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1 UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE CURSO DE BACHARELADO DE ENFERMAGEM, FARMÁCIA E FISIOTERAPIA ANDRYA SAMYLLE DA ROCHA NORONHA DAVI ARAÚJO SOUZA EVELLIN DOS SANTOS CARVALHO IGOR TEIXEIRA DE SOUZA LEONARDO HENRIQUE MAGNO DA SILVA MAYARA KELLY BOTELHO RABELO THAÍS GUIMARÃES ALBUQUERQUE RELATÓRIO AVALIATIVO DAS AULAS PRÁTICAS BELÉM-PA 2018 2 ANDRYA SAMYLLE DA ROCHA NORONHA DAVI ARAÚJO SOUZA EVELLIN DOS SANTOS CARVALHO IGOR TEIXEIRA DE SOUZA LEONARDO HENRIQUE MAGNO DA SILVA MAYARA KELLY BOTELHO RABELO THAÍS GUIMARÃES ALBUQUERQUE Relatório técnico apresentado como requisito parcial para a obtenção de nota parcial da 1ª Avaliação da disciplina de Histologia, dos Cursos de Enfermagem, Farmácia e Fisioterapia, na Universidade da Amazônia (UNAMA), da turma ALC0070103GMD. Orientador (a): Prof. Marcos Lebrego. BELÉM-PA 2018 3 RESUMO Esse trabalho baseou-se em análises de lâminas histológicas estudadas nas aulas práticas de Histologia, a fim de visualizar as diferentes estruturas dos tecidos Epitelial, Conjuntivo, Cartilaginoso e Ósseo, destacando corretamente a morfologia dos diferentes tecidos os quais foram estudados no âmbito teórico. Palavras chave: Lâminas. Tecidos. Estruturas. Identificação. 4 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 5 DESENVOLVIMENTO ................................................................................................ 6 1. Tecido epitelial de revestimento ....................................................................... 6 2. Tecido conjuntivo propriamente dito ................................................................. 9 3. Tecido cartilaginoso ....................................................................................... 11 4. Tecido ósseo ................................................................................................. 12 CONCLUSÃO ........................................................................................................... 14 REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 15 5 INTRODUÇÃO Do grego hystos = tecido + logos = estudo, é o estudo dos tecidos biológicos de animais e plantas, sua formação, estrutura e função. É uma importante disciplina das áreas de ciências biológicas e da saúde. A Histologia desenvolveu-se após a invenção do microscópio óptico. Posteriormente, com o desenvolvimento do microscópio eletrônico, entre de outros instrumentos para visualização dos tecidos, e de técnicas, por exemplo cultura de células, permitiram um grande avanço na área. O método mais comum para estudar os tecidos é realizado por meio da preparação de lâminas histológicas. Resumidamente, tal preparação envolve processos físicos e químicos de corte, fixação, desidratação, diafazinação e coloração, os quais envolvem diversos instrumentos e compostos químicos. Nasceu com os primeiros estudiosos que se utilizaram do microscópio: Robert Hook, Malpighi, Graw, Ham, Fontana e outros; muito antes que Meyer, em 1819, desse esse nome à ciência que descreve os tecidos dos animais e dos vegetais. O termo tecido foi, contudo, introduzido por Xavier Bichat. 6 DESENVOLVIMENTO Os tecidos histológicos estudados são compostos por células e matriz extracelular (MEC) nos quais cada um apresenta estruturas, quantidades e funções diferenciadas, porém todos funcionam em conjunto para atender às exigências do organismo. 1. TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO Formado por células que revestem superfícies internas ou externas de órgãos ou do copo em geral, o tecido epitelial de revestimento é caracterizado por obter células poliédricas justapostas – uma ao lado da outra – e pequena quantidade de matriz extracelular. Tem funções de proteção, absorção de íons e moléculas e percepção de estímulos. Estão apoiados no tecido conjuntivo subjacente e estão separados apenas por uma membrana basal. 2 1 4 3 3 Figura 1.2 Corte de intestino grosso de cão. Constituído por epitélio simples colunar – apenas uma camada de células, com forma e núcleo alongados – e células caliciformes – forma de cálice e secretoras de muco – (4), a mucosa (1) do intestino é ausente em microvilosidades e abundante em células caliciformes. A submucosa (2) e a mucosa serosa (3) são constituídas por tecido conjuntivo. São vascularizadas e inervadas. 