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Questionário DIREITO CIVIL 4 SEM. Transmissão das Obrigações

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Disciplina: Direito Civil
Professor: Antônio Francisco Montanagna
Questionário: Transmissão das Obrigações
 
1-) A transmissão de obrigação é, a transferência a título oneroso ou gratuito, de um
direito, de um dever, de uma ação de fazer ou não fazer ou de uma multiplicidade de
direitos, deveres e bens, o adquirente denominado cessionário, passa a exercer posição
jurídica idêntica à do antecessor, denominado como cedente.
 
 
2-) A transmissibilidade possui 3 espécies:
a- Cessão de crédito, que se trata da transferência feita pelo credor a outrem de seus
direitos na relação obrigacional.
b-Cessão de débito, negócio jurídico pelo qual o devedor transfere a outrem sua posição
na relação jurídica, sem que haja novação da obrigação. Mais correto seria nomear essa
espécie como, Assunção de dívida, posto que o cessionário assume dívida que era do
cedente.
c- Cessão de contrato, em que se procede a transmissão, ao cessionário da inteira
posição contratual do cedente, como se sucede na transferência a terceiro, feita pelo
promitente comprador, por exemplo, de sua posição no compromisso de compra e venda
de imóvel loteado, sem a anuência do credor
 
 
3-) Cessão de crédito é negócio jurídico bilateral, pelo qual o credor transfere a outra
pessoa seus direitos na relação obrigacional. Tem natureza contratual.
 
 
4-) A cessão de crédito pode se dar de forma gratuita ou onerosa, preponderando a
alienação onerosa. Pode caracteriza-se, também, dação em pagamento, quando a
transferência é feita em pagamento de uma dívida.
 
 
5-) O credor que transfere seus direitos denomina-se cedente e o terceiro que assume a
posição do credor por meio da cessão é chamando de cessionário.
 
 
6-) O devedor ou cedido, não participa necessariamente da cessão, que pode ser
realizada sem a sua anuência. No entanto, deve ser, comunicado para que possa solver a
obrigação.
 
 
7-) O contrato de cessão é simplesmente consensual, pois torna-se perfeito e acaba com
o acordo de vontades entre cedentes e cessionário, não exige documento para se
concretizar. Salvo, em casos em que a natureza do título exija a solenidade.
 
 
8-) A cessão tem por objeto bem incorpóreo, distinguindo-se da alienação (compra e
venda) que tem por objeto bens corpóreos.
 
 
9-) A cessão de crédito se distingue da novação subjetiva ativa, porque nesta, além da
substituição do credor, ocorre a extinção da obrigação anterior, que é substituída por
novo crédito. Naquela, porém, subsiste o crédito primitivo.
 
 
10-) Não se confunde cessão de crédito com sub-rogação legal. O sub-rogado não pode
exercer os direitos e ações do credor além dos limites do seu reembolso, não tendo
caráter especulativo (CC, art. 350). A cessão de crédito, embora excepcionalmente
possa ser gratuito, em geral encerra o propósito de lucro.
 
 
11-) Cessão de contrato, abrange s transferência de todos os direitos e obrigações. A
cessão de crédito, ao contrário restringe-se exclusivamente à transferência de
determinados direitos.
 
 
12-) Em regra, todos os créditos podem ser cedidos, constem de título ou não, vencidos
ou por vencer, salvo se a isso se opuser, a natureza da obrigação, a lei, ou a convenção
com o devedor.
Há créditos que não podem ser objeto de cessão, como os direitos personalíssimos e os
direitos de família, que por sua natureza não podem ser cedidos (CC, art. 286).
 
 
13-) Sim, a cessão de créditos pode tanto ser total como parcial e abrange todos os
acessórios do crédito, com juros e os direitos a garantia (CC, art. 287)
 
 
14-) Há créditos que não podem ser objeto de cessão, como os direitos personalíssimos
e os direitos de família, que por sua natureza não podem ser cedidos. Ou seja, créditos
de caráter estritamente pessoal.
 
