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Instituto de Educação Integrada Albert Einstein Curso Técnico em Enfermagem Disciplina: UTI / Aluna: Vanessa Engracio 05 1. Oxigenoterapia Introdução: A oxigenoterapia consiste na administração de oxigênio acima da concentração do gás ambiental normal, com o objetivo de manter a oxigenação tecidual adequada, corrigindo a hipoxemia e, consequentemente, promover a diminuição da carga de trabalho cardiopulmonar através da elevação dos níveis alveolar e sanguíneo de oxigênio. Manifestações Clínicas de Hipoxemia: Leve a Moderada Grave Taquipnéia/Dispnéia Taquipnéia/Dispnéia Taquicardia Cianose Ocrodermia Taquicardia/bradicardia Arritmias Agitação Sonolência Desorientação Confusão mental/tempo de reação lenta Cefaleia Hipertensão e hipotensão eventual Hipertenção Leve Perda da coordenação Vasoconstricção Periférica Baqueteamento Coma Ventilação Mecânica: É um aparelho que intermitentemente insufla as vias respiratórias com volumes de ar e melhora as trocas gasosas, diminuição do trabalho respiratório, aumenta os níveis de oxigenação, diminui a hipercapnia e a acidose respiratória. As duas formas são: Ventilação Mecânica não Invasiva (VMNI) e Ventilação Mecânica Invasiva (VMI). VMNI: A ventilação não invasiva consiste em um suporte ventilatório com utilização de pressão positiva empregado em pacientes que não estejam fazendo uso de qualquer tipo de via aérea artificiais. Modalidades: Bolsa auto-inflável (Ambu) Mascarás faciais (Venturi) Tenta facial de O2 Cateter nasal simples ou tipo óculos Indicação da VMNI: Insuficiência respiratória, alterações na caixa torácica, doenças neuromusculares, agudização e pós extubação. Contra indicação: auto-risco de aspiração e instabilidade hemodinâmicas e arritimias. Contra indicação Absoluta: traumatismo facial absoluto Cuidados na VMNI: Organizar o material de acordo com o método de administração de Oxigenação (O2), Verificar o umidificador, troca diária da agua ou de acordo com o CICH. Observar possíveis complicações, realizar troca de cateteres e mascaras. VMI: Método Artificial de ventilar o paciente: Tubo Orotraqueal (TOT) – tubo semirrígido, colocado através da cavidade oral (posicionado na bifurcação) para ventilar os pulmões. Desvantagens: Desconforto ao paciente por causa do corpo estranho. Seu uso prolongado pode causar estenose, risco de extubação acidental, seu mau posicionamento pode causar lesões, impede o fechamento da glote e causa afonia por uns dias. Obs.: Seu tempo máximo de duração é de 10dias, Superior pode ocorrer lesões. Colar de traqueostomia (Tubo T) – fornece O2 e umidade diretamente a traqueia. (Melhora o aspecto do Paciente). VANTAGENS: Uso prolongado da ventilação mecânica, transpiração de forma eficácia, elimina o desconforto causado pela TOT, higiene oral adequada. OBS: Modalidades de VMI Varia de acordo com oxigenação de cada paciente (diminuída ou aumentada). TOT= Com ou Sem Cuff. CUFF (vital)= teste Diametros: c/ ou s/ cuff: 2.0, 2.5, 3.0 [...] 10 Mandril (fio guia) Laringoscópio, lâminas curvas, retas, adultos e pediátricos. TRAQUEO: Diametros: c/ ou s/ cuff. Cuff vital= teste 2.5, 3.0, 3.5 [...] 10 CUIDADOS ESPECIAIS NA VM: nível de consciência, angústia do paciente, coloração da epiderme ou mucosas, distensão da veia jugular, expansão torácica, SSVV, PVC pan.- PA media/ PVC hidratado ou encharcado, pressão venosa central, sinais de hipoxemia, cianose, bradicardia e hipertensão. 