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DO REGIME DE BENS ENTRE OS CÔNJUGES

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AULA 29/03 
 
12. DO REGIME DE BENS ENTRE OS CÔNJUGES. (1.639 a 1.688, CC) 
Cabe aos noivos, antes da celebração do casamento, estipular o regime de bens que lhes seja 
mais adequado. Só com o casamento o regime começa a ter eficácia. 
É admissível alteração do regime de bens, mediante autorização judicial em pedido 
motivado de ambos os cônjuges, apurada a procedência das razões invocadas e ressalvados os 
direitos de terceiros. Os efeitos da alteração são Ex Nunc para terceiros. (Ação de alteração de 
regime de bens) 
 
12.1. Disposições gerais; 
Podem os cônjuges, independentemente de autorização um do outro: Comprar, ainda a 
crédito, as coisas necessárias à economia doméstica; Obter, por empréstimo, as quantias que a 
aquisição dessas coisas possa exigir. 
Nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime de separação 
absoluta: Alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis; Pleitear, como autor ou réu, acerca desses 
bens ou direitos; Prestar fiança ou aval; Fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou 
dos que possam integrar futura meação. Meação é o termo que designa a metade ideal do 
patrimônio comum do casal, a que faz jus cada um dos cônjuges. São válidas as doações nupciais 
feitas aos filhos quando casarem ou estabelecerem economia separada. 
Outorga conjugal (anuência do cônjuge) para a validade de determinados atos e negócios 
jurídicos, restando como anulável o ato que a outorga faltar e não for suprida judicialmente. ​Quando 
é exigida do homem - Outorga Marital, quando é exigida da mulher - Outorga Uxória. Art. 1.642 e 
1.643 - Atos que não precisam de Outorga Conjugal. 
Art. 1.647 - Com outorga ou precisa dela. Só o regime da separação absoluta que não precisa de 
outorga. 
 
12.2. Pacto Antenupcial; 
Ele serve para indicar a escolha do regime de bens a ser adotado durante a união e também 
trata das questões patrimoniais do casal ​, a menos que seja o de comunhão parcial, que prevalece na 
omissão da escolha de outro regime. 
Não existe um prazo específico para sua pactuação, o que geralmente ocorre durante o 
processo de habilitação para o casamento, podendo inclusive ser firmado ou modificado até o dia da 
cerimônia, sendo obrigatório apenas antecedê-la. 
É nulo o pacto antenupcial se não for feito por escritura pública, e ineficaz se não lhe seguir 
o casamento. 
Se realizado por menor, depende a convalidação à aprovação do respectivo representante 
legal, salvo as hipóteses de regime obrigatório de separação de bens. 
 
12.3. Regime de Comunhão Universal de Bens; (1.667 a 1.671, CC) 
É o regime em que se comunicam todos os bens, atuais ou futuros, ainda que adquiridos em 
nome de apenas um, são chamados de bens comuns.​. São excluídos da comunhão: 
● Os bens doados ou herdados com a cláusula de incomunicabilidade e os sub-rogados em seu 
lugar; 
● Os bens gravados de fideicomisso e o direito do herdeiro fideicomissário, antes de realizada 
a condição suspensiva; 
● As dívidas anteriores ao casamento, salvo se provierem de despesas com seus aprestos, ou 
reverterem em proveito comum; 
● As doações antenupciais feitas por um dos cônjuges ao outro com a cláusula de 
incomunicabilidade. 
● Bens de uso pessoal, os livros e instrumentos pessoais; os proventos do trabalho pessoal de 
cada cônjuge; as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas semelhantes. 
Os bens próprios ou excluídos da comunhão não se partilham com a dissolução do 
casamento, permanecem com o respectivo titular que os trouxe para o casamento, ou que os 
adquiriu ao longo de seu curso. 
 