 
15-) Em virtude de lei, não pode haver cessão de direito de perempção ou preferência
(CC, art.520), do benefício da justiça gratuita, da indenização derivada de acidente no
trabalho, do direito à herança de pessoa viva (CC, art. 426), de créditos já penhorados
(CC, art. 298), direito de revogar doação por ingratidão do donatário (CC, art560), etc.
 
 
16-) A inacessibilidade do crédito por convenção das partes, deve constar em cláusula,
do instrumento da obrigação. (CC, art. 286)
 
 
17-) O cedente deve ser agente capaz e legitimado para praticar atos de alienação, por
conseguinte deve ser o titular do direito, para que dele possa dispor. O cessionário deve
ser pessoa com capacidade plena, para que tenha condição de assumir a posição do
cedente, além de eventual legitimidade especial que o ato venha a exigir.
 
 
18-) A cessão de crédito resulta, em regra, da declaração de vontade entre cedente e
cessionário. Diz-se que, nesse caso, ela é convencional e pode ser realizada a título
oneroso ou gratuito, sendo mais comum a primeira modalidade. Na cessão a título
oneroso o cedente garante a existência e a titularidade do crédito no momento da
transferência. Nas cessões a título gratuito só é responsável se houver procedido de má-
fé (CC, art. 295)15. A cessão de crédito voluntária pode ser também total ou parcial,
embora a lei não se refira diretamente, em nenhum dispositivo, à última espécie
 
19-) Exemplos de cessão legal: sub-rogação legal; cessão de acessórios; cessão ao
depositante; sub-rogação legal, no contrato de seguro, em favor da companhia
seguradora, que paga indenização decorrente de dano causado por terceiro (CC, art.
786)
 
20-) A cessão judicial quando a transmissão do crédito é determinada pelo juiz, como
sucede, por exemplo:
a) na adjudicação, aos credores de um acervo, de sua dívida ativa;
b) na prolação de sentença destinada a suprir declaração de cessão por parte de quem
era obrigado a fazê-la.
 
21-) Na cessão de credito pro soluto o cedente apenas garante a existência do crédito,
sem responder, todavia, pela solvência do devedor. E na cessão pro solvendo o cedente
obriga-se a pagar se o devedor cedido for insolvente. Nesta última modalidade,
portanto, o cedente assume o risco da insolvência do devedor.
 
22-) Explique a forma da cessão de crédito:
Não é cobrada na cessão convencional uma forma especial para valer entre as partes,
exceto se tiver por objeto direitos em que a escritura pública seja da substancia do ato,
caso em que a cessão efetuar- se- á também por escritura pública. Esta escritura deverá
ser utilizada na cessão de credito hipotecário ou de direitos hereditários.
Como discorre no artigo 288 do Código Civil, para valer contra terceiros, é exigido
“instrumento público, ou instrumento particular revestido das solenidades do § 1º do
artigo 654”. Algumas formalidades apenas são exigidas para a cessão valer contra
terceiros.
 
23-) Discorra sobre a notificação do devedor na cessão de crédito:
Esse recurso é uma medida destinada a preservação do cumprimento indevido da
obrigação, evitando- se os prejuízos que causaria, pois ele poderia pagar ao credor-
cedente, porém, o pagamento seria improfícuo.
A notificação ganha êxito quando se admite que o devedor pode impugnar a cessão e se
opor as exceções cabíveis no momento em que tenha conhecimento da operação. A
efetuação da notificação poderá ser feita tanto por interveniente, cessionário ou cedente,
e ainda de caráter judicial ou extrajudicial.
A sua divisibilidade também poderá ser expressa ou presumida. No caso da expressa é
quando o cedente toma a iniciativa de comunicar ao devedor que cedeu o credito a
determinada pessoa, podendo a comunicação partir igualmente do cessionário. Já a
presumida é a que resulta da espontânea declaração de ciência do devedor, em escrito
público ou particular.
 