2. Noções Básicas em UTI Acesso Venoso Periférico (AVP): procedimento realizado pela colocação de um dispositivo Vantagem: fácil inserção reduz os riscos de complicações Desvantagens: maior risco de perda de acesso vascular, troca rotineira. (Jelcos/Scalps) Riscos: Flebite e extravasamentos PICC - O cateter venoso central de inserção periférica de longa permanência: indicado para pacientes em uso de terapia intravenosa com drogas vasoativas, nutrição parenteral prolongada, antibioticoterapia e infusões hipertônicas entre outras (PACIENTES OCONLOGICOS) Indicações: manter o acesso venoso por tempo prolongado. Administrações de soluções hiperosmolares (aminas vasoativas, NTP) e soluções vesicantes e irritantes (quimioterápicos) Vantagens: Fácil instalação, múltiplas infusões, manutenção da rede venosa periférica e menor risco de infecção. Acesso Venoso Central (AVC) ou acesso venoso periférico (AVP): Veias: Subclávia, Jugular interna, femoral (maior de calibre). Indicações: inviabilidade de punção periférica, hidratação venosa, nutrição parenteral. Complicações: Pneumotórax, Hemotórax, embolias gasosa, arritmias, punção arterial. PAM – Pressão Arterial Media: Punção de Linha Arterial. É a pressão média durante todo um ciclo do pulso de pressão. Indicações: emergências hipertensivas, infusão de drogas vasoativas, cirurgia de grande porte, hipertensão intracraniana choque instabilidade hemodinâmica. PCR – Parada cardiorrespiratória: Adrenalina- aumento de força e da concentração cardíaca. Atropina- aumento da frequência cardíaca. Lidocaína- antiarrítmica Bicarbonato- corrige a acidose Carrinho de PCR: Gavetas com lacres, anotar o uso de materiais e medicamentos utilizados, facilita o acesso dos médicos. Gavetas: 1ª - Medicamentos Vasoativos 2ª - Material para punção 3ª - Soluções, soros variados. 4ª - kits intubação diversas Pressão Venosa Central (PVC): método que verifica a estimação do enchimento do ventrículo ao final da diástole. Trata-se de uma medida hemodinâmica frequente na UTI. Técnico avalia os parâmetros – equipamentos ou de forma manual Conceito: é a medida da pressão média do átrio direito (AD) e a pressão final diastólica do ventrículo direito (VD), uma vez que durante a diástole, a válvula tricúspide esta aberta tornando VD e o AD liga em uma única câmara de forma grosseira. Finalidade: Avaliar de forma indiretamente a função do sistema Cardiopulmonar. Fornecer informações sobre os seguintes parâmetros: - Volume Sanguíneo, Eficácia da bomba cardíaca, tônus vascular. Indicações: Lesão pulmonar ou Síndrome da dificuldade respiratória no adulto (SDRA), Insuficiência renal crônica, choque séptico, Cirurgia de grande porte (ex. transplantes) Contraindicações: Obstrução da Veia cava superior (não tem como verificar a PVC), trombose venosa profunda em membros superiores, queimaduras (desidratação), infecções ou limitação anatômica no local do acesso em nível de veia cava. Vias de acesso: - Braquial, Subclávia, Jugular. Procedimento: coluna d’agua Proporciona o valor da PVC do paciente Transdutor de pressão (mmHg) Manual (cm H2O) Régua com solução salina. Obs.: A zeragem da linha de PVC é feita alinhando a linha média axilar. Parâmetros normais: Transdutor = 2-8 mmHg Manual = 3-11 cm H2O Material do procedimento PVC: Parâmetros e a montagem da bandeja é função do técnico. -Equipo de PVC -Fita métrica -Fita adesiva -Régua de nível (caso não tenha, pegue algo de superfície lisa e uma ampola de 10ml, fixa no meio para encontrar o equilíbrio) -Suporte de Soro -Frasco de SF 0,9% - 500ml - Luvas de procedimento e estéril (1 Par de cada) -Gases, torneirinha de 3vias e bandeja. Descrição da técnica/ Sistematização/ Sequencias e Cuidados: 1 Lavagem das mãos 2 Separara bandeja para o procedimento 3 Fazer a desinfecção da bandeja -Forma unidirecional> 3x /secagem natural (espontânea) -Com gaze embebida em álcool a 70% 4 Higienizar as mãos com álcool 5 Separar o material 6 Touca máscara, luva (EPIs) 7 Se apresentar ao paciente e explicar o procedimento 8 Checar os dados do paciente 9 Preparo do ambiente (privacidade do paciente, utilizar o biombo se necessário) 10 Posicionar o paciente em decúbito dorsal total, de maneira confortável. Pós- Procedimento: (sempre anotar os procedimentos) 1 Retornar o paciente a forma (posição) anterior 2 Manter a organização da unidade do paciente 3 Retirar as