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CURSO DE PEDAGOGIA
FRANCISCA RODRIGUES COELHO DE LIMA
RELATÓRIO DO ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO III
– GESTÃO
Castanhal-Pa
2018
	
FRANCISCA RODRIGUES COELHO DE LIMA
RELATÓRIO DO ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO III
– GESTÃO
Relatório de Estágio apresentado para a disciplina de Estágio Curricular Obrigatório – Gestão do curso de Pedagogia - UNOPAR.
Orientadoras: Vilze Vidotte CostaTutor Eletrônico 
Tutor de Sala: Mara Cristine dos Santos e Santos
	
Castanhal-Pa
2018
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	5
CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO E ATUAÇÃO DO PEDAGOGO	6
DIÁRIOS DE OBSERVAÇÃO DE CAMPO	7
ANÁLISE DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO E ENTREVISTA COM O PEDAGOGO	8
PLANO DE AÇÃO DO PEDAGOGO...........................................................................10
CONSIDERAÇÕES FINAIS.........................................................................................18
REFERÊNCIAS	19
INTRODUÇÃO
Este trabalho é o resultado decorrente do Estágio Curricular Superviosado em Gestão. Durante o relato descreveremos os aspectos observados durante esse periodo que com certeza, foi muito proveitoso.
 Ao chegar à escola fomos muito bem acolhidas pela diretora e demais funcionários. Apresentamos a ela nossos documentos e falamos quais eram os nossos propósitos, dando início assim, ao estágio de gestão.
 Gestão Escolar é um assunto de grande importância para que tenhamos uma escola que atenda as modernas exigências de uma sociedade cada vez mais evoluída em termos de conhecimento, onde os avanços das telecomunicações, da informatização e descobertas científicas têm provocado mudanças rápidas e radicais, as quais a escola precisa acompanhar. Em meio a todas as mudanças a família também assume novas formas de organização e identidades, ainda não aceitas totalmente pela sociedade.
 Para acompanhar tantas mudanças e exigências é urgente e imprescindível que a escola se modernize e agilize seus processos burocráticos e pedagógicos. Para isso é necessário que haja um bom planejamento de todas as atividades e uma constante pesquisa e aprimoramento, através de uma gestão democrática e com a participação de todos os segmentos da escola.
 Por isso é necessária uma nova escola, inclusiva e identificada com o processo de construção de uma vida digna para todos e de uma sociedade mais justa. Uma escola onde a prática pedagógica seja vista como prática de vida, de todos e com todos e permita dar significado as suas vidas, na tarefa de formar cidadãos e cidadãs que integrem e contribuam com sua comunidade.
 Os resultados positivos de uma escola só são realmente garantidos, através de um trabalho coletivo, coordenado pela equipe diretiva e que envolva a todos: corpo administrativo, funcionários, professores, estudantes, Conselho Escolar, e outras instituições que mantenham relação direta ou indireta com a escola. Pois a escola exerce um importante, estratégico e fundamental papel social, pois a mesma deve ser um agente transformador, que leva em conta as necessidades e carências do meio em que estiver inserida, sendo uma fonte de conhecimentos e informações para todos que nela buscam uma melhoria na qualidade de vida e um aperfeiçoamento como indivíduo e ser humano consciente.
 O bom andamento das atividades escolares depende de manter as pessoas trabalhando satisfeitas e motivadas para que possam render o máximo.
CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO E ATUAÇÃO DO PEDAGOGO
Para esse primeiro estágio supervisionado, em Gestão, fomos encaminhadas a Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental Professora Maria José Peniche Moura, localizada na Rua Almeida nº538, Bairro Aparecida, Cidade de Aurora do Pará e realizamos nosso estágio. Com o objetivo era que através de observação e análise da necessidade da escola visitada, elaborássemos um plano de ação e executássemos para ver como se acontecem as coisas na realidade.
Primeiramente, fizemos leitura de textos e tivemos orientação da professora responsável pelo estágio supervisionado e antes mesmo de visitarmos a escola preparamos questionários, que seguem em anexo, em cima do que pretendíamos saber e dividimos nossas tarefas para que não ficássemos perdidos e assim já com tudo organizado e sabendo exatamente o que deveríamos fazer fomos à escola.
No segundo passo, já seguindo o roteiro para as nossas visitas fomos à escola, fizemos a caracterização e observamos qual a necessitada da escola em gestão, juntamente com a coordenação da escola e da direção.
