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BACTERIOLOGIA VETERINÁRIA
Aulas práticas
Monitora: Luana Monique 
BIOSSEGURANÇA
 É a condição de segurança alcançada por um conjunto de ações 
destinadas a prevenir, controlar, reduzir ou eliminar os fatores de 
risco inerentes às atividades que possam comprometer a saúde 
humana, animal e vegetal, o meio ambiente e a qualidade do 
trabalho realizado.
Agentes 
de risco 
Biológico 
Químico
Físico 
Psicossociais 
Acidentes
Ergonômicos
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO DOS AGENTES
•Risco individual e para comunidade baixo/ausente;
•Baixa probabilidade de propagação para humanos 
e animais.CR 1 
•Risco individual moderado e para comunidade 
baixo;
•Podem provocar infecções, mas tem medidas 
terapêuticas e profiláticas e baixa propagação.
CR 2
•Risco individual e alto e da comunidade limitado;
•Pode provocar infecções graves no homem e 
animais ( indivíduo-indivíduo), mas tem medidas 
terapêuticas e profiláticas.
CR 3
•Risco individual e da comunidade é alto;
•Podendo infectar o homem e animais, tem alta 
propagação e não tem medidas terapêuticas e 
profiláticas.
CR 4
NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA DOS LABORATÓRIOS
•Laboratórios de ensino básico que manipulam agentes 
CR1;
•Não necessita de desenho, apenas planejamento espacial 
e funcional.NB1
•Laboratórios clínicos e hospitalares primários que 
manipulam agentes CR2;
•Necessário uso de EPI’s e CSB, desenho e organização 
do laboratório.NB2
•Para manipulação de agentes CR3 e altas concentração 
de CR2;
•Uso de EPI’s e CSB,desenho, controle rígido quanto 
inspeção e manutenção das instalações e técnicos 
qualificados.
NB3
•Laboratório de contenção máxima que manipula agentes 
CR4;
•Requer os equipamentos de 1,2 e 3 ,barreiras de 
contenção e procedimentos especiais de segurança.NB4
BARREIRAS DE CONTENÇÃO
 Barreiras primárias: Todo dispositivo ou produto, de uso 
individual/coletivo utilizado pelo trabalhador, destinado à 
proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde 
no trabalho. 
 Barreiras secundárias: Desenho e estrutura física dos 
laboratórios
EPI’S EPC’S
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL E
COLETIVA
EPI’S
Óculos 
Luva 
Jaleco
Sapatos 
EPC’S
Cabines de 
segurança 
biológica (CSB)
Lava-olhos
Chuveiro de 
descontaminação
Extintores
BOAS PRÁTICAS DE LABORATÓRIO
 Sistema da qualidade relativo à organização e às condições 
sob as quais os estudos em laboratório e no campo são 
planejados, realizados, monitorados, registrados, relatados 
e arquivados.
1. Evite colocar as mãos na boca, olhos, etc;
2. Não é permitido abrir ou cheirar recipientes contendo culturas;
3. Não pode comer e/ou beber;
4. Não permita que outra pessoa distraia sua atenção.
5. Proteger cortes ou ferimentos; 
6. Descontaminar as superfícies de trabalho antes e após o uso; 
7. Higienização simples e antisséptica das mãos antes e após a 
prática laboratorial.
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO - POP
 É um documento que expressa o planejamento do trabalho 
com vistas a padronizar e minimizar a ocorrência de 
desvios na execução das atividades e assim garantir aos 
usuários serviços ou produtos livres de variações 
indesejáveis, independentemente de quem as realize
1. Identificação e armazenamento de meios de cultura e reagentes;
2. Transporte de material;
3. Sinalização de risco;
4. Descontaminação de resíduos;
5. Descarte de material perfurocortante;
6. Controle de pragas;
7. Não trabalhar no mesmo horário que o pessoal da limpeza;
MATERIAL DE USO NO LABORATÓRIO DE BACTERIOLOGIA
Proveta Pipeta Pasteur
Para medição de volumes 
Pipeta Graduada
Pipeta volumétrica
Micropipetas 
MATERIAL DE USO NO LABORATÓRIO DE BACTERIOLOGIA
Para observação microscópica
Lâminas 
Lâminas escavadas 
Lâmina de contagem
MATERIAL DE USO NO LABORATÓRIO DE BACTERIOLOGIA
Para manutenção dos microrganismos vivos em meios de 
cultura
Tubos de ensaio Placas de Petri
Garrafa de Roux
MATERIAL DE USO NO LABORATÓRIO DE BACTERIOLOGIA
Para o preparo de meios de cultura, estocagem de 
reagentes
Erlenmeyer Balão Volumétrico 
Becker 
MATERIAL DE USO NO LABORATÓRIO DE BACTERIOLOGIA
Para esterilização por filtração
Bico de Bunsen
Filtro de cápsula
Membrana Filtrante (Milipore)
MÉTODOS DE ESTERELIZAÇÃO
1. Esterelização: Eliminação total dos microrganismos de um 
determinado material ou ambiente.
