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Slide Maquiavel e Bodin


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A OBRA DE MAQUIAVEL E SEU CONTEXTO
Niccolò Macchiavelli  (Nicolau Maquiavel - Florença (Itália), 1469/1527): estrategista do poder, diplomata atuante, pensador das causas políticas de seu tempo.
 
Teve vivência política intensa.
Viveu num período conturbado: disputas de poder, guerras, fragmentação da Itália.
Escreveu O príncipe (1513/1514): A preocupação de Maquiavel não está centrada nem na lei natural, nem na lei ideal que poderia governar a política, mas com o que os homens fazem e podem fazer ao estarem em contato com o poder. 
Sua obra é o retrato de sua experiência política e das causas de Estado com as quais se envolveu em sua época. 
Baseou-se nas experiências dos fatos, na análise dos acontecimentos.
O norte de Maquiavel e a inspiração de seus escritos advinham também da leitura e do convívio com os clássicos.
MAQUIAVELISMO E ÉTICA DO GOVERNO
Com a expressão maquiavelismo ou maquiavélico
Segundo Norberto Bobbio, “Esta expressão constitui, portanto, na linguagem ordinária, uma prova da reação que a doutrina de Maquiavel suscitou e continua suscitando na consciência popular, e da tendência que considera essa doutrina como imoral".
Maquiavel inaugura uma nova ética para a política.
 O maquiavelismo implica orientar e guiar as atitudes práticas dos governantes com base nas próprias práticas humanas relativas ao poder. 
Maquiavel procura sistematizar sua experiência e seus conhecimentos sobre essas técnicas e legá-las para a posteridade e para aqueles que exercem funções de governo.
Rompeu com a moralidade tradicional no terreno político, porque afirmou não estar o príncipe obrigado a ser adepto ou mesmo exemplo da virtude cristã. 
Basta ao príncipe ter virtude suficiente para saber administrar as diferenças e os interesses que o cercam para manter-se no poder e construir a estabilidade do governo.
A virtù do príncipe constitui-se somente em uma habilidade mundana de administrar o poder e suas instabilidades. 
Para isso, não a espiritualidade interior do cristão, mas a aparência consciente de ter piedade, fé, integridade, humanidade e religião, que são qualidades bastantes para que o príncipe seja admirado em seu exterior, podendo isso ser correspondente a seu estado de alma, ou não:
 “Deve parecer, para os que o virem e ouvirem, todo piedade, todo fé, todo integridade, todo humanidade e todo religião. 
Não há nada mais necessário do que parecer ter esta última qualidade.” (O príncipe, 2001, p. 85).
Mesmo a fama de ser isso ou aquilo não deve preocupar o príncipe; ele é a garantia do Estado: “Um príncipe deverá, portanto, não se preocupar com a fama de cruel se desejar manter seus súditos unidos e obedientes” (O príncipe, 2001, p. 79).
É a necessidade e a oportunidade que mostra ao príncipe como agir. São as circunstâncias e a aparência que determinam como deve aparentar ser perante terceiros. 
Desenvolver essa habilidade de se esquivar de sua própria ruína é a principal preocupação contida no texto de Maquiavel: 
“Daí ser necessário a um príncipe, se quiser manter-se, aprender a poder não ser bom e a valer ou não disto segundo a necessidade” (O príncipe, 2001, p. 73).
Maquiavel faz perceber o quanto a ideia de virtù participa da origem do poder ou, mesmo, da transformação do cidadão comum em governante. “Quero, a cada um desses modos citados de tornar-se príncipe, por virtù ou por fortuna, aduzir dois exemplos ainda em nossa memória, que são Francesco Sforza e Cesare Borgia” (O príncipe, 2001, p. 28).
 No entanto, a amizade dos poderosos, a fortuna e a tradição podem não ser elementos suficientes para manter-se o poder. 
Ele demanda algo mais que a simples condição de herdeiro de um trono ou que a posse de muitos bens e propriedades. 
As tormentas enfrentadas por aquele que efetivamente se faz possuidor do poder, porque o conquistou pela fortuna, apenas, sem virtù, são as mais terríveis, e iniciam-se no exato momento em que alcança seu destino no poder: “Aqueles que, somente pela fortuna, de cidadãos particulares se tornam príncipes fazem-no com pouco esforço, mas com muito esforço se mantêm. 
E não encontram dificuldade no caminho porque passam voando por ele: mas todas as dificuldades surgem quando chegam ao destino” (O príncipe, 2001, p. 27).
JEAN BODIN: POLÍTICA E SOBERANIA
BODIN E SEU CONTEXTO
Jean Bodin (1529-1530/1596), nascido em Angers, dedicou-se ao estudo das letras jurídicas, em Toulouse, onde também foi professor da área, assim como advogou em Paris, destacando-se por sua ampla cultura humanística e formação enciclopédica. 
Em teoria política, destaca-se por ser um autor que enaltece o absolutismo, o poder absoluto, e o amplo exercício da soberania.
“Há, de fato, a necessidade de formular a definição de soberania, porque não existiu nem jurisconsulto nem filósofo político que a tenha definido, embora seja o ponto principal e o mais importante a ser entendido no tratado sobre a República (República I, 8, p. 179)” (Barros, 2001, p. 27). 
Na análise comparativa entre Bodin (1529-1530/1596), na França, Maquiavel (1469/1527), na Itália, as propostas e respostas aos problemas de Estado são diferentes. 
Propõem o fortalecimento do poder, sua centralização, como forma de conferir maiores poderes ao Estado; esse é o ponto em comum. 
No entanto, Bodin tem solução que passa pela via do Direito, Maquiavel tem solução que passa pela ideia de virtù.
SOBERANIA
Bodin preocupa-se em definir o que seja uma república (sinônimo de Estado), e o faz com base na caracterização de alguns elementos primordiais para sua constituição. 
Sua definição virá representando “o conjunto de famílias ou de colégios submetidos a uma só e mesma autoridade” (Método para a fácil compreensão da história VI, p. 351 B).5
O outro elemento caracterizador, apresentado na definição de Bodin, não pode ser olvidado: as famílias e/ou colégios devem estar reunidos sob a mesma autoridade, de modo que o poder aí já se identifica como uma regência centralizada dos diversos grupos. 
 