No terceiro passo voltamos à faculdade para, com a orientação da professora, elabora um plano de ação em cima da necessidade real da escola e, com o projeto pronto, voltamos à escola com o intuito de aplicá-lo da melhor forma possível e, assim, tentar ajudar na solução do problema encontrado.
Sabíamos que esta tarefa não seria fácil, mas também sabíamos da sua importância para o nosso crescimento:
“A etapa realizada no ambiente escolar teve como objetivo desenvolver nos acadêmicos um olhar questionador. Com o pré-projeto em mãos, utilizado como bússola, o acadêmico participava das atividades do setor determinado em seu cronograma, buscando conhecer o funcionamento do mesmo e a integração dele com os demais segmentos da unidade escolar. Amparados pelas discussões que orientaram a elaboração do material, aproveitavam este momento para observá-la as ações dos profissionais no ambiente escolar e aprender com eles.” (CASSOL CARBELLO e CROCE, 2009).
Realmente, é difícil, mas enriquecedor as orientações com as vivências nos dão uma completa visão da realidade que enfrentaremos e, com nosso olhar de pesquisadoras esperamos que nossa aprendizagem seja cada vez mais premiada de saberes e paradigmas que levem ao ensino e aprendizagem dos nossos futuros alunos e o nosso.
DIÁRIOS DE OBSERVAÇÃO DE CAMPO
Nosso Estágio Supervisionado, em Gestão Escolar, foi realizado em escola da rede municipal, na Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental Professora Maria José Peniche Moura.
Origem da Escola Maria José Peniche Moura, que tem este nome em homenagem a uma das primeiras educadoras que contribuiu no processo educativo do municipio, que até então era distrito de São Domingo do Capim. Sua construção se deu para atender as reais necessidades da comunidade local, que haja vista o municipio não tinha escola suficiente para atender a demanda da cidade, na inerção de alunos divididos entre Educação Infantil e Ensino Fundamental de 08 anos.
A primeira da primeira gestora da escola em 1999 a 2000 foi a Edla Sebastiana da Silva Pinto e atualmente a escola tem como gestora a professora Katia Maria da Silva Pinto, Vice Gestora Marta Amaro de Castro, Secretário Tiago Francisco de Figueredo e Tecnicos Pedagogicos Solange de Araujo Serafim e Josilene do Socorro Cordeiro.
A escola tem como INEP 15087182 e portaria de autorização 121/2013. Os niveis de modalidades de ensino são: Educação Infantil e Ensino Fundamental com duração de nove anos. Tem como entidade mantenedora a Prefeitura Municipal, o programa do Governo federal PDDE (Programa de Dinheiro Direto), Programa Mais Educação- PME e Programa Mais Cultura – PMC.
Atualmente a escola conta com uma estrutura fisica mais ou menos adequado para atendimento de sua demanda escolar, tendo ambientes e recursos humanos para oferecer um serviçoss de qualidade. A escola conta com o apoio de todos os funcionários, pais e comunidade em geral.
A clientela da escola é diversificada, possuindo no ano de 2016, 492 alunos matriculados na educação infantil e ensino fundamental de 09 anos, sendo que a mesma recebe alunos vindos em transportes escolares oriundos de comunidades longinquas.
As dependencias da escola dispoe de: Onze salas de aula; Sala de direção; Sala de professores; Sala da Coordenação Pedagogica; Biblioteca; Sala Multifunional; Copa; Sala de reforço escolar;Deposito de merenda; Deposito para materiais de limpeza; Seis banheiros; Sala de arquivo e sala do programa mais eduacação.
 
	
ANÁLISE DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO E ENTREVISTA COM O PEDAGOGO
            A gestão da escola foi muito atenciosa e contribuindo bastante no nosso trabalho de estágio em gestão.
            Através dela ficamos sabendo que a escola tem recurso da Prefeitura, FNDE (MEC), PDDI, PNAI, Mais educação (segundo tempo), Escola Aberta e PDE (este é de 4 em 4 anos). Com esses recursos é feito consertos e reparos, compra de merenda e material de limpeza.
O programa Mais educação tem a participação de 175 alunos e eles contam com um reforço lúdico, meio ambiente, rádio escola, letramento, matemática, conforme informação da coordenadora do programa mais educação e, é formada em História, Pedagogia e cursa o 6º período de Direito.