24-) Comente a responsabilidade do cedente nos artigos 295 a 297 do Código Civil:
Baseado no art. 295 do CC, o cedente mesmo que não se responsabilize na cessão por
título oneroso, fica incumbido ao cessionário pela existência do crédito ao tempo ao
qual lhe cedeu. Sendo da mesmaforma em título gratuito, se procedido de má-fé.
O art. 296 do CC exprime que se comprovado que o cedente responde pela solvência do
devedor, sua responsabilidade limitar- se- á ao que recebeu do cessionário, com os
correspondentes juros, mais as despesas da cessão e as efetuadas com a cobrança.
Sobre o art. 297 do CC, podemos analisar o caso de quando se paga menos que o valor
nominal do débito, visando lucro, mas assumindo o risco do negócio.
 
25-) A convencionada responsabilidade pela solvência do devedor tem mais natureza
indenizatória do que satisfatória, não se garante ao cessionário a prestação a que ele
tinha direito ou respectivo equivalente, garante-se apenas a indenização do seu interesse
contratual negativo, no caso do devedor vim se declarar insolvente.
 
26-) Garantir a existência do crédito significa assegurar a titularidade ou consistência do
direito adquirido.
27-) Segundo o art. 295 do C.C " na cessão por título oneroso, o cedente, ainda que não
se responsabilize, fica responsável ao cessionário pela existência do crédito ao tempo
em que lhe cedeu; a mesma responsabilidade lhe cabe nas cessões por título gratuito, se
tiver procedido de má-fé. "
28-) Não, pois o objeto penhorado está como forma de garantia para um determinado
credor, deixando-o inacessível para ser cedido. 
29-) A assunção de dívida, também denominada cessão de débito, é uma forma de
transferência das obrigações a um terceiro, chamado de assuntor, e é considerado um
negócio jurídico bilateral, visto que, para ser realizada é necessária a anuência do
credor, para que o devedor transfira sua obrigação a outrem, fazendo com que a cessão
seja eficaz, não podendo ser realizada sem a dita anuência. Em outras palavras, é um
negócio jurídico pelo qual o devedor transfere sua posição na relação jurídica.
 
30-) Assuntor é o terceiro que assume uma dívida que não foi contraída por ele. O
assuntor obriga- se pela dívida.
 
31-) A assunção de dívida possui natureza contratual; é um negócio jurídico bilateral,
quer se faça somente entre credor e terceiro, quer se faça com a intervenção expressa do
devedor primitivo. Quanto à forma do negócio jurídico, se exigir forma especial, assim
deverá ser feito, caso contrário a forma é livre. Podem dela ser objeto dívidas presentes
e futuras, admitindo-se também condição. Os possíveis vícios são os dos negócios
jurídicos em geral. Trata-se de ato de aquisição e disposição, de tal forma que se deve
analisar a capacidade das partes e a legitimação no caso concreto.
Maria Helena Diniz aponte que são pressupostos da assunção: a) existência e validade
da obrigação transferida; b) substituição do devedor sem alteração na substância do
vínculo obrigacional; c) concordância expressa do credor e d) observância dos
requisitos atinentes aos atos negociais, por ser esta a sua natureza jurídica.
Depreende-se das características acima, que o objeto da assunção de dívida deve incidir
numa obrigação válida, podendo constituir-se sobre a dívida principal ou acessória, e
ainda sobre dívidas submetidas a condição, a termo ou até mesmo dívidas vindouras.
32-) A única exceção de aceitação tácita é a prevista no art. 303 do CPC, referente á
aquisição por terceiro de imóvel hipotecado, o novo devedor substitui o proprietário
anterior e caso o credor não se manifesta em 30 dias entender-se-á admitida a assunção
de dívida. Neste caso a recusa imotivada é considerada exercício abusivo da posição
jurídica, por ofensa dever de cooperação que decorre da boa-fé objetiva.
33-) Não é toda dívida que pode ou deve ser assumida por terceiro
Isso ocorre quando cessão de dívida ocorre se verifica na transmissão do passivo da
obrigação. A transmissão da dívida somente ocorre quando um terceiro, estranho a
transação original, recebe a obrigação com o dever de cumpri-la. A cessão de crédito é o
ato onde o credor transfere a terceiro seu direito de crédito contra o devedor, onde o
antigo credor toma o nome de cedente; o novo credor, o adquirente do crédito toma o
nome de cessionário; e o devedor passa a ser o cedido.
 
