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Procedimentos realizados na UTI

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Procedimentos realizados na UTI
Balanço hídrico
Representa a monitoração detalhada de líquidos ingeridos e eliminados por um 
paciente num determinado período.
Objetivo: realizar rígido controle sobre infusões x eliminações, para avaliação da 
evolução clínica do paciente.
Para facilitar a mensuração dos líquidos introduzidos ou eliminados, existe um 
formulário que é anexado ao prontuário do paciente que é chamado de folha de 
balanço hídrico.
Considerar como ganho/entrada:
# Dietas: SNG, SNE, NPT, ostomias.
# Ingestão: chás, sucos, sopas, água e afins.
# Terapia medicamentosa: hidratação IV, medicações com diluição, transfusão 
de hemocomponentes.
Considerar como perda/saída:
# Sudorese
# Eliminações: urina, fezes, vômitos e débitos de drenos e sondas.
Observações importantes!
I. É dever do técnico de enfermagem anotar todas as medicações administradas, 
dietas oferecidas, eliminações e drenagens durante o turno de trabalho.
II. O fechamento do balanço hídrico parcial pode ser de 6/6 horas ou 12/12 horas 
ou total em 24 horas, considerando o balanço total.
III. É dever do enfermeiro realizar o somatório e calcular a variação entre ganhos 
e perdas.
IV. Computar todas as perdas e ganhos. No final, somar o total de ganhos e 
perdas e subtrair um pelo outro.
V. Se o volume da ganhos de líquidos for maior o das perdas, o balanço é 
considerado positivo e é identificado com o sinal (+) precedendo o valor 
numérico obtido; caso contrário, o balanço é negativo e é identificado com o 
sinal (-).
Intubação endotraqueal
Consiste na passagem de um tubo através da boca, para manter a via aérea 
permeável.
Pode ser realizada em situações de urgência. No entanto, a grande utilidade é 
possibilitar que os pacientes possam continuar respirando durante as cirurgias 
que exigem anestesia geral.
Na UTI visa assegurar livre acesso traqueal, atenuar o risco de aspiração do 
conteúdo gástrico, facilitar aspiração traqueal, facilitar ventilação sob pressão 
positiva e manter oxigenação adequada.
Indicações:
❖ PCR
❖ Insuficiência respiratória grave
❖ Obstrução de vias aéreas
❖ Presença de secreções abundantes na árvore pulmonar profunda.
Materiais necessários:
Laringoscópio testado (em boas condições de iluminação); EPI (óculos, máscara e 
luvas de procedimento e estéril); cadarço para fixação do tubo; seringa para inflar 
o balonete; xilocaína gel; sistema de aspiração testado; ambu com máscara 
conectado a uma fonte de oxigênio.
Assistência de enfermagem:
• Reunir o material.
• Auxiliar o médico no procedimento.
• Posicionar o paciente em decúbito 
dorsal, dando-se preferência à 
cabeceira baixa.
• Testar o balonete do tubo, inflando-
o com seringa.
• Aspirar secreções para melhorar a 
visibilidade do trajeto 
endotraqueal.
• Remover próteses dentárias, caso 
haja.
• Manter procedimento estéril em 
todas as etapas.
Traqueostomia (TQT)
É um procedimento cirúrgico que consiste na realização de uma abertura para o 
interior da traqueia, onde é inserida uma cânula (de TQT), podendo esta ser 
temporária ou permanente.
Finalidades:
# Ajudar na remoção de secreções traqueobrônquicas;
# Permitir o uso por longo prazo da ventilação mecânica;
# Prevenir aspiração das secreções em pacientes inconscientes.
# Substituir o tubo endotraqueal.
A traqueostomia deve ser realizada no centro cirúrgico com todos os suportes 
necessários para que o ato seja bem sucedido mas, atualmente, se abre uma 
exceção para os pacientes em ambiente de terapia intensiva, visto que seu 
deslocamento pode implicar em riscos para o mesmo.
