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RESUMO CRÍTICO: RENZO PIANO, FRANK LLOYD WRIGHT E ANTÔNIO GAUDI

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RESUMO CRÍTICO: RENZO PIANO, FRANK LLOYD WRIGHT E ANTÔNIO GAUDI 
RENZO PIANO
	Renzo Piano, é um famoso arquiteto italiano que nasceu em Gênova, no dia 14 de setembro de 1937. Devido a pós-guerra, sua infância foi ofuscada pela estagnação econômica, mas não chegou aos anos 50 para que a cidade de Gênova começasse a se recuperar, fazendo a reconstrução de fábricas, infraestrutura e bairros. Pertencendo à uma família tradicional de construtores, e sendo incentivado pelas oportunidades oferecidas pela família, optou por estudar, em 1959, na Escola de Arquitetura no Instituto Politécnico de Milão, formando-se 5 anos depois. Foi em Milão que conheceu a primeira esposa, Magda Arduino, mulher com que teve, em 1965, o primeiro de seus 3 filhos. 
	Nos anos em que estava em fase de treinamento, Renzo Piano combinou os estudos e o trabalho na construtora do seu pai, onde pôde fazer experimentos com a utilização de diversos materiais em seus projetos, adquirindo, assim, conhecimentos para aplicá-los futuramente na sua carreira.
	Com a influência do designer Jean Prouvé, que era seu amigo e professor, afastou-se dos paradigmas do tradicionalismo da arquitetura (exemplo: durabilidade, rigidez espacial e et cetera), e, a partir daí, projetou muitos edifícios adaptáveis, como a Casa de Garrone (Alessandria, Itália, 1966), onde o proprietário pode modificá-la de acordo com o próprio interesse. 
	Tornou-se amigo de um jovem arquiteto, Richard Rogers, devido a afinidade entre ambos, fizeram uma parceria montando um escritório de arquitetura, o “Piano & Rogers”. O Centro Nacional de Arte e Cultura Georges Pompidou (figura 1), inaugurado pelo Estado com uma cerimônia em 31 de janeiro de 1977 e, conhecido popularmente como “Beaubourg”, surgiu devido a um concurso idealizado pelo presidente da França (1969-1974), Georges Pompidou, tornando-se marco da arquitetura contemporânea de Paris. Foi elaborado por Piano e Rogers, por conta da sua estrutura, um exoesqueleto estrutural e infraestrutural, com tubos, cabos de aço, conexões e aberturas visíveis, causou grande impacto visual para quem o via, pois, parecia mais uma indústria do quê um centro de artes. Apesar de sua estrutura nada “convencional” para um centro de artes, recebeu milhões de pessoas nas duas décadas de existência, devido às suas características construtivas, precisou ser renovado no final da década de 90, sendo acompanhado por Renzo Piano. 
Figura 1 - Fonte: http://footage.framepool.com/en/shot/892167228-centre-pompidou-richard-rogers-renzo-piano-cultural-center
Característica interessante e marcante sobre o Centro Nacional de Arte e Cultura Georges Pompidou está relacionada à identificação dos seus elementos através de cores específicas (figura 2). Pintados em branco, estão os componentes grandes dos tubos de ventilações e a estrutura; em prateado, elevadores e estruturas de escadas; em azul, itens da ventilação; em verde, instalações de incêndio e hidráulicas; em amarelo e laranja, partes do sistema elétrico; e em vermelho é a circulação pelo o edifício. O principal elemento que está bem visível e que permite uma visão de Paris, é a escada externa, que se localiza na fachada oeste, pintada em vermelho (figura 3). 
Figura 2 - Fonte: https://www.tripadvisor.jp/LocationPhotoDirectLink-g187147-d314440-i259377493-Centre_Pompidou-Paris_Ile_de_France.html
Figura 3 – Fonte: http://www.galinsky.com/buildings/pompidou/index.htm
	Piano começou uma nova parceria, em 1977, com Peter Rice, engenheiro estrutural irlandês, abriram escritório juntos, o “Piano & Rice”. Em 1993 Rice veio a falecer, mas até acontecer o ocorrido, obras reflexivas seriam lançadas, como o Museu da Coleção Menil (Houston, Estados Unidos, 1981-1986). A elaboração desse Museu da Coleção Menil foi bem complicada, pois, a proprietária e o benfeitor impuseram-lhe bastantes restrições, nele abrigaria uma das coleções mais importantes do mundo, as de Arte Africanas e Arte Moderna Surrealista. Apesar das restrições impostas, foi executado de acordo com as principais exigências, como: através da luz natural no decorrer dos dias, do clima e das estações do ano, as obras pudessem serem vistas de acordo com estas variações diversas. Para não causar danos à elas (obras), uma máquina solar especial foi instalada e o elemento estrutural a base de ferro-cimento que cobre o edifício ajudou a preservá-las do calor e raios ultravioletas.