34-) A maior semelhança observada com cessão de débito é a promessa de liberação do
devedor, que se configura quando uma pessoa (promitente) se obriga perante o devedor
a desonerá-lo da obrigação, efetuando uma prestação em lugar dele. Porém, a no caso da
promessa de liberação esta deve ser efetuada perante o devedor, não tendo o credor
nenhum direito de exigir o seu cumprimento, enquanto na assunção de dívida a
obrigação é contraída perante o credor que adquire o direito de exigir do assuntor a
realização da prestação devida.
35-) Em ambas as situações ocorre a substituição do primitivo devedor por outra pessoa
no dever de cumprir a prestação a que o credor tem direito. A distinção teórica entre os
institutos consiste em que na novação subjetiva passiva a dívida anterior se extingue,
para ser substituída pela subsequente; enquanto que na assunção de dívida é a mesma
obrigação que subsiste, havendo mera alteração da pessoa do devedor. A consequência
primordial resultante dessa distinção, é que na novação, desaparecendo a dívida
anterior, perecem as garantias e acessórios do crédito assim novado.
36-) Tanto o fiador quanto o assuntor se obrigam perante o credor a realizar uma
prestação devida a outrem. Contudo, se distinguem pelo fato de a fiança constituir, em
regra, uma obrigação subsidiária, só respondendo este se o devedor não puder cumprir a
prestação prometida, diferentemente do assuntor que não é obrigado subsidiário, mas
sim o único obrigado, salvo no caso de assunção cumulativa, em que é um dos
obrigados, lado a lado com o devedor primitivo, respondendo solidariamente.
37-) Em ambas se pode estabelecer uma vantagem de ordem patrimonial para uma
pessoa estranha à convenção entre as partes. Todavia, nas estipulações em favor de
terceiro, o estipulante ou promissário cria a favor do terceiro beneficiário o direito a
uma nova prestação, mediante obrigação contraída pelo promitente. O caso da assunção
de dívida não é um benefício adquirido mediante a atribuição de um direito novo a uma
prestação, mas sim resulta imediatamente de sua exoneração da dívida.
38-) A assunção de dívida pode ocorrer de dois modos. Uma delas ocorre por acordo
entre o terceiro e o credor. Na falta de disposição legal, utiliza-se a nomenclatura
utilizada na doutrina estrangeira. A chamada expromissão do Código italiano é a forma
típica da assunção de dívida. Por ela um terceiro (expromitente) contrai perante o credor
a obrigação de liquidar o débito, a ideia é de o terceiro assumir espontaneamente o
débito de outra. A outra espécie trata da hipótese de delegação. Nesse caso a assunção
ocorrerá por acordo entre o terceiro e o devedor, onde este transfere àquela sua posição
de devedor, com a concordância do devedor. As partes podem se desejarem, continuar o
devedor primitivo responsável pela dívida, ocorrendo uma assunção imperfeita ou de
reforço, tratando-se da figura de um garante. A solidariedade somente existirá caso haja
manifestação expressa.
 
