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1 Adonias de Castro Virgens Filho Engenheiro Agrônomo, Pesquisador, D. Sc. adoniascastro@uol.com.br; 73-32153226; 988463831 CEPLAC/CEPEC Sistemas Agroflorestais (SAFs) com a Seringueira V Encontro Técnico Nacional de Heveicultura Barretos, São Paulo, 24 de novembro de 2017 MINISTÉRIO DA AGRICULTURA PECUÁRIA E DO ABASTECIMENTO VANTAGENS E BENEFÍCIOS DOS SAFs CONCEITOS DE SISTEMAS AGROFLORESTAIS SISTEMA S AGROFLORESTAIS COM SERINGUEIRA ASPECTOS ECONÔMICOS E FITOSSANITÁRIOS SAF SERINGUEIRA E CACAU ROTEIRO SAF SERINGUEIRA E CAFÉ n° de ciclos ? Quema Foresta primaria Cultivo Pose Degradación (?) Sistemas Seqüenciais Agricultura migratória Muller, 2007. Dinâmica dos sistemas e a intervenção humana. SAF - Sistema Agroflorestal: conceito É uma modalidade de uso dos recursos naturais através da qual: espécies lenhosas (árvores e arbustos e palmeiras) são utilizadas em associações deliberadas com cultivos agrícolas e/ou animais, na mesma área, de maneira simultânea ou seqüencial (OTS/CATIE, 1986). O SAF enfatiza o contexto social, econômico e ambiental; 1 Que vantagens se obtém com os SAFs? Se obtém vantagens das interações ecológicas, agronômicas, econômicas e sociais resultantes (LUDGREN e RAITREE, 1982; NAIR, 1983). Trata-se de “um arranjo ou conjunto de componentes relacionados de tal maneira, que formam uma entidade ou um todo”. (BECHT, 1974, citado por HART, 1980). Melhor distribuição de renda ao longo do ano; Minimização dos riscos de insucesso; Menor incidência de pragas e doenças; Uso mais intensivo e racional da terra; Maior lucro por unidade de área; Melhor utilização e distribuição da mão-de-obra. Outras vantagens dos SAFs? Contribui para o controle da erosão e conservação do solo; Melhora as propriedades químicas e físicas do solo; Fornece sombra e proteção aos cultivos; Benefícios indiretos do SAF? Controla efeitos negativos do vento; Protege contra efeitos da geada; Reduz a pressão sobre a vegetação nativa; Fornece abrigo para a fauna; Contribui para o aumento da biodiversidade. Benefícios indiretos do SAF? Sistema zonal. X X X X X X O O O O O X X X X O O O O O O O O O O O O O O O X X X X X X X X X X X O O O O O X X X X X X O O O O O X X X X O O O O O O O O O O O O O O O X X X X X X X X X X X O O O O O X X X X O O O O O Como podem ser os arranjos espaciais do SAF seringueira e cacau? Este arranjo é o mais recomendado para o SAF Seringueira e Cacau Sistema em box perimetral. Arranjos espaciais do SAF seringueira e cacau É um modelo a pleno sol com quebra-vento. X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X O O O O O X X X X X X X X X X X X X X X X O O X X X X X X X X X X X X X X X X O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X Existência de mercado; Emprego de plantas de maior porte com baixo índice de copa, produtivas e tolerantes às doenças; Condições edafo-climáticas adequadas; Disponibilidade de tecnología (e uso do saber popular); Critérios para o planejamento de um Sistema Agroflorestal com a Seringueira Não coincidir períodos de maior demanda por fatores de produção (mão de obra); Espécies não suscetíveis a pragas e doenças que aumentem danos ao consórcio; Fonte: Fancelli, 1975; Pereira et al, 1997; Pereira, 2007; Marques, 2007. Tolerância ao sombreamento pela cultura consorte: o cacau tolera sombra, mas precisa de luz para produzir. Critérios para o planejamento de um Sistema