A responsável, pela manutenção e instalações físicas da instituição, é da escola até o limite dos recursos didáticos, pedagógicos e estrutural. Faz solicitação a Secretaria Município da Educação – SEMED.
Com relação ao Projeto Político pedagógico (PPP) falou que é de dois e dois anos feito os ajustes necessários com a participação de pais e alunos além dos componentes da escola. Quando perguntamos se a comunidade realmente aparece e participa, a direção falou: “é só falar em bolsa família que eles vêm.” Neste caso não parece ser um interesse pelo PPP, que talvez, nem saibam o que é ou para que seja.
A coordenação não faz capacitação com os professores. A própria SEMED, mensalmente, promove uma capacitação para os professores e assim, não tem como faltar, nem querer participar.
Os conselhos de classe são realizados sempre que possível de preferência após as avaliações, no total de umas quatro reuniões.
São realizadas, anualmente, de três a quatro reuniões com os pais, principalmente nas datas comemorativas em que são lidos textos reflexivos com o objetivo de incentivá-los a participaram da escola colaborando com o acompanhamento do estudo dos seus filhos. Depois vão para a sala de aula para saberem da situação do aluno com questão de notas e faltas. Tentam conscientizá-los que não é o professor que faz “milagre”, eles precisam vir à escola saber das notas dos filhos, do seu comportamento.
O conselho escolar é atuante e conta com a participação da comunidade quanto fala de alguma coisa que tenha interesse. Quando tiveram problema com uma professora e foi mandada para o conselho
As despesas da escola são comprovadas através de nota fiscal e recibo, que são enviados a prefeitura e apresentado relatórios de prestação de contas. Tem o capital para ser casto com material permanente como: datashow, som, arquivo etc., e o custeio para compra de outros materiais como: papel, material de limpeza etc.
Não possui grêmio estudantil nem organização de pais. A comunidade é atuante tanto quando a escola pede ajuda como também precisam da escola para eventos como reuniões de igrejas.
O município não trabalha com progressão. Trabalha durante o ano com o reforço escolar para os alunos com dificuldade e tem dado resultado, segundo a coordenação.
PLANO DE AÇÃO DO PEDAGOGO
A partir da observação do espaço e em conversas com as pedagogas e a diretoras da escola foi proposta uma intervenção interdisciplinar que irá contemplar necessidades bem peculiares em relação não só a comunidade escolar, mas a sociedade em que ela está inserida. 
CONTEÚDO
“Bullying”
INTRODUÇÃO 
O meu interesse pelo Bullying partiu inicialmente de algumas sugestões contidas no Plano de Estágio Curricular Obrigatório I, seguido de diálogos com as pedagogas da escola que afirmaram que essa temática, sob forma de projeto, supriria uma necessidade relacionada ao trabalho das mesmas e dos professores da instituição e dos alunos que ali estudam. Onde o projeto seria uma peça chave para serem trabalhadas medidas educativas, promovendo novos conhecimentos sobre o assunto e um resgate dos valores éticos e morais de todos os envolvidos com a escola.
O Bullying é um fenômeno que cresce a cada dia nas escolas tornando-se um dos maiores problemas que os profissionais de educação precisam combater, mas que infelizmente ainda não sabem tratar nem tão pouco distinguir os alunos agressivos dos indisciplinados. Esse projeto tem o intuito de prevenir e combater esse fenômeno desde a faixa etária mais baixa até as mais altas de crianças nas escolas sendo realizado com os alunos da Escola Municipal professora Maria José Peniche Moura, estando de acordo com a realidade e as necessidades da escola.
JUSTIFICATIVA
Como uma prática comum nos espaços educacionais, o bullying provoca cada vez mais atitudes violentas, pois esse fenômeno cresce com a influência dos meios eletrônicos, como a internet e as reportagens na televisão, pois os apelidos pejorativos e as brincadeiras ofensivas acabam tomando proporções maiores. Esse projeto visa apresentar os fatos e as reflexões com uma visão positiva, situando os alunos num contexto onde a liberdade, os direitos e os deveres dos cidadãos passam a ser lembrados e enfatizados. 
Nesse sentido serão trabalhadas neste projeto, medidas educativas baseadas no dialogo e na interação entre os alunos de diferentes contextos familiares, buscando superar os preconceitos e revelar os pontos de convergência entre os diferentes para promover a paz e o respeito entre todos. 
