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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE GUANAMBI – CESG UNIFG – CENTRO UNIVERSITÁRIO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL ANA CAROLINE SOUZA BARBOSA BRUNO SANTANA SANTOS CARLOS PAES DE SOUZA FELIPE DE JESUS SOUZA GABRIELE SOUZA MOTA PROPRIEDADES MECÂNICAS GUANAMBI - BA 2019 CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE GUANAMBI – CESG UNIFG- CENTRO UNIVERSITÁRIO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL ANA CAROLINE SOUZA BARBOSA BRUNO SANTANA SANTOS CARLOS PAES DE SOUZA FELIPE DE JESUS SOUZA GABRIELE SOUZA MOTA PROPRIEDADES MECÂNICAS: Máquina de Tração Trabalho apresentado como requisito parcial de avaliação da I unidade da disciplina Resistencia dos Materiais I, ministrado pelo professor Matheus Figueiredo, do curso de Engenharia Civil do Centro Universitário UNIFG. GUANAMBI - BA 2019 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 3 2. CONCEITOS E EXEMPLOS PRÁTICOS .......................................................... 4 3. OBJETIVOS ......................................................................................................... 7 3.1. Objetivo Geral ................................................................................................... 7 3.2. Objetivos Específicos ....................................................................................... 7 4. MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................. 8 4.1. Materiais ........................................................................................................... 8 4.2. Métodos ............................................................................................................ 8 5. CÁLCULOS ....................................................................................................... 10 6. RESULTADOS E DISCUSSÕES ...................................................................... 11 ANEXOS ...................................................................................................................... 14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ......................................................................... 17 3 1. INTRODUÇÃO “A origem da resistência dos materiais remonta ao início do século XVII, quando Galileu realizou experimentos para estudar os efeitos de cargas sobre hastes e vigas feitas de diferentes materiais” (HIBBELER, 2009, p.1). No entanto, para isso é necessário compreender sobre as suas propriedades mecânicas. Segundo Pinheiro (2016, p.149) propriedades mecânicas são as respostas características dos materiais quando sujeita a cargas externas, sua capacidade de resistir ou transmitir esses esforços sem se fraturar ou deformar de forma incontrolada. Para a exposição do tema, foi confeccionado uma máquina de tração que tem por finalidade mostrar o quanto o material se deforma e sua força aplicada. Partindo desta exposição é possível levantar o seguinte questionamento: Quanto de força está sendo aplicada para levar o respectivo material à sua deformação? Portanto, o presente trabalho visa obter resultados através de cálculos de força elástica para responder o questionamento feito acima, assim como mostrar na prática a relação tensão x deformação dos materiais. 4 2. CONCEITOS E EXEMPLOS PRÁTICOS Porque estudar propriedades mecânicas dos materiais? “Podem ser necessárias para o projeto de estruturas/componentes materiais predeterminados, a fim de que não ocorram níveis inaceitáveis de deformação e/ou falhas” (BORGES, 2016). “[...] O comportamento mecânico de um material reflete a relação entre sua resposta ou deformação a uma carga ou força que esteja sendo aplicada” (BORGES, 2016). De acordo com Borges (2016) “as propriedades mecânicas dos materiais são verificadas pela execução de experimentos de laboratório cuidadosamente programados, que reproduzem o mais fielmente possível as condições de serviço”. As principais propriedades mecânicas dos materiais são: Elasticidade: É a propriedade na qual todo material quando sujeito a um esforço externo deforma-se, o comportamento elástico é a capacidade de o material retornar a sua forma original após a retirada da força externa aplicada sobre ele. Limite elástico: é o ponto final da fase elástica Plasticidade: É a propriedade na qual apresenta certos materiais que após serem submetidos a uma força externa já não consegue retornar as proporções originais