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Teoria Marxistas das classes sociais

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Unopar – Universidade do Norte do Paraná
Carla Geovana Fornel
Criminologia
Teoria Marxista e as classes sociais
Arapongas 
2014
Carla Geovana Fornel
Criminologia:
Teoria Marxista e as classes sociais
Trabalho extracurricular referente ao curso de Direito apresentado a Universidade do Norte do Paraná – Unopar.
Professor: Rogério dos Santos
Arapongas
2014
Introdução
Karl Marx foi o primeiro sociólogo a desenvolver uma teoria das classes sociais.		Marx faz da relação de propriedade a relação social determinante que opõe, no modo de produção capitalista, os proprietários dos meios de produção e os proletários detentores unicamente da sua força de trabalho.									A classe social é definida como o conjunto dos agentes sociais colocados nas mesmas condições no processo de produção e que têm afinidades ideológicas e políticas.			  Para Marx, a luta econômica deveria transformar-se em luta política e numa revolução social que provocasse o afundamento do modo de produção capitalista e o desaparecimento das classes.										A divisão da sociedade em classes é consequência dos diferentes papéis que os grupos sociais têm no processo de produção. É do papel ocupado por cada classe que depende o nível de fortuna e rendimento, o gênero de vida e numerosas características culturais das diferentes classes. As classes caracterizam-se pela ideologia de classe – conjunto de traços culturais, englobando doutrinas, crenças, princípios morais, ideais, etc.				  Uma classe social só existe plenamente quando toma consciência da sua existência através da luta, alguns casos para manter os privilégios, outros para destruir a dominação que sobre ela se exerce. A luta de classe é, assim, um elemento essencial da sua afirmação e tomada de consciência.										  A classe social representa uma divisão efetiva da sociedade, e não meramente metodológica, que implica lutar contra a classe antagônica.					“A história de toda a sociedade até hoje é a história da luta de classes.” (Marx)
 
Conteúdo
As relações de produção regulam tanto a distribuição dos meios de produção e dos produtos quanto a apropriação dessa distribuição e do trabalho. Elas expressam as formas sociais de organização voltadas para a produção. Os fatores decorrentes dessas relações resultam em uma divisão no interior das sociedades.						Por ter uma finalidade em si mesmo, o processo produtivo aliena o trabalhador, já que é somente para produzir que ele existe. Em razão da divisão social do trabalho e dos meios, a sociedade se extrema entre possuidores e os não detentores dos meios de produção. Surgem, então, a classe dominante e a classe dominada (ou seja, a dos trabalhadores). O Estado aparece para representar os interesses da classe dominante e cria, para isso, inúmeros aparatos para manter a estrutura da produção. Esses aparatos são nomeados por Marx de infraestrutura e condicionam o desenvolvimento de ideologias e normas reguladoras, sejam elas políticas, religiosas, culturais ou econômicas, para assegurar os interesses dos proprietários dos meios de produção.							Percebendo que mesmo a revolução burguesa não conseguiu abolir as contradições entre as classes, Marx observou que ao substituir as antigas condições de exploração do trabalhador por novas, o sistema capitalista de produção em seu desenvolvimento ainda guarda contradições internas que permitem criar condições objetivas para a transformação social. Contudo, cabe somente ao proletariado, na tomada de consciência de classe, sair do papel de mero determinismo histórico e passar a ser agente dessa transformação social.		As contradições são expressas no aumento da massa de despossuídos, que sofrem com os males da humanidade, tais como a pobreza, doenças, fome e desnutrição, e o atraso tecnológico em contraste com o grande acúmulo de bens e riquezas em grandes centros financeiros e industriais. É só por meio de um processo revolucionário que os proletários de todo o mundo, segundo Marx, poderiam eliminar as condições de apropriação e concentração dos meios de produção existentes. Acabando a propriedade desses meios, desapareceria a burguesia e instalar-se-ia, transitoriamente, uma ditadura do proletariado até que se realizem as condições de uma forma de organização social comunista.					Sabemos que esse ideal inspirou a Revolução Russa de 1917, com a criação da URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), que foi a primeira tentativa de um governo dos trabalhadores tendo em vista a construção da sociedade comunista. No entanto, os fracassos dessa experiência ainda nos permitem pensar no papel da propriedade privada no interior da sociedade. Se ela provoca as desigualdades, mas também a sua forma de uso coletivo não se mostrou adequada, como pensar, nos dias de hoje, a relação entre política e economia? Ainda que não haja respostas contundentes sobre esse assunto, parece ser o desafio do nosso tempo enxergar as contradições do sistema e buscar, de modo adequado, tomar consciência de que a transformação exige a participação de todos. 						Assim, parece inquestionável o papel de Marx para os pensadores de nossos dias. Ainda que a solução encontrada por esse autor tenha ganhado concretude (fiel ou não a ele), é importante retomar sua crítica ao sistema visando sanar as contradições que estão evidenciadas em nosso cotidiano.
Conclusão
Com relação à sociedade de produção, o individuo devera cumprir uma posição no âmbito social, associada aos bens, ou de modo superior, as possibilidades que possuirá para determinados produtos, viagens, locais que frequenta, entre outros tipos de distinção que se pode fazer para determinar a posição de classe.							A condição econômica de cada classe irá determinar a vida social dos indivíduos que a ela pertencem, na medida, por exemplo, em que as classes menos favorecidas, se encontram privadas de determinados bens, mercadorias, cuidados com saúde, entre outros fatores que os condicionam, muitas vezes a viver a margem dos mercados de consumo. Portanto, pertencer a uma ou outra classe, significa estar condicionado a determinados gostos sociais, estar limitado ou não por sua condição econômica de frequentar determinados meios, a ter oportunidades ou não de estudar, o que é definitivo para a posição que ocupará no mercado de trabalho. Enfim, a posição de classe influencia a vida social dos indivíduos. 
Referências
CABRAL, João Francisco. As classes sociais no pensamento de Karl Marx. Disponível em: < http://www.brasilescola.com/filosofia/as-classes-sociais-no-pensamento-karl-marx.htm > . Acesso em : 02 de abril, 2014.
ESCOLA SECUNDARIA DE ALBERTO SAMPAIO. Classe Social segundo Karl Marx. Disponível em < http://www.esas.pt/dfa/sociologia/classesocial.htm>. Acesso em: 02 de abril, 2014.
CARVALHO DE OLIVIERA, TALITA. Teoria Marxistas das classes. Disponivel em <http://pt.scribd.com/doc/202784332/Teoria-Marxista-Das-Classes>. Acesso em: 02 de abril, 2014.

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