 
Toda república é governada a partir da convivência harmônica de três espécies de leis, a saber: 
a lei moral, cujo âmbito de aplicação e atuação é o foro íntimo de cada indivíduo, governando suas decisões e posturas frente à vida e aos demais indivíduos; 
a lei doméstica, cuja delimitação se circunscreve ao âmbito da casa, aplicada pelo chefe de família sobre seus dependentes;
a lei civil, que se aplica a todos os partícipes da sociedade política, tendo por âmbito de aplicação as relações entre as famílias e os colégios “A soberania é o verdadeiro fundamento, o eixo sobre o qual se move o estado de uma sociedade política e do qual dependem todos os magistrados, leis e ordenanças; ela é que reúne as famílias, os corpos e os colégios, e todos os particulares num corpo perfeito (República I, 2, p. 43)”.
Ora, a soberania é o cimento das relações sociais, é o solo sobre o qual se constroem os modos de vida e o convívio em sociedade; sem ela, torna-se impossível a vida organizada politicamente e o projeto de existência do Estado.
Como consequência disso, quem exerce o poder absoluto, quem exerce a soberania, quem lhe confere existência atual e funcionamento prático não pode estar restrito, constrangido, limitado, castrado, em sua atuação. 
“É preciso que os soberanos possam dar a lei aos súditos e anular ou revogar as leis inúteis para fazer outras; o que não pode ser feito por aquele que está submetido às leis ou por aquele que está sob o comando de outrem” (República I, 8, p. 191).
Assim, o soberano vive na legalidade, não porque se submete às leis, mas porque confere leis à sociedade. “A primeira marca do príncipe soberano é o poder de dar lei a todos em geral e a cada um em particular” (República I, 10, p. 306).
 