As principais vantagens da TQT são:
- Mais conforto para o paciente;
- Possibilidade do paciente se comunicar;
- Possibilidade de nutrição por VO;
- Melhor higiene oral;
- Maior facilidade no manuseio do paciente.
Entre outras vantagens, a TQT permite que o paciente seja transferido da UTI para 
unidades de menor complexidade, sendo possível até a alta hospitalar com 
suporte ventilatório domiciliar.
Complicações:
As complicações relacionadas ao uso da TQT podem ocorrer de forma precoce ou 
tardia, durante o período em que o paciente permanece traqueostomizado ou, 
até mesmo, anos após sua remoção.
Precoces: sangramento, pneumotórax, aspiração, enfisema subcutâneo ou 
mediastinal, lesão do nervo laríngeo.
Tardias: obstrução da via aérea devido ao acúmulo de secreções, infecção, 
disfagia, fístula traqueo-esofágica, isquemia e necrose da traqueia.
Assistência de enfermagem:
➢ Observar o paciente regularmente quanto ao excesso de secreções e fazer 
aspiração de acordo com normas da Instituição e com a frequência 
necessária.
➢ Substituir traqueias, peça em T ou máscara de O2 sempre que estas caiam ao 
chão e protegê-las quando não estão sendo utilizadas pelo paciente.
➢ Remover a água que condensa na traqueia e não a introduzir novamente ao 
nebulizador.
➢ Trocar o curativo de 6/6 horas ou conforme protocolo da Instituição.
➢ Inspecionar os lábios, a língua e a cavidade oral regularmente (limpar a 
cavidade oral e aplicar lubrificante nos lábios).
➢ Estabelecer um método de comunicação aceitável (se consciente). Se o 
paciente souber escrever, incentivá-lo a escrever no papel para se comunicar.
Aspiração de vias aéreas e tubo traqueal
É a remoção da secreção das vias aéreas superiores e inferiores, visando 
possibilitar uma adequada ventilação e oxigenação dos tecidos pulmonares, 
prevenindo complicações.
Objetivo:
1. Retirar secreções do trato respiratório (narina, boca, TOT, TQT);
2. Manter vias aéreas livres.
Tipos de aspiração:
- Aspiração da cavidade oral e nasal
- Aspiração de TQT e TOT
Cuidados gerais:
✓ A aspiração das vias aéreas inferiores (TQT e TOT) devem ser realizadas com 
técnica asséptica.
✓ Utilizar um cateter novo para cada aspiração.
✓ No caso do aspirador de parede, utilizar um frasco coletor para cada paciente.
✓ Testar o aspirador antes de realizar o procedimento.
✓ Observar o tempo de aspiração (até 15 segundos).
✓ Para a aspiração de nariz e boca podem ser utilizadas luvas de 
procedimentos.
✓ Observar a cor e odor da secreção aspirada.
✓ Se o paciente estiver entubado, aumentar a FiO2 para 100% e, ao término da 
aspiração, retornar para a concentração inicial.
Pacientes portadores de drenos
Drenos: são tubos utilizados para possibilitar a saída de líquido de uma cavidade 
corporal específica. Normalmente são colocados no interior de uma ferida ou 
cavidade.
Tipos mais comuns de drenos
➢ Dreno torácico selo d’água (Sistema drenagem fechado)
➢ Dreno Portovac/Hemovac (sanfona)
➢ Dreno de Penrose (Sistema drenagem aberto)
➢ Dreno com reservatório de Jackson-Pratt (JP)
➢ Dreno de kerh
# Dreno aberto (Penrose) – é um dreno de borracha, tipo látex, utilizado em 
procedimentos que implicam em possível acúmulo local, de líquidos infectados 
ou não.
# Dreno tubular (Kheer) – é um dreno de látex, formado por duas hastes 
tubulares: a vertical mede, aproximadamente, 30cm e a horizontal, 10cm. Sua 
indicação é restrita a drenagem de vias biliares e realização de colangiografia.
# Dreno de sucção (Portovac / Hemovac) – é um sistema de drenagem de 
polietileno, que utiliza de uma leve sucção (vácuo), apresentando um aspecto de 
sanfona. É usado para drenagem de líquido seroso ou sanguinolento de cirurgias 
ortopédicas, oncológicas, dentre outras.
