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BACTERIOLOGIA VETERINÁRIA Aulas práticas Monitora: Luana Monique BIOSSEGURANÇA É a condição de segurança alcançada por um conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, reduzir ou eliminar os fatores de risco inerentes às atividades que possam comprometer a saúde humana, animal e vegetal, o meio ambiente e a qualidade do trabalho realizado. Agentes de risco Biológico Químico Físico Psicossociais Acidentes Ergonômicos CLASSIFICAÇÃO DE RISCO DOS AGENTES •Risco individual e para comunidade baixo/ausente; •Baixa probabilidade de propagação para humanos e animais.CR 1 •Risco individual moderado e para comunidade baixo; •Podem provocar infecções, mas tem medidas terapêuticas e profiláticas e baixa propagação. CR 2 •Risco individual e alto e da comunidade limitado; •Pode provocar infecções graves no homem e animais ( indivíduo-indivíduo), mas tem medidas terapêuticas e profiláticas. CR 3 •Risco individual e da comunidade é alto; •Podendo infectar o homem e animais, tem alta propagação e não tem medidas terapêuticas e profiláticas. CR 4 NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA DOS LABORATÓRIOS •Laboratórios de ensino básico que manipulam agentes CR1; •Não necessita de desenho, apenas planejamento espacial e funcional.NB1 •Laboratórios clínicos e hospitalares primários que manipulam agentes CR2; •Necessário uso de EPI’s e CSB, desenho e organização do laboratório.NB2 •Para manipulação de agentes CR3 e altas concentração de CR2; •Uso de EPI’s e CSB,desenho, controle rígido quanto inspeção e manutenção das instalações e técnicos qualificados. NB3 •Laboratório de contenção máxima que manipula agentes CR4; •Requer os equipamentos de 1,2 e 3 ,barreiras de contenção e procedimentos especiais de segurança.NB4 BARREIRAS DE CONTENÇÃO Barreiras primárias: Todo dispositivo ou produto, de uso individual/coletivo utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. Barreiras secundárias: Desenho e estrutura física dos laboratórios EPI’S EPC’S EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVA EPI’S Óculos Luva Jaleco Sapatos EPC’S Cabines de segurança biológica (CSB) Lava-olhos Chuveiro de descontaminação Extintores BOAS PRÁTICAS DE LABORATÓRIO Sistema da qualidade relativo à organização e às condições sob as quais os estudos em laboratório e no campo são planejados, realizados, monitorados, registrados, relatados e arquivados. 1. Evite colocar as mãos na boca, olhos, etc; 2. Não é permitido abrir ou cheirar recipientes contendo culturas; 3. Não pode comer e/ou beber; 4. Não permita que outra pessoa distraia sua atenção. 5. Proteger cortes ou ferimentos; 6. Descontaminar as superfícies de trabalho antes e após o uso; 7. Higienização simples e antisséptica das mãos antes e após a prática laboratorial. PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO - POP É um documento que expressa o planejamento do trabalho com vistas a padronizar e minimizar a ocorrência de desvios na execução das atividades e assim garantir aos usuários serviços ou produtos livres de variações indesejáveis, independentemente de quem as realize 1. Identificação e armazenamento de meios de cultura e reagentes; 2. Transporte de material; 3. Sinalização de risco; 4. Descontaminação de resíduos; 5. Descarte de material perfurocortante; 6. Controle de pragas; 7. Não trabalhar no mesmo horário que o pessoal da limpeza; MATERIAL DE USO NO LABORATÓRIO DE BACTERIOLOGIA Proveta Pipeta Pasteur Para medição de volumes Pipeta Graduada Pipeta volumétrica Micropipetas MATERIAL DE USO NO LABORATÓRIO DE BACTERIOLOGIA Para observação microscópica Lâminas Lâminas escavadas Lâmina de contagem MATERIAL DE USO NO LABORATÓRIO DE BACTERIOLOGIA Para manutenção dos microrganismos vivos em meios de cultura Tubos de ensaio Placas de Petri Garrafa de Roux MATERIAL DE USO NO LABORATÓRIO DE BACTERIOLOGIA Para o preparo de meios de cultura, estocagem de reagentes Erlenmeyer Balão Volumétrico Becker MATERIAL DE USO NO LABORATÓRIO DE BACTERIOLOGIA Para esterilização por filtração Bico de Bunsen Filtro de cápsula Membrana Filtrante (Milipore) MÉTODOS DE ESTERELIZAÇÃO 1. Esterelização: Eliminação total dos microrganismos de um determinado material ou ambiente. 