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Profa.Ivete Pieruccini 2013 Fundamentos em Biblioteconomia, Documentação e Ciência da Informação PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com Biblioteconomia: marcos Textos e materiais NAUDÉ, G. Advis pour dresser une bibliothèque. Réproduction de l’édition de 1644 precedée de L’Advis, manifeste de la bibliotèque érudite, par C. Jolly. Paris : Alain Baudry et Cie., 2010. Versão digital open library disponível em: http://openlibrary.org/books/OL24233928M/Advis_pour_dresser_une_bibliothèque?v=2> CONSTANTIN, A-L. Bibliothèconomie, ou nouveau manuel complet pour l´arrangement, la conservation e l´administration dês bibliothèques. Paris : La Librerie Encyclopedique de Roret, 1841. Versão digital open library disponível em: http://www.archive.org/stream/bibliothconom00hess#page/40/mode/2up JACOB, L. Traicté des plus belles bibliothèques publiques et particulières. http://books.google.com.br/books?id=uAPO-8GNbR0C&pg=PR4&hl=pt- BR&source=gbs_selected_pages&cad=3#v=onepage&q&f=false (somente mostrado) BIBLIOTECA Nacional. Catálogo das obras históricas do campo da Biblioteconomia. Rio de Janeiro : BN, 2013. Disponível em: http://www.bn.br/portal/arquivos/pdf/LivrosRarosDeBiblioteconomiaCatalogoRe v.pdf Acesso em: março 2013. PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com Aula 4: Roteiro 1. Sínteses da aula anterior, sobre o nascimento da área 1. Uma visita a catálogo de exposição de obras raras da BN sobre Biblioteconomia 2. Exploração do Advis e autor 3. Exploração do Manuel e autor Sínteses PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com O bibliotecário medieval A biblioteca monástica era, em geral, essencialmente local de depósito/estocagem: o livro acompanha o leitor. O bibliotecário tornou-se, durante todo o período medieval, o responsável pela ortodoxia e a integridade material das coleções, ainda limitadas, porque o manuscrito era raro e difícil de fabricar. O trabalho do bibliotecário é executar inventários da coleção e registrar os empréstimos. Às vezes, aplicava-se a regra (Benoit) que mandava distribuir, no início da Quaresma, um livro a cada monge, que deveria lê-lo do começo ao fim e devolvê-lo no final do ano. Às vezes o monge pegava o livro diretamente do armário. PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com O surgimento das universidades A partir do século XIII nascem as grandes universidades (monastérios e catedrais deixam de ser os únicos centros da vida cultural). Em consequência: maior desenvolvimento das bibliotecas e de laboratórios laicos de copistas. As ordens Franciscana, Dominicana e do Carmo (voto de pobreza), devotadas ao estudo, constituem ricas bibliotecas. A instrução espalha-se entre os laicos. O ensino repousa sobre a leitura comentada de algumas obras e da disputa (leitura e questionamento), tornando o livro necessário aos estudantes, cada vez mais numerosos. Se não mais tão raro, o manuscrito ainda é muito caro/custoso, donde a criação de bibliotecas comunitárias. Elas se formam nos colégios, primeiro estágio das universidades. A criação de bibliotecas em universidade é atestada a partir do sec XV (Orleans, Caen,Avignon), e no final desse século são as mais ricas. Em Oxford, o colégio de Merton dispõe de 1 200 manuscritos; em Praga, o colégio da nação Bohème possui 1 500. Em 1338, o colégio da Sorbonne tem 1720 manuscritos. PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com Bibliotecas universitárias medievais: funcionamento Nas universidades, aparece um outro tipo de biblioteca: a biblioteca de referência, magna libraria ou libraria communis, sala silenciosa e clara. No final do século XIII, na biblioteca da Sorbonne, 300 itens são acorrentados a 28 carteiras. Esta solução, atestada desde 1289, permite o livre acesso sem riscos. Juntamente, mantém-se a parva libraria, cofres e armários onde se encontram mais de 1000 volumes, as cópias, as obras raramente consultadas e os manuscritos destinados ao empréstimo. Na Inglaterra, o exemplo mais antigo da “biblioteca acorrentada” data de 1320, em