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Trabalho sobre Inadimplemento

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UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA – UNOESC
CAMPUS DE SÃO MIGUEL DO OESTE
CURSO DE DIREITO
COMPONENTE CURRICULAR: DIREITO CIVIL III (DIREITO DAS OBRIGAÇÕES)
PROFESSOR: Rodrigo da Costa Vasconcellos
ACADÊMICOS: Kalynca Vaider, Maria Eduarda Wesendonck, Tainara Stéfani Demozzi Rossetti,
Willi José Roberto Cassol Weiss (Grupo 6)
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TRABALHO
Apresentação e trabalho escrito
Legislação, doutrina e jurisprudência (descrição e desenvolvimento mais relacionados com a doutrina.)
Revisão bibliografia, enviar até semana 30/10/2018 que vem às 18hrs 
Informar o número do grupo, o tema e a turma (para enviar o e-mail)
GRUPO 6
TEMA: inadimplementos (relativo, absoluto, mora)
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TRABALHO SOBRE INADIMPLEMENTO
CONCEITO
Toda obrigação deve ser cumprida, seja espontaneamente pelo devedor ou após cobrada judicialmente pelo credor. O inadimplemento é a exceção, sendo assumido o descumprimento da obrigação, voluntária ou involuntariamente pelas partes. Pode decorrer de ato culposo do devedor ou de fato a ele não imputável.
Mora e inadimplemento absoluto são espécies do gênero inadimplemento, porém apresentam características distintas, que se referem ao descumprimento da prestação principal (dar, fazer ou não fazer). 
Se diferenciam pelo critério de utilidade ao credor. Se a obrigação não for cumprida e não for mais útil ao credor, trataremos de inadimplemento. E se não cumprida, mas continuar sendo útil a ele, será chamada de Mora e essa ainda poderá ser cumprida.
INADIMPLEMENTO ABSOLUTO
Existe inadimplemento absoluto quando o devedor se encontra em total impossibilidade de cumprir a obrigação. Porém, a obrigação ainda interessa ao credor, que espera recebe-la acrescida de juros ou de atualização monetária.
A valorização monetária, nestes casos, não visa acrescentar ou de alguma forma beneficiar o credor, mas sim, evitar a desvalorização da moeda. O seu pagamento se faz necessário para evitar o enriquecimento sem causa do devedor.
	O descumprimento da obrigação precisa ser justificado pelo devedor como sendo advindo de caso fortuito ou de força maior. Não havendo essa elucidação, ele permanecerá com a responsabilidade de adimplir sua obrigação.
	Inadimplemento absoluto se subdivide em duas categorias: total ou parcial. Quando a obrigação for totalmente descumprida, será total. Por outro lado, quando a obrigação for cumprida de forma a não satisfazer ou não ser totalmente útil ao credor, será parcial. Por exemplo: se uma agência de turismo leva um grupo de passageiros para uma excursão por diversas cidades previamente estipuladas no roteiro da viagem, mas, durante o curso do trajeto, deixa de visitar uma delas por não ter reservado hotel com a antecedência necessária e se monstra incapaz de alocar os viajantes em outro estabelecimento, o cumprimento da obrigação restou inadimplido parcialmente, pois a excursão aconteceu, mas não satisfez na integralidade o que havia sido acordado inicialmente.
	Nestes casos, o credor pode processar o devedor pelo descumprimento de parcela contratual, desde que o contrato não tenha estabelecido a possibilidade de o credor receber sua obrigação por partes, conforme pontua o Art. 314 do Código Civil:
Art. 314. Ainda que a obrigação tenha por objeto prestação divisível, não pode o credor ser obrigado a receber, nem o devedor a pagar, por partes, se assim não se ajustou.
Se tratando do inadimplemento por fato relativo ao objeto da prestação, falamos da impossibilidade do objeto da prestação que pode ser total ou parcial, variando conforme ocorrer a deterioração ou perecimento da coisa. Nelson Rosenvald, que traz exemplos da perda total da prestação e da deterioração do objeto que ocasiona a perda parcial do objeto (2008, p.391):
Impossibilidade de entrega do carro em razão de destruição por acidente provocada por negligência do devedor, o credor pleiteará indenização substitutiva pelo perecimento do objeto. E no caso de carro acidentado, com danos hidráulicos, duas opções se abrem ao credor diante do inadimplemento parcial: poderá pleitear a indenização, já que não é obrigado a receber do devedor bem diverso daquele que lhe pé devido (art. 313, CC); com também poderá deliberar por receber a coisa avariada, em qualquer das duas opções, acrescida de indenização complementar (art. 236, CC).
Já o inadimplemento absoluto parcial, se daria quando a obrigação não é cumprida em uma ou mais parcelas, substituindo os demais. A exemplo: quando a prestação recai sobre a entrega de quatro motocicletas e uma delas perecem por negligência do devedor, subsistirá a obrigação no remanescente.
Quando tratamos sobre o inadimplemento por fato relativo ao interesse do credor, estaremos tratando que há a ausência do interesse do credor para receber a prestação. Não bastaria apenas a diminuição do interesse do credor e sim a completa perda de necessidade e utilidade da coisa em face do descumprimento.
A efetivação da prestação deve ser determinada pelo ângulo do interesse econômico do credor em receber, não da prestação do devedor. Por exemplo: A adquire um veículo de B com a finalidade de negocia-lo em seguida com C. B viola o contrato e se recusa a entregar o veículo ao comprador A na data marcada. O eu poderia significar uma mera situação de mora do devedor, converte-se em inadimplemento absoluto, caso o terceiro C celebre negócio com D, em razão do atraso verificado. Consequentemente, o credor A perdeu definitivamente o interesse pelo automóvel, constituindo-se o inadimplemento absoluto. A buscará a resolução do contrato com pleito ressarcitório contra B. A mora gerou a inutilidade da prestação, e as perdas e danos – de caráter substitutivo – traduzirão a conversão da coisa devida em seu equivalente pecuniário.
A omissão do devedor em cumprir com a prestação de modo recíproco, se recusando a cumprir o débito, só poderá resolver o acordo, se não for do interesse financeiro do credor, de exigir a prestação.
MORA
	A mora consiste na sanção aplicada ao devedor que pratica inadimplemento para com seu credor, porém, ainda mostrando ser capaz de satisfazer a obrigação (quitar a dívida, entregar o bem, etc.). Portanto, acontece quando obrigações descumpridas totalmente ainda podem ser satisfeitas – situações do chamado inadimplemento relativo.
	Múltiplas ocasiões permitem a aplicação da mora, além do descumprimento da obrigação. Seu adimplemento fora do prazo, ou mesmo que pontual, mas ainda diferindo na forma e no lugar, ensejam a aplicação de mora. O Código Civil Brasileiro é claro nesse respeito, em seu Art. 394:
Art. 394. Considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o credor que não quiser recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção estabelecer.
	Em suma, a presunção da mora é viabilizar o cumprimento de obrigação que, apesar de transtornos, ainda é possível. O que se verifica é uma impossibilidade transitória no adimplemento da obrigação, proveniente de conduta culposa do devedor.
-- Constituição da mora
-- Purgação da mora

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