2. Desinfecção: Redução do número de microrganismos, 
principalmente patogênicos, presente em um material 
inanimado (não garante a eliminação de todos os mcgs, nem 
endosporos).
3. Antissepsia: Redução do número de microrganismos, 
principalmente patogênicos,presente em um tecido vivo.
4. Assepsia: Conjunto de procedimentos necessários para 
impedir que um microrganismo penetre num local que não o 
contenha.
MÉTODOS DE ESTERELIZAÇÃO
Métodos físicos Mecanismo de ação
Calor úmido Autoclave Desnaturação de proteínas
Tindilização
Pasteurização
Calor Seco Flambagem Queima dos contaminantes até se 
tornarem cinzas
Forno Prasteur Oxidação
Radiação Ionizante Destruição de DNA 
Não ionizante Lesão ao DNA
Filtração Separação das bactérias do líquido de 
suspensão
Frio Refrigeração Redução de reações químicas e possíveis 
alterações nas proteínas
Congelamento
Dessecação Liofilização
Interrupção do metabolismo
Exposição ao 
aquecimento
Pressão osmótica Plasmólise
MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO QUÍMICOS
COLETA DE AMOSTRAS
 Etapa fundamental para qualidade do exame microbiológico. 
Consequências de uma amostra mal coletada: 
-Fracasso no isolamento; 
-Terapia incorreta e danosa.
 Sempre que possível, obter amostras antes da administração de 
antimicrobianos; 
 Estabelecer o momento ótimo para a coleta de acordo com o 
estágio da doença; 
 Material deve ser coletado do local com maior probabilidade de 
isolamento; 
 Uso de dispositivos, recipientes e meios de cultura apropriados e 
esterilizados; 
 Quantidade suficiente; 
 Amostras devidamente identificadas
CONSERVAÇÃO E TRANSPORTE DA AMOSTRA
 Manter a amostra o mais próximo possível de seu estado original; 
 Uso de meios de transporte (Exs.: stuart, cary-blair, tioglicolato de 
sódio); 
 Biossegurança ( EPI’S e EPC’S)
 Encaminhar o mais breve possível; 
 Comunicação com o laboratório.
 REQUISIÇÃO: pontos importantes no preenchimento do formulário
1. Identificação do proprietário;
2. Localização da propriedade;
3. Identificação animal suspeito: 
-Espécie, raça, sexo e idade 
-Dados clínicos (anamnese, características da lesão) 
4. Dados da amostra: finalidade do exame, data e horário da coleta 
5. Informações complementares
TIPOS DE AMOSTRA
 Feridas superficiais: possui etiologia variada, realizar antissepsia da margem 
da ferida com iodopovidona 10% (PVPI), álcool 70%.
 Lesões exsudativas: coletar pus do abscesso, através de punção com seringa 
estéril (fechado) ou com a ajuda de um swab estéril se estiver drenado. Meio 
conservante (tioglicolato de sódio ou BHI).
 Secreção auricular: Remover o excesso de cerúmen, realizar a coleta com swab.
 Secreção ocular: Limpeza de secreção , retirar a amostra da porção interna da 
pálpebra inferior.
 Sistema respiratório: coletar secreções, coletar com swab estéril. Meios de 
transportetioglicolato de sódio, BHI ou Cary Blair. 
Coletar órgão acometido e linfonodo regional (LR),retirando uma parte lesionada. 