2. Desinfecção: Redução do número de microrganismos, principalmente patogênicos, presente em um material inanimado (não garante a eliminação de todos os mcgs, nem endosporos). 3. Antissepsia: Redução do número de microrganismos, principalmente patogênicos,presente em um tecido vivo. 4. Assepsia: Conjunto de procedimentos necessários para impedir que um microrganismo penetre num local que não o contenha. MÉTODOS DE ESTERELIZAÇÃO Métodos físicos Mecanismo de ação Calor úmido Autoclave Desnaturação de proteínas Tindilização Pasteurização Calor Seco Flambagem Queima dos contaminantes até se tornarem cinzas Forno Prasteur Oxidação Radiação Ionizante Destruição de DNA Não ionizante Lesão ao DNA Filtração Separação das bactérias do líquido de suspensão Frio Refrigeração Redução de reações químicas e possíveis alterações nas proteínas Congelamento Dessecação Liofilização Interrupção do metabolismo Exposição ao aquecimento Pressão osmótica Plasmólise MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO QUÍMICOS COLETA DE AMOSTRAS Etapa fundamental para qualidade do exame microbiológico. Consequências de uma amostra mal coletada: -Fracasso no isolamento; -Terapia incorreta e danosa. Sempre que possível, obter amostras antes da administração de antimicrobianos; Estabelecer o momento ótimo para a coleta de acordo com o estágio da doença; Material deve ser coletado do local com maior probabilidade de isolamento; Uso de dispositivos, recipientes e meios de cultura apropriados e esterilizados; Quantidade suficiente; Amostras devidamente identificadas CONSERVAÇÃO E TRANSPORTE DA AMOSTRA Manter a amostra o mais próximo possível de seu estado original; Uso de meios de transporte (Exs.: stuart, cary-blair, tioglicolato de sódio); Biossegurança ( EPI’S e EPC’S) Encaminhar o mais breve possível; Comunicação com o laboratório. REQUISIÇÃO: pontos importantes no preenchimento do formulário 1. Identificação do proprietário; 2. Localização da propriedade; 3. Identificação animal suspeito: -Espécie, raça, sexo e idade -Dados clínicos (anamnese, características da lesão) 4. Dados da amostra: finalidade do exame, data e horário da coleta 5. Informações complementares TIPOS DE AMOSTRA Feridas superficiais: possui etiologia variada, realizar antissepsia da margem da ferida com iodopovidona 10% (PVPI), álcool 70%. Lesões exsudativas: coletar pus do abscesso, através de punção com seringa estéril (fechado) ou com a ajuda de um swab estéril se estiver drenado. Meio conservante (tioglicolato de sódio ou BHI). Secreção auricular: Remover o excesso de cerúmen, realizar a coleta com swab. Secreção ocular: Limpeza de secreção , retirar a amostra da porção interna da pálpebra inferior. Sistema respiratório: coletar secreções, coletar com swab estéril. Meios de transportetioglicolato de sódio, BHI ou Cary Blair. Coletar órgão acometido e linfonodo regional (LR),retirando uma parte lesionada. Utilizar tesoura, lâmina de bisturi e pinça estéril e um frasco para o transporte. Alimentos: Ração comercial, grãos, forragens frescas, concentrados e suplementos. IMPORTANTE NA SAÚDE PÚBLICA TIPOS DE AMOSTRA Leite: Coletar 5 - 20 mL de cada teta (identificação). Importante realizar a antissepsia dos tetos e das mãos do ordenhador. Fezes: Coleta deve ser feita direta do reto ou da porção central do bolo fecal logo após a sua eliminação. Em caso de necropsia fragmento de alça intestinal com conteúdo fecal (20 g de fezes por animal). Utilizar coletor universal estéril. Urina: os métodos de coleta são cistocentese, cateterização, micção induzida ou espontânea. Cuidados na higienização da região.Coletar o jato intermediário da urina. CONTAGEM Sangue: realizar hemocultura - diagnóstico direto - Sangue total: tubos a vácuo com anticoagulante, homogeneizar