A partir dessas ações, quando cuidadosamente acrescentadas, são capazes de promover respeito, compreensão, responsabilidade e maior capacidade de convivência entre os colegas. Pensando assim, a união da família e dos educadores é fundamental para que, juntos, possam salvar vítimas e agressores deste grande mal que assola a humanidade.
 OBJETIVOS
 Colocar em evidencia um assunto tão importante em dias atuais, apresentando alternativas de enfrentamento do problema, propondo uma abordagem mais ampla que não ponha a culpa nem na cultura isoladamente, nem nos indivíduos, sejam eles  agressores, pais ou educadores; 
Promover as escolhas e as possibilidades para superar os problemas do bullying dentro e fora da  escola; 
Resgatar os valores éticos e morais; conscientizar os alunos que todos somos iguais e que o respeito é uma das principais bases em que se fundamenta o convívio humano e conseqüentemente a construção de um mundo melhor; 
Levar os alunos a reconhecerem a importância da escola para o acesso aos saberem construídos historicamente pelo ser humano e para viver e conviver com amigos e diferentes pessoas; 
Conscientizar os alunos que os direitos de uma pessoa são para serem respeitados e que atormentar uma pessoa é tirar dela a alegria de viver e ser feliz; 
Conscientizar os educadores, alunos, pais e comunidade em geral de que o bullying não pode acontecer na escola e em nenhum outro ambiente. 
Mostrar as conseqüências do bullying com o agressor e a vítima, mobilizando-os para o desenvolvimento de uma cultura de paz.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA SOBRE O TEMA 
 O termo Bullying provém da língua inglesa (bully = “valentão”) que se refere a todas as formas de atitudes agressivas, verbais, físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente. E são exercidas por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa sem ter a possibilidade ou capacidade de se defender, sendo realizadas dentro de uma relação desigual de forças ou poder. 
“O bullying é um conceito específico e muito bem definido, uma vez que não se deixa confundir com outras formas de violência. Isso se justifica pelo fato de apresentar características próprias, dentre elas, talvez a mais grave, seja a propriedade de causar traumas ao psiquismo de suas vítimas e envolvidos.” (FANTE, 2005, p.26).
Seguindo esse conceito compreende-se o bullying como um comportamento ligado a agressividade física, verbal ou psicológica, exercida de maneira continua dentro do ambiente escolar ou fora dele.
Emboraocorra muito nas escolas, não é um fato restrito ao âmbito escolar, podendo ser encontrado em qualquer segmento da sociedade. Segundo Fante (2005) o bullying escolar se resume em insultos, intimidações, apelidos constrangedores, gozações que magoam profundamente, acusações injustas, atuações em grupo que hostilizam e ridicularizam a vida de outros alunos, levando-os à exclusão, além de danos físicos, psíquicos, danos na aprendizagem. De acordo com Neto (2004), as conseqüências relacionadas ao bullying podem ser físicas ou emocionais, de curto ou longo prazo, gerando dificuldades na aprendizagem, dificuldades de convívio social e também problemas emocionais. 
Na maioria das vezes, as vitimas do bullying é pessoas que estão fora dos padrões considerados "normais" para a sociedade opressiva, como obesidade, deficiência física, inteligência acima da media ou dificuldades de aprendizagem. E os agressores desde muito cedo já apresentam sinais, pois na maioria das vezes não aceitam regras e possuem em sua personalidade traços de desrespeito com grandes tendências de praticar atos de maldade em relação aos seus colegas e também ao educador.
“As manifestações de desrespeito, ausência de culpa e remorso pelos atos cometidos contra os outros podem ser observadas desde muito cedo, por volta dos 5 a 6 anos. Essas ações envolvem maus-tratos a irmãos, coleguinhas, animais de estimação, empregados domésticos ou funcionários da escola” (SILVA, 2010, p.44).
Os agressores geralmente são as crianças com estrutura física avantajada, os populares, aqueles que não aceitam ser contrariados ou frustrados que, ao sair da escola, manifestam atitudes violentas, inclusive em alguns casos violência físicas, as quais imprimem em relação a crianças do sexo oposto. Nas escolas podem-se distinguir três classes: os populares, que na maioria das vezes são os agressores; os neutros que são os telespectadores, que assistem as agressões e ficam caladas por medos de se tornarem as próximas vitimas e; por fim, os excluídos, que são as vítimas escolhidas pelo agressor, as quais sofrem agressões físicas e morais diariamente e na maioria das vezes não denunciam aos pais ou professores por medo e vergonha.