# Dreno de reservatório (Jackson Pratt) – é um sistema de silicone, em forma de 
pera, que funciona com pressão negativa. É indicado para neurocirurgias, 
cirurgia plástica, mastectomia, dentre outras.
# Dreno de tórax e mediastino – é um tubo de plástico macio, multiperfurado 
que possui um filamento radiopacopor toda a extensão. A ponta é arredondada 
para minimizar o traumatismo. Cada dreno torácico tubular possui um diâmetro 
conforme a numeração em escala French, geralmente com calibre maior que 10 
Fr até 38 Fr e, comprimento de 40 a 50 cm. Pode ser colocado no PO de uma 
cirurgia torácica ou cardíaca ou para resolver complicações de um traumatismo 
ou enfisema.
Tipos de drenagem:
• Serosa
• Sanguinolenta
• Purulenta
• Serossanguinolenta
• Biliosa
• Fecaloide
Anotação de enfermagem
❖ Anote o local do dreno
❖ Tipo de dreno
❖ Tipo de secreção drenada
❖ Volume de secreção drenada
❖ Tipo de coletor
De maneira geral, os cuidados de enfermagem são:
➢ Manter a permeabilidade, visando garantir uma drenagem eficiente.
➢ Realizar o adequado posicionamento do dreno, evitando que ocorra tração e 
posterior deslocamento.
➢ Realização do curativo conforme a necessidade e com o material 
determinado para a prevenção de infecções (de acordo com o protocolo da 
Instituição).
➢ Atenção na manipulação do dreno, observando como se encontra a fixação, 
para mantê-la sem riscos de tração.
➢ Desprezar o líquido ou a secreção drenada com EPI.
➢ Controlar a drenagem, atentando para a quantidade e aspecto da secreção 
drenada.
➢ Registrar corretamente todos esses dados.
Curativos
É um cuidado de enfermagem dispensado a uma área do corpo que sofreu uma 
lesão, utilizando-se de materiais que são colocados diretamente sobre a lesão.
Kawamoto (2011) afirma que para seleção e aplicação do curativo é necessário 
completa avaliação da ferida quanto a:
# Localização anatômica, tamanho e profundidade;
# Tipos de tecidos presentes na lesão
(granulação, epitelização, esfacelo, desvitalização
e necrose);
# Bordas, pele e exsudato (quantidade, aspecto e odor).
Tipos:
Aberto: utilizado em feridas sem infecção, permanecendo aberto após o 
tratamento. Ex.: ferida operatória limpa após 24 horas do ato cirúrgico.
Semi-oclusivo: comumente utilizados em feridas cirúrgicas. Absorvem e isolam o 
exsudato, permitem exposição da ferida ao ar.
Oclusivo: tem como finalidade vedar e impedir a perda de fluidos, bem como 
proporcionar isolamento térmico.
Compressivo: reduzem o fluxo sanguíneo e promovem hemostasia. A próxima as 
bordas da ferida.
Características de um bom curativo
--- Proteger a ferida contra traumas mecânicos.
--- Evitar a contaminação de feridas limpas.
--- Manter o nível de umidade entre a ferida e o curativo, quando indicado – a 
umidade mantida de forma adequada contribui para um rápido restabelecimento 
da epiderme e diminui a dor.
--- Absorver ou drenar o exsudato – a presença de exsudatos pode retardar o 
crescimento celular e prolongar a fase inflamatória, prejudicando a formação de 
tecido de granulação.
--- Impermeável à água, a outros fluidos e bactérias.
--- Comprimir, sustentar ou imobilizar.
--- Permitir as trocas gasosas.
--- Ser de fácil aplicação e remoção sem traumas.
--- Promover desbridamento.
--- Promover hemostasia.
--- Facilitar e promover a cicatrização.
--- Aliviar a dor.
--- Promover conforto físico e psicológico ao paciente.
--- Proporcionar condições favoráveis às atividades de vida diária do paciente.