suavemente ; - Soro sanguíneo: diagnóstico indireto (Acs) tubo sem anticoagulante. Líquido cefalorraquidiano: Cão -pós occipital ou lombar, animal em decúbito lateral e imobilizado. Bovino - punção pós occipital com o animal em pé ou decúbito. Swab Pote universal estéril – urina e fezes Coletar sangue Coleta de leite Seringa Iodopovidona Algodão Material para coleta de amostra Material para transporte da amostra Meio de Stuart Meio de Cary Blair Meio BHI MEIOS DE CULTURA Definição: Mistura de nutrientes requeridos para a sobrevivência e crescimento microbiano em um sistema artificial. Classificação Quanto a composição Meio Sintético Meio Complexo Quanto ao estado Físico Meio Líquido Meio semi- líquido Meio sólido MEIOS DE CULTURA 1. Meio básico: quantidade mínimas de nutrientes para o crescimento de um microrganismo. Ex: Ágar simples 2. Meio de enriquecimento: contém nutrientes que favorecerão o crescimento de tipos específicos de microrganismos. Exs: Ágar sangue, Caldo BHI 3. Meio seletivo: contém substâncias que inibirão os microrganismos indesejáveis e/ou favorecem os de interesse. Exs: Ágar sal manitol vermelho de fenol, Ágar azida 4. Meio diferencial: permite que o microrganismo produza estruturas ou reações que podem ser utilizados em sua diferenciação. Ex: Ágar EMB (Eosina-Azul de Metileno) MEIOS DE CULTURA 1. Àgar Sangue: é um meio de base rica, fornce condições de crescimento para a maioria dos microrganismos. Excelente para isolamento de Streptococcus beta- hemoliticos. (meio sólido) 2. Àgar McConkey: é um meio seletivo para enterobactérias. Identifica organismos que fermentam lactose, produzem pH localizado, conferindo uma coloração vermelho/rosa á colônia. Enquanto que as colônias não fermentadoras de lactose permanecem incolores ou transparentes. (meio sólido) 3. Àgar Manitol Vermelho de Fenol: muito utilizado para o isolamento de Staphylococcus aureus. A degradação do manitol com a produção de ácido muda a cor do meio de rosado para amarelo. (meio sólido) MEIOS DE CULTURA 1. Àgar Eosina Azul de Metileno (EMB): é um meio para diferenciação e seletivo para isolamento de bacilos entéricos gram-negativos. Diferencia fermentadores de lactose (E.coli) coloração azul/preto de não fermentadores (Salmonella, Shigella) coloração roxo claro ou sem cor. (meio sólido) 2. Caldo BHI: utilizado na recuperação de microrganismos fastidiosos ou não, incluindo bactérias aeróbicas e anaeróbicas. Contém glicose que as bactérias utilizam para a fermentação. (meio líquido) 3. Meio SIM: é um meio semi-sólido usado para a determinação da produção de indol, e motilidade. O citrato ferroso de amônio e tiossulfato de sódio são usados para detectar produção de gás H2S. Àgar Sangue Àgar McConkey Ágar Manitol Vermelho de Fenol Ágar Eosina Azul de Metileno Caldo BHI TÉCNICAS DE ISOLAMENTO Esgotamento por estrias Métodos das diluições em placas: 1. Semeadura em superfície - o inóculo previamente diluído, é espalhado na superfície do ágar com auxílio da alça de Drigalsky. 2. Vazamento em placa - o inóculo é adicionado ao fundo de uma placa vazia e o meio de cultura mantido a 40 - 45ºC (líquido) é vertido sobre ele. Homogeneizar suavemente. Diluição serica: Diluições escolhidas para contagem devem ter no mínimo 20 - 30 colônias e no máximo 200 - 300 colônias. GÊNEROS E FAMÍLIAS BACTERIANAS Staphylococcus Caracteristicas: 1. Cocos gram positivos; 2. Semelhantes a cachos de uva; 3. São imóveis; 4. Catalase positiva; 5. Não formam esporos; 6. Aeróbios e anaeróbios facultativos; 7. são lisas , convexas de bordas irregulares , opacas e brilhantes; Amostras clinicas: 1. Superfície da pele; 2. Alimentos; 3. Otites; 4. Mastites ISOLAMENTO Ágar sangue: Presença ou não de hemólise Ágar Manitol Vermelho de Fenol (MVF): -Princípio seletivo: alta concentração de NaCl 7,5% (halofílicos). -Princípio diferencial: fermentação do manitol tornando o meio ácido (pH baixo). - Indicador de pH: vermelho de fenol pH < 6,6 (amarelo) pH > 8,0 (vermelho) Hemólise