Agroflorestal com Seringueira Plantio dos consortes no sentido Leste-Oeste para reduzir sombreamento e conter o efeito dos ventos. Soja; Arroz; Feijão; Feijão caupi; Milho; Amendoim; Melancia; Madioca; Abóbora; Batata-doce; Cultivos mais utilizados SAF Seringueira com cultivos anuais SAF Seringueira e Chá Ilha de Hainan na China Fonte: Pereira, 2007. Plantações Michelin, Igrapiúna, Bahia. SAF Seringueira e Pupunha Uma experiência de parceria na Índia. Fonte: Virgens Filho, 2005. SAF Seringueira e Abacaxi Experiência de Mineros S. A., Tolima, Colômbia. Carlos Tamoyo, 2008. SAF Seringueira e Abacaxi Seringueira : 4,0m x 2,5m x 13,0m Abacaxi: linha simples 0,50 x 0,50 m (40.000plantas/há) Produção = 48t (32.000 x 1,5kg) Receita bruta - R$ 14.400,00 aos 18 meses Pereira, (2012). SAF Seringueira e Abacaxi Mineros S. A. , Antioquia, Colômbia, Carlos Tamoyo, 2008. SAF Seringueira e Goiaba Fazenda Tiriri, Piraí do Norte, Bahia. SAF Seringueira e Graviola SAF Seringueira e Mamão Seringueira e Mamão Pinheiros, Espírito Santo Moysés Covre & Irmãos Fazenda São Carlos, Puerto Lopez, Colômbia. Seringueira: banco de proteína Seringueira (13,0 x 3,0 x 2,5 m – 500 pl/há) Entrelinha usada para plantio de gramínea Banco de proteína e sombra para o gado no verão. Seringueira em sistemas Silvipastoris Seringueira e Mel de Abelha A presença de nectários extra florais permitem a formação de pasto apícola por 7 a 9 meses. 1 hectare comporta 1 apiário com 15 colméias ,podendo produzir em média 150kg de mel SAF Seringueira e Café SAF Seringueira e Café Seringueira e Cafeeiro, Pinheiros, Espírito Santo – Moysés Covre & Irmãos Café: Progênie: Icatu x Catuaí Espaçamento : 2,5m x 1,3m Seringueira Clone : PB 235 Espaçamento: nas filas duplas 4,0m x 2,5m Entre filas duplas - 13,0m ; 16,9m e 22,1m Seringueira solteira - 8,0m x 2,5m Jomar Pereira, 2007. SAF Seringueira e Café SAF Seringueira e Café Seringueira x cafeeiro na fase de implantação do seringal Seringueira (8,0 x 2,5 ou 7,5 x 2,6 m; Café (1,5 a 2,0 m entre linhas e 1,0 a 0,5 m entre plantas); SAF Seringueira e Café Substituição de cafezal velho por seringal Seringueira (8,0 a 7,0 m x 2,5 a 3.0 m; Café (3,0 a 2,5 m entre linhas;); SAF Seringueira e Café SAF Seringueira e Café Avaliação do café conilon (Coffea canephora) x seringueira (Hevea brasiliensis), em Saf no estado do E. Santo. José Altino Machado Filho Eng. Agr. MSc Produção Vegetal Pedro Arlindo Oliveira Galvêas Eng. Agr. MSc. Genética e Melhoramento de Plantas - EMBRAPA/INCAPER - Incaper Material Genético: Café conilon – 31 clones; Seringueira – RRIM 600; FX 3864; Local: Estação Experimental de Sooretama-ES. Espaçamento (m) Seringueira (plantas/ha) Café (planta/ha) Café *Sombreado (plantas/ha) Café Pleno Sol (plantas/ha) 20 (4 x 2,5) 333 (67%) 3320 2160 1160 30 (4 x2,5) 235 (47%) 3520 1520 2040 40 (4 x 2,5) 182 (37%) 3640 1200 2440 Estande de plantas (seringueira/café) Renques: 20, 30 e 40 m; Seringueira: 4 x 2,5 m; Café: 2,5 x 1,0 m *SOMBREAMENTOEFETIVO: a partir de 2005. SAF Seringueira e Café Machado Filho e Galveas, 2017 SAF Seringueira e Café Distância dos renques Produtividade Sc./ (ha) 20m 39 b 30m 52 a 40m 50 a Espaçamento: O espaçamento entre renques de 30 e 40 m mostraram-se mais promissores. Machado Filho e Galveas, 2017 SAF Seringueira e Café Posição do sombreamento* Produtividade Kg pilado / pl. PS (pleno sol) 0,802 a ** SM (sol da manhã) 0,775 a ST (sol da