1 1 2 Figura 1.1 Corte de intestino delgado. Observa-se na imagem o tipo de tecido predominante, o epitélio de revestimento simples colunar (2), sendo formado por células alongadas e núcleos também alongados. Possui com uma célula secretora de muco chamada célula caliciforme (1), sendo uma glândula unicelular. Nota-se a presença do tecido conjuntivo frouxo (3) e este serve de suporte para as células epiteliais. As microvilosidades – ou microvilos – (4) são projeções em forma de dedo e bastante comuns nesse tipo de corte, pois é uma especialização encontrada em superfícies livres de células epiteliais e fazem a intensa absorção de proteínas. ‘ 4 7 1 2 int ra m e m br a n os a, os os so s lo n g os cr es ce m e m es p es su ra . N as tr a b éc ul 2 1 3 EP Figura 1.3 Corte de pele fina de cão. Pode-se observar nesta imagem que o tipo de epitélio de revestimento é o estratificado pavimentoso (1), distribuindo-se em várias camadas e não dá para saber a forma da célula, apenas sabe que tem por causa dos núcleos. Por conter queratina, as células das camadas mais superficiais morrem e o citoplasma é ocupado por grande quantidade de queratina, tornando-se uma camada (2), cuja superfície da pele é seca, tem função de proteção e previne a perda de água. Figura 1.4 Corte de pele grossa de cão. O epitélio de revestimento estratificado pavimentoso queratinizado (2) está distribuindo-se em várias camadas, com a forma das células sendo variáveis, cuja superfície é seca. É caracterizada, também, por ser próxima de tecido conjuntivo, no caso há, na imagem, o denso não modelado (1) e o frouxo (3), os quais dão resistência e suportam qualquer tipo de pressão. Figura 1.5 Corte de esôfago de porco. O epitélio pavimentoso estratificado pavimentoso não queratinizado (EP) tem característica própria de várias camadas, cujas células são longas ou achatadas, com núcleo variável também. Por ser característico de cavidades úmidas e, consequentemente, ter superfície úmida, não possui queratina. Tem como função proteger e prevenir a perda de água. 1 8 EP 2 3 1 Figura 1.6 Corte de epidídimo cobaia. O epitélio de revestimento pseudoestratificado cilíndrico comestereocílios (EP) é assim chamado por ser formado por apenas uma camada de células, em forma cilíndrica, porém os núcleos são vistos em diferentes posições do epitélio, fazendo com que pareça ter várias camadas. Revestem as passagens respiratórias mais calibrosas. Os estereocílios aumentam a área de superfície da célula, facilitando a locomoção de moléculas para dentro e fora da célula, ou seja, facilitam o transporte de poeira e microrganismos aspirados. Figura 1.7 Corte da bexiga de cão. O epitélio de revestimento de transição (setas) é estratificado, ou seja, possui várias camadas e a camada mais superficial varia. Por exemplo, quando a bexiga está cheia – ou distendida –, as camadas parecem diminuir, as células tornam-se achatadas; quando está vazia – ou relaxada –, as células mais internas são globulosas com superfície convexas, também chamadas de abóbodas. Figura 1.8 Corte de traqueia. Epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado (3) revestindo a via respiratória. Abaixo, é possível observar células caliciformes (2) dentro de do tecido conjuntivo (1). 9 2. TECIDO CONJUNTIVO PROPRIAMENTE DITO É classificado em frouxo e denso. O tecido conjuntivo frouxo (1) é muito comum por preencher espaços entre grupos musculares, por suportar o epitélio, pressão e pequenos atritos. Tem consistência delicada, é flexível, bem vascularizado e não é muito resistente a tensão. Já o tecido conjuntivo denso, é adaptado para resistência e proteção aos outros tecidos. É menos flexível e mais resistente a tensão. O denso não modelado (2) é organizado em feixes de fibras colágenas sem uma orientação definida, obtendo resistência a trações de qualquer direção, enquanto o denso modelado (3) apresenta feixes de colágenos paralelos e alinhados aos fibroblastos, ou seja, respondem a tração em uma única direção. Os fibroblastos orientam as fibras a oferecerem o máximo de resistência às forças. 1 1 2 1 Figura 2.1 Corte de pele grossa. Figura 2.2 Corte de tendão. Figura 2.3 Corte de intestino delgado. Figura 2.4 Corte de esôfago. 3 10 1 2 1 2 1 2 Figura 2.5 Corte de bexiga. Figura 2.7 Plasmócito. Com células grandes e ovoides, os plasmócitos contém núcleos esféricos e excêntricos e citoplasma basófilo. São pouco numerosos no tecido conjuntivo normal, porém numerosos em locais sujeitos à penetração de microrganismos estranhos. Produzem anticorpos importantes nas reações imunes e a secreção proteica não se une em grânulos de secreção de grandes dimensões. Figura 2.8 Mesentério. Contém fibras elásticas (1) cujas são ricas em elastina e são facilmente quebradas quando tensionadas e mastócitos (2), os quais são abundantes na derme. O mastócito maduro é uma célula globosa e com citoplasma cheio de grânulos, possui núcleo pequeno, esférico, central e difícil de ser observado. Tem como função estocar mediadores quimos da resposta inflamatória, colabora com reações imunes, inflamação, reações alérgicas e infestações de parasitas. Se originam de células hematopoéticas. A superfície dos mastócitos contém receptores específicos para a imunoglobulina E. Figura 2.6 Corte de pele palmar. 11 3. TECIDO CARTILAGINOSO É um tecido de característica rígida, tem como função o suporte de tecidos moles, revestimento de superfícies articulares absorvendo choques e facilita o deslizamento dos ossos nas mesmas. A matriz extracelular é abundante e constituída por colágeno. 