Sem hemólis ISOLAMENTO Ágar Baird-Parker (BP): - Princípio seletivo: cloreto de lítio e telurito inibem o crescimento de microrganismos contaminantes. Piruvato de sódio e glicina: favorece seletivamente o crescimento de Staphylococcus. -Princípio diferencial: emulsão de gema de ovo detecta a produção de lecitinase e lipase, formação de halos e anéis característicos. Redução do telurito: colônias negras. Diferenciação entre bactérias Gram (+) e Gram (-) utilizando KOH 3% - Gram negativa: a mistura permanece viscosa ou com formação gel dentro de cinco a 60 seg. - Gram positiva: nenhuma viscosidade é observada. IDENTIFICAÇÃO FENOTÍPICA Coagulase VP Manose Maltose Polimixina B S. aureus + + + + R S. aureus anaerobius + - - + NC S. pseudintermedius + - + +/- S S. schleiferi coagulans + + + - NC S. delphini + - + + NC S. hyicus +/- - + - R STREPTOCOCCUS Caracteristicas: 1. Cocos gram positivos ; 2. Dispostos em cadeia (curtas ou longas); 3. São imóveis; 4. Catalase negativa; 5. Não formam esporos; 6. Aeróbios ou anaeróbios facultativos; 7. Homofermentadores – ácido lático; 8. Colônias pequenas e puntiformes. Amostra clínica: 1. Secreções de abscessos, 2. leite, 3. urina, 4. tecido (septicemia), 5. aspirados transtraqueais e 6. LCR. ISOLAMENTO Ágar sangue: para identificação de hemólise: - alfa-hemólise: hemólise parcial; -beta- hemólise: hemólise total; - gama-hemólise: não apresenta hemólise. Ágar azida sangue: meio seletivo para Streptococcus, inibe Gram negativos. Impede a reoxidação da forma ferrosa das enzimasrespiratórias. Produção do Fator CAMP: A atividade hemolítica da (-hemolisina) de Staphylococcus aureus é intensificada por uma proteína extracelular produzida por Streptococcus do Grupo B chamada (“fator CAMP"). Hidrólise do Hipurato de sódio (1%): Hidrólise do hipurato de sódio pela enzima hipuricase em seus componentes glicina e ácido benzóico. (+) forma um precipitado abundante que persiste por 10 min. ou mais. Ex: S. agalactiae (-) sobrenadante permanece claro, pela solubilização do precipitado. Detecção de glicina: Adição do reagente de ninidrina que oxida o aminoácido e forma produtos de cor púrpura. (+) azul/roxo Prova de Bile-Esculina: O mcg cresce na presença de sais biliares (4%) e hidrolisa a esculina (derivado glicosídico), produzindo glicose e esculetina, esta reage com íons férricos (fornecidos por componentes inorgânicos do meio),formando um complexo negro difusível. Leite com azul de metileno (0,1%): O azul de metileno é um corante indicador de redox. Ele atua como aceptor de elétrons por ação das desidrogenases sobre a lactose na ausência de O2. Positivo: Viragem a partir de uma cor azul para branco. Exs. E. faecalis e E. faecium. Negativo: Permanece azulado. Streptococcus Grupo A. SENSIBILIDADE À BACITRACINA (0,04 UI) Staphylococcus Resistente á Bacitracina (0,04) Streptoccus Não pertence Grupo A é resistente Pertence ao grupo A é sensível Sensível Resistente Halo do Staphylococcus é que < 10 mm BACILLUS Caracteristicas: 1. Bacilos grandes e gram positivos ; 2. Normalmente móveis ; 3. Aeróbios ou anaeróbios facultativos; 4. São hemolíticos ( exceto B. anthracis ); 5. Formadores de esporos; 6. Mais importantes B. anthracis e B. cereus ; Amostras Clinicas : 1. sangue, 2. líquido de edema, 3. fragmento de orelha ou pele, 4. carcaça aberta (baço). ISOLAMENTO Identificação prelimnar: coloração de Gram e prova da catalase; Motilidade: verificar a motilidade de uma bactéria indicando a presença de flagelos. MEIO SIM E MEIO EDWARD’S - (+) mcgs migram da linha de inoculação, difundindo-se por todo o meio, causando a turvação do meio. - (-) mcgs crescem apenas ao longo da linha de inoculação Indol: utiliza-se o meio SIM, Apartir da peptona de caseína é formado o Aa triptofano. - Indol (+) – anel vermelho. - Indol (-) – anel amarelo Hidrólise da uréia: capacidade de produção de urease, com consequente produção de amônia. ( + ) - coloração de rosa a vermelho. ( - ) - coloração original do meio (amarelo / laranja). Hidrólise