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UNIVERSIDADE PAULISTA APS Artes

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UNIVERSIDADE PAULISTA
PROJETO ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – 3º PERÍODO
“OLHARES E LEITURAS CONTEXTUALIZADAS EM ESPAÇOS CULTURAIS”
Adrielle Damasceno N181877
Andressa Rodrigues da Silva N1696A2
Bianca de Paula Bernardes N1566C4
Luana de Jesus Araújo Santos D383469
Vanessa brandão de Oliveira D38DGJ2
São Paulo – SP
Chácara Santo Antônio
2018
1. INTRODUÇÃO
	Na década de 1940, a Cia. Imobiliária Morumbi efetivou o loteamento de suas últimas glebas. Fazia parte deste loteamento a antiga casa de da fazenda e, em sua proximidade, uma edificação em ruínas de taipa de pilão.
São várias as interpretações históricas atribuídas a estas ruínas: ora como sendo uma capela consagrada a São Sebastião dos Escravos, ora como capela acompanhada de sepulturas destinada aos proprietários da fazenda. Outros estudiosos acreditam ainda que tenham sido apenas ruínas de um paiol. A ausência de documentação mais detalhada não permite afirmar com segurança qual dessas hipóteses é a mais correta. 
Visando atrair compradores e valorizar ainda mais os terrenos, a Cia. Imobiliária Morumbi contratou o escritório do arquiteto Gregori Warchavchik para fazer a reconstrução das ruínas de taipa de pilão. Interpretando-as como remanescentes de uma antiga capela, Warchavchik completou a edificação com alvenaria de tijolos. Convidou a pintora Lúcia Suane que, em afresco, representou a cena do batismo de Cristo e os anjos com fisionomias de índios, nas paredes do batistério.
A Capela do Morumbi ficou fechada até por volta de 1975 e continuou sendo propriedade da Cia. Imobiliária Morumbi. Nesta época, a empresa transferiu para o município parte dos terrenos remanescentes do loteamento que havia feito e junto com eles a Capela. A partir de então, o imóvel passou à responsabilidade direta do Departamento do Patrimônio Histórico como bem arquitetônico e cultural, sob os cuidados da recém-criada Secretaria Municipal de Cultura.
Em 1979 o imóvel foi submetido a obras de revitalização e adaptação, quando foram construídos os sanitários e a copa. Sua nave central foi convertida em sala de espetáculos para a realização de atividades culturais de pequeno porte. Foi aberta à visitação pública em 25 de janeiro de 1980. Durante essa década, a Capela do Morumbi abrigou atividades culturais, tais como: exposições fotográficas, concertos musicais e exposições de artes plásticas. Desde 1991 este espaço é destinado a exposições de arte contemporânea, privilegiando seu uso como espaço para a realização de instalações artísticas.
2. TEMA
“ OLHARES E LEITURAS CONTEXTUALIZADAS EM ESPAÇOS CULTURAIS. ”
3. DESENVOLVIMENTO 
A Capela do Morumbi é um bem arquitetônico e cultural que pertence à Prefeitura do Município de São Paulo, que fica na Avenida Morumbi 5387 – São Paulo, no horário de terça a domingo, das 9h às 17h, no dia 29/04/2018 formos visitar ás 9:15h. Está distribuída em vários espaços da cidade 14 casas, 5 zonas da cidade. 
A Capela é administrada pelo Departamento do Patrimônio Histórico (DPH) da Secretaria Municipal de Cultura e faz parte do Museu da Cidade de São Paulo, que tem o intuito de preservar a memória das técnicas construtivas dos séculos passados.
A capela foi construída em 1950 sobre ruínas de taipa de pilão, que foram complementadas com alvenaria de tijolos, segundo projeto do arquiteto Gregori Warchavchik. A revitalização da capela foi iniciada em 1979, com a ideia de ser uma igreja, mas acabou se tornando uma “capela” para realização de atividades culturais.
As visitas ao local são acompanhadas por um guia, em grupos de até 20 pessoas. As obras de lá ficam apenas 5 meses no local e depois elas são trocadas por outras obras ou destruídas. As ruínas da capela são de grande relevância para a referência histórica de uma prática religiosa comum na cidade de São Paulo, no tempo em que as propriedades rurais, distantes dos centros urbanos, precisavam suprir as necessidades de cultos e devoção religiosa de seus moradores. 
No dia da visita a Capela estava com uma grande obra chamada “DOMO”, feito de ferro, madeira, tela de metal e argila 430 cm x 100 cm. A obra foi montada dentro do espaço (Capela) em Fevereiro de 2018 por ser grande e não conseguir entrar pela entrada da Capela, e demorou 3 semanas para ser construída. Feito pelo artista Vanderlei, curadoria Douglas de Freitas, assistência Alfredo Tignani, Leopoldo Ponce, Lorenzo Dario Gonzalez Ramirez, Luciano de Jesus Ramos, Samuel Ruiz Almedo e o engenheiro Ary Perez. E ficaria no espaço até maio de 2018 e depois seria destruída. Existe 12 passos para a construção da obra;
A palavra DOMO tem origem no latim dômus, onde designa habitação, mas a própria palavra em latim tem um passado mais distante. Sua origem vem do latim medieval, da expressão domus episcopi, que significa casa do bispo ou catedral. Na arquitetura os domos são o remate dos edifícios que, internamente, produzem as cúpulas. DOMO também é o nome da instalação que o artista Vanderlei Lopes projetou para ocupar a Capela do Morumbi. A peça encravada na nave da Capela é análoga a um DOMO ideal renascentista de escala real, executado em 12 parte iguais de barro, totalizando quatro metros de diâmetro por quase dez de comprimento.