Atenção na realização dos curativos!
a. Estar atento para a data de esterilização dos materiais utilizados.
b. Curativos úmidos não são indicados em locais de inserção de cateteres, 
drenos e sondas.
c. Abrir o material no momento do uso.
d. Na ausência de pinça dente de rato, o curativo pode ser removido com luva 
de procedimento.
e. Na ausência de pinça, o curativo pode ser realizado com luva estéril.
f. Não falar ou tossir sobre o material estéril.
g. Caso haja mais de uma ferida, iniciar a limpeza pela ferida menos 
contaminada.
h. A gaze utilizada deve ser movimentada em sentido único, da área menos 
contaminada para mais contaminada.
i. Nunca desprezar o material sujo do curativo no lixo do quarto do paciente.
j. Orientar o paciente para não tocar a ferida com as mãos durante o 
procedimento.
l. As pinças devem estar voltadas para baixo, para não haver risco de 
contaminação de sua extremidade superior.
m. No final do procedimento, identificar o curativo com nome, data e horário.
n. Se a ferida não estiver infectada, a pele ao redor é considerada mais 
contaminada que a ferida operatória.
Dados importantes do curativo para anotação de enfermagem
- Local da lesão (localização anatômica) e sua dimensão.
- Data e horário.
- Estágio da ferida (úlcera por pressão).
- Sinais e sintomas observados (presença de secreção, coloração, odor, 
quantidade, etc.).
- Tipo de tecido (epitelização, granulação, necrose).
- Relatar necessidade de desbridamento.
- Tipo de curativo (oclusivo, aberto, compressivo, presença de dreno, etc.).
- Material prescrito e utilizado.
- Relatar o nível de dor do paciente ao procedimento, a fim de avaliar 
necessidade de analgesia prévia.
- Nome completo e Coren do responsável pelo procedimento.
Drenagem de tórax
Revisando o sistema respiratório
O tórax consiste em três compartimentos: o mediastino, a cavidade pleural direita e 
a cavidade pleural esquerda.
As membranas pleurais circundam os pulmões e revestem a parede torácica. A 
pleura parietal (aderida as estruturas da parede do tórax) reveste a parede torácica 
e a pleura visceral (aderida ao tecido pulmonar) apõe-se ao parênquima pulmonar.
Uma camada fina do líquido seroso no pequeno espaço entre as duas pleuras 
permite que as pleuras parietal e visceral deslizem uma sobre a outra durante a 
inspiração e expiração.
A pressão dentro do espaço pleural é chamada de pressão intrapleural e é 
normalmente menor que as pressões dentro do pulmão. É essa pressão negativa 
que mantém os pulmões insuflados. Se o espaço intrapleural perde a pressão 
negativa, o pulmão colaba, uma condição conhecida como pneumotórax. Também 
pode haver acúmulo de líquido.
Por que instalar o dreno de tórax?
A drenagem torácica reestabelece a pressão negativa pulmonar, remove ar ou 
líquidos do espaço pleural, permite a expansão pulmonar e impede que o refluxo 
do material drenado volte ao tórax.
Para reestabelecer a pressão negativa intrapleural é necessário um selo para o 
dreno torácico (sistema de drenagem subaquática) que impeça a entrada de ar 
vindo de fora.
Existem vários tipos de sistemas de drenagem (uma, duas ou três câmaras).
Sistema de câmara única – frasco com uma tampa vedada que tem duas aberturas. Uma para a 
saída de ar; a outra permite a passagem de um tubo que se estende quase até o fundo do 
frasco. Água estéril é colocada no frasco até que a ponta do tubo rígido esteja submersa 2cm. 
Isso cria uma vedação aquática fechando o sistema de ar externo.
Quando indicar o dreno de tórax?
A drenagem torácica está indicada quando há perda da pressão negativa no espaço 
intratorácico e, consequentemente, perda da função pulmonar. Essa situação pode 
ocorrer devido a presença de ar ou fluído na cavidade pleural, resultando em 
colapso parcial ou total do pulmão.