Observando a parte externa e interna do museu, concomitantemente, é notório que a intenção da proprietária é causar impacto quando o adentra, porque a parte externa (figura 4) transmite, visualmente, a sensação de ser pequeno, mas em seu interior (figura 5) é grande, sendo possível expor as mais de 10.000 peças da coleção, não ao mesmo tempo, por conta da conservação delas. 
Em 1992, Renzo Piano retornou ao museu para realizar uma exposição permanente de Cy Twombly, artista favorito de Dominique Menil, sendo encontrada até os dias atuais. E no mês de junho do ano de 2013, na Conferência Nacional da AIA em Denver, o museu foi selecionado para receber o prêmio da AIA, dado somente à edifícios que resistem à prova dos 25 a 35 anos.
Figura 4 – Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/01-94170/menil-collection-de-renzo-piano-selecionada-para-receber-o-premio-de-25-anos-da-aia/50f71e75b3fc4b262a0003c5-the-menil-collection-awarded-aia-twenty-five-year-award-photo
Figura 5 – Fonte: https://images.adsttc.com/media/images/50f7/1e35/b3fc/4b26/2a00/03be/slideshow/7_The_Menil_Collection_ph_Alistair_Hunter.jpg?1358372405
	Renzo Piano realizou um trabalho muito complexo entre os demais feitos, que foi o aeroporto de Kansai (Osaka, Japão, 1988-1994) – (figura 6), sendo projetado e depois executado para que pudesse resistir aos fenômenos da natureza (terremotos e até maremotos), para isso, cálculos estruturais de resistência foram aplicados, e, então, em 1995 veio a prova desta forte resistência, um violento terremoto balançou toda Osaka e o aeroporto não teve nenhum dano sequer, nem as janelas quebraram. 
	Em 1998 recebeu o Prêmio Pritzker que é concebido à arquitetos e arquitetas que tenham produzido significativas contribuições para a humanidade ao longo dos anos. É necessário ressaltar que neste mesmo ano, muitas obras de sua autoria foram concluídas. Voltando ao assunto do Prêmio Pritzker, Piano, precisou ir à Casa Branca para recebê-lo através das mãos do próprio presidente dos Estados Unidos daquela época, Bill Clinton.
Figura 6 – Fonte: https://www.biografiasyvidas.com/biografia/p/piano.htm
	Existe o vídeo “Louisiana Channel”, de Renzo Piano, que mostra a grande importância de viajar para aguçar a criatividade, o prazer de desenhar manualmente afastando-se do uso de computadores, pois, acredita que o belo pode transformar tudo, porém o belo que ele se refere não é a beleza em si, mas sim o conjunto que compõe a obra (luz, espaço e et cetera), como uma espécie de linguagem. 
“Se a beleza está presente, ela pode transformar o mundo [...] uma pessoa de cada vez, é claro, mas nós vamos chegar lá.”
 (Renzo Piano)
A construção de prédios públicos para ele é considerada um “gesto cívico” e sendo muito mais significativa, por modificar o modo de vida das pessoas e as histórias que ali acontecem, contudo, tendo esta visão, acredita ainda que é necessário ter contato com a diversidade. 
O arquiteto Renzo Piano também é responsável pela arquitetura high-tech, que dá simbolismo às suas construções, sendo envolvidas de um característico misticismo, dando vida às suas grandes obras arquitetônicas. O estilo de Piano é diferenciado dos demais arquitetos, pois, busca simplesmente aplicar aos seus novos projetos ideias coesas de modos totalmente diferentes, criando peças incríveis, e é por isso que ele é um grande sucesso na arquitetura. 
FRANK LLOYD WRIGHT
Frank Lloyd Wright, considerado um dos mais importantes arquitetos do século XX, nasceu em Richland Center, Wisconsin, em 8 de junho de 1867. Seu pai era um pregador e músico, e sua mãe
era uma professora, que pertencia à uma grande família galesa, estabelecida em Spring Green. Lloyd viveu uma infância nômade, até se estabelecer em Wisconsin, devido às viagens do seu pai de mudança de uma posição ministerial para outra.