Utilizar tesoura, lâmina de bisturi e pinça estéril e um frasco para o transporte.
 Alimentos: Ração comercial, grãos, forragens frescas, concentrados e 
suplementos.  IMPORTANTE NA SAÚDE PÚBLICA
TIPOS DE AMOSTRA
 Leite: Coletar 5 - 20 mL de cada teta (identificação). Importante realizar a 
antissepsia dos tetos e das mãos do ordenhador.
 Fezes: Coleta deve ser feita direta do reto ou da porção central do bolo fecal 
logo após a sua eliminação. Em caso de necropsia fragmento de alça intestinal 
com conteúdo fecal (20 g de fezes por animal). Utilizar coletor universal 
estéril.
 Urina: os métodos de coleta são cistocentese, cateterização, micção induzida 
ou espontânea. Cuidados na higienização da região.Coletar o jato 
intermediário da urina.  CONTAGEM
 Sangue: realizar hemocultura - diagnóstico direto -
Sangue total: tubos a vácuo com anticoagulante, homogeneizar suavemente ; 
- Soro sanguíneo: diagnóstico indireto (Acs) tubo sem anticoagulante.
 Líquido cefalorraquidiano: Cão -pós occipital ou lombar, animal em 
decúbito lateral e imobilizado. Bovino - punção pós occipital com o animal em 
pé ou decúbito.
Swab
Pote universal estéril –
urina e fezes
Coletar sangue 
Coleta de leite 
Seringa
Iodopovidona
Algodão
Material para 
coleta de 
amostra 
Material para 
transporte da 
amostra 
Meio de Stuart
Meio de Cary Blair 
Meio BHI
MEIOS DE CULTURA
 Definição: Mistura de nutrientes requeridos para a 
sobrevivência e crescimento microbiano em um sistema artificial.
Classificação 
Quanto a 
composição 
Meio Sintético 
Meio 
Complexo 
Quanto ao 
estado Físico 
Meio Líquido 
Meio semi-
líquido
Meio sólido 
MEIOS DE CULTURA
1. Meio básico: quantidade mínimas de nutrientes para o 
crescimento de um microrganismo. Ex: Ágar simples
2. Meio de enriquecimento: contém nutrientes que favorecerão o 
crescimento de tipos específicos de microrganismos. Exs: Ágar
sangue, Caldo BHI
3. Meio seletivo: contém substâncias que inibirão os 
microrganismos indesejáveis e/ou favorecem os de interesse. 
Exs: Ágar sal manitol vermelho de fenol, Ágar azida
4. Meio diferencial: permite que o microrganismo produza 
estruturas ou reações que podem ser utilizados em sua 
diferenciação. Ex: Ágar EMB (Eosina-Azul de Metileno)
MEIOS DE CULTURA
1. Àgar Sangue: é um meio de base rica, fornce condições de 
crescimento para a maioria dos microrganismos. Excelente para 
isolamento de Streptococcus beta- hemoliticos. (meio sólido)
2. Àgar McConkey: é um meio seletivo para enterobactérias. 
Identifica organismos que fermentam lactose, produzem pH 
localizado, conferindo uma coloração vermelho/rosa á colônia. 
Enquanto que as colônias não fermentadoras de lactose 
permanecem incolores ou transparentes. (meio sólido)
3. Àgar Manitol Vermelho de Fenol: muito utilizado para o 
isolamento de Staphylococcus aureus. A degradação do manitol 
com a produção de ácido muda a cor do meio de rosado para 
amarelo. (meio sólido)
MEIOS DE CULTURA
1. Àgar Eosina Azul de Metileno (EMB): é um meio para 
diferenciação e seletivo para isolamento de bacilos entéricos 
gram-negativos. Diferencia fermentadores de lactose (E.coli) 
coloração azul/preto de não fermentadores (Salmonella, Shigella) 
coloração roxo claro ou sem cor. (meio sólido)
2. Caldo BHI: utilizado na recuperação de microrganismos 
fastidiosos ou não, incluindo bactérias aeróbicas e 
anaeróbicas. Contém glicose que as bactérias utilizam para a 
fermentação. (meio líquido)
3. Meio SIM: é um meio semi-sólido usado para a 
determinação da produção de indol, e motilidade. O citrato
ferroso de amônio e tiossulfato de sódio são usados para 
detectar produção de gás H2S.