1. Pneumotórax – coleção de ar no espaço pleural causada por presença de doença 
pulmonar, ventilação mecânica, ferida de punção penetrante, tumores, ruptura de 
vesículas, broncoaspiração de compostos químicos tóxicos
2. Hemotórax – coleção de sangue no espaço pleural causada por traumatismos 
torácicos, neoplasias, rupturas pleurais, anticoagulação excessiva, pós-cirurgia 
torácica, biópsia pulmonar aberta.
3. Empiema – coleção de pus na cavidade pleural causada por infecções, 
pneumonias recorrentes.
4. Hidrotórax – coleção de líquido seroso na cavidade pleural causada por 
insuficiência cardíaca congestiva, cirrose hepática, neoplasias, complicações da 
diálise peritoneal, lúpus eritematoso,artrite reumatoide, tuberculose.
Materiais necessários para o procedimento
• Dreno torácico flexível e estéril
• Água estéril
• Luvas estéreis
• Campos cirúrgicos
• Avental, máscara e gorro
• Lidocaína 1% sem vasoconstritor
• Seringa de 20 e de 10 ml
• Agulha 40×12 e 30×7
• Sistema de drenagem torácica – frasco e extensão
• Caixa de pequena cirurgia
• Instrumental e materiais para curativo
• Fio de nylon 3.0
• Solução antisséptica
Complicações
--- Hemorragias - lesão de vasos intercostais, sangramento no local de inserção 
do dreno
--- Lesão do nervo intercostal
--- Laceração ou punção de vísceras sólidas, ex.: pulmão, fígado
--- Obstrução do dreno de tórax
--- Enfisema subcutâneo
--- Ausência de drenagem e flutuação de ar no sistema
--- Ausência de borbulhamento no frasco - quando o último orifício do dreno não 
se encontra totalmente no espaço pleural ou por mau posicionamento no selo 
d’água
--- Infecções: empiema, pneumonia
Critérios para a retirada do dreno
✓ Um dia após a cessação de saída de ar – 24 horas sem borbulhar
✓ Radiografia de tórax com pulmão totalmente expandido
✓ Volume da drenagem entre 50 a 100 ml em 24h
✓ Drenagem de aspecto claro
✓ 1 a 3 dias após cirurgia cardíaca
✓ 2 a 6 dias após cirurgia torácica
Cuidados de enfermagem com o dreno:
▪ Observar se a extremidade interna da tampa está imersa em água esterilizada 
ou solução fisiológica;
▪ O tubo curto é deixado aberto para a atmosfera (respiro);
▪ Marcar o nível original do líquido com esparadrapo na parte externa do 
frasco;
▪ Manter o frasco em nível mais baixo em relação ao tórax;
▪ Pedir ao paciente para manter o corpo alinhado e inspirar profundamente 
com frequência;
▪ Trocar os frascos de drenagem diariamente com técnica asséptica;
▪ Sempre que imobilizar o paciente ou trocar os frascos, é imprescindível que a 
extensão esteja pinçada.
TORACOCENTESE
Toracocentese é um procedimento médico de acesso à cavidade pleural por punção, 
com a finalidade de diagnosticar, tratar ou resolver o derrame pleural pela remoção 
do acúmulo anormal do líquido ali presente.
Para realizá-la a coleção líquida deve ser bem localizada por meio de um exame 
físico cuidadoso, percussão dos espaços intercostais, radiografias do tórax em várias 
projeções e ultrassonografia.
Onde realizar o procedimento?
A toracocentese pode ser realizada em regime ambulatorial, mas muitas vezes o 
paciente encontra-se hospitalizado em razão da enfermidade causal do derrame.
Objetivos do procedimento:
✓ Retirar líquidos
✓ Coletar amostra para análise
✓ Aliviar a dispneia.
Como posicionar o paciente para o exame?
Se possível, ele deve estar sentado, levemente inclinado para frente e apoiado 
numa almofada, de modo a expor a região a ser puncionada.
Qual área deve ser puncionada?