Por conta do divórcio dos pais de Lloyd, em 1885, a situação financeira ficou complicada, e Lloyd precisou trabalhar como assistente do reitor de engenharia da Universidade de Wisconsin enquanto cursava a universidade, para pode ajudar a família financeiramente. Mas a certeza que ele tinha em relação aos estudos é que queria ser arquiteto. Então em 1887, ele foi para Chicago, onde trabalhou em duas empresas diferentes, posteriormente foi contratado por Adler e Sullivan, tendo contato direto com Louis Sullivan.
Aos 22 anos de idade, Lloyd casou-se com Catherine Lee Tobin. Com vontade de construir sua casa própria, pediu um empréstimo de dinheiro para Sullivan por meio de um contrato de cinco anos. Construiu sua casa com características modestas em uma esquina arborizada, num subúrbio. Em sua residência, ele utilizou formas e volumes geométricos no estúdio e na sala de jogos. No ano de 1893, Sullivan acusou Wright de quebra de contrato, não se sabe o motivo: desistência ou demissão pela parte de Wright.  O ocorrido fez com que Wright abrisse um escritório e começasse a projetar casas que ele acreditava pertencer à pradaria americana.
Lloyd montou a primeira comissão independente, a William H. Winslow House, apesar do conservadorismo em comparação com o trabalho de alguns anos mais tarde, o amplo telhado e elegância, atraiu a atenção local. Criou a arquitetura indígena americana, estabelecendo os padrões, ficando conhecido como o Estilo da Pradaria. Essas casas pradaria possuíam telhados baixos, beirais profundos, sem sótãos ou porões, e geralmente fileiras compridas de janelas. 
 No final de 1909, deixou sua família para uma estadia prolongada na Europa com um cliente com quem ele havia se apaixonado por vários anos. Lloyd esperava poder escapar do cansaço e do descontentamento presente em sua vida. Os desenhos conhecidos como Carteira Wasmuth e uma das fotografias, Ausgeführte Bauten, ambos lançados em 1911, trouxeram reconhecimento internacional ao seu trabalho e influenciaram muito outros arquitetos. No mesmo ano, Lloyd volta para os Estados Unidos e começa a construção de sua casa e refúgio perto de Spring Green. Lloyd retomou sua prática de arquitetura e nos anos seguintes recebeu duas importantes comissões públicas: em 1913 uma comissão para um centro de entretenimento chamado Midway Gardens, em Chicago e, a outra comissão, em 1916, para o novo Hotel Imperial em Tóquio, no Japão.
Lloyd tinha um escritório em Los Angeles, mas após seu retorno do Japão em 1922, as comissões eram escassas. Ele logo abandonou a Costa Oeste e voltou para Taliesin. Alguns projetos entraram em construção, e esta década foi uma das grandes inovações de design para a Lloyd. Em 1928, Wright se casou com a filha de um chefe de justiça. Ela provou que era dela que ele precisava para se concentrar na “causa da arquitetura”.
O estilo e o design de Lloyd mudaram quando ele respondeu às necessidades da sociedade americana, como o trabalho realizado de 1899-1910, a “Casa da Pradaria” (figura 1). Uma estrutura em que a relação dos habitantes com o exterior torna-se mais íntima, fazendo da paisagem e a construção harmoniosas, e, tornando o prédio com paisagem e local somente um. 
Figura 1 – Fonte: https://franklloydwright.org/frank-lloyd-wright/
Devido a crise financeira de 1929 e à Grande Depressão, Lloyd foi para o ramo das moradias populares, conhecida como casa usoniana (figura 2). Essas moradias populares eram de acordo com as realidades econômicas quanto as tendências sociais, que viviam em constante mudança. Lloyd proporcionava um ambiente bem objetivo, mas confortável para viver. Lloyd continuou a projetar este tipo de moradia para o resto da carreira, de acordo com cada condição financeira do cliente.
Figura 2 – Fonte: https://franklloydwright.org/frank-lloyd-wright/
	Frank Llloyd Wright acredita que uma casa ao ser planejada/construída, ela deve atender às todas necessidades do morador e, também, deve ter a interação do meio ambiente. Para que isso ocorra, é preciso seguir os 6 pontos estabelecidos por ele da arquitetura orgânica, que são: continuidade, simplicidade, plasticidade, integridade, gramática e natureza dos materiais.
Grande exemplo conhecido mundialmente da Arquitetura Orgânica de Frank Lloyd, é a Casa de Cascata (figura 3), onde possui um ambiente sustentável devido a construção ser parcialmente sobre uma pequena queda de água, e em seu entorno, há a presença de diversos elementos naturais, como: pedras, vegetações, a corrente da água e dentre outros.