tarde) 0,686 b Produtividade: Média dos clones de café de 2005 a 2010. Machado Filho e Galveas, 2017 SAF Seringueira e Café MÉDIA GERAL Posição Nota Tukey (5%) • Pleno Sol 73.8 b • Sombra Manhã 74.8 ab • Sombra Tarde 75.5 a Avaliação Sensorial: Média Geral A sombra da tarde diferiu de a pleno sol em doçura, amargor, verde e acidez, Machado Filho e Galveas, 2017 SAF Seringueira e Café Machado Filho e Galveas, 2017 SAF Cacaueiro e Seringueira Análise do investimento na Seringueira em monocultivo e em Saf com Cacau Investimento no plantio de 1,0 ha de Seringueira em monocultivo Ano Valor R$ 1 10.356,61 2 3.092,09 3 2.700,36 4 3.426,72 5 2.376,81 6 2.376,81 Total 24.329,40 Seringueira 6,0 x 3,0 m (555 pl./ha) Investimento em 1,0 Hectare de Seringueira Evolução da produção de borracha no monocultivo da Seringueira Produção de borracha no plantio de seringueira em monocultivo no espaçamento de 6,0 x 3,0 m Ano de Ano de Borracha seca Coágulo Plantas em Plantas em Bor. Seca Coágulo plantio exploração Kg/árv/ano Kg/árv/ano sangria (%) sangria/ha kg/ha/ano kg/ha/ano 5 1 1,5 2,63 60 330 495 866 6 2 2,5 4,38 80 440 1100 1925 7 3 3,5 6,13 90 495 1732,5 3032 8 4 3,5 6,13 90 495 1732,5 3032 9 5 4,5 7,88 90 495 2227,5 3898 10 6 5,0 8,75 90 495 2475 4331 11 7 5,0 8,75 90 495 2475 4331 12 8 5,0 8,75 90 495 2475 4331 13 9 5,0 8,75 90 495 2475 4331 14 10 5,0 8,75 90 495 2475 4331 15 11 5,0 8,75 90 495 2475 4331 16 12 5,0 8,75 90 495 2475 4331 Análise Financeira da Seringueira em Monocultivo Relação Benefício/Custo e Valor Presente Líquido Seringueira em Monocultivo Taxa de desconto (%) B/C VPL (R$) Pay Back 3 1,29 22.493,11 15 anos e 8 meses 6 1,14 8.223,63 17 anos e 7 meses 8 1,04 2.040,19 19 anos e 7 meses 10 0,95 -2.367,55 - TIR 9,0% Preço da Borracha - R$ 2,87,00/kg; Análise de Sensibilidade da Variação de Preços da Borracha Discriminação B/C VPL (R$) TIR (%) Pay Back Preço ´ R$ 2,87/kg 1,29 22.493,11 9,00 15 anos e 8 meses Redução de 10% - R$ 2,58 1,16 12.360,56 7,00 17 anos e 10 meses Redução de 22,7% - R$ 2,226 1,00 0,00 3,00 - Investimento da Seringueira em Monocultivo Investimento em 1,0 Hectare de SAF (Ceplac/Cepec, MIDLEJ, 2017) Investimento no plantio de 1,0 hectare de SAF Cacaueiro, Seringueira e Bananeira Ano 1 12.433,33 Ano 2 6.207,48 Ano 3 4.000,18 Ano 4 5.219,11 Total 27.860,11 Análise Financeira do SAF Cacaueiro e Seringueira (Ceplac/Cepec, MIDLEJ, 2017) Relação Benefício/Custo e Valor Presente SAF Taxa de desconto (%) B/C VPL (R$) 3 1,33 32.460,53 6 1,21 16.314,76 8 1,14 9.163,78 10 1,07 3.943,57 12 1,00 112,12 TIR 12,1% Cacau - 103,00/@; ; Borracha - R$ 2,87,00/kg; Banana - R$ 0,50/kg Análise de Sensibilidade na Variação de Preços, Cacau, Borracha e Banana (Ceplac/Cepec, MIDLEJ, 2017) Análise de sensibilidade do investimento em SAF Seringueira, Cacau e Banana Vraiação nos preços da Borracha B/C VPL (R$) TIR (%) Preço normal Coágulo R$ 2,87/kg; 1,21 16314,76 12,1 Preço menos 10%, Coágulo R$ 2,58/kg; 1,17 13224,15 11,1 Preço menos 20%, Coágulo R$ 2,29/kg; 1,13 10133,54 10,1 Preço menos 30%, Coágulo R$ 2,01,72/kg; 1,09 7149,51 9,1 Preço menos 40%, Coágulo R$ 1,72/kg; 1,06 4058,90 7,8 Preço menos 62%, Coágulo R$ 1,37/kg; 1,0 328,85 6,2 Preço do cacau fixo em R$ 103,78/@ e Banana em R$ 0,50/kg; Taxa de desconto de 6 %; Taxa de juros do financiamento: 6 % ao ano. Comentários sobre os mercados de Cacau e Borracha Cacau e borracha são commodities produzidas por países