O DOMO de Vanderlei Lopes está caído. O tombo da peça, para além de explicitar um tempo fora de eixo, menciona também a própria condição de artefato arqueológico, de objeto de valor cultural para a humanidade a ser preservado, como própria Capela do Morumbi, tombada como patrimônio histórico. O tombo do DOMO traz o céu para a terra, converte a cúpula divina em buraco obscuro.
A ideia de tríade permeia o trabalho, não só pela religiosidade imposta à obra pela própria arquitetura mesmo não consagrada, a arquitetura da Capela atribui simbolismo ao espaço, mas também pelos adornos presentes no DOMO, e pela disjunção dos tempos ali presentes.
O trabalho de Vanderlei Lopes constantemente coloca em cheque a tradição cultural, intelectual e artística. Os procedimentos usados, bem como as formas e definições dos projetos tomam como questão a tradição estabelecida, seja no âmbito da arte, da cultura, do mercado, ou da própria vida.
O tombo segue além da questão patrimonial e da queda física do DOMO. Aponta também para a falência de certas ideologia e valores, como os do renascimento que deram origem ao DOMO, entre tantos outros que todos os dias se apresentam e que rapidamente se depreciam e se tornam ruina, muitas vezes antes de se consolidar, ou até mesmo existir.
Em contado direto com a Capela do Morumbi o caráter arquitetônico do DOMO se explicita. Na entrada, logo se vê o encaixe da base, em 12 estruturas de madeira, que rodeiam a cúpula agora convertida em buraco. Entre as fraturas da superfície de barro, é possível notar linhas estruturais internas e, adentrando a capela, até encontrar a ponta da torre, se vê os adornos desenhados e torres da face exterior. Sua superfície, de coloração semelhante à da taipa da Capela, aplica leveza ao DOMO, e quase que o camufla nas paredes em um movimento dúbio de pertencimento e estranhamento.
Da entrada nos vemos, tragados pelo buraco que a cúpula criou na queda. Visível apenas em projeto já que sua situação no espaço não permite olhar de grandes distancias, cúpula e torre tombadas têm forma de nervo ótico. De fora do espaço se vê espaço dentro do DOMO, e de dentro da Capela se vê o exterior dele. 
DOMO foi construído como experimento de observação. Não que ele mesmo não tenha valor como resultado final, mas seu objetivo não está somente no objeto, e sim na experiência do construir. É construir como desenho, ou melhor, construir como rascunho, como esboço. 
Se a escultura tem caráter projetual, os projetos dela se tornam escultura. No batistério, apêndice da nave central da Capela, Venderlei apresenta desenhos em anotações de observação e processo de construção do DOMO. Esses desenhos de formatos diversos estão agora fundidos em bronze, convertidos em permanência. São eles o que sobram doDOMO. 
O número 12 que aparece emaranhado nesse projeto simboliza em diversas culturas e religiões a perfeição. A perfeição aqui tem um valor quase mítico; não é pelo bem feito ou bem acabado, mas sim por certa aura que o caminhar por esses 12 passos constrói na obra, e que se faz ver nela mesmo. O DOMO de Vanderlei Lopes pressupõe mais um último passo, uma possível conversão em bronze que o transmutaria em luminosidade por dentro e resistência por fora... deixando assim de ser projeto e estudo para se converter, como em um milagre, em constância e permanência. 
4. CONCLUSÃO
Nosso grupo concluiu que é necessário valorizarmos a arte em espaços culturais e as obras, descobrimos que cada obra realizada tem um significado do autor com a obra, eles querem expressar o que está sentindo ou até mesmo expressar a realidade vivenciada.
A arte é uma das melhores maneiras do ser humano expressar seus sentimentos e emoções. Ela pode estar representada de diversas maneiras, através da pintura plástica, escultura, cinema, teatro, dança, música, arquitetura, dentre outros. 
A cultura envolve um conjunto multidimensional e diversificado de fatores que nos permitem compreender seu específico contexto espacial e temporal. As crenças, os valores, as tradições, os costumes, a linguagem, a comunicação, a organização social, a ciência e a tecnologia e a arte nas suas mais variadas formas de expressão, constituem um amplo acervo de manifestações culturais.
A história do museu e do espaço é muito interessante pois, antes de ser a Capela estava construindo uma igreja católica só que não terminaram e com isso outras pessoas deram continuidade a construção fazendo a Capela. No caso do DOMO, ele está caído no chão quebrado e o autor está querendo mostrar que a igreja ou até o regente dela não está seguindo as normas, por isso o DOMO está caído. 
Iremos levar pra nossa vida que toda a obra tem um significado que o autor que nos passar.
REFERÊNCIAS 
Portal História das Artes. Disponível em: <https://www.historiadasartes.com/sala-dos-professores/capela-do-morumbi-museu-da-cidade-de-sao-paulo/>. Acesso em 09 de maio de 2018.
12 Passos para a Construção do DOMO. Douglas de Freitas. Disponível em: <www.museudacidade.sp.gov.br> Acesso em 09 de maio de 2018.
Portal museu da cidade. Disponível em: <http://www.museudacidade.sp.gov.br/capeladomorumbi.php>. Acesso em 09 de maio de 2018.

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