
vírus, parasitas, bactérias, protozoários, insetos transmissores de doenças (vetores). 
● Grupo 4 - Riscos ergonômicos que são identificados pela cor amarela. Exemplos: 
levantamento e transporte manual de peso, esforço físico, monotonia, repetitividade, 
responsabilidade, atenção e vigilância, ritmo de trabalho excessivo, jornada de trabalho 
prolongada, postura inadequada de trabalho, trabalhos noturnos, controle rígido de 
produtividade, outras situações causadoras de fadiga e estresse. 
● Grupo 5 - Riscos de acidentes que são identificados pela cor azul. Ex: arranjo físico 
inadequado, iluminação inadequada, armazenamento inadequado de materiais, incêndio e 
explosão, eletricidade, máquinas e equipamentos de proteção, quedas e animais 
peçonhentos, inexistência de sinalização, outras situações de risco que poderão contribuir 
para a ocorrência de acidentes. 
 
 Pela NR-05 a intensidade do risco é definida pela percepção dos trabalhadores usando os 
critérios: 1) possibilidade de morte iminente; 2) ocorrência de acidentes e doenças com lesões 
irreversíveis; 3) quantidade de pessoas expostas aos riscos. Que será representada por círculos 
em tamanhos diferentes conforme a gravidade(MATTOS; SIMONI, 1993) . 
 Existindo no local um mesmo risco que abrange todo o local de trabalho o círculo deverá 
ser indicado fora do mapa de risco mostrando assim que sua ação se dá em todo o ambiente 
(MATTOS; SIMONI, 1993). 
 
PGRSS 
 
Plano de gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde (PGRSS) é um documento que 
determina e descreve todas as ações referentes ao gerenciamento dos resíduos de serviços de 
saúde, observando suas características e riscos, levando em conta os aspectos referentes à 
geração, identificação,segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, 
 
 
destinação e disposição final ambientalmente adequada, assim como as ações de proteção à 
saúde pública, do trabalhador e do meio ambiente, sua implementação é de inteira 
responsabilidade do estabelecimento em operação. O PGRSS permite que os resíduos sólidos de 
saúde (RSS), tenho uma destinação adequada desde a sua geração até a disposição final, 
definindo competências e responsabilidades para tal (ANVISA 2006). 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
BORGES, Fábio dos Santos; ESCORZA, Flávia Acedo. Terapêutica em Estética: Conceitos e 
Técnicas. Sao Paulo: Phorte, 2016. 
BRASIL. ​Lei nº 11.105 ​, de 24 de março de 2005. Regulamenta os incisos II, IV e V do § 1o do 
art. 225 da Constituição Federal, estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização 
de atividades que envolvam organismos geneticamente modificados – OGM e seus derivados, 
cria o Conselho Nacional de Biossegurança – CNBS, reestrutura a Comissão Técnica Nacional 
de Biossegurança – CTNBio, dispõe sobre a Política Nacional de Biossegurança – PNB, revoga 
a Lei no 8.974, de 5 de janeiro de 1995, e a Medida Provisória no 2.191-9, de 23 de agosto de 
2001, e os arts. 5o, 6o, 7o, 8o, 9o, 10 e 16 da Lei no 10.814, de 15 de dezembro de 2003, e dá 
outras providências. Brasília, Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11105.htm>. Acesso em: 02 
mar. 2018. 
 
BRASIL. ANVISA. ​Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde. ​Brasília: Anvisa, 
2006. Disponível em: 
<​http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/manual_gerenciamento_residuos.pdf​>. Acesso 
em: 01 jun. 2018. 
 
BRASIL. ANVISA. ​HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE. ​2007. 
Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/hotsite/higienizacao_maos/manual_integra.pdf>. 
Acesso em: 04 abr. 2018. 
 
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Portaria GM n.º 1.748, de 30 de agosto de 2011. 
NR 32​: SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM SERVIÇOS DE SAÚDE. Disponível 
em: <http://sislex.previdencia.gov.br/paginas/05/mtb/32.htm>. Acesso em: 04 abr. 2018. 
 
COSTA, Marco Antônio Ferreira da. ​Construção do conhecimento em saúde​: o ensino de 
biossegurança em cursos de nível médio na Fundação Oswaldo Cruz. 2005. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-32832006000100019>. Acesso 
em: 25 mar. 2018. 
 
 
 
COSTA, Marco Antonio F. da; COSTA, Maria de Fátima B. da. ​BIOSSEGURANÇA DE A à 
Z. ​2. ed. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2009. 262 p. 
 
CRBM 1ª REGIÃO. ​Regulamentação e Código de Ética da Profissão de Biomédicos. ​2016. 
Disponível em: 
<http://crbm1.gov.br/site/wp-content/uploads/2013/12/REGULAMENTAÇÃO-E-CÓDIGO-DE-
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INÁCIO, Anali Aparecida et al. ​BIOSSEGURANÇA EM ESTÉTICA FACIAL: ​adequando 
condutas. 2010. Disponível em: <http://siaibib01.univali.br/pdf/Anali Aparecida Inácio, Daniele 
Holdorf.pdf>. Acesso em: 04 abr. 2018. 
 
MASTROENI, Marco Fabio. ​Biossegurança Aplicada a Laboratórios e Serviços de Saúde. ​2. 
ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2005. 303 p. 
 
MATTOS, Ubirajara A. de O.; FREITAS, Nilton Benedito B.. ​Mapa de Risco no Brasil: ​As 
Limitações da Aplicabilidade de um modelo Operário. 1994. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/pdf/csp/v10n2/v10n2a12>. Acesso em: 02 abr. 2018. 
 
NEVES, Tatiana Pereira das; CORTEZ, Elaine Antunes; MOREIRA, Carlos Otávio Fiúza. 
BIOSSEGURANÇA COMO AÇÃO EDUCATIVA: ​CONTRIBUIÇÕES À SAÚDE DO 
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<http://revistas.ufpr.br/cogitare/article/viewFile/5978/4278>. Acesso em: 25 mar. 2018. 
 
 
TEIXEIRA, Pedro; VALLE, Silvio (Org.). ​Biossegurança: ​uma abordagem multidisciplinar. 2. 
ed. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2010. 442 p. Disponível em: 
<http://books.scielo.org/id/xjbf8/pdf/teixeira-9788575413067.pdf>. Acesso em: 05 abr. 2018.

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