sub- desenvolvidos e em desenvolvimento; A estratégia de expansão de mercado desses países é definida por viés político ou influência dos mercados consumidores; Ambos as culturas apresentam severos riscos sanitários e de mercado; A alternativa mais eficaz é o emprego de SAFs com ênfase para alta produtividade, qualidade e competitividade. Aspectos fitossanitários do SAF Cacau e Seringueira Cacau podridão parda Seringueira Folhas, ramos, flores, frutos, tronco e painel A concentração de hospedeiro aumenta a fonte de inóculo, podendo tornar-se um sério problema (Rao et al, 1980) Phythophtora sp. Este problema impede o impede o consórcio? Doença comum a ambos os hospedeiros Phythophtora sp. Não impede se foram utilizadas tecnologias e estratégias adequadas à convivência com o fungo; No caso de SAF, quando há eventual danos a uma das culturas, se utiliza da receita promovida pelo outro consorte. • Podridão parda • Vassoura-de-bruxa • Monilíase do cacaueiro Doenças do Cacaueiro mais importantes nas Américas Vassoura de Bruxa Moniliophthora perniciosa CONTROLE QUÍMICO CONTROLE BIOLÓGICO CONTROLE CULTURAL CONTROLE GENÉTICO MANEJO INTEGRADO Manejo Integrado SAF Cacaueiro e Seringueira em Plantio Simultâneo SAF Seringueira e Cacau: plantio simultâneo 1 Seringueira : 15,0m x 3,0 m x 2,5 m Cacau: 5 filas de 3,0 x 3,0 m á distância de 2,5 m da seringueira ( 833 pl/ha); Banana da terra: Ano 1,5; R$ 10.500,00/ha Ano 2,5: R$ 8.500,00/ha . Arranjo de SAF, planejado antes do plantio. InIcIou com 15,0m hoje: 20,0 A 23,0 m. x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x 17,0 m 3,0 m 2,5 m 2,5 m 3,0 m 3,0 m 3,0 m 3,0 m 3,0 m - Cacau: 5 filas de 3,0 x 3,0 m espaçadas de 2,5 m da seringueira = 833 plha x - Seringueira: 2 filas em renques espaçadas de 20,0 x 3,0 x 2,5 m = 400 plha - Bananeira: 6 filas de 3,0 x 3,0 m, espaçadas de 1,25 m da seringueira, sendo a fila mais próxima com 6,0 entre plantas. = 833 plha 3,0 m 3,0 m 2,5 m 1,75 m 2,5 m 3,0 m SAF Seringueira, Cacau e Banana 6,0 m x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x 20,0 m 3,0 m 3,0 m 2,5 m 3,0 m 3,0 m 3,0 m 3,0 m 3,0 m - Cacau: 6 filas de 3,0 x 3,0 m espaçadas de 2,5 m da seringueira = 869 plha x - Seringueira: 2 filas em renques espaçadas de 20,0 x 3,0 x 2,5 m = 348 plha - Bananeira: 7 filas de 3,0 x 3,0 m, espaçadas de 1,25 m da seringueira, sendo a fila mais próxima com 6,0 entre plantas. = 869 plha 3,0 m 3,0 m 2,5 m 1,75 m 2,5 m 3,0 m SAF Seringueira, Cacau e Banana 2,5 m 6,0 m - Cacau: 7 filas de 3,0 x 3,0 m espaçadas de 2,5 m da seringueira = 897 plha x - Seringueira: 2 filas em renques espaçadas de 23,0 x 3,0 x 2,5 m = 307 plha - Bananeira: 8 filas de3,0 x 3,0 m, espaçadas de 1,25 m da seringueira, sendo a fila mais próxima com 6,0 entre plantas. = 897 plha SAF Seringueira, Cacau e Banana x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x 23,0 m 3,0 m 3,0 m 2,5 m 3,0 m 3,0 m 3,0 m 3,0 m 3,0 m 3,0 m 3,0 m 2,5 m 1,75 m 2,5 m 3,0 m 3,0 m 6,0 m 2,5 m Seringueiras em renques duplos com largura de 3,0 m e espaço de 2,5 m nas fileiras. Cacaueiros à distâncias de 2,5 m das Seringueiras e em linhas múltiplas de: - 5 x (3,0 x 3,0 m): 833 cacaueiros e 400 seringueiras/ha ; - 6 x (3,0 x 3,0 m): 869 cacaueiros e 348 seringueiras/ha; - 7 x (3,0 x 3,0 m): 897 cacaueiros e 307 seringueiras/há. Seringueiras em renques duplos com largura de 3,0 m e espaço de 2,5 m nas fileiras; Cacaueiros à distância de 