39-) A expromissão é o negócio jurídico pelo qual uma pessoa assume espontaneamente
a dívida de outra. São partes desse contrato: a pessoa que se compromete a pagar,
chamada expromitente; e o credor. O devedor originário não participa dessa estipulação
contratual. É o caso, por exemplo, do pai que assume a dívida do filho,
independentemente da anuência deste. Distingue-se da delegação por esse aspecto:
dispensa a intervenção do devedor originário.
O expromitente não assume a dívida por ordem ou autorização do devedor, como na
delegação, mas espontaneamente. Tal como a delegação, a expromissão pode ser
liberatória ou cumulativa. Será liberatória se houver integral sucessão no débito, pela
substituição do devedor na relação obrigacional pelo expromitente. Ficando exonerado
o devedor primitivo, exceto se o terceiro que assumiu sua dívida era insolventee o
credor o ignorava (CC, art. 299, segunda parte). Com efeito, ocorrendo a insolvência do
novo devedor, fica sem efeito a exoneração do antigo. Nada obsta, todavia, que as
partes, no exercício da liberdade de contratar, aceitem correr o risco e exonerem o
primitivo devedor, mesmo se o novo for insolvente à época da celebração do contrato.
A expromissão será cumulativa quando o expromitente ingressar na obrigação como
novo devedor, ao lado do devedor primitivo, passando a ser devedor solidário, mediante
declaração expressa nesse sentido (CC, art. 265), podendo o credor, nesse caso,
reclamar o pagamento de qualquer deles.
Configura-se a delegação como modo de assunção de dívida quando o devedor transfere
a terceiro, com o consentimento do credor, o débito com este contraído. O devedor
(delegante) transfere, delega o débito a terceiro (delegado), com o assentimento do
credor (delegatário). Como já mencionado, a delegação pode ser também liberatória ou
cumulativa, conforme o devedor originário permaneça ou não vinculado. É considerada
imperfeita quando não exclui totalmente a responsabilidade do primitivo devedor.
 
40-) A assunção de dívida produz os seguintes efeitos:
A-) Liberação do devedor primitivo, com subsistência do vínculo obrigacional, salvo se
o novo devedor, ao tempo da assunção era insolvente o e credor ignorava;
B-) Transferência do débito a terceiro, que se investirá na condicio debitoris;
C-) Cessação de privilégios e garantias pessoais do devedor primitivo, de modo que o
novo devedor não terá direito de evocar as exceções pessoais do antigo sujeito passivo;
D-) Sobrevivência das garantias reais (penhor, hipoteca), prestadas pelo devedor
originário, que acediam a dívida, com exceção das garantias especiais (aval, fiança) que
foram constituídas, em atenção à pessoa do devedor, por terceiro alheio a relação
obrigacional, a não ser que ele consinta na sua permanência;
E-) Anulação da substituição do devedor, acarretando a restauração da dívida, ou o
retorno das partes ao statu quo ante, com todas as suas garantias, salvo as prestadas por
terceiro, a não ser que ele tivesse ciência do vício que maculava a obrigação, pondo fim
à assunção.
F-) Possibilidade de o adquirente de imóvel hipotecado tomar a seu cargo o pagamento
de crédito garantido, se o credor notificado não impugnar em 30 dias a transferência do
débito, entender-se-á dado o seu assentimento.
 
 
41-) Cessão de contrato a negociação é feita pelo cedente e o cedido, onde se inicia o
contrato no que sucedera no conjunto de deveres e direito onde o cessionário se inserira
depois; cessão de contrato de posição contratual é considerada pelo ordenamento
jurídico como negócio jurídico atípico é a transferência de posição contratual de uma
das partes para um cessionário, um estranho a relação contratual inicial. 
 
42 -) Alienante se dá o nome de Cedente; adquirente de Cessionário e o devedor, que é
sujeito passivo da obrigação o nome de cedido.
 
43-) Explique a natureza jurídica da cessão de contrato.
A natureza jurídica da cessão do contrato é bilateral, celebrada por meio de contrato
(negócio jurídico), com objetivo a transmissão dos direitos de uma relação obrigacional.
 
 
44-) Quais as caraterísticas da cessão de posição contratual?
• ​vantagem prática permitindo que uma pessoa transfira a outra pessoa seus
créditos e débitos de uma obrigação, sem desfazer o primeiro negócio e sem ter de
convencê-lo a refazer o contrato com o terceiro interessado.
• ​concordância do cedido;
• ​natureza bilateral
• ​não se confunde com o contrato derivado ou subcontrato, porque neste o
contraente mantém a sua posição contratual, limitando-se a criar um novo contrato da
mesma natureza com terceiro;
• ​é diferente da sub-rogação legal do contrato, pois esta nasce da lei, sem
necessidade do consentimento do contraente cedido;
• se difere também da novação, pois enquanto nesta se dá ou a transmissão dos
direitos ou a transmissão das obrigações, na cessão do contrato ocorre a transferência
dos direitos e obrigações do cedente ao cessionário.
 
