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Faculdade de Direito de Itu – FADITU Curso de graduação em Direito Professor Marcelo Rodrigues Disciplina de Metodologia Científica Gabriel Henrique Mendes de Lima (R.A: 0120190046) 1º DIURNO – DIREITO FICHAMENTO Livro: Direito e Realidade: desafios para o ensino jurídico. In: Ensino do direito em debate: reflexões a partir do 1º Seminário Ensino Jurídico e Formação Docente. Autores: ALMEIDA, Frederico de; SOUZA, André Lucas Delgado; CAMARGO, Sarah Bria de. Organizadores: José Garcez Ghirardi e Maria Feferbaum. Pesquisadores: Andrea Cristina Zanetti e Bruna Romano Pretzel. Editora: São Paulo: Direito GV 04/2013. (Série pesquisa Direito GV).p. 19-32 (Capítulo I). Tema: Direito Palavra-Chave: Direito, ensino, dogmática e zetética e profissionais. Estrutura: Reflexões teóricas sobre o ensino do Direito 1. Direito e realidade: desafios para o ensino jurídico - 19 Frederico de Almeida, André Lucas Delgado e Sarah Bria de Camargo. 1.1. Introdução - 19 1.2. A Dogmática e a zetética – 19 1.3. Teoria e prática jurídica – 23 1.4. Instituições de ensino, professores e alunos – 26 1.5. Considerações finais – 28 1.6. Notas – 29 1.7. Referências – 31 Capítulo I – p. 19- 34 (Direito e Realidade para o ensino Jurídico). 1.2 A zetética se distingui a dogmática pois exerce a função especulativa explicita e infinita. Nos âmbitos da Sociologia, Antropologia, História, Filosofia e Ciência Política etc. “(...) Essas disciplinas servem não só para informar os juristas, mas, principalmente, para formá-los. Por sua vez, “(...) As ciências dogmáticas preocupam-se com a resolução de problemas práticos e não, fundamentalmente, com a obtenção de um conhecimento verdadeiro sobre seu objeto. Seu objetivo, portanto, não é filosófico ou meramente científico, mas concreto: converter as normas existentes (decisões que já foram tomadas) em uma nova norma.” (p.20). 1.3 O autor evidencia a defasagem do ensino jurídico, e a superficialidade da aprendizagem. “(...) Muitos conteúdos são dados de maneira superficial e poucos conteúdos são aprofundados, fazendo com que os alunos interessados em aprofundamento em determinada área busquem suprir essa carência inserindo-se cada vez mais precocemente em estágios profissionais”. O autor defende uma maior flexibilização da grade curricular dentro das instituições, para que os estudantes possam se atualizar e se especializar dentro da própria graduação.”(...) Embora as Diretrizes impostas pelo Conselho Nacional de Educação digam que o estágio supervisionado deva ser realizado preferencialmente na instituição de ensino, e apenas subsidiariamente por meio de convênios com escritórios de advocacia e órgãos públicos (art. 7°, § 1,º da Resolução nº 9/2004), muitos cursos jurídicos ainda se valem da opção subsidiária como sua principal estratégia de “ensino” da prática jurídica”.(p.23-24-25) 1.4 - 1.5 O autor critica a atual forma de ensino nas universidades, onde para os discentes as aulas expositivas e a leitura acrítica são suficientes para formar um conhecimento, não levando em consideração a diversidade e barreiras de aprendizagem. “(...) Também é importante lembrar o fato de que em uma sala de aula há pessoas com maiores e menores dificuldades de aprendizado, dada a cumulatividade de barreiras ao conhecimento experimentadas pelos estudantes em fases anteriores de sua vida escolar. Isso não permite que os docentes explorem os conteúdos em todas as suas complexidades, tornando-os, muitas vezes, insuficientes para o aluno com grande apetite de conhecimento, ou inacessíveis para o aluno com maiores dificuldades.” Ainda levanta a importância do curso do Direito motivar e desafiar os estudantes, sempre sendo transparente e garantir que nem sempre o estudante será atendido em suas expectativas. “(...) O curso de Direito deve estimular o aluno a sair da zona de conforto de dependência de ideias preconcebidas pelo docente, porque, quando ele termina a graduação e ingressa no mercado de trabalho, precisa caminhar com autonomia e,se não tiver desenvolvido essa habilidade anteriormente torna-se um profissional obsoleto”. (p.26-27-28) Considerações Finais: O artigo explicou com veemência como é desafiador o ensino jurídico no país. Muitas vezes acaba sendo frágil e até mesmo superficial, onde alunos e docentes não conseguem se comunicar com precisão. Existem muitas lacunas a serem preenchidas, e tópicos a serem repensados, sempre visando o aprendizado e a formação de bons profissionais. Os autores defendem que apenas aulas teóricas e estudos jurisprudenciais não são o bastante na capacitação de novos profissionais, é preciso ir além, e buscar outras fontes de ensino e formas de repassar conhecimento. “(...) Simulações de audiências e outras rotinas profissionais dos mais variados ramos do Direito, em que houvesse uma rotatividade dos alunos nos papéis – isto é, aquele que fosse advogado em uma audiência, seria o juiz ou uma das partes em outra, para ter contato com as diversas realidades dos integrantes do processo”. (p.24). Além de buscar parcerias com órgãos competentes, afim de garantir estágios e processos de aprendizados que fujam um pouco da sala de aula e contato de professores e alunos, buscando desafiar o estudante e estimulando desde a graduação o seu aprendizado prático. “(...) E, juntamente com isso, ter a possibilidade de visitas monitoradas a Fóruns, Cartórios e Tribunais, além de empresas e escritórios, para que o aluno pudesse aproveitar a prática desses órgãos em seu aprendizado.” (p.24). Nesse contexto os autores evidenciam que o estudante só se adapta ao meio jurídico quando ele é inserido no mesmo. “(...)Por isso, o desafio de aproximar o ensino do Direito da realidade deve, por fim, considerar as expectativas e os perfis diferenciados dos estudantes, para que, minimamente nivelados em seus conhecimentos básicos e cientes de que o ensino e o aprendizado do Direito não se esgotam na leitura de manuais e em aulas expositivas, possam ser protagonistas de um aprendizado que conecte o Direito com sua própria realidade.
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