Àgar Sangue Àgar McConkey
Ágar Manitol Vermelho de Fenol
Ágar Eosina Azul de Metileno 
Caldo BHI
TÉCNICAS DE ISOLAMENTO
 Esgotamento por estrias
 Métodos das diluições em placas:
1. Semeadura em superfície - o inóculo previamente diluído, é espalhado 
na superfície do ágar com auxílio da alça de Drigalsky.
2. Vazamento em placa - o inóculo é adicionado ao fundo de uma placa 
vazia e o meio de cultura mantido a 40 - 45ºC (líquido) é vertido sobre 
ele. Homogeneizar suavemente.
 Diluição serica: Diluições escolhidas 
para contagem devem ter no 
mínimo 20 - 30 colônias e no máximo
200 - 300 colônias.
GÊNEROS E FAMÍLIAS BACTERIANAS
Staphylococcus
 Caracteristicas:
1. Cocos gram positivos; 
2. Semelhantes a cachos de uva;
3. São imóveis; 
4. Catalase positiva;
5. Não formam esporos; 
6. Aeróbios e anaeróbios facultativos; 
7. são lisas , convexas de bordas irregulares , opacas e brilhantes; 
 Amostras clinicas:
1. Superfície da pele;
2. Alimentos;
3. Otites;
4. Mastites
ISOLAMENTO
 Ágar sangue: Presença ou não de hemólise
 Ágar Manitol Vermelho de Fenol (MVF): 
-Princípio seletivo: alta concentração de NaCl 7,5% (halofílicos). 
-Princípio diferencial: fermentação do manitol tornando o meio ácido (pH baixo). 
- Indicador de pH: vermelho de fenol pH < 6,6 (amarelo) pH > 8,0 (vermelho)
Hemólise Sem hemólis
ISOLAMENTO
 Ágar Baird-Parker (BP): -
Princípio seletivo: cloreto de lítio e telurito inibem o crescimento de 
microrganismos contaminantes. Piruvato de sódio e glicina: favorece 
seletivamente o crescimento de Staphylococcus. 
-Princípio diferencial: emulsão de gema de ovo detecta a produção de lecitinase e 
lipase, formação de halos e anéis característicos. Redução do telurito: colônias 
negras.
 Diferenciação entre bactérias Gram (+) e Gram (-) utilizando 
KOH 3% 
- Gram negativa: a mistura permanece viscosa ou com formação gel 
dentro de cinco a 60 seg. 
- Gram positiva: nenhuma viscosidade é observada.
IDENTIFICAÇÃO FENOTÍPICA
Coagulase VP Manose Maltose Polimixina B
S. aureus + + + + R
S. aureus
anaerobius
+ - - + NC
S. 
pseudintermedius
+ - + +/- S
S. schleiferi
coagulans
+ + + - NC
S. delphini + - + + NC
S. hyicus +/- - + - R
STREPTOCOCCUS
 Caracteristicas: 
1. Cocos gram positivos ; 
2. Dispostos em cadeia (curtas ou longas); 
3. São imóveis; 
4. Catalase negativa;
5. Não formam esporos; 
6. Aeróbios ou anaeróbios facultativos; 
7. Homofermentadores – ácido lático; 
8. Colônias pequenas e puntiformes.
 Amostra clínica:
1. Secreções de abscessos,
2. leite, 
3. urina, 
4. tecido (septicemia), 
5. aspirados transtraqueais e 
6. LCR. 
ISOLAMENTO
 Ágar sangue: para identificação de hemólise:
- alfa-hemólise: hemólise parcial; 
-beta- hemólise: hemólise total;
- gama-hemólise: não apresenta hemólise.
 Ágar azida sangue: meio seletivo para Streptococcus, inibe Gram negativos. 
Impede a reoxidação da forma ferrosa das 
enzimasrespiratórias.
 Produção do Fator CAMP: A atividade hemolítica da (-hemolisina) 
de Staphylococcus aureus é intensificada por uma proteína extracelular 
produzida por Streptococcus do Grupo B chamada (“fator CAMP").