Oxford. Essa mutação atingiu rapidamente o Ocidente (Itália, Holanda...) Na França (Cluny), há manuscritos que foram conservados com fragmentos de correntes, bem como carteiras. Nos séculos XIV e XV, essas carteiras acorrentadas condicionam o plano e as disposições das bibliotecas, impondo uma nova arquitetura que contemplasse a acomodação e a funcionalidade dos usos dos livros e mobiliários. Dentre esses, enquanto os livros estavam sobre as carteiras no centro do ambiente, os muros das bibliotecas medievais eram disponíveis para receber decoração. Ficaram poucos exemplos disso. Um deles, foi o da biblioteca do capítulo (lugar em que se reúnem os religiosos, assembléia) de Puy, onde estão representadas as Artes Liberais: gramática, dialética, retórica, música. PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com Bibliotecas medievais: um novo enfoque As bibliotecas traduzem a diversificação dos centros de interesse dos últimos anos da Idade Média: textos de teólogos parisienses, legistas italianos, romances e poesias em língua vernácula, mas também textos antigos, traduções de obras científicas de origem árabe ou grega. As coleções medievais respondiam sobretudo às exigências precisas de uma instituição ou de alguém em particular. As bibliotecas do Renascimento (período posterior) afirmam um novo modelo, o da biblioteca universal, base às pesquisas eruditas, propostas desde o século XIV na Itália. PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com Imprensa: uma “revolução” para as bibliotecas Invenção e expansão do uso do papel (sec. XIII-XIV) tornou o manuscrito menos caro Invenção da prensa de tipos móveis de Gutenberg (sec. XV) permitiu a reprodutibilidade da informação Aumenta a quantidade de leitores A realeza recria instituições eruditas (clássicas): a academia/escola e a biblioteca O estudo das fontes –um racionalismo novo- substitui os estudos cristãos No século XVI, desenvolvem-se diferentes tipos de bibliotecas, já existentes anteriormente: bibliotecas dos humanistas, bibliotecas da realeza, bibliotecas religiosas PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com A prática bibliotecária no Renascimento O século XVII foi uma época de mudanças significativas na ordem do pensamento vigente que se fez refletir principalmente no plano científico. O homem busca explicações racionais para os fenômenos do universo. Os bibliotecários renascentistas são grandes caçadores de livros, astutos e tenazes. A catalogação não é, assim, urgente. A aquisição, a produção de livros, em intercâmbio, cobra traços de heroísmo (ORTEGA Y GASSET, 1967, p. 7). PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com Renascimento, Reforma e Contra-Reforma Contribuíram para a mudança de tamanho, usos e organização das bibliotecas. Em todas as bibliotecas (Vaticana, Ambrosiana, Veneziana, etc...) crescem as estantes pelas paredes ou armários que passam a abrigar as volumosas coleções de livros Assim: Na Idade Média: galerias de proporções modestas, livros dispostos sobre “carteiras”, com 2 ou 3 prateleiras sob a carteira... No novo quadro: acervos multiplicados→necessidade de organizar diferentemente os edifícios, as classificações, o acesso PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com Bibliotecas: início da reestruturação Bibliotecas abertas a um público cada vez mais diverso e cobrindo outras disciplinas (não mais acervos litúrgicos e ascéticos) necessitavamde outras ferramentas de trabalho: catálogos acessíveis aos usuários, desenvolvimento de codificação, classificação sistemática, catálogos coletivos. Na nova ordem informacional pós-imprensa (século XV), para “para pôr ordem no domínio dos livros, seriam necessários (...não somente) filósofos-bibliotecários ou bibliotecários-filósofos, combinando os talentos de John Dewey (o filósofo pragmático), com os de Melvil Dewey, criador do famoso sistema decimal de classificação” (BURKE, 2003, p. 98) Com a organização das universidades e da multiplicação dos livros (“há tantos livros que nem tempo de ler seus títulos, Doni”) que se seguiu à invenção da