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Questão 1 Para Kuhn, teórico que estudou as mudanças científicas, as crises podem ser positivas porque oferecem a possibilidade de a ) valorizar a instabilidade a ponto de estabelecê-la como modelo dos sistemas de pensamento. b ) descartar a ordem, definindo as escolhas individuais como ponto de partida da vida comunitária. c ) repensar os valores, encontrando novas bases para as ações, os pensamentos e a comunicação. d ) desenvolver conflitos inconclusivos, que esgarçam o tecido social e colocam as regras sociais em risco. e ) criticar a razão, ao dar espaço para resoluções radicais que, no limite, rejeitam a moral e a ética. Questão 2 Charles Darwin, no livro A origem das espécies (1859), afirma que a variabilidade das espécies encontrada no planeta se explica por um mecanismo que denominou de seleção natural. No que diz respeito especificamente à condição humana, a ideia de seleção natural foi entendida como uma indicação de que o indivíduo é a ) naturalmente egoísta na luta por sua sobrevivência. b ) determinado por fatores ambientais que modificam seus genes. c ) organicamente propenso à vida social. d ) biologicamente predisposto à cooperação. e ) universalmente condicionado para aceitar suas limitações. Questão 3 Um profissional apresenta responsabilidade ética com a profissão em que foi formado e atua quando a ) pratica as competências da sua área de acordo com o que a sociedade espera dele. b ) aceita realizar serviços para os quais sabe que não está habilitado para desempenhar. c ) deixa de reportar a seus superiores os erros que cometeu. d ) desconsidera as normas técnicas a pedidos de um cliente importante. e ) age no mercado para conquistar exclusivamente benefícios financeiros. Questão 4 Para a construção da personalidade moral, Puig sugere uma educação moral, definida como a capacidade de o indivíduo modificar seu comportamento em presença de outros e na interação. Para que se atinja tal capacidade, a educação moral deve exercitar a ) a obediência às regras de convivência das instituições escolares. b ) a integração crítica ao ambiente sociocultural por meio de cooperação. c ) o reconhecimento das autoridades sociais, como representantes do Estado. d ) o silêncio e a ordem em contextos de ensino e aprendizagem. e ) a autonomia para decidir por conta própria, livre das pressões externas. Questão 5 Apesar de sublinhar liberdade, autonomia e autodeterminação como qualidades do comportamento ético, Marilena Chauí salienta que a ética não é um atributo exclusivamente individual, sendo também um componente a ) político, vinculado aos partidos que conquistam o poder e, assim, mutável de acordo com quem governa. b ) estético, ditado pelas mudanças dos padrões de corpo e consumo valorizados coletivamente. c ) social, marcado pela perspectiva cultural e, portanto, passível de ser transformado historicamente. d ) biológico, formulado naturalmente no cérebro e desenvolvido em conjunto com o crescimento. e ) midiático, dependente das propagandas e imagens veiculadas nos meios de comunicação de massa. Questão 6 Na hierarquia dos níveis de desenvolvimento moral proposta por Kohlberg, o pós-convencional se distingue do convencional porque, nele, o indivíduo entendeu a importância dos a ) princípios éticos de sua cultura. b ) direitos humanos universais para a efetivação do bem. c ) poderes religiosos e agregadores que emanam do sagrado. d ) valores endossados pelo Estado. e ) controles emocionais para a participação social. Questão 7 Observe a seguir uma afirmação de Durkheim, um dos fundadores da sociologia: Quando desempenho meus deveres de irmão, de esposo ou de cidadão, quando me desincumbo de encargos que contraí, pratico deveres que estão definidos fora de mim e de meus atos, no direito e no costume. DURKHEIM, Émile. As regras do método sociológico. São Paulo: Editora Nacional, 1966, p. 96. O trecho ilustra uma das conclusões mais determinantes do pensamento de Durkheim, aquela que define que a ) as pessoas são livres em suas ações coletivas. b ) o comportamento individual é orientado pelas regras sociais. c ) os sujeitos determinam os padrões culturais. d ) o Estado é o elaborador dos regulamentos obedecidos. e ) a natureza humana explica as atuações sociais. Questão 8 Em uma rua movimentada, ao perceberem que uma senhora tinha acabado de ter a bolsa furtada, um grupo de transeuntes se movimenta e consegue imobilizar o agente do roubo. Com as emoções à flor da pele, alguém do grupo grita para que todos punam o ladrão com força física. Contudo, outra pessoa do grupo acalma os ânimos e pondera, afirmando que o correto é ligar para a polícia e deixar que os oficiais resolvam o caso de acordo com a lei. É o que acabam fazendo. Agindo assim, o grupo observou a prática a ) punitiva b ) criadora c ) normativa d ) libertadora e ) repressora Questão 9 Em suas ações, tanto em relação aos clientes quanto aos colaboradores, as empresas tornam-se agentes morais quando a ) mantêm em segredo a saúde financeira de suas contas. b ) equilibram a busca por lucratividade com a manutenção de valores éticos. c ) alteram seu código de ética de acordo com as demandas do cliente. d ) procuram garantir vantagens indevidas para si própria no mercado. e ) geram competitividade ferrenha interna por cargos mais prestigiosos. Questão 10 Imagine uma reunião na empresa para definir uma reforma no ambiente de trabalho. Os colaboradores vão, juntos, decidir como o espaço será organizado, desde a disposição dos móveis até o local das portas e divisórias. Um conflito surge na conversa, com dois grupos querendo formas distintas de organização. Para resolver esse conflito de maneira ética, os dois grupos devem a ) abrir mão da reforma e, em razão da dificuldade de se chegar a um acordo, deixar o ambiente de trabalho tal como está no momento. b ) acionar uma liderança externa e superior para que, com autoridade, decida o que os dois grupos não conseguiram acordar. c ) usar a retórica e a persuasão para fazer com que seus interesses sobrepujem os do grupo rival. d ) buscar apoio jurídico para fazer valer seus interesses na justiça, mediante a punição dos indivíduos do outro grupo. e ) procurar entender os argumentos alheios e estar aberto à renúncia de vontades próprias pelo bem comum.