 Hidrólise do Hipurato de sódio (1%): Hidrólise do hipurato de sódio 
pela enzima hipuricase em seus componentes glicina e ácido benzóico.
(+) forma um precipitado abundante que persiste por 10 min. ou
mais. Ex: S. agalactiae
(-) sobrenadante permanece claro, pela solubilização do precipitado.
Detecção de glicina: Adição do reagente de ninidrina que oxida 
o aminoácido e forma produtos de cor púrpura. (+) azul/roxo
 Prova de Bile-Esculina: O mcg cresce na presença de sais 
biliares (4%) e hidrolisa a esculina (derivado glicosídico), 
produzindo glicose e esculetina, esta reage com íons férricos 
(fornecidos por componentes inorgânicos do meio),formando 
um complexo negro difusível. 
 Leite com azul de metileno (0,1%): O azul de metileno é um corante
indicador de redox. Ele atua como aceptor de elétrons por ação das 
desidrogenases sobre a lactose na ausência de O2.
 Positivo: Viragem a partir de uma cor azul para branco. 
Exs. E. faecalis e E. faecium.
 Negativo: Permanece azulado. Streptococcus Grupo A.
SENSIBILIDADE À BACITRACINA (0,04 UI)
Staphylococcus
Resistente á 
Bacitracina 
(0,04)
Streptoccus
Não pertence 
Grupo A é 
resistente 
Pertence ao 
grupo A é 
sensível 
Sensível
Resistente
Halo do 
Staphylococcus
é que < 10 mm
BACILLUS
 Caracteristicas:
1. Bacilos grandes e gram positivos ; 
2. Normalmente móveis ; 
3. Aeróbios ou anaeróbios facultativos; 
4. São hemolíticos ( exceto B. anthracis ); 
5. Formadores de esporos; 
6. Mais importantes B. anthracis e B. cereus ;
 Amostras Clinicas :
1. sangue, 
2. líquido de edema,
3. fragmento de orelha ou pele, 
4. carcaça aberta (baço).
ISOLAMENTO
 Identificação prelimnar: coloração de Gram e prova da catalase;
 Motilidade: verificar a motilidade de uma bactéria indicando a presença de 
flagelos. MEIO SIM E MEIO EDWARD’S
- (+) mcgs migram da linha de inoculação, difundindo-se por todo o meio, causando 
a turvação do meio.
- (-) mcgs crescem apenas ao longo da linha de 
inoculação
 Indol: utiliza-se o meio SIM, Apartir da 
peptona de caseína é formado o Aa triptofano.
- Indol (+) – anel vermelho. 
- Indol (-) – anel amarelo
 Hidrólise da uréia: capacidade de produção de urease, com 
consequente produção de amônia. 
( + ) - coloração de rosa a vermelho. 
( - ) - coloração original do meio (amarelo / laranja).
 Hidrólise da gelatina: determinar a capacidade do mcg excretar uma enzima 
hidrolítica capaz de degradar a gelatina (gelatinase).
Gelatinase (+) - o meio mantém-se líquido.
Gelatinase (-) - o meio resolidifica.
 Fermentação de açúcares: Meio básico: peptona de caseína (1%), NaCl
(0,5%) e água destilada. Adicionar indicador de pH: vermelho de fenol, etc.
Exs: glicose, lactose, sacarose, maltose, xilose, manitol, etc.
- (+) - Fermenta o açúcar com/sem gás ( - ) 
- Não fermenta o açúcar, alcalino (utiliza a peptona)
 Prova de Bile-Esculina: mesmo principio e resultado do
Streptococcus.
CLOSTRIDIUM
 Caracteristicas:
1. Bastonetes gram positivos; 
2. São móveis ( exceto C. perfringens ); 
3. Formadores de esporos; 
4. Anaeróbios estritos ; 
5. Agar sangue – jarra de anaerobiose (meios contendo tioglicolato de sódio); 
6. Mais importantes C. tetani,C. botulinum e C. perfringens ; 
 Amostras Clinicas:
1. Carbúnculo sintomático - líquido serosanguinolento do local da lesão crepitante 
(evitar necrópsia a campo), fragmentos de fígado e baço. 