1 2 3 1 3 2 Figura 3.1 Corte de disco intervertebral de rato – cartilagem fibrosa. A cartilagem fibrosa é um tecido intermediário entre a cartilagem hialina e o conjuntivo denso e sempre está associada ao tecido conjuntivo, sendo difícil determinar os limites entre eles. Esse tipo de cartilagem possui numerosas fibras colágenas (2), embebidas na quase escassa substância fundamental. Essa substância, por sua vez, se encontra limitada ao redor das lacunas (3) preenchidas por condrócitos (1). É constituída por fibras de colágeno tipo I, que seguem irregularmente entre os condrócitos ou em arranjos paralelos. Figura 3.2 Corte de traqueia – cartilagem hialina. O pericôndrio (1) é formado por tecido conjuntivo, importante para a conservação dos condrócitos (2) originados nesta camada. Possui importante função na nutrição pois auxilia na oxigenação e na retirada dos produtos metabólicos. Os condrócitos estão isolados em pequenas cavidades nos tecidos, denominadas lacunas. No entanto, essas lacunas podem estar extremamente próximas, separadas apenas por uma fina porção da matriz, sendo grupos (3) de até 32 células, originadas de um único condrócito. 12 4. TECIDO ÓSSEO Sendo um componente principal do esqueleto, o tecido ósseo serve de suporte para tecidos moles e protege órgãos vitais. É formado por matriz extracelular calcificada – matriz óssea. 2 1 1 2 3 Figura 3.3 Corte de epiglote – cartilagem elástica; coloração: verhoeff. Condrócito (1). Fibras elásticas (2). Figura 4.1 Corte de fêmur – osso desgastado. A. O canal de Volkmann (1) é perpendicular ao canal de Havers, transportam pequenas artérias em todo o osso. São canais transversais que permitem a comunicação dos canais de Havers com a cavidade medular e com as superfícies externa e interna do osso. Os canais de Havers (2) são tubos que ficam no interior dos ossos por onde passam vasos sanguíneos e células nervosas. B. As lamelas (3) encontram-se organizadas de forma concêntrica dentro do canal de Havers. A B 13 1 2 1 2 3 4 5 3 Figura 4.2 Ossificação intramembranosa. O periósteo (1) é uma membrana do tecido conjuntivo que reveste a parte externa do osso. Tem função de envolver nervos e vasos, produzir células novas e de substituição, mas a principal é a de proteção. Os osteoblastos (2) são células jovens que produzem a parte orgânica da matriz óssea. Localizam-se na periferia das trabéculas. Os osteoclastos (3) são células polinucleares, grandes e globosas. Localizam-se nas superfícies das trabéculas ósseas e participam do processo de reabsorção do tecido ósseo. Figura 4.3 Ossificação endocondral. O disco epifisário apresenta cinco zonas distintas, que são, a partir da epífise: zona de cartilagem em repouso ou de cartilagem hialina normal (1), zona de multiplicação dos condrócitos ou de cartilagem seriada (2), zona de hipertrofia dos condrócitos ou de cartilagem hipertrófica (3), zona de calcificação da matriz cartilaginosa ou de cartilagem calcificada (4), zona de ossificação (5). 14 CONCLUSÃO A análise histológica é de imensa importância para o sucesso em diagnósticos para determinadas patologias, como, por exemplo, a esteatose, hiperplasia, neoplasia, entre outros. A tecnologia tampouco, é ilustre, para o estudo e observação de estruturas microscópicas, e também para as mais macroscópicas, pois se torna uma visão panorâmica e mais detalhada da região de análise. Os tecidos observados – Epitelial, Conjuntivo, Cartilaginoso e Ósseo – pode-se notar que em certos tecidos houve maior grau de dificuldade para sua visualização, como o do tecido o ósseo.Outros já possuem estruturas mais expressadas em seu plano de análise, tornando seu estudo mais prático e viável para microscópios ópticos em lente de aumento de 10x. Neste sentido, o estudo histológico é fundamental para profissionais da saúde, promovendo sucesso em diagnóstico e proporciona amplo conhecimento. 15 REFERÊNCIAS Portal da Educação. Disponível em: <https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/odontologia/cartilagem- fibrosa-(ou-fibrocartilagem)/34629>. Acesso em 12 de abril de 2018. Portal da Educação. Disponível em: <https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/biologia/introducao-a- histologia-e-tecidos/31050>. Acesso em 12 de abril de 2018. Livro de Histologia. Disponível em: http://www.ufrgs.br/livrodehisto/pdfs/livrodehisto.pdf>. Acesso em 13 de abril de 2018. Histologia dos Sistemas. Disponível em: <http://morfologia6biomedicinauff.blogspot.com.br/2008/10/intestino-grosso.html>. Acesso em 16 de abril de 2018. Atlas de Histologia Médica. Disponível em: <http://medicina.ucpel.edu.br/atlas/sistemas/digestivo/>. Acesso em 17 de abril de 2018. Só Biologia. Disponível em: <https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Histologia/epitelio13.php>. Acesso em 18 de abril de 2018. JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, José. Histologia Básica: Texto & Atlas. 12. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan LTDA, 2013. 558 p. v. 1
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