3,0 m da seringueira e em linhas múltiplas de: - 5 x (4,0 x 2,5 m): 800 cacaueiros e 320 seringueiras/ha ; - 6 x (4,0 x 2,5 m): 827 cacaueiros e 275 seringueiras/ha ; Seringueiras em renques triplos com largura de 3,0 m e espaço de 2,5 m; Cacaueiros distância de 3,0 m da Seringueira em linhas múltiplas de: - 6 x (4,0 x 2,5 m): 750 cacaueiros e 374 seringueiras/ha . Plantio em Sistema Zonal Plantio Semi-mecanizado Plantio Mecanizado x x x x x x x x x x x x x x 6,0 m x – Seringueira adensada, no espaço de 6,0 m x 2,8 (595 plantas/ha) ou 6,0 m x 3,0 (555 pantas/ha). 2,8 m Seringal em espaçamento Adensado em S. J. Rio Preto x x x x x x x x x x x x x x 6,0 m 2,8 m x x x x x x x x x x x x x x 6,0 m 2,8 m x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x 6,0 m 2,8 m Seringal em espaçamento Adensado em S. J. Rio Preto x x x x x x x 12,0 m x x x x x x x 6,0 m 2,8 m x x x x x x x x 3,0m 3,0m 3,0m - Cacau: 3 filas de 3,0 x 3,0 m espaçadas de 3,0 m da seringueira = 555 plha; x - Seringueira: 2 filas em renques espaçadas de 12,0 x 6,0 x 2,8 m = 396 plha; - 3 filas espacadas de 6 x 3,0 m em triângulo Incremento das receitas por unidade de área Melhor uso do espaço e da luz Melhor fluxo de caixa SAF Seringueira e Cacau em caráter permanente Distribuição mensal da produção e das receitas Produção e receita mensal de cacau e seringueira 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez kg /h a 0 100 200 300 400 500 600 R $ /h a kg borracha seca/ha kg amêndoas secas/ha R$/kg borracha seca R$/kg amêndoas secas Virgens Filho, 2003. SAF Seringueira e Cacau Redução dos riscos ecológicos e das incertezas de mercado Centro de Pesquisas do Cacau Marques, 2007 SAF Seringueira e Cacau em caráter permanente Plantio Seringueira e Bananeira sombreamento provisório Receita de R$ 5.000,00 a R$ 10.000,00/ano – Anos 2 e Ano 3. Plantio de Cacaueiro com sombreamento da Bananeira Cacaueiro e Seringueira Sistema zonal – condução da copa até 3,0 m; Renque Duplo da Seringuiera Linhas múltiplas de Cacaueiro Argolo, Valença, Bahia. Cacaueiro em produção e Seringueira em desenvolvimento Cacau : Cepec 2002 – 1230 kgha e Ipiranga 1 – 1600 kg/ha aos cinco anos; Seringueira – crescimento de 9 cm/ano. SAF Seringueira e Cacau: plantio simultâneo Faz. Tiriri, Piraí do Norte, Ba. SAF Seringueira e Cacaueiro irrigado SAF Seringueira e Cacaueiro mudando a paisagem e o ambiente Faz. Tiriri Piraí do Norte, Ba. Argolo, Valença, Bahia. Sentido Leste-Oeste Argolo, Valença, Bahia. TEA (Taxa de Equivalência Agrária) = Produtividade do cacau consorciado Produtividade do cacau solteiro + Produtividade da seringueira consorciada Produtividade do seringueira solteira TEA (Taxa de Equivalência Agrária) = 1890 2130 + 3049 3800 TEA (Taxa de Equivalência Agrária) = 1,68 Estudo de Caso – Fazenda Tiriri, Pirai do Norte, Bahia. SAF Seringueira (sangria aos 6 anos) e Cacau em produção aos 4 anos, SAF Seringueira (sangria aos 5 anos) e Cacau Receita bruta do SAF com Cacau e Borracha: U$ 5.346 (1 U$ - R$ 3,29) SAF Seringueira, Cacau e Gliricídia Incorporação de biomassa (Fonte: Bonadie Marques, 2012) Um seringal acumula ao final do ciclo 229 toneladas de carbono/hectare mais 37 toneladas correspondentes a 46 toneladas de borracha (Templeton, 1968). Aspectos ecofisiológicos do Cacaueiro A maioria das regiões onde o cacaueiro é cultivado tem precipitação entre 1400 mm e 2000 mm, havendo 3 a 5 meses em que a evapotranspiração