 “(...) a forma como reagem ao bullying permite classificá-los como auxiliares (participam da agressão), incentivadores (incentivam e estimulam o autor), observadores (só observam ou se afastam) ou defensores (protegem o alvo ou chamam um adulto para interromper)”. (NETO. 2004, p.52).
E De acordo com Fante (2005), grande parte das testemunhas sente simpatia pelos alunos alvos do bullying e condena o comportamento dos alunos autores. Em uma sala de aula em que há casos de bullying a grande maioria é denominada testemunhas. Uma pesquisa realizada pela ABRAPIA mostra que 29% dos autores cometem as agressões por brincadeira sem se darem conta dos danos emocionais que causam nas vítimas. As conseqüências referentes ao bullying são variadas, não cabe somente às vitimas, mas também aos agressores e as testemunhas que podem sofrer as conseqüências tanto no âmbito emocional quanto na aprendizagem, tudo depende de como as vítimas vão receber as agressões e de como vão reagir a seus agressores. Com isso muitas crianças acabam deixando de ir para a escola, acabam pedindo para mudar de sala, sofrem queda de rendimento escolar, manifestam uma baixa estima, e um déficit de concentração.
Na escola, o bullying trata-se, portanto de um fenômeno comportamental, que atinge o ego de suas vítimas, envolve e vitimiza as crianças, tornando-as reféns da ansiedade e insegurança e que interfere negativamente nos seus processos de aprendizagem, devido à excessiva mobilização de emoção, medo, de angústia e raiva reprimida. Por essa razão é que os educadores devem estar atentos a todas as atitudes entre os alunos, inclusive no relacionamento entre eles, visando apurar se de fato são brincadeiras ou atitudes que podem afetar a parte psicológica do aluno, prejudicando assim o processo educacional da criança. Mas segundo a pesquisa realizada pela ABRAPIA no ano de 2003 a maioria das agressões ocorreu no interior da sala de aula na presença do professor. Baseado nesse dado fica claro que os professores precisam conhecer o que é o bullying e quais as suas conseqüências.
O professor deve então passar para os alunos a importância do respeito mútuo, do diálogo, da justiça, da solidariedade e trabalhar as diferenças e os direitos das crianças em sua sala de aula, tornando a escola e a sala de aula um ambiente favorável a todos, desempenhando uma aprendizagem diferenciada a todos os alunos. 
   Geralmente as vítimas de bullying apresentam alguns comportamentos que podem ser notados pelos professores e por seus pais que são:  falta de interesse pelos estudos, dores de cabeça, principalmente na hora de ir para a escola, percam e má conservação de materiais escolares, hematomas pelo corpo, exclusão nos ambiente social, falta de amigos e medo em excesso. Portanto pode se afirmar que a educação e o caráter de uma criança esta nas mãos de seus educadores, sejam eles os pais ou professores.
Dessa forma, temos um grande desafio, o de conscientizar professores, pais e alunos, sobre a importância desse tema e desenvolver estratégias preventivas, como a prática da solidariedade, empatia, cooperação, tolerância, respeito às diferenças, amizade e compaixão, caracterizando assim a atitude de amor das instituições de ensino e da família, buscando construir a paz.
METODOLOGIA
 Começa-se fazendo uma abordagem explicativa sobre o assunto através de palestras, logo em seguida será apresentado aos alunos e professores um questionário de pesquisa visando uma sondagem de como eles se relacionam e identificam os tipos de bullying que possam estar acontecendo, avaliar através do questionário o entendimento que os alunos têm sobre o tema apresentado. 
Serão feitas observações para que se possa deparar com tais situações e observar como o corpo docente e funcionários da escola reagem frente a atos de bullying, onde serão tratadas, suas conseqüências e possíveis intervenções, esclarecendo e conscientizando os educadores sobre esse fenômeno, organizar uma reunião com os pais convidando para palestra sobre o tema desenvolvido. Dia da família na escola, neste dia haverá gincanas promovidas pelos alunos com seus familiares, palestras, apresentações sobre o tema em questão. Confecção de faixas e cartazes anti bullying. Todas as matérias trabalharão com a transdiciplinaridade. 