tais como, sua forma e dimensão pois o mesmo é submetido a tensões que ultrapassam o limite elástico. A plasticidade é influenciada pelo calor. O inverso da plasticidade é a fragilidade ou quebrabilidade, ou seja, mesmo quando o material se romper ele apresenta uma pequena deformação. Na plasticidade existem alguns processos, tais como: Escoamento é o processo na qual o material ultrapassa o limite de elástico e caracteriza pela deformação permanente do material. Endurecimento por deformação é o processo que exige mais do material, o material começa a sofrer encruamento (Fenômeno que ocorre no metal com aumento da dureza devido à deformação plástica, só ocorre a frio) Estricção/ductibilidade é o processo onde vai se localizar a ruptura do material. A ductibilidade é importante, pois ela indica ao projetista o grau ao qual uma estrutura irá se deformar plasticamente antes de fraturar, além de especificar o grau de deformação permitido durante as operações de fabricação. 5 Tenacidade é a capacidade do material de absorver energia aplicada até sua ruptura. Como é praticamente impossível fabricar materiais sem defeitos, a tenacidade é uma das principais considerações para todos os materiais estruturais. Resiliência é a capacidade de absorver energia na fase elástica, mas não rompe, ou seja, com a remoção da carga é possível a recuperação dessa energia. Exemplos: Materiais dúcteis (aço estrutural e outros metais): 1.Aumento lento do comprimento (pequena deformação), diretamente proporcional a uma grande carga aplicada (trecho reto da origem até a tensão de escoamento - σe), com grande coeficiente angular (reta "quase" na vertical). 2. Longa deformação com pouco aumento da carga aplicada, ou seja, pequena variação da tensão (escoamento). 3. Aumento da deformação proporcional ao aumento da carga aplicada, ou seja, da tensão. Este aumento ocorre até que a carga aplicada atinja um valor máximo, ou, uma tensão última - σu (recuperação). 4. Diminuição do diâmetro do corpo (estricção). Uma diminuição da carga aplicada é suficiente para manter a deformação até a ruptura. (σR: tensão de ruptura; εR: deformação de ruptura). 6 • Materiais frágeis (ferro fundido, vidro, pedra...): Evolução do diagrama: aumento da deformação proporcional ao aumento da carga aplicada até que se atinja a deformação de ruptura (εR) que corresponde à tensão de ruptura (σR) que é igual à tensão última (σu). 7 3. OBJETIVOS 3.1. Objetivo Geral Analisar as propriedades mecânicas de determinados materiais quando submetidos a forças de tração. 3.2.Objetivos Específicos Submeter materiais como o cobre e arame recozido a forças de tração; Analisar o comportamento dos mesmos, assim como a sua resistência a força aplicada; Através de testes com os materiais calcular sua força, tensão e deformação do material; Comparar os resultados obtidos entre o cobre e arame recozido. 8 4. MATERIAIS E MÉTODOS 4.1.Materiais Máquina de corte para pisos cerâmicos. Parafuso com argola (modelo utilizado para tracionar fios de cercas em geral). Mola (retirada de um amortecedor de motocicleta). Chave Biela Com Passante (16 mm). Peças metálicas fixadas ao suporte (cantoneiras 1.5 polegadas, solda, arruelas). Tinta spray na cor preta. Fios para análise (cobre, arame recozido, alumínio, etc.). Fita métrica Anilhas (pesos de academia) Cordas (para prender a máquina na posição vertical no dimensionamento da mola). 4.2. Métodos Este trabalho teve como objetivo expor de forma dinâmica e especifica o tema sobre propriedades mecânicas dos materiais. Para isso, pensamos em confeccionar uma máquina de tração a fim de obtermos dados de algumas propriedades mecânicas dos fios contendo diferentes materiais em sua composição. Por meio desse equipamento foi realizado análises sobre a relação tensão x deformação de cada fio, e a partir disso, exposto graficamente o comportamento de cada material. O primeiro passo foi definir a estrutura da máquina, onde iríamos precisar de duas bases bem fixas e resistentes, assim como um mecanismo para guiar o movimento da máquina em funcionamento. No entanto, foi escolhido uma máquina de corte para pisos cerâmicos como sendo a base, e em seguida fixando os demais componentes da máquina. O segundo passo foi desenvolver uma forma de dimensionar a força que estaria sendo aplicada no material a ser testado. Baseando na lei de Hooke (F = K*x), manipulamos a fórmula sabendo que a constante elástica de uma mola é a força aplicada