imprensa, as bibliotecas devem ser reclassificadas, em razão de que mais do que uma ordem dos livros, percebia-se era a “desordem dos livros”. PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com Biblioteca da Universidade de Leiden, 1610 PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com Em Escorial/Espanha Aparece uma nova concepção de edifício para abrigar os livros, muito numerosos: estantes murais em uma grande nave (65m de comprimento por 11 de largura e 12 de altura), modelo que se imporá gradativamente às grandes bibliotecas, a partir de 1775 a 1850, aprox. A sala de leitura parece uma loja, graças às grandes paredes forradas de livros até o teto. Eram necessárias escadas para alcançar os livros, muitas vezes colocados em filas duplas. PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com As bibliotecas privadas: nascimento da Biblioteconomia As bibliotecas melhor aparelhadas para acolher os produtos do humanismo e da imprensa são as bibliotecas privadas: homens da Justiça e das Finanças (a burguesia) tinham necessidade de bibliotecas. No século XVII (França), as bibliotecas mais notáveis são as das casas dos grandes magistrados→ Status social e instrumento de trabalho Os catálogos (1617, 1679) das coleções constituídas por Jacques-Auguste de Thou, presidente do Parlamento, poeta latino e historiador, simbolizam a conquista do saber livresco, organizado e classificado. PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com A biblioteca Mazarine: uma nova referência Mazarin funda um collège (instituto superior) agregando-lhe sua biblioteca, como biblioteca pública, aberta a “todas as pessoas de letras” (intelectuais) Abriria de 2ª. a 5ª., das 8h00 às 10h30 e das 14h00 às 16h00 ou 17h00 (conforme a estação do ano), pois no edifício não havia iluminação artificial ou sistema de aquecimento. Tais realizações foram inspiradas em Gabriel NAUDÉ, bibliotecário de Mazarin,teórico da biblioteca de sua época como em seu compatriota, o jesuíta Claude Clément. PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com Repertório de obras significativas BIBLIOTECA Nacional. Catálogo das obras históricas do campo da Biblioteconomia. Rio de Janeiro : BN, 2013. Disponível em: http://www.bn.br/portal/arquivos/pdf/LivrosRar osDeBiblioteconomiaCatalogoRev.pdf Acesso em: março 2013. PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com Manuais fundadores Advis pour dresser une bibliothèque (Naudé, 1627); o Musei, sive bibliothecae (Clement, 1635); Traicté des plus belles bibliothèques publiques et particulières Jacob, 1644): as obras tratam dos saberes e técnicas próprias aos bibliotecários, face à multiplicação dos livros. Tratam de modos de coleta de documentos, de elaboração de catálogos (sistemático e por autor), da preservação das obras, das classificações. A classificação de torna determinante à consulta da vasta coleção, cuja ordenação nas estantes é feita de forma metódica PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com Algumas distinções entre os manuais e influências Clement, ao contrário de Naudé, prega a limitação ao acesso. Uma outra divergência é a decoração da biblioteca: Naudé é partidário da simplicidade útil e Clément imagina uma série de emblemas e figuras alegóricas, que se tornarão, ao longo de dois séculos, a “gramática decorativa” das bibliotecas, na Áustria e Portugal. A obra de Naudé foi traduzida para o inglês (1661) e serviu de guia a Leibniz (filósofo, matemático, jurista, historiador). Leibniz julga ser a sua tarefa principal colocar a biblioteca, sob sua responsabilidade, em consonância com as atualidades científicas e literárias de seu tempo e organizar a coleção para facilitar seu uso: cria um sistema de indexação de resumos, classificados em linguagem universal e preconiza o trabalho colaborativo entre sociedades científicas. Por esta razão e pelo seu trabalho sobre o cálculo binário e a lógica matemática, foi pioneiro das ciências da informação... PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com Gabriel Naudé Bibliófilo, com experiência na organização de grandes