Para o 4º e 5º ano: Elaboração de uma reportagem fictícia sobre bullying, criação de uma revista em quadrinhos sobre atitudes anti bullying, exibição do filme: Bullying: provocações sem limites, promovendo ao final uma roda de conversa e reflexão sobre o contexto do filme, que resultarão em uma redação sobre o filme assistido. Para o 1º, 2º e 3º ano: Leitura e discussão de textos relacionados ao bullying. Exibição de slides educativos sobre bullying, selecionando por ano de escolaridade. Elaboração de um jornal mural com notícias sobre o tema em questão, realizar na hora do intervalo jogos com as turmas, estimulando a cooperação e solidariedade. Paródia elaborada por todos os alunos com auxilio do professor de música.
RECURSOS METODOLÓGICOS
 O pátio da escola, sala de aula. Utilizaremos aparelho de DVD, data show, filmes, livros, músicas, cartazes e faixas.
PROPOSTA DE AVALIAÇÃO
 A avaliação acontecerá ao longo do desenvolvimento do projeto através da observação e interesse dos alunos. Também será aplicado novamente o questionário inicial, elaborando o gráfico novamente e analisando as amostragens. Realização de reuniões periódicas com os professores, alunos e pais para relato dos sentimentos internalizados ao longo do projeto, mudanças, melhorias, etc..
Após o término da criação do Projeto, foi realizado um agendamento na instituição e foi feita uma apresentação e doação do projeto acima citado, que foi muito bem recebido na escola pela diretora, coordenadorase professores, onde foi constatado que o projeto contribuirá para melhoria no espaço educativo. 
Após a apresentação do projeto me foi apresentada a sugestão de ampliar o tempo de realização do mesmo que antes seria realizado com uma carga horaria de 16 horas para ser trabalhado o ano inteiro priorizando mais atividades mais atividades de interações que buscasse ainda mais o valor ético e moral do cidadão.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A realização do Estágio Supervisionado em Gestão Escolar proporcionou-me a oportunidade de observar e compreender como se dá o funciomento da escola como um todo, promovendo a compreensão da estrutura e da articulação das atividades educacionais, na forma de adiminsitrar e organizar os trabalhos pedagógicos. Analisar a rotinada equipe gestora, além do Projeto Político Pedagógico, constata-se que não existe teoria sem a prática. 
Diante de todo o contexto que permeia a nossa atuação profissional, esta vivência na escola mostrou-me a importância da formação continuada e do constante aprimoramento dos conhecimentos da área, das necessidades sociais, da investigação da própria prática e a busca de temas atuais (professor pesquisador). Também me propiciou momentos de reflexão sobre a práxis educativa, bem como, as ações realizadas pelo Pedagogo no contexto da Gestão, docência e pesquisa em Espaços Educativos e dos conteúdos, através de procedimentos de observação, reflexão, docência supervisionada, desenvolvimento de investigação da realidade, de atividades práticas e projetos de intervenção.
Essa vivência contribuiu bastante para minha formação pessoal e profissional, permitindo-me visualizar cada dia melhor como desempenhar esse papel
REFERÊNCIAS
Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência. Programa Anti-bullying. Disponível em: www.abrapia.org.brwww.bullyingonline.org. Acesso em: 24 ago 2014.
BEANE, Allan I. Proteja seu filho do bullying. Rio de Janeiro. Editora BestSeller. 2010.
CROCE, Marta Lucia. O ensino com pesquisa no Curso de Pedagogia e a formação de gestores para a educação. Curitiba: PUCPR, 2003. Dissertação de Mestrado em Educação.
CARVALHO, Marília Pinto. Violência nas Escolas: O Bullying e a Indisciplina. 2010. Disponível em www.observatoriodainfancia.com.br. Acesso em : 24 set 2014.
FANTE, Cleo. Fenômeno bullying: Como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz. São Paulo. Editora Verus. 2005, 224p
 FREIRE, Paulo; NOGUEIRA, Adriano. Que Fazer, Teoria e prática em educação
popular, Petrópolis RJ: Vozes, Ed. 1989.
 GOMEZ, Maria Teresa. Propostas de Intervenção na Sala de Aula. São Paulo.   Editora Madras. 2003
NETO, A.L. Diga não ao bullying. 5 ed. Rio de Janeiro, ABRAPIA, 2004.
SILVA, Ana Beatriz B. Bullying: mentes perigosas nas escolas. Rio de Janeiro. Editora Objetiva. 2010. Textos do curso: Fenômeno Bullying: Prevenção e Combate. Autor: Alexandre Vinícius Malmann MedeirosDisponível em< http://cursosppd.com.br/course/view.php?id=17> |

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