2. Tétano - material de ferida.
3. Botulismo - conteúdo intestinal, ruminal, fragmentos do fígado, soro sanguíneo, 
cama de frango, silagem ou água contaminada.
4. Enterotoxemia - alça intestinal com conteúdo, fragmentos do fígado, exsudato
abdominal. Alimentos (carnes, pasta de pescado e pasta de frango).
5. Edema maligno - material de ferida, sangue e tecidos.
ISOLAMENTO
 Identificação preliminar:
1. Coloração de Gram ( + ) 
2. Prova da catalase ( - ) 
3. Oxidase ( - )
 Meios contendo tioglicolato de sódio ;
 Ágar SPS (sulfito de sódio, sulfato de polimixina B, sulfadiazina sódica) –
alimentos;
Jarra de Anaerobiose 
ENTEROBACTERIACEAE
 Caracteristicas:
1. Aeróbios ou anaeróbios facultativos; 
2. Fermentam carboidratos: produção de ácido ou gás ; 
3. Redução de nitratos a nitrito;
4. Não formam esporos;
5. Agar MacConkey – SELETIVO; 
6. Agar Eosina Azul de Metileno(EMB) – SELETIVO;
 Amostras Clinicas:
1. fezes, 
2. urina, 
3. secreção auricular, 
4. leite,
5. alimentos,
ISOLAMENTO
 Ágar McConkey: 
1. Fermentadores intensos: colônias vermelhas com 
halo de bílis precipitado. Exs.: Escherichia, 
Enterobacter e Klebsiella. 
2. Fermentadores lentos: incolores (24h), rosa claro 
(48h). Exs.: Citrobacter e Serratia. 
3. Não fermentadores: incolores ou transparentes. 
Exs.: Salmonella, Shigella e Proteus
 Ágar Eosina Azul de Metileno (EMB):
1. Fermentadores intensos: negra esverdeada com 
brilho metálico, houve fermentação de lactose e 
sacarose Ex.: Escherichia coli. 
2. Fermentadores fracos: colônias púrpuras, 
houve fermentação de lactose. 
Exs.: Klebsiella, Enterobacter e Serratia. 
3. Não fermentadores: incolores ou transparentes. 
Exs.: Salmonella, Shigella e Proteus.
 Ágar Salmonella Shigella (SS)
- Finalidade: Ágar Salmonella Shigella MBiolog é um meio diferencial 
seletivo empregado em bacteriologia para isolar Salmonella e Shigella a partir 
de fezes, urina e alimentos frescos ou enlatados.
- Princípio de ação: As bactérias Gram-positivas são inibidas pela presença 
de sais biliares, verde brilhante e citrato sódico presentes na formulação do 
meio. O vermelho neutro serve de indicador de pH, sendo que as colônias que 
fermentam a lactose produzem colônias rosa e que não fermentam, como a 
Shiguella spp. e Salmonella spp., formam colônias transparentes. A maioria 
das linhagens de Proteus spp. e Salmonella spp. produzem colônias com 
centro negro, pois produzem H2S que reage com citrato férrico e tiossulfato de 
sódio, resultado no sulfato ferroso, de cor preta.
 Prova Voges- Proskauer(VP): tem como principio a degradação da 
glicose pela via do butileno glicol com formação de acetoína que é oxidada 
a diacetil e convertida em um complexo vermelho sob açãocatalítica do 
alfa-naftol e creatinina.
 Prova Vermelho de Metila (VM): utiliza a via dos ácidos mistos.
- Resultado: vermelho ( + ) Ph: 4,4
amarelo ( - ) Ph: 6,0 
 Triagem – ágar TSI: Meio rico, ausência de inibidor, permite o crescimento de 
um grande número de bactérias. Faz fermentação de açúcares (Gli, Lac, Sac), 
produção de H2S e gás.