luvas, guardar o material ñ utilizado (local de origem) 4 Lavagem das mãos 5 Anotação de enfermagem (assinatura e carimbo) Obs1.: cuidados especiais: Pacientes dispneicos, manter a cabeceira em 45º. Alterações na PVC é indicação mais útil. Obs2.: o equipo de PVC devem ser trocados a cada 24h. Manter o registro do controle hídrico a cada 24h. Manter a técnica asséptica (sempre com luvas estéreis) manuseio e equipo (conexões) (Drenos: definido como objeto de forma variada, mantém a saída de ar, sague, fluidos da cavidade para o exterior/ cateter de hemodiálise- tubo em forma de “Y” / Fístulas= conexão de uma artéria e veia) 3. Balanço Hídrico: Monitorização de líquidos infundidos em eliminados por um paciente em um determinado período de tempo (24h- total / 6h parcial). GANHO- balanço retenção de líquidos PERDA- balanço perdas de líquidos. Método verificado através da “Folha de Balança” #Objetivo- realizar o controle rigoroso sobre as infusões e eliminações para a avaliação clínica do paciente (entrada e saída de líquidos no organismo) Eliminação: êmese, vesico intestinais, evacuações excessivas, drenagens, secreções etc. Ganho: Dietas por sonda e ostomias. -Ingesta: água, suco, chás, sopas etc. -medicamentos medicações diluídas, hemoderivados, soros, NPP etc. Ex1: Cliente recebeu 1000ml entre dieta e medicações, e eliminou 500ml entre diurese e drenagens. 1000ml – 500ml = 500ml Balanço (positivo) Ex2: Cliente recebeu 1.900ml entre dieta e medicamentos e eliminou 2.150ml entre diurese e drenagens. 1900ml – 2.150ml = -250ml Balanço (negativo) 4. Hemoterapia- É o emprego terapêutico do sangue que pode ser transfundidos com seus componentes (hemocomponentes) e derivados (hemoderivados) Obs.: Todo produto hemoterápico deve ser transfundido em equipo com filtro. (pode haver presença de coágulos) Hemocomponentes: Concentrado de Hemácias (90/120min/UN) obs.: superior pode ocorre coagulação Plasma fresco: (30/60min/UN) Concentrado de Plaquetas: (30/60min/UM) Crioprecipitado: (hemofilia) fator 8 da coagulação) Hemoderivados: Através da hidrolização do Plasma: Albumina (proteína) Imuniglobinas e fatores da coagulação (fator 8 da coagulação) CUIDADOS: - A requisição hemoterapia deve ser preenchida de forma mais completa possível prescrita e assinada por médico e está registrado no prontuário do paciente. - Nem uma transfusão deve exceder período de infusão mais de 4h, por causa dos riscos de coagulação. Quando o período é ultrapassado deve ser interrompida e descartada. - Não deve ser adicionada nem um fluido ou drogas ao procedo hemoterapico a ser infundido Hemácias podem ser transfundidas em acesso venoso compartilhado (apenas por cloreto de sódio 0,9% SF) OBS.: Em casos de hipertermia (febre) se faz necessário controlar a temperatura antes de realizar o procedimento. Antigamente era contra indicado por causa de Hemofilia. REAÇÃO TRANSFUCIONAL: Toda e qualquer intercorrências que ocorra na consequência da transfusão sanguínea, durante ou após a sua administração. Sinais e sintomas: Febre c/ ou s/ calafrios Dor no local da infusão Dores abdominais ou torácicas Mal estar Alteração dos sinais vitais (hipertensão/hipotensão) Dispneia, Taquipnéia, bradipneia, hipóxia, sibilos. Alterações cutâneas: Prurido, edema (localizada ou generalizada) Náuseas c/ ou s/ êmese Interromper a transfusão e comunicar o médico responsável. - Montar o acesso venoso com SF. - Verificar os sinais vitais e o estado cardiorrespiratório. – Realizar as anotações de enfermagem. – Identificar o interruptor. –Manter equipo e bolsa intactos e encaminha-los para o serviço de hemoterapia. OBS1.: as amostras devem ser colhidas preferencialmente de outro acesso e não o qual foi utilizado para a transfusão. 2. Em casos de reação verificar urticaria/ urticariforme ou sobre carca circulatória, não é necessário a coleta de amostras Bons Estudos!
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