Essa área pode variar de posição, mas geralmente se localiza no espaço entre a 
sexta e a sétima costelas. Ela deve ser limpa com uma solução iodada e devem 
ser colocados campos estéreis de modo a delimitar o local a ser puncionado.
O médico aplicará uma anestesia local, progredindo da superfície para as 
camadas mais profundas da parede torácica. Depois, fará penetrar na cavidade 
pleural, por entre as costelas, um cateter adequado para esse fim, que pode 
permanecer no local por certo tempo, se necessário. Uma vez atingido esse 
espaço, deverá aspirar levemente o líquido contido no local. 
A colocação da agulha e do cateter pode ser guiada pela ultrassonografia. 
Quando se quiser fazer também uma biópsia pleural, utiliza-se uma agulha 
especial para coleta de uma amostra de tecido.
Agulha de Cope
O procedimento é simples e demora cerca de 30 minutos ou um pouco mais. 
Após o exame deverá ser feita uma radiografia de tórax para certificar-se de que 
o líquido tenha sido drenado na quantidade desejada e que não haja 
um pneumotórax. Analgésicos podem ser usados, em caso de dores.
Existem contraindicações?
Não existem contraindicações absolutas para a realização da toracocentese, mas 
ela exige cuidados especiais naqueles pacientes com infecções da parede 
torácica, com alterações da coagulação sanguínea, em pacientes que tenham 
feito cirurgia torácica prévia que tenha deixado aderências pleurais ou naqueles 
que estejam sendo ventilados por pressão positiva.
Quais são as complicações?
Pneumotórax, hemotórax, edema pulmonar, laceração de vasos intercostais, 
sangramentos na parede torácica e formação de hematoma. Contudo, a 
complicação mais temida e mais difícil de ser tratada é a fístula broncopleural.
Assistência de enfermagem
I. Antes:
- Informar corretamente o paciente acerca do exame, dando ênfase as vantagens do 
mesmo;
- Tranquilizar o paciente e pedir a sua colaboração no sentido de permanecer imóvel 
durante a punção;
- Avaliar inicialmente os sinais vitais e função respiratória;
- Se necessário isolar o paciente com biombos;
- Manter ambiente aquecido e não despir demasiado o paciente;
- Ter junto ao paciente todo material necessário, prontuário e exames;
- Ajudar a colocá-lo na posição correta e expor a zona de punção.
II. Durante:
- Colaborar com o médico na anestesia, na punção, na coleta de líquido para análises e 
adaptação do sistema de drenagem;
- Ajudar o paciente a manter-se na posição correta;
- Observar as fácies do paciente, o pulso, a respiração e as queixas apresentadas.
Obs.: Não devem ser extraídos mais de 1500ml de liquido da pleura, num período de 
30 min - risco de desvio de liquido intravascular, com consequente edema pulmonar.
III. Após:
- Observar e registrar as características do conteúdo drenado;
- Realizar curativo seco e oclusivo;
- Posicionar o paciente para o lado não afetado;
- Observar possíveis complicações;
- Acondicionar e identificar as amostras recolhidas e enviá-las para o laboratório;
- Solicitar RX após procedimento;
- Manter a unidade organizada.
Diálise
É um procedimento empregado para remoção de líquidos e dos produtos de 
degradação urêmicos do corpo quando os rins são incapazes de fazê-lo.
A diálise pode ser realizada através de dois procedimentos:
Hemodiálise
Diálise peritoneal
Hemodiálise – é o método de diálise mais comumente empregado. É usada para pacientes que 
estão agudamente doentes e que necessitam de diálise por curto prazo (dias a semanas), bem 
como para pacientes com DRET (doença renal em estágio terminal), que necessitam de terapia 
em longo prazo ou permanente.
A máquina
Como funciona?
Basicamente, na hemodiálise a máquina recebe o sangue do paciente por um acesso vascular, 
que pode ser um cateter (tubo) ou uma fístula arteriovenosa, e depois é impulsionado por 
uma bomba até o filtro de diálise (dialisador).
No dialisador o sangue é exposto à solução de diálise (dialisato) através de uma membrana 
semipermeável que retira o líquido e as toxinas em excesso e devolve o sangue limpo para o 
paciente pelo acesso vascular.