Outro argumento vem da autoridade tanto dos grandes pensadores quanto das leis de Deus: “Se procurarmos a autoridade, encontraremos as mais altas personalidades afirmando que a monarquia é a melhorforma de estado [...] e mesmo na lei de Deus é dito: quando o povo faz um rei, como os outros povos, não toma um estrangeiro; está bem demonstrado que Deus aprova a monarquia, dando lições ao rei de como deve governar; assim também os outros povos daquele tempo não tinham senão monarcas (República VI, 4, p. 189)” (Barros, A teoria da soberania de Jean Bodin, 2001, p. 321).
Limitações ao poder soberano
De fato, a impressão não é falsa, mas há algo que a ela se antepõe: são as leis naturais e as leis divinas.
Os limites ao poder soberano estão aí. 
Não são dados por homens, por instituições, por classes sociais, nem por poderes eclesiásticos. 
São dados pelas leis, anteriores ao soberano, existentes na natureza e criadas por Deus (leis naturais e divinas): “O detentor da soberania está necessariamente submetido à lei divina, segundo Bodin, porque é, antes de mais nada, um súdito de Deus. 
O soberano não pode transgredi-la em hipótese alguma, devendo observá-la constantemente no exercício do poder. 
POLÍTICA NO RENASCIMENTO
O Renascimento como «invenção» da Antiguidade: A «invenção» da Antiguidade. 
Consciência histórica e o «retorno dos filósofos antigos» 
O Humanismo dos séculos XIV a XVI: Caracterização geral do Humanismo: O Humanismo como movimento europeu. 
O pensamento antropológico
Centralidade da questão antropológica no Renascimento. 
O lugar do homem na «cadeia do ser» e no cosmos. 
O homem como mediador universal «copula mundi» (Nicolau de Cusa, Marsilio Ficino).
Variações sobre o tema da dignidade e excelência do homem.
A questão da imortalidade da alma (Marsilio Ficino). 
Liberdade humana e destino (Lorenzo Valla, Erasmo, Lutero). 
O amor na sua dimensão antropológica, cósmica e ontológica (Marsilio Ficino, Leão Hebreu). 
Da proliferação de discursos acerca da «excelência e dignidade do Homem».
Filosofia da natureza e cosmologia:
 
A especificidade do naturalismo renascentista. 
Secundarização da filosofia natural no primeiro Humanismo. 
Natureza, magia e astrologia, de Pico della Mirandola e Marsilio Ficino a Paracelso e Giordano Bruno. 
A mútua conveniência dos elementos na “filosofia oculta” e mágica de Agrippa de Nettesheim. Girolamo Fracastoro: a sympatia / antipathia rerum. 
Giordano Bruno e o naturalismo panvitalista. 
Cosmologia renascentista: «do mundo fechado ao universo infinito»: A génese do mundo copernicano ou a formação da imagem renascentista e pré‐moderna do cosmos: Nicolau de Cusa, Nicolau Copérnico, Giordano Bruno. 
Os pressupostos teológicos, metafísicos, herméticos, científicos e estéticos da nova cosmologia. 
Consequências da nova cosmologia no plano antropológico: a redefinição do lugar do homem no cosmos e na escada do ser. 
O pensamento ético e político: 
A filosofia moral dos humanistas. 
O lugar da filosofia moral nos studia humanitatis. 
Do ideal trecentista petrarquiano de uma vida “solitária” e “ociosa” do inteletual (De vita solitaria; De otio religiosorum) ao debate dos humanistas quatrocentistas sobre o primado da vida ativa ou da vida contemplativa. 
Matrizes do pensamento moral renascentista: cristianismo, estoicismo, epicurismo.
 A redescoberta do aristotelismo ético‐político: Coluccio Salutati, Leonardo Bruni, P. Pomponazzi, J. L. Vives, Philipp Melanchthon. 
O pensamento político do Renascimento na sua diversidade
 
Os humanistas e a vida civil: o “humanismo cívico” florentino. 
Thomas More; a Utopia como projeto de uma sociedade perfeita e o renascimento do género utópico: Francesco Patrizi, Tommaso Campanella, Francis Bacon. 
Maquiavel: interpretação da história e filosofia política (dos Discorsi ao Principe). 
Bartolomé de las Casas e Francisco de Vitoria: direito natural e direito das gentes. 
Etienne de La Boétie: da sujeição consentida à liberdade assumida. 
Jean Bodin: «soberania» e «república». 
CARACTERÍSTICAS DO RENASCIMENTO
UMA NOVA CONCEPÇÃO DO HOMEM
 Antigo harmonia
HOMEM medieval contemplação NATUREZA
 Moderno compreender para usufruir
NOVA MENTALIDADE –CARACTERISTICAS DO RENASCIMENTO
O teocentrismo é substituído pelo antropocentrismo, criando o humanismo moderno.
A explicação do mundo pela fé cede lugar a uma explicação racional que se manifestará no racionalismo moderno, principalmente nas ciências modernas.
O mundo coletivo e fraterno da cristandade medieval é substituído pelo individualismo e pelas diferenças dos homens livres, o que marca o desenvolvimento do individualismo burguês, com seu espírito de competição e concorrência.
O saber, que durante toda a Idade Média foi controlado pela igreja, começa a ser substituído por um saber leigo, ávido de novos conhecimentos.