da gelatina: determinar a capacidade do mcg excretar uma enzima hidrolítica capaz de degradar a gelatina (gelatinase). Gelatinase (+) - o meio mantém-se líquido. Gelatinase (-) - o meio resolidifica. Fermentação de açúcares: Meio básico: peptona de caseína (1%), NaCl (0,5%) e água destilada. Adicionar indicador de pH: vermelho de fenol, etc. Exs: glicose, lactose, sacarose, maltose, xilose, manitol, etc. - (+) - Fermenta o açúcar com/sem gás ( - ) - Não fermenta o açúcar, alcalino (utiliza a peptona) Prova de Bile-Esculina: mesmo principio e resultado do Streptococcus. CLOSTRIDIUM Caracteristicas: 1. Bastonetes gram positivos; 2. São móveis ( exceto C. perfringens ); 3. Formadores de esporos; 4. Anaeróbios estritos ; 5. Agar sangue – jarra de anaerobiose (meios contendo tioglicolato de sódio); 6. Mais importantes C. tetani,C. botulinum e C. perfringens ; Amostras Clinicas: 1. Carbúnculo sintomático - líquido serosanguinolento do local da lesão crepitante (evitar necrópsia a campo), fragmentos de fígado e baço. 2. Tétano - material de ferida. 3. Botulismo - conteúdo intestinal, ruminal, fragmentos do fígado, soro sanguíneo, cama de frango, silagem ou água contaminada. 4. Enterotoxemia - alça intestinal com conteúdo, fragmentos do fígado, exsudato abdominal. Alimentos (carnes, pasta de pescado e pasta de frango). 5. Edema maligno - material de ferida, sangue e tecidos. ISOLAMENTO Identificação preliminar: 1. Coloração de Gram ( + ) 2. Prova da catalase ( - ) 3. Oxidase ( - ) Meios contendo tioglicolato de sódio ; Ágar SPS (sulfito de sódio, sulfato de polimixina B, sulfadiazina sódica) – alimentos; Jarra de Anaerobiose ENTEROBACTERIACEAE Caracteristicas: 1. Aeróbios ou anaeróbios facultativos; 2. Fermentam carboidratos: produção de ácido ou gás ; 3. Redução de nitratos a nitrito; 4. Não formam esporos; 5. Agar MacConkey – SELETIVO; 6. Agar Eosina Azul de Metileno(EMB) – SELETIVO; Amostras Clinicas: 1. fezes, 2. urina, 3. secreção auricular, 4. leite, 5. alimentos, ISOLAMENTO Ágar McConkey: 1. Fermentadores intensos: colônias vermelhas com halo de bílis precipitado. Exs.: Escherichia, Enterobacter e Klebsiella. 2. Fermentadores lentos: incolores (24h), rosa claro (48h). Exs.: Citrobacter e Serratia. 3. Não fermentadores: incolores ou transparentes. Exs.: Salmonella, Shigella e Proteus Ágar Eosina Azul de Metileno (EMB): 1. Fermentadores intensos: negra esverdeada com brilho metálico, houve fermentação de lactose e sacarose Ex.: Escherichia coli. 2. Fermentadores fracos: colônias púrpuras, houve fermentação de lactose. Exs.: Klebsiella, Enterobacter e Serratia. 3. Não fermentadores: incolores ou transparentes. Exs.: Salmonella, Shigella e Proteus. Ágar Salmonella Shigella (SS) - Finalidade: Ágar Salmonella Shigella MBiolog é um meio diferencial seletivo empregado em bacteriologia para isolar Salmonella e Shigella a partir de fezes, urina e alimentos frescos ou enlatados. - Princípio de ação: As bactérias Gram-positivas são inibidas pela presença de sais biliares, verde brilhante e citrato sódico presentes na formulação do meio. O vermelho neutro serve de indicador de pH, sendo que as colônias que fermentam a lactose produzem colônias rosa e que não fermentam, como a Shiguella spp. e Salmonella spp., formam colônias transparentes. A maioria das linhagens de Proteus spp. e Salmonella spp. produzem colônias com centro negro, pois produzem H2S que reage com citrato férrico e tiossulfato de sódio, resultado no sulfato ferroso, de cor preta. Prova Voges- Proskauer(VP): tem como principio a degradação da glicose pela via do butileno glicol com formação de acetoína que é oxidada a diacetil e convertida em um complexo vermelho sob açãocatalítica do alfa-naftol e creatinina. Prova Vermelho de Metila (VM): utiliza a via dos ácidos mistos. - Resultado: vermelho ( + ) Ph: 4,4 amarelo ( - ) Ph: 6,0 Triagem – ágar TSI: Meio rico, ausência de inibidor, permite o crescimento de um grande número de bactérias. Faz fermentação de açúcares (Gli, Lac, Sac), produção de H2S e gás. LEITURA INTERPRETAÇAO DIAGNOSTICOS Reação ácida (amarelo) e gás na profundidade. Reação ácida na superfície, ausência de H2S Fermentação da glicose Fermentação da lactose e/ou sacarose, inclusive com produção de gás Escherichia, Klebsiella Enterobacter Providencia, Serratia Reação ácida e gás na profundidade. Superfície alcalina (vermelha). Presença de H2S Fermentação da glicose sem ataque à lactose e/ou sacarose Salmonella Edwardsiella Citrobacter, Proteus Reação ácida sem gás na profundidade, superfície alcalina, ausência de H2S Glicose fermentada apenas formando ácido, nenhuma ação sobre a lactose e sacarose Proteus Providencia, Serratia Yersinia, Salmonella, Shigella Meio inteiramente ácido com gás. Presença de H2S Fermentação da glicose com gás, fermentação da glicose e/ou sacarose Citrobacter, Proteus Meio inteiramente ácido, sem gás. Ausência de H2S Fermentação da glicose apenas com formação de ácido; fermentação da lactose e/ou sacarose E. Coli e Serratia AGAR TSI Fermentação de açucares: mesmo principio e resultado da prova de Bacillus . Hidrolise da ureia: mesmo principio e resultado da prova do Bacillus Prova do citrato: determinar a capacidade do mcg utilizar o citrato como única fonte de carbono para o seu crescimento. -Teste (+) – meio de cultura azul (pH > 7,6) - Teste (-) - meio inalterado. (verde) Meio SIM (motilidade, H2S e indol): 1. Indol: A partir da peptona de caseína é formado o Aa triptofano. (+) anel vermelho. (-) anel amarelo 2. Motilidade (+) - mcgs migram da linha de inoculação, difundindo-se por todo o meio, causando a turvação do meio. Motilidade (-) - mcgs crescem apenas ao longo da linha de inoculação. 3. H2S: escurecimento do meio ANTIBIOGRAMA É um teste laboratorial realizado para detectar com mais precisão a bactéria a ser eliminada. É de suma importância para auxiliar o Médico Veterinário a ter uma melhor direção para saber qual o medicamento correto a prescrever para o paciente, pois, com este exame ele saberá se a bactéria pesquisada está sensível ou resistente os antimicrobianos testados. Amostras: saliva, sangue, urinas, fezes, tecidos ou expectoração. Meio utilizado: é o ágar Mueller Hinton, este meio possui uma substancial fonte de proteínas e carboidratos que proporcionam o desenvolvimento e crescimento de cepas bacterianas de interesse clínico. Além disso, a baixa concentração de timina e timidina e níveis adequados de cálcio e magnésio, evitam falsos resultados de sensibilidade ou resistência. Aplicação dos discos: Aplicar os discos com auxílio de um dispensador ou manualmente. Quando manualmente, aplicar os discos sobre a superfície da placa inoculada utilizando uma pinça flambada e fria. Após aplicar o disco sobre a placa, fazer leve pressão sobre o mesmo, de forma a melhorar a sua aderência ao meio. Deve-se permitir que a distância entre os discos seja suficiente para se evitar a sobreposição dos halos de inibição. Incubar a placa em posição invertida, durante 16-18 horas, entre 35 e 37ºC. Quando necessária anaerobiose ou atmosfera de CO2 deve-se padronizar a incubação. Interpretação: Os halos de inibição devem ser qualificados com o auxílio de um paquímetro ou régua milimetrada. A expressão dos tipos de halos são: sensível, intermediário e resistente. TABELA ESTARÁ DISPONIVEL NA PROVA Cuidados na execução do antibiograma Em até 15 minutos após a semeadura das placas com as suspensões padronizadas de bactérias, os antimicrobianos selecionados devem ser aplicados de forma uniforme a superfície, com pelo menos 24 mm (centro a centro) entre eles. Não devem ser colocados mais do que 12 discos para uma placa de 150 mm de diâmetro e não mais de 5 discos sobre uma placa de 100 mm de diâmetro para evitar sobreposição de zonas.Muitos antimicrobianos difundem-se no meio quase que imediatamente, portanto, uma vez que um disco ou fita tenha contato com a superfície do ágar, eles não devem ser movidos. FIM !
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