bibliotecas privadas (presidente de Mèsmes, cardeais Bagni e Barberini, de Mazarin e da Rainha Christina) Escreveu o Advis, incorporando experiências de trabalhos e observações acerca das grandes coleções que lhe haviam passado pelas mãos na França, Itália e Suécia Deve-se a ele a 1ª. Biblioteca aberta ao público na França (de Mazarin), pela qual enfrentou críticas em razão da ideia inovadora PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com Origens de Naudé 1600: nasce em meios modestos Recebe formação clássica, mas desde cedo torna-se leitor e é influenciado pelos “modernos” (Montaigne e P. Charron) Monta sua própria biblioteca pessoal, copiando textos que não pode adquirir; Aos 20 anos, é convidado pelo P. de Mèsmes para ser seu bibliotecário Médico, também escreveu textos políticos PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com Naudé: um erudito Sua vida é inseparável de sua curiosidade bibliográfica e de seu trabalho de bibliotecário Sua atividade intelectual está ligada às bibliotecas ricas, eruditas e imersas em sua época Naudé não reduz a erudição à reativação dos textos antigos e das autoridades: ao contrário, ela é inseparável da sua vida, dos debates e das descobertas da República das Letras e do seu papel para o conhecimento PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com NAUDÉ, G. Advis pour dresser une bibliothèque. Réproduction de l’édition de 1644 precedée de L’Advis, manifeste de la bibliotèque érudite, par C. Jolly. Paris : Alain Baudry et Cie., 2010. Versão digital open library disponível em: http://openlibrary.org/books/OL24233928M/Advis_pour_dres ser_une_bibliothèque?v=2 PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com Advis pour dresser une bibliothèque Conselhos para organizar uma biblioteca Princípios da biblioteca moderna Capítulo 1: deve-se ser curioso para construir uma biblioteca, e por quê Capítulo 2: o modo de instruir-se e saber como se deve construir uma biblioteca Capítulo 3: a quantidade de livros que se deve colocar nelas Capítulo 4: qual a qualidade e condições que devem ter Capítulo 5: por quais meios pode-se recuperá-los Capítulo 6: a disposição do lugar onde eles devem ser guardados Capítulo 7: a ordem que convém lhes dar Capítulo 8: a ornamentação e a decoração que deve ser feita Capítulo 9: qual deve ser o objetivo principal desta biblioteca PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com O Advis..., de Naudé Anuncia o sistema organizado em torno de algumas grandes classes de assuntos: Teologia, Jurisprudência, Ciências e Artes, Literatura, História subdivididasem outras tantas sub- classes, que se tornaram hegemônicas até o século XIX, nas bibliotecas e livrarias Trata de conteúdos e objetivos: é um manual da biblioteca erudita, ou seja, enciclopédica como todas as bibliotecas de seu tempo, provida DOS MELHORES TEXTOS, atenta ÀS NOVAS PRODUÇÕES, SEM EXCLUSÕES, e LIBERALMENTE ABERTA aos membros da Republica literária (comunidades intelectuais de todas as partes do mundo) PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com Parâmetros do Advis (base: Bibl. de Thou) A)- o conteúdo da biblioteca se organiza em torno de um único princípio: reunir tudo que seja útil à comunidade erudita. A partir disso: B)- o cuidado com a qualidade das obras: reunir os melhores textos das melhores edições, ou seja aqueles legitimados pelos eruditos. A forma material das obras era critério secundário; a antiguidade de uma edição não constituia garantia; PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com … C)-extrema sensibilidade à produção erudita do tempo. Não se trata de uma biblioteca de “heranças”; D)- recusa a exclusões dogmáticas: inclui os escritos de todos os grandes reformados E)- acesso à coleção pelos cidadãos da República literária, unidos entre si por fortes laços de solidariedade. PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com O advis preconiza: Acesso livre: busca evidenciar que o bem maior, a felicidade perfeita e completa, só pode ser encontrada numa biblioteca na qual as obras são instrumentos de estudo e não