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Ativação da célula B e produção de anticorpos Receptor de antígenos de células B: É uma forma transmembranar de uma molécula de anticorpo associado a duas cadeias de sinalização (Igα e Igβ). Essas imunoglobulinas acessórias apresentam uma cauda maior para promover a cascata de sinalização. São ricas em regiões ITAM nas suas caudas citoplasmáticas. As imunoglobulinas acessórias e a imunoglobulina de membrana formam juntas o complexo receptor de célula B (BCR). Sinalização induzida por Ag: Reconhecimento do antígeno pelo receptor Fosforilação dos resíduos ITAM, mediada por cinases citoplasmáticas da família Src Ativação de enzimas dependentes de cálcio graças a ativação de trifosfato de inositol Ativação de diacilglicerol (DAG), que causa a aticação de PKC. Ativação de proteínas ERK e JNK. Estas cascatas de ativação por fim levam à ativação dos fatores de transcrição NFAT, NF- kappa β e AP-1, que induzem a expressão de genes cujos produtos são necessários para as respostas funcionais da célula B. Mecanismos desencadeados pela sinalização pelo Ag: Início da proliferação e da diferenciação das células B Preparação para interação com os linfócitos T auxiliares (ag proteicos) - Aumento da expressão dos co-estimuladores B7, responsáveis pela ativação das células T e expressão de receptores de citocina - Diminuição da expressão de receptores de quimiocinas que são produzidas nos folículos linfóides, resultando na migração pra fora dos folículos. Apresentação de antígeno e ativação da célula T; ↓CCR7, ↑CXCR5: migração pra borda do folículo Ativação de célula B no folículo primário; ↑CCR7, ↓CXCR5: migração pra borda do folículo Células B apresentam antígeno para ativar as células T auxiliares O LB apresenta "de novo" o ag para o linfócito T, via MHC II, intensificando a ativação do LT auxiliar. O LT interage com o LB, expressando moléculas que estimulam suas ações. Se não ocorrer esse encontro na borda do folículo, o linfócito B vai secretar somente IgM (desvantagem: baixa afinidade em comparação às outras igs), não ocorrendo mudança de isotipo. Essa interação física é mediada pelo MHC II e por CD40 (linfócito B) e CD40L (linfócito T) e citocinas específicas. A interação CD40 - CD40L intensifica: Proliferação (expansão clonal) Síntese e secreção de ac Dependem da interação CD40 - CD40L: Troca de isotipo Maturação da afinidade Maturação da afinidade: Essa interação induz a expressão de AID (enzima desaminase de DNA), que induz várias mutações aleatórias nos genes V que vão codificar as igs, processo conhecido como hipermutação somática. Resulta em subclones de um clone específico, com diferentes afinidades ao mesmo antígeno. A célula dendrítica folicular apresenta esses mesmos ags proteicos para esses subclones. Os que tiveram uma afinidade menor serão selecionados para sofrer apoptose, sobrevivendo os clones com maior afinidade, e portanto, mais eficientes para neutralizar e eliminar micro-organismos. Essas células B com receptores de alta afinidade para antígeno são mais capazes de se ligar ao antígeno quando este está presente em baixas concentrações. OBS: AID participa tanto da troca de isotipo quanto da maturação da afinidade Papel da AID no mecanismo de hipermutação somática: A AID, no início da transcrição da imunoglobulina, desamina os locais onde contém citosina e troca por uracila. Como a uracila não está presente no DNA, vem uma enzima e retira essas bases, criando sítios sem bases. Uma endonuclease gera cortes onde houve a formação desses sítios, e uma ligase religa o DNA após o corte. Resulta em uma mutação, que é aleatória. Ocorre nas regiões do DNA que vão dar origem as regiões amino terminais das igs, criando clones com diferentes afinidades. Mudança de isótipo: Em resposta T-dependentes algumas células das progênies de célula B ativadas que expressam IgM e IgD sofrem troca de isótipo da cadeia pesada e produzem anticorpos com cadeias pesadas de diferentes classes. A habilidade das células B de produzirem diferentes isotipos de anticorpos proporciona uma notável plasticidade nas respostas imunes humorais por meio da geração de anticorpos que exercem funções efetoras distintas e estão envolvidos na defesa contra os diferentes tipos de agentes infecciosos. As células B mudam os isotipos dos anticorpos que produzem, alterando as regiões constantes das cadeias pesadas, mas a especificidade dos anticorpos (determinada pelas regiões variáveis) permanece inalterada. Dependem da interação CD40 - CD40L. A troca de isótipo é regulada por citocinas produzidas pelas células T auxiliares ativadas por esses mecanismos. Secreção de citocinas específicas: induzem fatores de transcrição que identificam quais loci de cadeia pesada da ig serão alvos da mudança. O mecanismo molecular da troca de isótipo é um processo chamado de recombinação de troca, na qual o DNA da cadeia pesada de Ig em células B é cortado e recombinado de modo que um éxon VDJ previamente formado, que codifica o domínio V, é posto em uma posição adjacente a uma região C subsequente e o DNA intercalado entre essas regiões é excluído. A enzima chave necessária para a troca de isótipo é a AID, cuja expressão é ativada principalmente por sinais de CD40 de células T foliculares. A AID desamina os locais onde contém citosina e troca por uracila. Como a uracila não está presente no DNA, vem uma enzima e retira essas bases, criando sítios sem bases. Uma endonuclease gera cortes onde houve a formação desses sítios, e uma ligase religa o DNA após o corte. Nesse processo, o DNA entre as duas regiões de troca é eliminado e o resultado final é que a região V rearranjada original torna-se adjacente à uma nova região constante. IFN-ϒ: troca pra IgG (vírus e bactérias intracelulares – opsonização, ativação do SC) IL-4: IgE (helmintos – eosinófilos e mastócitos) TGF-β: IgA (imunidade de mucosa) (também precisam da interação com as células T auxiliares: CD40, citocinas) Antígeno timo-dependente: Natureza do antígeno: proteínas Mudança de isótipo Maturação de afinidade Gera células de memória Antígeno timo-independente: Natureza do antígeno: polissacarídeos, glicolipídeos, ácidos nucleicos Não gera mudança de isótipo, único ac gerado é IgM Não tem maturação de afinidade Células de memória são geradas com apenas determinados antígenos. Subtipos de células B Células B foliculares: OLS Dependentes de células T Troca de isótipo Ac de alta afinidade Plasmócitos de vida longa Células B da zona marginal: OLS Dependentes de célula T Principalmente IgM Plasmócitos de vida curta Células B do tipo B-1: Encontradas na mucosa e cavidade peritoneal Dependentes de células T Principalmente IgM Plasmócitos de vida curta
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