Gráfico da Hemodiálise
Sessões: A média de duração de cada sessão de hemodiálise é em torno de 4 horas, 
geralmente 3 vezes por semana. No intervalo entre as sessões, o paciente pode exercer 
suas funções normais de trabalho (se não estiver internado e não apresentar 
complicações).
Vias de acesso para o procedimento:
Cateteres de subclávia, jugular interna e femoral --- é inserido um cateter de luz dupla ou 
de múltiplas luzes. Embora não seja isento de riscos (ex.: hematoma, pneumotórax, 
infecção, trombose da veia subclávia, fluxo inadequado), esse método pode ser utilizado 
por várias semanas.
Fístula arteriovenosa --- é um acesso mais permanente, criado por meios cirúrgicos 
(usualmente no antebraço) ao se unir (anastomosar) uma artéria em uma veia. A fístula leva de 
4a 6 semanas para amadurecer, antes de estar pronta para uso. Isso proporciona tempo para a 
cicatrização e para que o segmento venoso da fístula se dilate para acomodar duas agulhas de 
grosso calibre (14 ou 16). O paciente é encorajado a realizar exercícios para aumentar o 
tamanho desses vasos (como apertar uma bola de borracha para as fístulas do antebraço) e, 
portanto, para acomodar as agulhas empregadas na hemodiálise.
Assistência de enfermagem
I. Antes da sessão:
Verificar sinais vitais e peso do paciente.
Orientar para esvaziar a bexiga e medir a diurese.
Verificar quais são os medicamentos usados pelo paciente.
Administrar medicação prescrita.
II. Durante a sessão:
Administrar medicação prescrita.
Ficar atento para presença de sangramento.
Observar e relatar a presença de tremores, sonolência, náuseas, vômitos, 
tonturas e cãibras musculares.
III. Após a sessão:
Fazer curativo compressivo na região da fístula.
Verificar sinais vitais e peso do paciente. Não aferir PA no membro da fístula.
Administrar medicação prescrita.
Orientar o paciente a não pegar peso com o braço do acesso venoso.
Limpar e desinfetar o aparelho dialisador.
Diálise peritoneal – método no qual se utiliza a cavidade peritoneal (membrana 
que envolve os órgãos abdominais), que atua como filtro do sangue, removendo 
o excesso de água e de toxinas do corpo.
A colocação do cateter é realizada, preferencialmente no centro cirúrgico, para 
manter a assepsia cirúrgica e minimizar o risco de contaminação. A pele é 
preparada com antisséptico local para reduzir as bactérias cutâneas e os riscos 
de contaminação e infecção. O médico anestesia o local com um anestésico 
local, antes de fazer uma pequena incisão ou punção na parte inferior do 
abdome, próximo ao umbigo.
Através do cateter, infunde-se, na cavidade peritoneal, a solução de diálise, que 
permanece na cavidade peritoneal durante 4 a 6 horas. Após tal tempo de 
permanência, a solução é drenada e substituída por uma nova solução. Repete-
se o procedimento 3 a 5 vezes por dia, dependendo da indicação.
Tipos de diálise peritoneal
Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua (DPAC): realizada diariamente e de forma 
manual pelo paciente e/ou familiar. Geralmente 4 trocas ao dia (manhã, almoço, tarde, 
noite), sendo que o tempo de troca leva aproximadamente 30 minutos. No período 
entre as trocas, o paciente fica livre das bolsas.
Diálise Peritoneal Automatizada (DPA): realizada todos os dias, normalmente à noite, 
em casa, utilizando uma pequena máquina cicladora, que infunde e drena o líquido, 
fazendo as trocas do líquido. Antes de dormir, o paciente conecta-se à máquina, que faz 
as trocas automaticamente de acordo com a prescrição médica.
A drenagem é realizada conectando a linha de saída a um ralo sanitário e/ou recipiente 
rígido para grandes volumes. Durante o dia, se necessário, podem ser programadas 
“trocas manuais”.

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