Figura 3 – Fonte: https://www.vivadecora.com.br/pro/arquitetura/arquitetura-organica/
Ao analisar os 6 pontos estabelecidos por Lloyd sobre a arquitetura orgânica, vem a nossa mente, qual a vantagem dela? Vivemos numa realidade em que as pessoas buscam propósitos e causas, empresas que pretendem ganhar consumidores fiéis, então, dedicar em arquitetura orgânica e sustentável é uma escolha interessante para um arquiteto que pretende diferenciar dos demais no dia a dia. Além disso, não se deve pensar em apenas no uso que será dado por seus proprietários, mas que também gere um impacto bem pequeno sobre a natureza e a paisagem à qual devem se integrar, tendo em vista que nos últimos anos estamos sofrendo com a degradação ambiental.
ANTONI GAUDI
Considerado uma forte personalidade do modernismo catalão, que faz parte da Art Nouveau, integrando arte, arquitetura e natureza, Antoni Gaudi nasceu no dia 25 de junho de 1852, em Reus, na Espanha. Sua família era de origem humilde, seu pai era um latoeiro. Interessou pela arquitetura muito cedo, indo estudar no ano 1869 em Barcelona, cidade mais moderna da Espanha. Devido serviço militar naquela época e outras atividades, concluiu o curso de arquitetura 8 anos mais tarde. Foi um arquiteto que possuía um estilo diferenciado, pois, estava ligado à liberdade da forma, unidade orgânica, cores e texturas de maneiras sensuais. 
Dedicou-se grande parte da sua carreira ao Templo da Sagrada Família (figura 1), que ainda não está concluído desde quando ele morreu, previsto para ser finalizado no ano de 2026. A fachada da Natividade feita por Gaudi, foi considerada pela Unesco como Patrimônio Mundial. A Catedral é em forma de uma cruz com sete capelas em volta. Na parte frontal, tem o altar da Sagrada Família, os portais da Natividade e da Paixão e a parte central, tem o Portal da Glória. 
Figura 1 – Fonte: https://www.dicaseuropa.com.br/2014/01/templo-expiatorio-da-sagrada-familia-barcelona.html
Outra obra principal de Antoni Gaudi é o Parque Guell (figura 2), encomendado pelo empresário Eusebi Güell entre 1900-1914. O parque está ligado ao lado naturalista de Gaudi, foi um período no qual inspirou-se nas formas da natureza e pôs em prática, as soluções estruturais baseadas em sua geometria regrada (figura 3). O contraste entre as texturas e cores dos diferentes materiais de construção fez com que se tornasse uma característica bem chamativa.
Figura 2 – Fonte: https://www.vivadecora.com.br/pro/arquitetos/antoni-gaudi/
Figura 3 – Fonte: https://www.vivadecora.com.br/pro/arquitetos/antoni-gaudi/
A Casa Batlló (figura 4) é outra obra do arquiteto Antoni, mas que contou com a colaboração dos arquitetos Josep Maria Jujol e Joan Rubió i Bellversituado. É uma construção modernista, que trouxe características relacionadas à Gaudí, que foram: as formas repteis, curvas, insinuações de ossos e esqueletos, e seu uso de pedaços coloridos de cerâmica e vidro. A Casa Batlló foi tombadacomo patrimônio mundial da UNESCO, podendo ser visitada pelo público.
Figura 4 – Fonte: https://images.adsttc.com/adbr001cdn.archdaily.net/wp-content/uploads/2012/01/1325798125_03_wikipedia.jpg
Como dizia Gaudi:
“Aqueles que buscam as leis da natureza como suporte para
suas obras colaboram com o criador.” 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
https://www.biografiasyvidas.com/biografia/p/piano.htm
https://www.vivadecora.com.br/pro/arquitetos/renzo-piano/
https://www.archdaily.com.br/br/01-94170/menil-collection-de-renzo-piano-selecionada-para-receber-o-premio-de-25-anos-da-aia
https://www.idd.edu.br/blog/idd-news/as-mais-incriveis-obras-de-renzo-piano
https://vimeo.com/248367318
https://franklloydwright.org/impact/
https://franklloydwright.org/
https://educacao.uol.com.br/biografias/frank-lloyd-wright.htm
https://www.dicaseuropa.com.br/2014/01/templo-expiatorio-da-sagrada-familia-barcelona.html
https://www.archdaily.com.br/br/01-17007/classicos-da-arquitetura-casa-batllo-antoni-gaudi
https://www.algosobre.com.br/biografias/antoni-gaudi.html

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