45-) A cessão consiste no contrato pelo qual há transferência de todos os direitos e
obrigações contratuais (da relação contratual), bem como dos seus demais elementos, de
uma parte contratante a um terceiro, com substituição do cedente (quem cede o
contrato) pelo cessionário (quem ingressa na relação contratual no lugar do cedente) e
com permanência das demais características do contrato original, inclusive do cedido
(parte que continua no contrato).
 
46-) A cessão do contrato implica transferência irrestrita ao cessionário da posição
contratual ocupada pelo cedente, operando-se a sub-rogação daquele em todos os
direitos e obrigações decorrentes do contrato original, bem como das ações correlatas,
salvo disposição em contrário.
 
47-) Na cessão de posição contratual, é inserida uma terceira pessoa estranha ao
contrato inicial, ingressando na relação jurídica em substituição a uma das partes, ou
seja, se denomina cessionária e os contratantes iniciais cedentes ou cedidos. É o negócio
mais amplo em relação as demais formas de transmissão das obrigações, essa cessão de
posição contratual é abrangente e engloba todos os ônus e bônus, os direitos e as
obrigações, os acessórios e garantias, que antes pertenciam ao contratante original.
Já na novação, extingue toda e qualquer obrigação anterior, restituindo uma nova
relação obrigacional entre os contraentes.
 
48-) Quanto aos efeitos do cedente frente ao cedido interessa-nos saber acerca da
liberação do cedente, frente ao contrato primitivo, após ser cedida sua posição.
Como regra, teremos a liberação total do cedente quanto ao contrato-base e a uma
possível inadimplência do cessionário. No entanto, se preferirem as partes, poderá ser
acordado, mediante cláusula escrita, que o cedente ficará responsabilizado por possível
inadimplência do cessionário. A responsabilidade do cedente pode ser maior ou menor,
dependendo do que as partes avençarem, podendo ser solidário quanto à totalidade ou
parcialmente ao cumprimento do contrato.
A não desoneração total do cedente em nada impede a celebração e validade do contrato
de cessão, havendo sim um negócio singular no qual o cedente assume posição diversa
da anterior.
 
49-) O principal efeito da cessão de posição contratual é a substituição da parte
originária pelo cessionário nos direitos e obrigações que lhe eram inerentes.
Em relação ao cedente e cessionário o efeito será de substituir a posição da parte. Em
regra, o cedente não responde pela solvência do devedor, porém, pela autonomia da
vontade, nada impede que isso seja acordado, caso em que haverá responsabilidade
solidária.
Se o cedente sabia da existência de vícios de nulidade ou mesmo da extinção da
obrigação e ainda assim opta por concretizar a cessão, responderá por perdas e danos
frente ao cessionário de boa-fé.
De outro lado, o cedente fica exonerado das obrigações do contrato, via de regra, pois
haverá a assunção das obrigações pelo cessionário
 
50-) Como efeito precípuo o cessionário toma o lugar do cedente nas suas obrigações e
direitos concernentes ao contrato-base.
O contrato em questão poderá ser cedido em trânsito, transferindo-se tão somente as
relações jurídicas ainda não exauridas. Pode, no entanto, caso expressamente seja
acordado pelas partes, que sejam transmitidas obrigações que já se encontrem vencidas.
A posição é transferida no estado em que se encontra na atual fase de execução do
contrato que é alvo da negociação de cessão.
Nos casos de contratos de execução instantânea, deve-se atentar para a intenção das
partes que estão transacionando, visto que tal intenção pode ser de transferir obrigações
já vencidas, uma vez que, a princípio, não há expectativa de surgimento de novas
obrigações concernentes ao contrato primitivo.
Nota-se que, como de costume no direito, o acessóriosegue o principal, sendo então
transmitidos os acessórios do contrato-base. Quanto às garantias fixadas, como o penhor
e a hipoteca, só serão válidas caso o cessionário as consinta expressamente frente ao
cedido.

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