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* Leptospira spp * TAXONOMIA Ordem: Spirochaetales: Treponema, Borrelia, Leptospira Gênero: Leptospira Família: Leptospiraceae Grupo Leptospira interrogans sensu lato - agrupa espécies patogênicas para diversas espécies animais inclusive o homem. Nesse grupo são classificados cerca de 230 sorovares em 23 sorogrupos. Grupo Leptospira biflexa sensu lato – agrupa espécies não patogênicas. * SOROVARES PATOGÊNICOS Mais encontrados: Icterohaemorrhagiae Canicola Pomona Grippothyphosa Bratislava Tarassovi Pyrogenes Copenhageni Autumnalis Hardjo Castellonis. * CARACTERÍSTICAS MORFO-TINTORIAIS Não se coram pelo Método de Gram Coloração especial: Impregnação pela prata. Apresentam de 6 - 9 micrometros de comprimento, formas finas, alongadas, helicoidais e móveis (filamento axial entre a camada de PG e a ME, responsável pela motilidade). * * VISUALIZAÇÃO Microscopia de contraste de fase; Microscopia de campo escuro; Microscopia eletrônica. * Microscopia de contraste de fase * Microscopia de campo escuro * Microscopia eletrônica * CARACTERÍSTICAS CULTURAIS Meio de Fletcher semi-sólido com 10% de soro de coelho; Meio de Stuart Meio líquido; Meio de Ellinghausen Meio líquido. * SENSIBILIDADE Bastante sensível a luz solar direta; Sensível aos desinfetantes comuns e anti-sépticos; O sorovar Icterohaemorrhagiae é inativado em 10 minutos à temperatura 56º C e em 10 segundos à 100º C; * VIABILIDADE Na água com pH ótimo (7,2 a 7,4) persistência de formas viáveis por até 180 dias; Sobrevivência ao frio por aproximadamente 100 dias a - 20º C; Em solo úmido com T ºC entre 10 e 36ºC e pH entre 6,8 e7,8 permanece viável por mais de 15 dias; Na urina alcalina dos herbívoros permanece viável por mais tempo que na urina ácida dos carnívoros. * EPIDEMIOLOGIA E TRANSMISSÃO Transmissão Direta: contato com sangue ou urina de animais doentes na pele lesionada e/ou mucosas, transmissão venérea, placentária. Transmissão Indireta: exposição de animais suscetíveis à água e/ou solo contaminados ou pela ingestão de alimentos contaminados. * EPIDEMIOLOGIA E TRANSMISSÃO Distribuicão Geográfica Países Tropicais Nº de animais infectados é maior que nº de animais doentes Nº de casos de morbidade é maior que nº de casos de morte * EPIDEMIOLOGIA E TRANSMISSÃO RESERVATÓRIOS PRIMÁRIOS L. Icterohaemorrhagiae Rattus norvergicus, Rattus rattus e Mus musculus; L. Canicola Cães; L. Pomona Suínos e Bovinos; L. Grippothyphosa Animais Selvagens; L. Hardjo Bovinos; L. Bratislava Suínos. * * PATOGENIA Penetração ativa em mucosas e pele íntegra ou lesionada; Multiplicação em órgãos parenquimatosos: sangue, linfa e líquor. Levando ao quadro agudo da doença (Leptospiremia). Permanência do agente nos TC renais. Eliminados pela urina de forma intermitente (Leptospirúria). Ocorre desde 72 h após infecção até semanas ou meses nos animais domésticos e por toda a vida nos roedores. * PATOGENIA Diminuição da Perfusão Renal – Lesões em celúlas do epitelio tubular. Disfunção hepática – ação tóxica - (Esfingomielinase C). Icterícia: mais comum quando é o sorovar icterohaemorrhagiae. * * MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Bovinos, Ovinos e Caprinos Anemia hemolítica, febre alta, agalaxia, aborto. Suínos Problemas reprodutivos, leitões com meningite, febre e icterícia. Equinos Oftalmia periódica. Cães Febre, Vômitos, desidratação, gastroenterite hemorrágica, glossite, melena, estomatite, icterícia, halitose * * EPIDEMIOLOGIA : SAÚDE PÚBLICA FATORES CLIMÁTICOS - temperatura e umidade - precipitação pluviométrica - saneamente básico ATIVIDADES PROFISSIONAIS - trabalhadores em redes de esgoto - lavradores e criadores de animais - magarefes (especialmente de suínos) - veterinários e auxiliares - mineiros de ouro e carvão - escavadores de túneis e lixeiros ATIVIDADES ESPORTIVAS - natação, remo, pesca * * Ocorrência de leptospirose e ocupação profissional OCUPAÇÃO ICTEROHAEMORRAGHIAE HARDJO CANICOLA agricultores 42,7% 79,3% 3,2% magarefes 1,7% 4,0% 0,0% veterinários 1,7% 0,0% 0,0% mineiros/carvoeiros 0,8% 0,0% 0,0% trabalhadores em esgotos 3,4% 0,0% 0,0% trabalhadores em água 1,7% 0,0% 0,0% pescadores 2,6% 0,0% 0,0% pessoal das forças armadas 0,8% 0,7% 0,0% esportes aquáticos 38,5% 2,7% 0,0% contato ou mordida de rato 21,4% 0,0% 6,4% contato com cães 0,0% 0,0% 35,5% variados ou não estabelecidos 35,9% 11,3% 54,8% FONTE : WAITKINS, S.A. Review of Zoonotic Aspects of Leptospirosis. In : ELLIS, W.A. & LITTLE, T.W.A. The Present State of Leptospirosis Diagnosis and Control. Martinus Nijhoff Publishers, p.235-41, 1986. * DIAGNÓSTICO CLÍNICO - suspeita - espécie envolvida X manifestações LABORATORIAL - leucograma: Leucocitose por neutrofilia com desvio a esquerda - urinálise : Baixa densidade, glicosúria, proteinúria, bilirrubinúria, cilindrúria, hematúria e piúria. - Bioquímica: Níveis aumentados de Uréia, Creatinina, FA, ALT, Bilirrubina - campo escuro - do sangue na primeira semana - da urina após a primeira semana - isolamento - Fletcher : limitações - hamster, cobaia e ovo embrionado - sorológico - soroaglutinação microscópica - soroaglutinação macroscopica * Técnica de PCR * * TRATAMENTO É baseado na reposição hidro-eletrolítica, energéticos e antimicrobianos. Casos severos é indicada a transfusão. * TRATAMENTO ANTIMICROBIANOS FASE LEPTOSPIREMIA: Penicilina G 25.000 a 40.000 U / kg IM, SC, IV BID por 2 semanas. Ampicilina 22 mg/kg PO, SC, IV TID/QID por 2 semanas. Amoxilina 22 mg/kg PO BID/TID por 2 semanas. ANTIMICROBIANOS FASE LEPTOSPIRÚRIA: Doxicilina 5 mg / kg BID por 2 semanas * PROFILAXIA - CONTROLE FATORES DIFICULTADORES - multiplicidade de variantes antigênicas - resistência às condições ambientais - elevado número de hospedeiros e interação entre eles CONTROLE DE ROEDORES - anti-ratização - desratização - limpeza de córregos, terrenos e galerias (saneamento básico) CONTROLE DE DOENTES E PORTADORES - internação (cães) CONTROLE DOS SUSCEPTÍVEIS - animais : vacinações - homem : utilização de luvas e botas
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