real é maior que a precipitação média; Em região com precipitação inferior a 1200 mm o cacaueiro só apresenta boa produção se for irrigado (Ex: Linhares, N Venezuela); Precipitação pluviométrica Aspectos Ecofisiológicos do Cacaueiro (Muller e Valle, 2012) Déficit hídrico de 2 a 3 meses com menos de 60 mm é considerado um limite de exigência mínima para o cacaueiro. A irrigação pode sustentar a disponibilidade hídrica no solo, corrigindo o regime pluviométrico; Quando há boa distribuição de chuvas, a produção se estende por quase 12 meses, havendo um período de 2 a 3 meses de paradeiro. Precipitação pluviométrica Aspectos Ecofisiológicos do Cacaueiro Muller e Valle, 2012) Estresse hídrico - a floração é inibida; Restabelecidas as condições: hídricas: ocorre intensa floração; Plantas submetidas a déficit hídrico lançam folhas com maior intensidade quando irrigadas, sendo esse efeito maior do que nas plantas mantidas por prolongados períodos sem déficit hídrico. Precipitação pluviométrica Aspectos Ecofisiológicos do Cacaueiro Muller e Valle, 2012) Quando o período seco é longo, a produção é concentrada em um período curto e em uma só safra; Quando a chuva é bem distribuída, o fator temperatura é determinante para definir o maior período de colheita; O pico de floração ocorre três semanas após a retomada de água no solo. Precipitação pluviométrica Aspectos Ecofisiológicos do Cacaueiro A colheita é influenciada pela ocorrência de chuvas seis meses antes do seu início; O peso da semente é correlacionado com a chuva ocorrida nos primeiros quatro meses de desenvolvimento do fruto; Elevadas colheitas estão associadas a disponibilidade hídrica nos primeiros 70 dias do fruto; Precipitação pluviométrica Aspectos Ecofisiológicos do Cacaueiro (Santos e Sodré,2017) Alvim associa de o peco a deficiência hídrica e nutricional da planta; O peco fisiológico ocorre nos primeiros 90 dias de pegamento da flor e se intensifica entre os 40 e 70 dias de desenvolvimento do fruto; Precipitação pluviométrica Aspectos Ecofisiológicos do Cacaueiro (Santos e Sodré,2017) O cacaueiro é explorado economicamente em regiões entre as Latitudes de 20 N e 20 S, onde as variações climáticas são mais amenas; As áreas tradicionalmente cultivadas com cacau apresentam temperaturas médias mensais entre 18º C e 28º C; Os fenômenos fisiológicos do cacaueiro são ameaçados quando a temperatura média mínima é de15º C e o limite mínimo é de 10º C; Temperatura Aspectos Ecofisiológicos do Cacaueiro Temperaturas mais baixas afetam o crescimento do fruto e a taxa de crescimento vegetativo; Sob condições de baixa temperatura, a floração reduz. Mas no caso do sul da Bahia, isso também é atribuído ao período coincidente com maior carga de frutos; Em condições de maior temperatura e umidade no solo o crescimento do fruto é mais rápido (140 a 175 dias);em meses mais frios os frutos completam a maturação entre 170 e 205 dias. Temperatura Aspectos Ecofisiológicos do Cacaueiro O vento excessivo provoca queda prematura de folhas, causando desfolha no cacaueiro. As folhas ficam encrestadas, seguidas de necrose e reduzem de tamanho. O desfolhamento pode chegar a 50 % da área foliar. Ventos com velocidade maior que 2,5 m/s em áreas sem proteção causa ruptura dos pulvinos; Vento Aspectos Ecofisiológicos do Cacaueiro Alvim mostrou que folhas protegidas do vento, mesmo a pleno sol, tiveram crescimento normal e área foliar