 
 
 
AULA 02/04 
 
12.4. Regime de Comunhão Parcial de Bens; (Art. 1.658 a 1.666, CC); 
Quando um casal não escolher o Regime de bens, o que irá vigorar será o do Comunhão 
Parcial. 
Todos os bens adquiridos após a data do casamento serão comuns ao casal. 
Todos os bens adquiridos por cada um individualmente antes da data do casamento 
permanecem de propriedade individual de cada um, inclusive bens cuja aquisição tiver por título 
uma causa anterior, como por exemplo uma herança. 
Bens comuns, são aqueles que foram adquiridos, onerosamente, durante o casamento ou a 
união estável. Também serão considerados bens comuns, aqueles que forem recebidos em herança 
ou doação em favor do casal, os bens conquistados por um “fato eventual” e os "frutos" recebidos 
durante a união familiar.Frutos são alguma coisa produzida periodicamente, como os rendimentos 
do aluguel de um imóvel, tanto faz se o imóvel pertence ao marido, à esposa ou ao casal, o aluguel 
será de ambos. Outro exemplo de frutos são os valores depositados nas contas vinculadas ao Fundo 
de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) do trabalhador, e deverão ser repartidos aqueles que 
forem depositados durante o relacionamento. 
Bens particulares, são aqueles que cada um já possuía antes de iniciar a relação familiar e os 
bens de uso pessoal como celular, notebook, livros e os instrumentos para exercer a profissão. Há 
bens particulares que podem ser adquiridos durante a união, como os recebidos em herança ou 
doação e aqueles adquiridos em sub-rogação 
No caso de dissolução em vida, apenas os bens comuns serão partilhados de modo 
igualitário. No caso de herança da família não se divide com o cônjuge, ela pertence exclusivamente 
a quem recebeu. 
 
12.5. Regime de Separação de Bens; (Art. 1.687 a 1.688, CC); 
Nesse regime, todos os bens atuais e futuros dos cônjuges permanecem sob propriedade 
individual de cada um, nesse caso, também é necessário uma escritura de pacto pré-nupcial, antes 
de dar entrada no pedido de habilitação do casamento. 
É obrigatório o regime da separação legal de bens nos casos em que o nubente tiver mais de 
setenta anos, ou quando qualquer dos nubentes necessite de suprimento judicial para casar e o (a) 
viúvo(a) antes do inventário/partilha de bens. 
Único regime que não precisa de outorga. Mas nada impede que eles tenham algum bem em 
comum caso eles tenham comprado juntos (condomínio), será dividido na proporção de cada. Na 
sociedade de fatos terá que ser apurado e dividido os ganhos. A súmula 377 do STF deverá ser 
analisada antes de aplicar e não deve ser aplicada na Separação Convencional e sim na Obrigatória. 
 
 
12.6. Regime de Participação Final nos Aquestos; (Art. 1.672 a 1.686, CC). 
Aquesto é o “bem adquirido na constância do casamento”. Neste regime de bens, cada 
cônjuge possui o seu patrimônio próprio e o administra sozinho, quando o casamento chegar ao fim, 
as partes repartirão os bens que foram adquiridos durante o matrimônio a título oneroso. 
Com a dissolução do casamento com esse regime, cada cônjuge ficará com: os bens 
particulares de cada cônjuges permanecerão particulares e não serão repartidos; metade dos bens 
comuns, que foram adquiridos juntos pelo casal durante o casamento; os bens próprios adquiridos 
durante o casamento. 
Se o bem foi recebido pelo cônjuge por herançaou doação, ele não integrará o patrimônio 
comum e não será partilhável. Se os bens tiverem dívidas, esta dívida será somente do cônjuge que 
os detém. 
 
 
ANOTAÇÕES: 
● Art. 2.039, CC - Deverá ser observado na partilha de bens o Código Civil vigente 
no dia da celebração do casamento para aplicar a partilha. 
● Entendimento da Súmula 377, STF: ​No regime de separação legal de bens, 
comunicam-se os adquiridos na constância do casamento, sendo presumido ou 
comprovado o esforço comum na aquisição do bem pelo casal.

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