ornamentos do cenário; Exaustividade: a biblioteca erudita deve ser enciclopédica, ou seja, reunir o maior número possível de obras que interessem ao erudito Seletividade: A qualidade dos livros é medida pela utilidade para a comunidade erudita. É por isso que se deve possuir os melhores textos das melhores edições, não importa sua idade, preço ou forma material, e privilegiar as fontes PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com … Complementaridade: os autores antigos (tradição humanista) devem ser mantidos, ao lado dos modernos por serem “(…)espíritos fortes, polidos e mais desligados que nunca” Diversidade: os textos heterodoxos não podem ser negligenciados, uma vez que é necessário conhecer uma doutrina para poder refutá-la. O confronto de textos e de teses é uma atividade de erudição que não admite censura à produção letrada Funcionalidade: a coleção erudita deve enfim ser acessível a todos os eruditos “no mínimo aos homens que dela tenham necessidade”: a lógica da utilidade que deve presidir o funcionamento de uma biblioteca deve presidir também sua destinação; PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com Biblioteconomia: a nomeação e a sistematização O termo Biblioteconomia apareceu, tudo indica, pela 1a. vez em 1839, embora a prática já existisse desde a Antiguidade, notadamente com as bibliotecas de Império Romano. PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com O surgimento do termo Constantin Hesse, a quem se atribui a paternidade do termo, delimitou o campo de preocupações da biblioteconomia, a partir dos seguintes problemas, suscitados: a)- pela coleção (constituição, desenvolviemtno, classificação, catalogação, conservação); b)- pelos usuários (deveres recíprocos do pessoal e do público, acesso aos livros, empréstimo) ; e c)- pela biblioteca em si, como serviço organizado (regulamentos, pessoal, contabilidade, local, mobiliário). Essas são as 3 séries de problemas que constituem ainda hoje a matéria de todo o ensino da Biblioteconomia, cf. Richter B. (1982). PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com A Biblioteconomia, segundo o manual CONSTANTIN, A-L. Bibliothèconomie, ou nouveau manuel complet pour l´arrangement, la conservation e l´administration des bibliothèques. Paris : La Librerie Encyclopedique de Roret, 1841. Versão digital open library disponível em: http://www.archive.org/stream/bibliothconom00hess #page/40/mode/2up PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com Biblioteconomia: instruções sobre o arranjo, a conservação e a administração de bibliotecas Após quase 2 séculos de Naudé, Leopold Auguste Constantin Hesse, bibliógrafo, lança sua obra: “Bibliothéconomie: instructions sur I’ arrangement, La conservation et I’ administration des bibliothèques”, em 1839. Nesta obra o autor faz separação entre Biblioteconomia e Bibliografia e dá destaque aos conhecimentos técnicos, relegados até então. A Biblioteconomia continuará em sua evolução e despontará na chamada Biblioteconomia cientifica, no século XIX, época na qual surgem as grandes classificações como as de British Museum, as bibliotecas como centros de informação, com bibliotecários agentes e difusores da informação. É o momento decisivo do aparecimento da biblioteca pública, fruto de uma demanda social que tem suas raízes no século XVIII, momento em que surge a noção de leitura pública, institucionalizada. PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com Bibliografia O termo designa ao mesmo tempo um tipo de documento e um campo de estudo. Como tipo de documento, uma bibliografia caracteriza-se por conter referências de outros documentos. O estudo da bibliografia inclui o estudo de bases de dados bibliográficos, bibliometria (anteriormente denominada estatística bibliográfica), bem como trabalhos relacionados a estudos acadêmicos e comunicação científica. O termo bibliografia é também usado em outros sentidos, tais como aqueles relacionados à história do livro. PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com
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