LEITURA INTERPRETAÇAO DIAGNOSTICOS
Reação ácida (amarelo) e gás na 
profundidade. Reação ácida na 
superfície, ausência de H2S 
Fermentação da glicose 
Fermentação da lactose e/ou 
sacarose, inclusive com produção 
de gás
Escherichia, Klebsiella
Enterobacter Providencia, Serratia
Reação ácida e gás na 
profundidade. Superfície alcalina 
(vermelha). Presença de H2S 
Fermentação da glicose sem 
ataque à lactose e/ou sacarose 
Salmonella Edwardsiella
Citrobacter, Proteus
Reação ácida sem gás na 
profundidade, superfície alcalina, 
ausência de H2S 
Glicose fermentada apenas 
formando ácido, nenhuma ação 
sobre a lactose e sacarose 
Proteus Providencia, Serratia
Yersinia, Salmonella, Shigella
Meio inteiramente ácido com gás. 
Presença de H2S
Fermentação da glicose com gás, 
fermentação da glicose e/ou 
sacarose
Citrobacter, Proteus
Meio inteiramente ácido, sem gás. 
Ausência de H2S
Fermentação da glicose apenas 
com formação de ácido; 
fermentação da lactose e/ou 
sacarose
E. Coli e Serratia
AGAR TSI
 Fermentação de açucares: mesmo principio e resultado da prova de 
Bacillus .
 Hidrolise da ureia: mesmo principio e resultado da prova do Bacillus
 Prova do citrato: determinar a capacidade do mcg utilizar 
o citrato como única fonte de carbono para o seu crescimento. 
-Teste (+) – meio de cultura azul (pH > 7,6) 
- Teste (-) - meio inalterado. (verde)
 Meio SIM (motilidade, H2S e indol):
1. Indol: A partir da peptona de caseína é formado o Aa
triptofano.  (+) anel vermelho. (-) anel amarelo 
2. Motilidade (+) - mcgs migram da linha de inoculação, 
difundindo-se por todo o meio, causando a turvação 
do meio. 
Motilidade (-) - mcgs crescem apenas ao longo da linha 
de inoculação.
3. H2S: escurecimento do meio
ANTIBIOGRAMA
 É um teste laboratorial realizado para detectar com mais precisão a bactéria a 
ser eliminada. 
 É de suma importância para auxiliar o Médico Veterinário a ter uma melhor 
direção para saber qual o medicamento correto a prescrever para o paciente, 
pois, com este exame ele saberá se a bactéria pesquisada está sensível ou 
resistente os antimicrobianos testados.
 Amostras: saliva, sangue, urinas, fezes, tecidos ou expectoração. 
 Meio utilizado: é o ágar Mueller Hinton, este meio possui uma substancial 
fonte de proteínas e carboidratos que proporcionam o desenvolvimento e 
crescimento de cepas bacterianas de interesse clínico. Além disso, a baixa 
concentração de timina e timidina e níveis adequados de cálcio e magnésio, 
evitam falsos resultados de sensibilidade ou resistência.

 Aplicação dos discos: Aplicar os discos com auxílio de um dispensador ou 
manualmente. Quando manualmente, aplicar os discos sobre a superfície da 
placa inoculada utilizando uma pinça flambada e fria. Após aplicar o disco sobre 
a placa, fazer leve pressão sobre o mesmo, de forma a melhorar a sua aderência 
ao meio. Deve-se permitir que a distância entre os discos seja suficiente para se 
evitar a sobreposição dos halos de inibição. Incubar a placa em posição invertida, 
durante 16-18 horas, entre 35 e 37ºC. Quando necessária anaerobiose ou 
atmosfera de CO2 deve-se padronizar a incubação.
 Interpretação: Os halos de inibição devem ser qualificados com o auxílio de 
um paquímetro ou régua milimetrada. A expressão dos tipos de halos são: 
sensível, intermediário e resistente.  TABELA ESTARÁ DISPONIVEL NA 
PROVA
 Cuidados na execução do antibiograma
Em até 15 minutos após a semeadura das placas com as suspensões padronizadas 
de bactérias, os antimicrobianos selecionados devem ser aplicados de forma 
uniforme a superfície, com pelo menos 24 mm (centro a centro) entre eles. Não 
devem ser colocados mais do que 12 discos para uma placa de 150 mm de diâmetro 
e não mais de 5 discos sobre uma placa de 100 mm de diâmetro para evitar 
sobreposição de zonas.Muitos antimicrobianos difundem-se no meio quase que 
imediatamente, portanto, uma vez que um disco ou fita tenha contato com a 
superfície do ágar, eles não devem ser movidos.
FIM !

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