sobre ela, dividida pelo deslocamento sofrido pela mesma. Para calcular a constante elástica a ser usada, foi suspenso pesos de 20kg na mola, constatando que a cada acréscimo de 20kg a mola se deslocava 1 centímetro na posição vertical. Com isso, foi obtido a relação força/deslocamento, sendo a força calculada pela fórmula F = massa*gravidade (adotando g = 10m/s²), concluindo-se que a cada centímetro deslocado estava sendo aplicada uma força de 200N sobre a mola. 9 O terceiro passo foi confeccionar onde iria ser aplicada a força de tração no fio, com a ajuda de um parafuso de rosca e a alavanca da ferramenta que utilizamos para girar a “porca”, conseguindo assim, atingir uma força de tração suficiente para tracionar os fios até a sua ruptura. Para pôr em prática o conceito teórico apresentado no primeiro e segundo passo, contratamos um profissional em serralheria para fixar a mola e o parafuso na base da máquina. Utilizando duas cantoneiras de ferro fixadas à base, prendemos a mola em uma extremidade e o parafuso responsável por aplicar a força de tração em outra. Posteriormente confeccionamos uma peça para desempenhar as seguintes funções: guiar o movimento do sistema (que mantém a linearidade do deslocamento da mola), assim como unir a mola ao fio a ser testado (para isso foi soldado a peça na mola em uma de suas extremidades, e na outra uma argola onde o fio será preso). Por fim, foi confeccionado uma fita métrica na base para indicar o deslocamento da mola. 10 5. CÁLCULOS Fórmulas: F = k * x σ = F/A ε = (Lf – Li)/ Li A = π*r² m*g = k*x O primeiro calculo a ser feito, foi da constante elástica, onde manipulamos a fórmula de Hooke, e chegamos a: K= m*g / x. Substituindo os valores: K = (20kg * 10m/s²)/ 1 cm K = 200N/cm Com o valor da constante elástica, o diâmetro de cada fio e os dados obtidos pelos testes, conseguimos encontrar a força aplicada, tensão máxima e a deformação do fio. Segue os dados na tabela abaixo: Cálculos: F= 200N/cm*2.2cm A=π*0,625² σ= 440N/ 1,227mm² F=440N A=1,227mm² σ=358,54Mpa ε (teste 1) = (339 – 270)/270 ε (teste 2) = (342 – 275)/275 ε = 0,25 ou 25% ε = 0,2436 ou 24,36% Cálculos: F= 200N/cm*1,8cm A=π*0,625² σ= 360N/ 1,227mm² F=360N A=1,227mm² σ=293,40Mpa ε (teste 1) = (340 – 275)/275 ε (teste 2) = (335 – 270)/270 ε = 0,2364 ou 23,64% ε = 0,2407 ou 24,07% 11 6. RESULTADOS E DISCUSSÕES Através dos testes e cálculos pode-se obter a força aplicada em cada material, sua tensão máxima e deformação dos mesmos. Conforme as imagens abaixo podemos observar que ambos os fios apresentam características de uma fratura dúctil, devido a formação de um pescoço no corpo de prova. Fio de arame recozido Fio de cobre De acordo com os testes, o arame recozido obteve um deslocamento maior em relação ao fio de cobre, e precisou de mais força para fazer o material chegar até a sua ruptura. 12 Nos gráficos de tensão x deformação a seguir, é possível notar que ambos os materiais tiveram deformações plásticas próximas, porém o arame recozido apresentou um limite de escoamento maior. Gráfico 1 – Comparação do comportamento do material com o mesmo comprimento inicial Gráfico 2 – Comparação do comportamento do material com o mesmo comprimento inicial 13 No entanto, o presente trabalho alcançou os devidos objetivos, e com isso, conclui-se que o fio de cobre apresenta uma resistência à tração menor que o arame recozido, mesmo apresentando diâmetros e comprimentos iniciais iguais o que influenciou no resultado final além das propriedades mecânicas, foi a força aplicada em cada material que está diretamente proporcional com a tensão. 14 ANEXOS Escolha do equipamento Dados sobre o arame recozido 15 16 17 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS Borges, S. V. (2016). CAPÍTULO 10 PROPRIEDADES MECÂNICAS DE MATERIAIS. Fonte: DocPlayer. Disponivel em:< https://docplayer.com.br/1158921-Capitulo-10- propriedades-mecanicas-de-materiais.html>. Acesso em: 23 de março de 2019. Hibbeler, R. C. (2009). Resistência dos Materiais (7ª ed.). São Paulo. Pinheiro, A. C.; Crivelaro, M. (2016). Fundamentos de Resistência dos Materiais (1ª ed.). LTC. Propriedades Mecânicas dos Materiais. (s.d.). Fonte: Instituto Federal de Santa Catarina. Disponivel em: < http://joinville.ifsc.edu.br/~anael.krelling/Tecnologia%20em%20Mecatr%C3%B4nica/CIM2 4/3%20-%20Propriedades%20Mec%C3%A2nicas%20dos%20Materiais.pdf>. Acesso em: 23 de março de 2019.
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