desenvolvida; A proteção contra o vento é tão eficiente para reduzir injúria na folha como a proteção contra vento e radiação solar; Vento Aspectos Ecofisiológicos do Cacaueiro O aumento da radiação solar diminui o potencial hídrico das folhas, reduz a condutância estomática e a taxa fotossintética. A radiação solar intensa é desfavorável à planta, quando há déficit hídrico; Radiação Solar Aspectos Ecofisiológicos do Cacaueiro O cacaueiro é uma planta tolerante a sombra, mas não é verdadeiramente uma planta de sombra; O manejo da sombra pode ajustar o efeito das limitações impostas aos cacaueiros pela interferência da radiação solar e da umidade sobre os mecanismos fisiológicos das plantas; Maior sombreamento possibilita maior floração; Sombreamento Aspectos Ecofisiológicos do Cacaueiro O cacaueiro apresenta produções elevadas a pleno sol quando dispõe de água e nutrientes nas quantidades necessárias; O sombreamento moderado propicia condições mais favoráveis à favorece a reprodução e desenvolvimento de insetos polinizadores. Sombreamento Aspectos Ecofisiológicos do Cacaueiro Cacau: clones e mecanização Clones de Cacaueiro de Alta Produtividade CP 49 PH 16 SJ 02 CCN 51 PS 1319 CEPEC 2002 SALOBRINHO 3 PH 15 PS 1319 (José Basilio) CCN 10 (José Basílio) George Sodré, 2017 George Sodré, 2017 George Sodré, 2017 Sombreamento Provisório e Abertura de Covas Milton Conceição Milton Conceição Cacaueiro com dois anos José Basílio, 2017 Gotejadores espaçados de modo a formarem uma faixa húmida Uso racional de água Uniformidade do stand e alta produtividade Fertirrigação Colheita Transporte, quebra e fermentação do cacau (José Basílio) Transporte Quebra mecânica Quebra mecânica Fermentação Secagem Natural e Artificial , Armazenagem Secagem Natural Secagem Artificial Armazenagem Diversidade de Oferta Cacau Bulk em geral, Cacau Tipo A Cacau fino: - Nacional do Equador, Criiolo, Alto Amazonas. VISÃO DE FUTURO DA CACAUICULTURA Desenvolver estratégias para a conquista de Mercados INSUMOS R$ 311 milhões 3% PRODUÇÃO R$ 822 milhões 9% RPROCESSAMENTO R$ 728 milhões 8% INDUSTRIALI-ZAÇÃO 7.200 bilhões 79% Líquor Chocolate Alta percentagem de cacau. Ucrânia: Korona Crown Intensity Chocolate extra preto. Contém 76% de cacau Rússia: Hachez Superior Bitter Chocolate que contém 88% de cacau. Não é geneticamente modificado. Cada vez mais os consumidores pedem maior percentagem de cacau Evolução do Mercado de Chocolate Bélgica: Newtree Barra de chocolate com amêndoas e sementes de linhaça. Ele contém três fibras. Ricos em ômega 3. Menos de 30% de açúcar. Contém 42% de cacau sólido. Chocolate de Origem Chocolate Francês com Cacau Brasileiro Pralus Bonnat Pierre Marcolini Jeff de Bugres Vicent Guerleis Pierre Marcolini CERTIFICAÇÃO VISÃO DE FUTURO DA CACAUICULTURA VISÃO DE FUTURO DO AGRONEGÓCIO CERTIFICAÇÃO Segurança Alimentar Proteção Ambiental Conservação Ambiental Mercado Justo Cacau e Seringueira em monocultivo são investimentos de risco sanitário e econômico; O Sistema Agroflorestal é a alternativa que torna o negócio competitivo. Considerações Finais Adonias Castro Virgens Filho Eng. Agr. DSc. Produção Vegetal adoniascastro@uol.com.br Tel: 73-32143226; 73-988280403 Ilhéus – Bahia - Brasil Muito Grato Adonias de Castro Virgens Filho Engenheiro Agrônomo, Pesquisador, D. Sc. CEPLAC/CEPEC adoniascastro@uol.com.br; 73-32153224; 988280403
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